PUBLICIDADE
Dodge Dart – História
O Dodge Dart era um automóvel construído pela Divisão de Dodge Motors da Chrysler Corporation, em seguida, com sede em Highland Park, Michigan.
O Dodge Dart foi produzido nos Estados Unidos pela Dodge, uma divisão da Chrysler Corporation, entre 1960 e 1976.
Foi apresentado ao mercado como um Dodge “full-size” de preço acessível, para os anos de 1960 e 1961.
Tornou-se um “mid-size” em 1962 para finalmente assumir seu tamanho “compacto” no ano seguinte, o que durou até o fim da sua produção, em 1976.
O nome Dodge Dart aparece pela primeira vez em 1956, como um carro conceito de linhas acentuadas e excêntricas, mas sem qualquer relação com o modelo que seria lançado quatro anos mais tarde.
1960
No ano de seu lançamento, o Dart (hardtop com 4 portas) serviu para brigar pelo mercado dominado pelos Chevrolet Impala, Ford Galaxie e Plymouth Fury.
O Dodge Dart nasce em 1960 como um modelo full-size (C body) com as linhas que marcaram o estilo da década anterior e seu “forward-look”.
Este primeiro Dart era um modelo full-size baseado na plataforma C da Chyrsler (C body) , desenvolvido para substituir o Plymouth como o automóvel de baixo custo para a rede de concessionárias Dodge. Os revendedores da Dodge estavam vendendo Plymouths desde os anos 30, mas mudanças na estrutura da Corporation tiraram da rede a linha de carros Plymouth do seu catálogo.
O Dart, apesar de ser um modelo full-size, tinha uma distância entre eixos ligeiramente menor que outros Dodge da mesma categoria, e era baseado na plataforma do Valiant, lançado no ano anterior. Valliant era uma marca autônoma, como Dodge, mas ainda em 1960 seria incorporada à Plymouth, por conta das grandes trabsformações que marcaram o período.
Dodge Dart
A linha Dart era dividida em três níveis de acabamento: o modelo de entrada, chamado Seneca; o intermediário Pioneer, e o sofisticado Phoenix.
Introduzido como modelo 1960, o Dart rapidamente se provou como uma bem pensada jogada de marketing. Suas vendas ultrapassaram as dos outros modelos full-size como Dodge Matador e Dodge Polara, mas isso também significou um concorrente doméstico para os Plymouth. Em anúncios da época, o Dart chega a ser comparado aos carros C (Chevrolet), F (Ford) e P (Plymouth).
Enquanto as vendas do Dart cresciam, as dos Plymouth despencavam, e os executivos da Corporation nada fizeram para dar um fim a essa disputa doméstica entre as marcas. As vendas do Dart foram tão boas em 1960 que a Dodge teve que rever rapidamente toda a sua linha de carros para a mesma faixa de preços.
Como resultado, o Dodge Matador foi descontinuado ainda em 1960, em virtude da preferência dos consumidores pelo mais bem posicionado, e barato, Dart Pioneer. O Polara permanece, sozinho, na luta por espaço neste disputado segmento.
Todos os modelos era oferecidos com o pacote D500 de opicionais da Dodge, que incluia o motor V8 de 361 polegadas cúbicas (c.i.).
1961
Para 1961 um novo desenho, “inspirado” no Dodge Polara do mesmo ano
Em 1961 o Dart ainda é o menor modelo full-size da Dodge, e surge reestilizado para parecer e não copiar o veterano Dodge Polara.
Os modelos para este ano permanecem os mesmos: Seneca, Pioneer e Phoenix.
As opções de motores começavam com o novo 6 cilindros em linha para 1960 de 3.7 litros (225 c.i.). Os V8 de 318 c.i. e 361 c.i. também estavam disponíveis em diversas configurações. Todos os conversíveis Phoenix eram equipados com motores V8. A partir da metade de 1960, alguns Darts com o motor 6 cilindros receberam blocos de alumínio. Como padrão, todas as séries eram equipadas com transmissão manual de 3 marchas, acionadas na coluna de direção. A transmissão TorqueFlite, acionada por botões, podia ser encomendada como opcional, a um custo extra.
Dodge Dart 1961
Mesmo com o sucesso do primeiro ano, as linhas dos Dart (assiandas por ninguém menos que Virgil Exner) se tornavam rapidamente impopulares com os consumidores; o forward look dos anos 50 perdia rapidamente o seu apelo. Por exemplo, houve uma forte rejeição à posição das lanternas do Dart; motoristas em outros carros reclamavam que eles não conseguiam enxergar as minúsculas lâmpadas posicionadas logo acima dos pára-choques traseiros. É que elas foram concebidas em linhas envolventes, que abraçavam o carro até sua lateral, como forma de dar visibilidade lateral à noite. Como a maior parte dela estava invisível na traseira do carro, em meados de 1961 a Dodge foi forçada a oferecer luzes auxiliares através de sua rede de concessionárias, cobrando seus clientes por isso. Para piorar, as lanternas auxiliares era mal posicionadas na traseira do carro, tornando-o ainda menos interessante e atrativo para seus clientes.
