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Porsche 914 – Carro
Em janeiro de 1970, o 914 tornou-se disponível como o Porsche 914.
O 914 foi introduzido em setembro de 1969 no Salão de Frankfurt Auto Show como o substituto para o 912, a versão de quatro cilindros do icônico 911.
Ao contrário da maioria dos outros carros disponíveis a partir de Porsche, o 914 foi concebido para ser uma produção de grande volume modelo, um volks-Porsche no próprio sentido da palavra, tanto quanto Ferry Porsche destina a Volkswagen originais.
O Porsche 914 ou VW-Porsche 914, fabricado e comercializado de forma colaborativa por Volkswagen e Porsche 1969-1976.
No fim de 1960, tanto Volkswagen e Porsche estavam na necessidade de nova modelos; Porsche estava à procura de um substituto para o seu nível de entrada 912, e Volkswagen queria um novo cupê esportivo topo de gama para substituir o Karmann Ghia. Na época, a maioria dos trabalhos de desenvolvimento da Volkswagen foi tratada pela Porsche, que faz parte de uma configuração que datava de Porsches fundação; Volkswagen precisava contratar um último projeto a Porsche para cumprir o contrato, e decidiu fazer este projeto. Ferdinand Piëch, que estava no comando de pesquisa e desenvolvimento da Porsche, foi encarregado do projeto 914.
O Porsche 914
A década de 1970 foi uma das mais curiosas em termos de cores de carroceria e estofamento. Nos Estados Unidos, os muscle cars esbanjavam, além dos itens citados, muita potência. Por outro lado, na Europa, os pequenos esportivos dominavam as ruas.
O carro desta matéria é um legítimo puro-sangue alemão. Apresentado ao público em 1969, o Porsche 914 foi projetado por meio de uma parceria da empresa com a Volkswagen.
A idéia era que o carro ficasse no meio termo entre a tradição e o baixo custo. Mas isso é difícil quando o veículo ostenta um brasão de Stuttgart.
Com quase quatro metros de comprimento e pouco mais de 1,20 m de altura, ele recebeu um motor de 1,7 litro e 80 cv. Até 1975 ano em que sairia de cena os compradores teriam a opção de escolher entre outros dois propulsores: 2-litros e o de seis cilindros, com saudáveis 110 cv.
A idéia deste artigo surgiu numa manhã de terça-feira. Estava eu andando por uma charmosa avenida da Zona Sul quando passei em frente a uma loja de carros importados.
Entre um bólido de Maranello e uma víbora de Detroit avistei o clássico modelo 1970, de cor laranja, brilhando na vitrine. Alguns dias depois, decidi voltar e conferir o carro mais de perto.
Coisa de quem gosta do assunto.
O problema é que ele não estava mais lá. Mas o proprietário, sim. O comerciante, que pediu para ser identificado apenas como Paulo, me contou, em uma longa conversa, todos os detalhes do pequeno esportivo.
Viagens ao exterior e muita dedicação fazem parte da história deste modelo.
O interesse por carros vem desde muito cedo. Lembro bem que, no bairro onde eu morava, no final dos anos 1960 e início dos 1970, era muito comum carros abandonados e muitas vezes depenados encostados na rua por meses, quando não anos, diz. Acabávamos fazendo desses automóveis nossos pontos de encontro, relembra.
O 914 foi adquirido há pouco mais de cinco anos. Curiosamente, ele foi encontrado estacionado em uma garagem. O modelo pertencia a um engenheiro, que o havia desmontado por inteiro, perdido peças e, por fim, acabou ficando desmotivado para terminá-lo, revela.
Apesar dessa dificuldade inicial, Paulo estava disposto a investir pesado no clássico. Eu e um amigo queríamos um carro esporte, um genuíno e que não fosse réplica. Se fosse preciso gastar para deixá-lo zero, seria em um modelo autêntico, comenta.
O 911 era muito caro, as Pagodinhas (Mercedes) inviáveis, e o 914, acredite, tem quase o preço de um Envemo Cabriolet em bom estado, conta.
Depois de encontrar o modelo e fechar negócio, a parte mais demorada estava por vir: a restauração. E olha que o 914 está tinindo. Dando uma pequena volta para tirar as fotos, não se ouve nenhum barulho na suspensão. Tudo novinho, além da pintura brilhante.