Como resultado, a Dodge assistiu as vendas do Dart despencarem 53%, para 142.000 unidades naquele ano. O estilo antiquado do Polara pagou um preço maior, vendendo apenas 14.032 unidades, uma queda de 67% em relação ao ano anterior. Este era apenas o começo das más notícias para a Dodge em 1961.
Veja as outras:
Do total de Darts vendidos, praticamente a metade correspondiam ao modelo mais barato, o Seneca (66.100 unidades).
Somadas as vendas do Dart e do Polara, elas ainda eram menores que os números da Plymouth para 1961.
A Dodge fecharia o ano em 9º lugar em vendas no mercado americano, uma queda do 6º lugar do ano anterior.
As vendas do compacto Dodge Lancer foram de 74.773 unidades. Seu par na divisão Plymouth, o Valiant, vendeu 143.078 unidades no mesmo ano.
O pacote sofosticado de opicionais D500 era oferecido para o Dart deste 1961. Na foto, um Dart phoenix 4 portas D500.
A Dodge termina 1961 vendo suas vendas ainda menores que o ano de 1959, um dos piores da indústria americana, e por isso perigosamente muito perto dos números de 1958, ano da trágica recessão Eisenhower.
1962
Para 1962, como parte do esforço da Chrysler de se manter competitiva frente à nova linha de mid-sizes da Chevrolet, o Dart foi rebaixado de categoria. A Chevrolet realmente lançou um genuino full-size, e com isso o Dart passou a ser percebido mais como um modelo intermediário do que como propriamente um caro de sua categoria. O Polara recebe a mesma alteração do Dart, mas passa a ser oferecido com um acabamento melhor. As concessionárias da Dodge reclamam por não terem um modelo maior para oferecer ao consumidor. Para acalmar os ânimos de sua rede de distribuidores, a Chrysler apressadamente lança o Dodge Custom 880, mantendo a dianteira do Polara 1961 na carroceria redesenhada do Chrysler Newport 1962. Debutando em janeiro de 1962, o Dodge Custom 880 serviu para lembrar aos revendedores que a Dodge tinha a oferecer, sim, um respeitável full-size.
Deixando o estilo de lado, o novo Dart tinha um monobloco leve e moderno, com as bem recebidas barras de torção para a suspensão dianteira. Isso conferiu muita rigidez ao conjunto, maior capacidade de frenagem, aceleração e dirigibilidade, por conta ainda do motor V8 de 413 c.i. Super Stock e seus 415 Hp. Esta plataforma era tão boa que a Chrysler a utilizou até 1979 em diversos outros modelos.
O novo Dart (modelo 440) para 1962, agora um carro médio, baseado na plataforma B. Este excelente monobloco seria utilizado pela Chrysler até 1979.
Os padrões definidos pelos modelos Seneca, Pioneer e Phoenix deixaram de existir em 1962. A aprtir de agora, os modelos do Dart seriam o Dart, Dart 330, Dart 440, e Dodge Polara 500. Este era oferecido como conversível e hardtop de duas portas, em dezembro daquele ano.
1963 – 1966
No final de 1962, em função do desinteresse do consumidor, a Dodge abandona a produção do Lancer, e desloca o Dart para a recém criada categoria dos senior compacts, em função de uma distância entre-eixos ligeiramente maior para 1963. Esta distância (2819mm) seria adotada até o fim da produção do Dart, em 1976.
A partir de então, o Dart ocupa a posição do Lancer como o compacto da divisão Dodge, posição mantida até o fim de sua produção. O Dart estava disponível como sedan de duas ou quatro portas, como um coupé hardtop de 2 portas, como station wagon e finalmente como conversível.
Na sua segunda geração o Dart já é montado sobre a plataforma B, e agora com linhas mais simples e condizentes com um modelo médio. Seu desenho permaneceria basicamente o mesmo até 1966.
Três versões estavam disponíveis: 170, 270 e GT.
O Dart GT 1963 foi vendido como um carro esportivo e sofisticado, nas versões coupé e conversível. O carro permaneceria basicamente o mesmo até ser redesenhado para a nova geração do Dart, em 1967. Os freios a disco foram oferecidos pela primeira vez em 1965, assim como um V8 pequeno de 273 c.i. e 180 hp.
As vendas do Dart começam a se recuperar em 1963 e permaneceriam aquecidas até o fim da produção do Dodge Dart, em 1976.
Dodge Fever: 1967-1969
O Dart e seu irmão, o Plymouth Valiant foram totalmente redesenhados para o ano de 1967. Além de um novo estilo, os carros receberam novos sistemas de direção e um cofre de motor maior, o que permtia a instalação de motores fisicamente maiores. O Dart manteria esse novo estilo com algumas pequenas alterações nos anos seguintes, até o fim da produção dos A-body nos estados unidos em 1976.
Com o novo desenho, a linha Dart também sofre modificações. As station wagons saem de linha assim como o modelo 170. As únicas carrocerias oferecidas seriam os sedan duas e quatro portas, hardtop e conversível. O modelo 170 agora seria chamado simplesmente de Dart. O 270 e GT permanecem inalterados.
No final de 1967, o GTS é lançado mas em quantidades limitadas, devido à proximidade o final do ano. No ano seguinte, 1968, o GTS recebe o novo motor de 340 c.i. como padrão para este modelo.
O Dart sedan de 2 portas é descontinuado no final de 1968 e em seu lugar surge o Swinger com carroceria hardtop de 2 portas para o ano seguinte. Em 1969 também é lançado o Swinger 340.
O Dart mais possante foi o novo GTS, que era uma novidade na linha Dart por seu apelo esportivo e que tinha por missão combater o rival Chevy Nova SS da Chevrolet. Seu motor padrão era o V8 de 340 c.i. (5.6 L); um big-block de 383 c.i. (6.3 L) era opicional. O desempenho destes motores aliado ao baixo peso da plataforma do Dart tornou o Dart o favorito dos pilotos de arrancada. As versões com o big-block eram indicadas para as linhas retas das pistas de drag, pois eram difíceis de manobrar e de para.
Linha Dart mais famosa
Em 1968 a Dodge apresenta uma das mais incríveis máquinas de arrancada jamais produzidas: o Hurst Hemi Dart. A Dodge produzia as carrocerias e as despachava para a Hurst, que instalava um V8 Hemi de 426 c.i. sob o capô. Com farto uso de fibra de vidro para reduzir o peso, tiras de couro no lugar do mecanismo das janelas e bancos A100 para aliviar o peso, este carro e seu irmão, o Plymouth Hurst Hemi Barracuda, viriam a dominar a Super Stock pelas décadas seguintes. Aliás, ainda dominam. Apenas 80 Dart Hemi foram produzidos em 1968.
A concessionária Dodge de Chicago chamada Grand Spaulding Dodge, de propriedade de Mr. Norm Krause, colocou o motor Magnum 440 c.i. sob o capô de alguns Dart GTS e os rebatizou de Dart GSS, de Grand Spaulding Special. Assim a Grand Spaulding Dodge passa a ser reconhecida como preparadora de Dodges para alta performance, do mesmo jeito que a Yenko e Royal Pontiac fizeram pela Chevrolet e a Pontiac, respectivamente.
Sem gás: 1970-1976
O Dart foi atualizado mais uma vez para 1970, com atualizações na dianteira e traseira que aproximaram seu desenho do resto da linha Dodge, principalmente os full-size. Várias outras alterações também foram feitas para evitar competição interna com o novo pony-car da Dodge, o Challenger, lançado neste ano. O conversível foi descontinuado, assim como o V8 de 383 e 440 c.i., restando ao small-block de 340 c.i. e 275 hp o papel de maior motor disponível para toda a linha Dart.
Em sua terceira fase, o Dart muda mais uma vez. Mantendo a plataforma anterior, suas linhas são redesenhadas, novos modelos são apresentados e, assim, este magnífico carro encerra sua segunda e última década de produção como no início: com muita beleza e estilo.
A melhor performance da linha Dart agora estava com o Swinger, hardtop de duas portas e motor 340, por isso chamado Dart Swinger 340.
Ainda em 1971 a Dodge ganha o modelo Demon, uma versão do popular modelo fastback da Plymouth, o Duster, que por sua vez era inteiramente baseado na plataforma do Valiant. Como em outras ocasiões em que a Dodge herdou cópias de carros da Plymouth, as vendas do Demon ficaram muito atrás do rival Duster.
O Dart de melhor performance, o Swinger 340, foi substituído pelo Demon 340 para o ano de 1971. Para 1973, o fastback Demon foi rebatizado como Dart Sport, em resposta a certos grupos religiosos que repudiaram o nome Demon e seu logo, o diabo com tridente.
A novidade para 1973 foi o Dart Sport conversível, que ra basicamente um Dart Sport com acento traseiro rebatível e teto solar rebatível.
O Dart e seu clone na Plymouth, o Valiant/Duster, lideraram o mercado norte-americano no início da década de 70. Entretanto, a grande reputação destes modelos não resistiu ao embargo dos países árabes à produção de petróleo em 1973, que levaram ao racionamento da gasolina, filas nos postos e aumento dos preços em todo o mundo. Tantando aproveitar a nascente demanda por luxuosos modelos compactos, a Dodge lança o Dart SE (Special Edition) em meados de 1974, na versão sedan de 4 portas e hardtop com 2 portas.