Bom, sobre a restauração, uma verdadeira eternidade. O processo todo, levando-se em conta que prezávamos pela qualidade absoluta, durou cinco anos ininterruptos.
É impressionante a diversidade de problemas que vão surgindo durante a execução, assim como a complexidade dos mesmos?, diz.
A dificuldade de achar as peças também foi outro desafio para o proprietário e para os mecânicos. Peça de carro antigo nunca foi coisa fácil, ainda mais por quem pensa em originalidade.
De nenhum modo eu estava afim de adaptações, conta.
VW Porsche 914
VW Porsche 914
VW Porsche 914
E já que o trabalho final ficou de primeira, vale a pena conhecer os profissionais que restauraram o carro. O sucesso do projeto deve-se à dedicação e ao conhecimento do Omar Esteves, da oficina Fast Fix, assim como ao Sr. Osny e ao Junior, que participaram da conclusão da parte interna?, revela Paulo.
Mas a melhor parte da história é conhecer o esportivo em detalhes. Em primeiro lugar, se você é uma pessoa mais discreta, não compre um desses.
A cor alaranjada e o estilo inconfundível fazem desse carro figurinha fácil no trânsito.
As belíssimas rodas Fuchs deixam o perfil ainda mais agressivo. Some-se a isso o pequeno teto removível e é possível ter uma idéia do que é passear com ele. A primeira marcha invertida para trás confunde quem não conhece o modelo. Mas ainda restam mais quatro. Pura diversão.
O conta-giros ocupa tradicionalmente o centro do painel e, ao contrário de seus irmãos, a ignição não fica do lado esquerdo. Os bancos, por outro lado, são baixos e passam a sensação de que o motorista vai tocar o chão.
Realmente os colecionadores têm um denominador comum: a persistência. Mais do que a satisfação do carro pronto, está a história desenvolvida no decorrer desses anos, conhecendo pessoas e dividindo experiências. Posso afirmar que valeu, conclui Paulo.
Porsche 914 – História
Em abril de 1969 saia da fábrica o primeiro “Porsche do Povo”, como o modelo ficou conhecido.
Inicialmente ele demorou para ser aceito entre os mais puristas da marca, mas logo acabou sendo reconhecido como um Porsche inovador. E foi por causa de seu preço mais baixo que ele ganhou o apelido.
Pouco antes foi fundada uma nova empresa chamada VW-Porsche-Vertriebsgesellschaft mbh da qual tanto a Volkswagen e Porsche eram sócias, com o objetivo de produzir um carro com custo mais baixo, apesar de usar componentes do 911.
O 914/4 usava motor 1.7 de quatro cilindros enquanto o 914/6 tinha o 2.3 boxer de seis cilindros do 911. A potência variava de 80 a 190 cv.
O modelo 914/4 também era conhecido como sendo da Volkswagen, e o de seis cilindros ostentava o nome Porsche.
VW Porsche 914
O 914 deixou de ser produzido em 1976 após 118.982 unidades vendidas. Foi então substituído pelo Porsche 924.
VW Porsche 914 – 1974
Na exposição comemorativa que começa este final de semana no museu da Porsche em Stuttgart, Alemanha, é possível ver também um 914/8 que foi dado a Ferry Porsche quando ele completou 60 anos.
A exposição vai até o próximo dia 10 de maio.
História da produção
Comecemos com os tetracilíndricos 1.7 e 2.0 (914/4)…
O 914/4 1.7 é um 4 cilindros boxer 1.7 com 80cv. Tem injeção eletrônica, 5 velocidades e discos nas 4 rodas. Em testes na época, a frenagem foi considerada excelente.
Pesa 900kg, atinge 177 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 13,5 s. Em 1973 este motor foi substituído pelo 1.8 de 85 cv mas, por razões ecológicas viu um ano mais tarde a potencia ser reduzida para 79cv.
Basicamente, o 914 foi um acordo de cavalheiros entre Ferry Porsche e Heinrich Nordoff (presidente da VW): desenho Porsche, projeto e mecânica VW, carroceria Karmann.
Apenas o 914/6 era inteiramente produzido pela Porsche, mas por questões comercias era também batizado como VW Porsche na Europa.