Exceto por uma nova grade, os modelos para 1975 eram idênticos aos do ano anterior. Uma versão especial do Dart Sport, o Dart Sport Hang Ten foi lançada com grafismos que aludiam ao surf.
Em 1976, vários modelos especiais foram oferecidos, como uma versão para as forças policiais, com o código de produção A38. Este modelo tinha os mais sofisticados componentes, de ponta a ponta, como suspensão reforçada, freios, refrigeração, parte elétrica e caixa de transmissão superdimensionados para o trabalho que se exigia. Poucos foram produzidos, sendo que a maioria foi para o departamento de polícia de Los Angeles.
Algumas outras variantes foram lançadas em 1976, como o modelo para a celebração do bicentenário da Independência Americana, o Spirit of 76, que tinha grafismos alusivos a bandeira americana. E como a economia de combustível era a maior preocupação do consumidor de então, uma versão Dart Lite foi lançada, que nada mais era que um Dart Sport com peso aliviado. Tinha capô e coletor de admissão de alumínio para o motor de 6 cilindros em linha de 225 c.i., fato inédito na história do Dart. Contava ainda com carburado e distribuidor recalibrados, nova relação de diferencial e caixa automática TorqueFlite ou manual A833 de 4 velocidades. O Dart Lite e seu clone da Plymouth, o Feather Duster, alcançaram a expressiva taxa de consumo de 36 milhas por galão na estrada.
Para o último ano do Dart, 1976, freios a disco se tornaram padrão e um novo freio de estacionamento acionado pelos pés substituiu o arcaico sistema de baixo do painel, usado desde quando Dart foi recriado como modelo compacto para 1963.
Após tantos anos em linha, o Dodge Dart alcançou uma reputação de carro resistente e valente. O Dart foi substituído pelo Dodge Aspen, no final de 1976. Esta troca certamente causou saudades em função dos inúmeros problemas de qualidade e projeto apresentado pelo Aspen em seus primeiros anos.
O Dodge Dart no Brasil
O primeiro Chrysler
O primeiro produto fabricado pela Chrysler no Brasil foi o Caminhão D-400, lançado no início de 1969, mas no mês de outubro era lançado o primeiro automóvel puro sangue da Chrysler, o Dodge Dart.
Inicialmente o Dart era fabricado na versão 4 portas, em um único nível de acabamento e já como linha 1970. Moderno e atual para a época, era basicamente o modelo americano fabricado no mesmo ano.
O primeiro Dodge fabricado no Brasil?
1970
Os principais atrativos do Dodge Dart eram suas linhas retas e harmoniosas, demonstrando se um carro robusto e forte. Sua principal virtude era seu motor V8 (o maior motor produzido no Brasil para veículos de passeio). Este motor possuía 5.212 centímetros cúbicos (cm3) ou 318 polegadas cúbicas (pol3), gerando 198 HP (potência declarada pela Chrysler para não aumentar a taxa de licenciamento que era maior para carros com potência superior a 200 HP) e um torque de 41,5 kgm (Kilogramaforça x metro) a 2.400 rpm (Rotações por Minuto), o que lhe dava um funcionamento macio e silencioso, mas quando solicitado demonstrava o por quê da fama dos motores 8 cilindros. Outro destaque do motor era a sua impressionante durabilidade e a grande possibilidade de venenos.
O interior dos primeiros modelos Dart em 1970
O Dodge Dart era um carro gostoso de se guiar, sendo dócil e ágil, transmitindo segurança graças à firmeza das suspensões (um pouco duras, mas não a ponto de prejudicar o conforto) que o mantinha estável até nas curvas mais fechadas.
Uns dos problemas mais citados no lançamento do Dart era seu acabamento pobre, motivado pela política da Chrysler de oferecer um carro com preço mais baixo possível (NCr$ 23.950), abrindo-se a um mercado situado entre as versões mais caras do Opala, Willys Itamaraty e FNM 2150; e abaixo do Ford Galaxie/LTD.
Outros inconvenientes eram a baixa autonomia oferecida pelo tanque de apenas 62 litros, o consumo de combustível, caixa de direção muito desmultiplicada necessitando de muitas voltas para esterçar as rodas, as calotas eram de difícil remoção, cinzeiros pequenos e rasos, bancos dianteiros mal posicionados e os freios, não que estes fossem ruins, mas seria aconselhável discos na dianteira para melhorar a frenagem.
Mas o que realmente atrapalhava era eixo traseiro rígido, que não permitia boa aderência em pisos irregulares.
Divulgação da linha Dodge Dart 1970
Em testes o Dart cravou quase 180 km, acelerou de 0 a 100 Km/h em 12 segundos e consumiu 5,5 Km/Litro na cidade e 7 Km/Litro na estrada.
A Chrysler oferecia diversos opcionais: Frisos nas laterais e no contorno dos pára-lamas em alumínio, garras de pára-choque, teto de vinil e pneus faixa branca.
O Dart era disponível nas cores Amarelo Carajá, Azul Profundo, Azul Abaeté, Verde Imperial, Branco Polar, Vermelho Chavante e Preto Formal. Os bancos podiam ser da cor verde, azul ou preto, dependendo da cor da carroceria.
Divulgação da linha Dodge Dart 1970
No final de 1969 a Chrysler já tinha fabricado 3.366 unidades de seu carro.
Já em 1970, o Dodge Dart foi eleito o carro do ano pela revista Auto Esporte. No mesmo ano se tornou o líder de vendas no mercado de carros de luxo, tendo 41,4% do mercado.
A Chrysler queria mais, melhorou a linha de produção, chegando a 60 carros/dia. Também para melhorar a imagem do Dart, este começou a ter como opcional freio a discos dianteiros com auxiliar a vácuo (servo-freio). Ocorreram acertos no acabamento e suspensão, além de melhoramentos no trambulador do câmbio.
Em outubro chega o coupé como modelo 1971
Em Outubro de 1970 a Chrysler apresentou a nova linha 1971 lançando o Dart Coupê, com duas portas sem coluna central (visto que na época o mercado preferia carros duas portas).
Oferecido nas versões, Básica e Luxo, qual disponibilizava como itens de série: Rádio, limpador de pára-brisa de duas velocidades, luzes de ré, acendedor de cigarros e refletores laterais; como opcionais existiam: Direção hidráulica, garras nos pára-choques, friso central no porta-malas acompanhando o centro das lanternas, frisos laterais e super calotas (a versão básica vinha com calotas pequenas com a estrela de três pontas da Chrysler). A calota pequena era estampada em aço e depois cromada; e fixada na roda por “ranhuras” existentes na mesma, sendo exclusividade da versão Coupê (o sedã continuava a vir com as super calotas). Uma simplificação no Dart foi a troca dos frisos de alumínio (opcionais) que marcavam a linha de cintura, por uma faixa plotada em preto ou branco, que seguia a linha superior da lateral.
As super-calotas e o modelo menor da versão básica
Em 20 de Novembro de 1970 iniciava-se o 7º Salão do Automóvel, inaugurando o Parque Anhembi, onde a grande sensação era um novo esportivo nacional e um dos únicos Muscle Car nacionais.
Curiosidades: Um fato interessante é que a fábrica numerou o chassi do primeiro dodge a partir de 500 para passar ao consumidor a impressão de que a fábrica já tinha vendido pelo menos 500 Dodges!!!! Outro motivo para isto, é que o consumidor poderia ter receio de comprar um dos primeiros Dodges, com medo que estes viessem com defeitos de fabricação.
Os Dodge Dart de 1969 modelo 1970 realmente tinham o acabamento bem abaixo dos modelos fabricados após 1970, tanto que não possuíam comando interno para abertura do capô, este comando era uma trava após a grade do motor. Outro indício de economia era a tampa do bocal de combustível que não possuía chave. Mas esta foi uma estratégia da Chrysler para reduzir o preço final do Dart e conseguir estabilizar o modelo no mercado, mas na metade de 1970, a Chrysler mudou sua política sobre os opcionais dos seus carros, sendo possível, então, a instalação de alguns opcionais pelas concessionárias. Isto favorecia o consumidor que podia comprar um carro mais barato e sem luxo ou adquirir um carro mais completo. Estas mudanças se refletem hoje na dificuldade de saber a originalidade de alguns itens e identificar corretamente um carro, pois a plaqueta de identificação dos Dodges, onde constam os opcionais, modelo, etc. não era atualizada pelas concessionárias.
O Dodge Dart foi o primeiro automóvel nacional a possuir frente deformável, que tem como objetivo absorver parte dos impactos frontais, diminuindo os riscos de ferimentos nos passageiros. Mas o curioso é que este item foi testado no lançamento do carro em São Paulo, quando um jornalista acabou acertando uma árvore. Neste teste (ou susto) o jornalista saiu ileso, provando a segurança do Dodge Dart.
Antes do lançamento do Dart Coupê, era cogitado que este recebe-se um veneno leve que aumentaria sua potência para 230 HP e que seria lançado o Dart GT, com motor de 383 polegada cúbicas (6.279 cm3) e potência de 290 HP (pena que estes boatos não se tornaram fatos).
Uma mudança quase imperceptível: as letras DODGE na tampa traseira que eram centralizadas e bem divididas, após 1970 ficaram posicionadas a direita do porta-malas e mais próximas umas das outras.