VW Poesche 914 – 1972
Já nos EUA todos os modelos do 914 foram comercializados apenas como Porsche também por questões de marketing.
Já o 914/4 com 2.0 litros e 100cv (mais tarde apenas 88cv devido á diminuição da emissão de gases), atingia os 186km/h e ia dos 0 aos 100km/h em 12 s.
Um caso à parte são os modelos equipados com motorização boxer de 6 cilindros. As bombas 914/6 são raríssimas e atingem o preço dos 911 mais procurados.
Tinham um motor de 2.0 litros que debitava 110cv às 5800rpm e dois carburadores de corpo triplo. Atingia 205 km/h e tinha discos ventilados nas 4 rodas.
VW Porsche 914 – 1975
Em 1972 a Porsche lançava o 916, com motor maior e mais potente: 2.4 litros e 190 cv velocidade máxima de 230 km/h. Tratava-se de uma versão mais sofisticada do 914/6, com guarda-lamas mais largos para abrigar pneus 185/70 HR 15, maior peso (1.000 kg) e menor altura. Mas foram produzidos apenas 10 exemplares.
Foram produzidos duas unidades com tejadilho em aço e motor de 8 cilindros. Um dos 914/8 foi oferecido pela marca a Ferry Porsche aquando do seu sexagésimo aniversário.
Estes raros exemplares estão hoje expostos no Museu Porsche.
Houve ainda um artista americano chamado Rod Simpson que conseguiu enfiar motores V8 Chevrolet de 5,3 ou 5,7 litros. Por este motivo ganhava radiador dianteiro. A suspensão tinha de ser adaptada, mas ainda assim o comportamento do carro era manhoso.
O 914 era competidor direto nas vendas da altura, do lotus europa e do fiat x1/9 na europa, nos EUA perdeu em toda a linha com o famoso datsun 240z que era mais barato e mais potente.
Apesar de tudo foi considerado um êxito comercial.
Porsche 914 – Esportivo
Entre 1969 e 1970 a Porsche fabricou 12 unidades de competição – os 914/6 GT.
Destes 12 carros, 3 eram protótipos para testes, 2 carros de treino para a Targa Florio, 3 competidores na Marathon de La Route, 3 competidores no Rallye de Monte Carlo e 1 competidor no RAC Rally.
Porsche 914 – Rallyes
A 1ª aparição pública destes carros foi no RAC Rally de 1970 com um exemplar pilotado por Claude Haldi e John Gretener.
Apesar do evento ser visto apenas como um exercício de avaliação das capacidades da máquina, o 914/6 GT acabou a prova num satisfatório 12º lugar.
Em 1971, depois de 2 anos de sucesso com o 911, a Porsche decide entrar no Rallye de Monte Carlo com três 914/6 GT. Os 3 pilotos escolhidos foram Bjorn Waldegaard, Ake Andersson e Gerard Larrousse.
Waldegaard tinha vencido as 2 últimas edições do rallye e Andersson e Larrousse eram experimentadíssimos nos troços do principado.
VW Porsche 914 para Rallye
Acontece que a edição de 1971 foi uma das mais nervosas de sempre e a Porsche iria experimentar um fracasso quase total. Os pilotos não se deram bem com o comportamento difícil em neve das máquinas.
Anderson e Larrousse abandonaram a prova com as caixas de velocidades destruídas.
Waldegaard mostrou o seu grande talento e conseguiu finalizar num 3º lugar compartido com o Alpine A110 de Andruet. Este resultado desastroso viria a provocar a saída definitiva dos 914/6 GT dos rallyes e mais tarde da própria Porsche também. Waldegaard diria mais tarde “…Era muito jovem e não tinha uma ideia clara do comportamento do carro. Pensei que, se havia ganho duas vezes em Monte Carlo com a Porsche porque não haveria de voltar a fazê-lo com o seu novo
Le Mans: Em 1970 na sua estreia oficial na categoria GT, o 914/6 GT de Guy Chasseuil e Claude Ballot-Lena vence na categoria e consegue um brilhante 6º lugar da geral nas 24h de Le Mans.