1971
Natal em novembro
Presente de Natal para 1971: Dodge Charger R/T…
Quando o presidente da Chrysler do Brasil, Merle Imus, disse no lançamento do Dart Coupê O Natal para os aficionados por automobilismo será em novembro, não sabia o mito que se tornaria este presente, pois no Salão do Automóvel eram lançados os inesquecíveis Dodge Charger e Dodge Charger R/T (já como modelos 1971). O primeiro era na verdade um discreto coupê, possante e de grande luxo, possuía grade dianteira com faróis embutidos, interior sofisticado, motor de 205 HP (mesmo motor do Dart, mas com escapamento duplo), capota de vinil de série e colunas traseiras alongadas.
… e o Dodge Charger LS!
Já o sensacional Charger R/T (Road And Track Estrada e Pista), era o modelo esportivo da linha. Sempre oferecido com capota de vinil, colunas traseiras alongadas, grade com os faróis embutidos, largas faixas pretas nas laterais (em formato de um C invertido) exatamente nos pára-lamas traseiros junto com as faixas do dart, bancos reclináveis, volante Walrood de três raios esportivo, câmbio de 4 marchas com alavanca no assoalho, console, rodas esportivas Magnum 500, freios dianteiros a disco, escapamento duplo e direção hidráulica. Como opcional, existia somente o ar condicionado. Já o motor era um caso a parte, com seus 215 HP (graças a taxa de compressão de 8,4:1), fazia com que o Dodge Charger R/T acelerasse de 0 a 100 Km/h em cerca de 10 segundos chegando a 190 Km/h, tornando-se o automóvel nacional mais rápido em produção (marca esta que somente foi batida na década de 90). Em compensação, este motor somente aceitava gasolina azul, com maior octanagem que a gasolina amarela (a comum da época).
O modelo Charger diferenciava-se do Charger RT pela motorização (outros pistões davam maior taxa de compressão ao R/T), pelo câmbio de 3 marchas (mas o 4 marchas no assoalho era opcional, junto com os bancos individuais), pela ausência de faixas decorativas, pelo acabamento interno mais simples (sem couro), pela roda de aço coberta pelas calotas do Dart de Luxo (as rodas Magnum 500 eram opcionais ao Charger) e pelos pneus faixa branca (pneus faixa vermelha no R/T- opcionais) .
Outra diferença era o preço: para o Charger Cr$ 32.688 e para o R/T Cr$ 40.988.
As cores disponíveis para esses carros eram as mesmas do Dart 1970: Preto Formal, Azul Guaíba, Amarelo Carajá, Branco Polar, as metálicas: Vermelho Xavante, Azul Abaeté, Azul Profundo, Ouro Espanhol, Verde Fronteira, Verde Minuano, Cinza Bariloche e mais as exclusivas para os Chargers: Verde Tropical e Amarelo Boreal.
Apenas no Charger R/T: volante Walrod…
Em 1971, a Chrysler passou a oferecer a opção de transmissão automática Torque-Flite de 3 marchas e ar condicionado para o Dart Sedan e para os Chargers.
Em julho a razão social da empresa muda definitivamente para Chrysler Corporation do Brasil, em virtude da absorção de ações restantes nas mãos de terceiros.
Até o final de 1971 foram fabricados quase 30.000 Dodges, demonstrando a qualidade dos avanços que empresa promoveu em seus produtos, como as melhorias de acabamento, melhoria da segurança com a adoção de freios dianteiros a disco e incremento do conforto ao oferecer a direção hidráulica e transmissão automática.
Entretanto, os Dodges usados já mostravam alguns problemas como falhas do Carburador DFV 446, tampa do tanque de combustível que deixava vazar gasolina, o péssimo tratamento da chapa e as vedações da carroceria que deixavam entrar água e vento.
…faixas exclusivas…
Em 1971 de cada 100 Darts que saiam de linha de montagem, 65 eram duas portas, mostrando uma tendência que até a década de 90 persistiu entre os consumidores. Em virtude do grande sucesso dos carros duas portas e do Charger, a Chrysler decidiu lançar um carro esportivo e barato, para concorrer com os esportivos mais baratos vendidos no mercado.
… e rodas esportivas Magnum 500. Pneus faixa vermelha eram opcionais no R/T.
Curiosidades: A Chrysler e principalmente o Dodge Charger R/T viraram estrelas de cinema no filme Roberto Carlos a 300 Km/h onde Roberto Carlos pilotava, em Interlagos, o R/T que pegava na concessionária (em que ele e Erasmo Carlos trabalhavam) para testar suas habilidades de piloto. Uma das gratificações que Roberto Carlos recebeu pelo filme foi um Charger R/T na garagem, doado pela Chrysler do Brasil.
Este não foi o único filme estrelado por Roberto Carlos com patrocínio e fornecimento de veículos pela Chrysler; em Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, Roberto dividiu algumas cenas com um Chrysler Esplanada e também foi presenteado com um veículo deste modelo.
Lançamento da linha Dodge Dart para 1971
A Chrysler teve que chamar os proprietários dos Dodge Dart fabricados com rodas de furação excêntrica para a troca destas, que apresentavam defeitos. Este recall foi realizado em 1971. Em 1973 houve a troca do cilindro mestre / servo-freio de uma série que apresentava excessivo desgaste. No recall ocorrido em 1971, alguns disseram que isto foi provocado pela Chrysler como uma forma de promoção, visto a fama que o Ford Corcel ganhou após uma operação de recall.
Dodge Dart coupé 1971
1972
Lançamentos
Em 1972 são lançados o Dodge Gran Coupé…
A linha 1972 trouxe boas novidades: Internamente, novo painel, podendo ser revestido com adesivo imitando jacarandá (adesivo que era instalado nos Chargers e Dart Sedan), os instrumentos foram redesenhados, ganhando fundo branco e números pretos, o amperímetro e o manômetro de óleo deram lugar a luzes espias, finalizando, uma só alavanca passou a reunir o controle do ventilador de duas velocidades e o regulador de distribuição do ar.
Também houveram mudanças nas padronagens internas, onde os bancos do R/T foram redesenhados e o volante foi revestido em couro (antes este revestimento era em madeira).
… o Dodge Gran Sedan…
Externamente o Dart ganhou uma nova traseira, composta por novas lanternas divididas em três seções e moldura de plástico, que junto com um friso metálico formam um belo conjunto.
Na dianteira a grade ganhou um friso horizontal cromado mais largo, os piscas passaram a ser da cor laranja e o logotipo Dodge, deixou de ser central e com letras separadas, mudando para a esquerda e escrito com letra de fôrma maiúscula sem separação.
Na lateral o Dart ganhou dois filetes nas cores preto ou branco, dependendo da cor do automóvel, sendo interrompidos pelo emblema DART no sedan e DART DE LUXO no coupê, situado nos pára-lamas traseiros.
O Dart coupê recebe as mesmas supercalotas do Dart Sedan. Na época era comum os proprietários trocarem essa calota pela pequena, do ano anterior. Isso era feito por causa das supercalotas dificultarem a calibragem dos pneus, pois cobriam quase por completo o “bico” de calibragem. Outro fator que favoreceu a troca pelas calotas pequenas, é que as supercalotas faziam barulho.
Os opcionais oferecidos para o Dart eram: pneus faixa branca, teto de vinil, direção hidráulica, freios a disco com auxilio a vácuo, câmbio automático, ar condicionado Slim Line e pintura metálica.
… e o mais aguardado de todos, o Dodge Dart SE
Já o Charger R/T ganhou a mesma traseira do Dart (somente o friso era pintado com outras cores), nas laterais e na dianteira grossas faixas decorativas em preto fosco, grade também pintada em preto fosco e incluindo o logotipo Charger no centro.
Completando a dianteira, o capô ganhou pinos expostos com trava. Na lateral, além das faixas, o logotipo Charger R/T passou da coluna traseira para o final do pára-lama. As rodas Magnum 500 ganharam bordas cromadas.
O R/T tinha como opcionais: câmbio automático, ar condicionado, pintura metálica e pneus com letras brancas.
Novidades para a linha Dart em 1972: novo painel
Já o Charger não possuía a trava no capô e as faixas decorativas eram dois filetes com o logotipo Charger no final do pára-lama.
O Charger tinha como opcionais: bancos reclináveis, câmbio 4 marchas com console central ou câmbio automático, direção hidráulica, ar condicionado e pintura metálica.
Nova traseira
Houveram também alterações no sistema elétrico onde a bobina e a caixa de fusíveis foram reposicionados, o chicote elétrico foi refeito completamente, passando a não existirem emendas, com todos os fios posicionados num único conjunto(até 1971 o chicote era dividido em duas partes).
Nova lanterna com 3 seções
1973
Na linha Dart/Charger 1973 houveram grandes mudanças, como novas lanternas traseiras, freios a disco dianteiros de série, painel redesenhado, lampejador do farol alto na alavanca de sinalização direcional, pisca-alerta de série e novos sinalizadores sobre os pára-lamas que ficaram menores e quadrados. Na parte mecânica a única alteração foi no sistema de motor de arranque, passando a ser mais direto e menos barulhento.
Novas lanternas para a linha Dart e Charger em 1973
Para a linha Charger, a maior mudança foi a reestilização da dianteira, com uma nova grade quadriculada, formada por duas máscaras divididas verticalmente por um novo emblema (foguete estilizado ou um V invertido) e faróis duplos embutidos: na parte esquerda ficava o logotipo Dodge, imitando manuscrito. O Capô recebeu duas entradas de ar falsas (flautas), exatamente sobre cada fileira de cilindros. Neste ano o RT perdeu as travas externas do capô (mas que poderiam ser instaladas nas concessionárias) e as faixas pretas sobre ele. As laterais passaram a ter faixas pretas decorativas na linha de cintura, compostas por duas pequenas linhas envolvidas por um friso mais fino e interrompidas pelo logotipo Charger R/T escrito em letras vermelhas no fim dos pára-lamas traseiros. Na traseira as lanternas foram modificadas, ficando lisas e vermelhas, com um pequeno retângulo branco na parte inferior (luz de ré). Entre as lanternas, foi modificado o friso, passando a ser metálico, opaco e cobrindo apenas a parte inferior da tampa do porta-malas. Na parte superior, no centro, ficava o logotipo Dodge em letras divididas e grandes.