História Essencial do Porsche 914
Porsche 914
O Porsche 914 foi originalmente concebido em meados da década de 1960 como uma joint venture entre a Porsche e a Volkswagen. A Porsche queria substituir seu 912 por algo mais barato e menos parecido com o 911, enquanto a Volkswagen procurava um carro halo muito diferente do Fusca, Ônibus e Fastback. Parecia na época um jogo feito no céu, e o targa-top de dois lugares com motor central que resultou foi perfeito para ambas as marcas. Tudo estava indo bem até a morte do presidente da VW, Heinrich Nordhoff, em 1968; seu sucessor, Kurt Lotz, ditou grandes mudanças no acordo.
Originalmente, a Porsche venderia uma versão de seis cilindros do 914, enquanto a Volkswagen comercializaria carros de quatro cilindros. O novo acordo ditava que o 914 seria comercializado como Porsche nos Estados Unidos e VW-Porsche na Europa. O construtor de carrocerias Karmann montaria o 914, com carrocerias para os carros de seis cilindros enviados para a Porsche para instalação do motor.
O carro que estreou no Salão do Automóvel de Frankfurt de 1969 era, como pretendido, um verdadeiro conglomerado. A suspensão dianteira foi em grande parte derivada do 911 com alguns componentes da VW, e o interior era uma mistura de caixas de peças de ambas as empresas. A oferta inicial de motores era o 1,7 litro com injeção de combustível de 80 cv da Volkswagen, enquanto o 914/6 tinha um Porsche de 2,0 litros com dois carburadores ajustado para 110 cv. (Algumas revistas contemporâneas relataram erroneamente números de potência de 85 e 125, respectivamente.)
A reação ao carro foi morna. Algumas publicações criticaram o estilo excêntrico, a articulação de mudança de marcha lenta e a aceleração lenta do carro de quatro cilindros (o tempo de 0-60 mph estava na faixa de 12 a 14 segundos). A MotorTrend estava entre os fãs do carro e o nomeou o primeiro carro importado do ano da revista em 1970, com os editores chamando-o de “uma das máquinas com melhor manuseio que qualquer um de nós já dirigiu” (MT, junho de 1970).
Eles até elogiaram seu estilo, lembrando aos leitores que o “formato fastback fechado do 911 era dos anos 60” e continuando: “O carro ressalta melhor do que qualquer outra coisa a mudança na influência do design automotivo fora da América. Aqui estávamos em um dos primeiros veículos contemporâneos dos anos 70 e não tinha nada a ver com Detroit ou o UAW ou a engenhosidade dos Yankees.”
Embora o 914 de quatro cilindros tenha encontrado rapidamente seu nicho, o carro de seis cilindros lutou. O acordo da Volkswagen com a Porsche significava que o 914/6 era quase tão caro quanto o 911 básico e, depois de vender apenas 3.349 cópias, a Porsche o matou em 1972. Em seu lugar, o ’73 914 ganhou um 2.0 opcional de 100 cv. litro de quatro cilindros, juntamente com uma transmissão de trocas mais suaves, e em 1974 o motor de 1,7 litro foi substituído por um 1,8 litro de 85 cv, com todos os motores de quatro cilindros com injeção de combustível.
O fim veio em 1976, quando padrões de emissões mais rígidos entraram em jogo. Quando a produção terminou, Porsche e Volkswagen haviam vendido quase 119.000 cópias do 914.
As décadas seguintes não foram muito gentis com o 914, com muitos redutores (particularmente entusiastas da Porsche) descartando-o como um Volkswagen glorificado. Mas a consideração pelo 914 vem crescendo nos últimos anos, não apenas por sua raridade, mas porque as pessoas finalmente o apreciam pelo que é – um carro de estilo único, agradável de dirigir e fácil de manter – pelo menos pelos padrões da Porsche.
Ficha Técnica:
Motor: 4 cilindros boxer de 1,7 litro/6 cilindros boxer de 2 litros
Potência: 85 cv a 5 000 rpm/125 cv a 5 800 rpm
Câmbio: manual de 5 marchas
Carroceria: cupê targa
Dimensões: comprimento, 398 cm; largura, 165 cm; altura, 122 cm; entre-eixos, 245 cm
Peso: 892/931 kg
Fonte: www.webmotors.com.br/carmagazine.uol.com.br/www.portalclassicos.com/www.motortrend.com
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