No interior o Charger recebeu novos bancos, agora com encosto de cabeça, o painel ganhou um revestimento imitando cerejeira e um rádio embutido com botões verticais, os mostradores ganharam nova grafia. Os retrovisores externos ganharam regulagem interna e o interno passou a ter posição dia-e-noite.
Ainda na linha Charger, surgiu o Charger LS que substitui o Dodge Charger. O LS era mais simples que o RT, não possuindo as flautas no capô e as faixas decorativas eram compostas por filetes menores e seguiam as laterais superiores. O Charger R/T custava Cr$ 50.783,00 e o LS Cr$ 43.151,00. Como opcionais o R/T poderia ser equipado com Ar condicionado, pintura metálica, pneus com letras brancas, câmbio automático e protetores de pára-choque. Já o LS poderia ser calçado com as rodas Magnum 500, mas de série vinha com as calotas do Dart Gran Coupê, porém com os miolos diferenciados pelo emblema da estrela de três pontas da Chrysler e os opcionais do R/T.
Na linha Dart a dianteira ganhou nova grade em plástico dividida horizontalmente e novos frisos dianteiros. O logotipo Dodge em manuscrito ficava no lado esquerdo do capô.. A supercalota foi abandonada e os Dart voltaram a utilizar a calota pequena, agora de aço inox e fixada por um suporte parafusado na roda.
Na traseira novas lanternas e emblemas traseiros. Ainda na linha Dart foram lançados o Gran Sedan e Gran Coupé, estes possuíam um ótimo acabamento, melhor isolamento acústico, tanto interno como externo, pois eram carros destinados à pessoas com maior poder aquisitivo. Externamente os dois modelos possuíam teto em vinil delimitado por frisos cromados, calotas de inox, grade na cor cinza, emblemas especiais, friso decorativo no porta-malas e cores sóbrias. No interior o nível de acabamento era muito bom, com várias luzes de cortesia. Por causa do lançamento do Gran Sedan o Dart Sedan, deixou de ser produzido.
Para os Chargers, nova frente e…
No Dart SE, por solicitação dos consumidores, várias, porém sutis modificações foram implementadas, como o botão da buzina agora maior, mas em formato exclusivo (diferente do Charger) e a inclusão de itens até então não disponíveis nem como opcionais, como o retorno automático do pisca-pisca, tampa do tanque com chave e conjunto bomba e esguicho de água para o parabrisa. Opcionais importantes passaram a ser oferecidos, como os freios dianteiros a disco com auxílio a vácuo, ventilação forçada e pisca-alerta, além da possibilidade de equipar o carro com os acessórios oferecidos pelas concessionárias, como as travas para o capô, direção hidráulica e teto de vinil. O exterior do carro seguia as inovações da linha, como a nova grade dianteira, que neste modelo era totalmente pintada de preto fosco, mantendo os frisos de contorno da cor da carroceria. O capô preto fosco e as faixas laterais permaneciam as mesmas da versão do ano anterior e os primeiros modelos 73 eram vendidos com as lanternas traseiras da versão 72, uma forma inteligente de desovar o estoque destas peças e uma exclusividade desta versão.
… capô com falsas entradas de ar (flautas) e…
Os Darts Gran Sedan e Gran Coupê não possuíam faixas laterais, já o Dart ganhou um faixa similar as dos Darts de 1971, apenas mais grossas. O Aro da buzina foi pouco alterado não cobrindo todo a circunferência e no Gran Coupê e Gran Sedan o botão da buzina é similar ao do Charger, mas com outro desenho central.
O ano de 1973 foi o melhor para a Chrysler, com a venda de 17.939 Dart/Charger e 15.399 Dodge 1.800, mas nem tudo era maravilha, pois a Crise do Petróleo teve início e o Dodge 1.800 se mostrava um carro problemático.
… novas faixas laterais.
1974
Pagando caro
Em 1974 o mundo todo é aterrorizado pelo preço do petróleo e cada vez mais, com embargo da Opep, a gasolina encarecia fazendo com que as montadoras mudassem seus planos a fim de fabricar carros econômicos. Nos Estados Unidos, onde os motores V8 dominavam completamente o mercado, as montadoras começavam a pesquisar formas para que seus motores se tornassem mais econômicos e menos poluentes.
Em 1974 o Charger ganha novo conjunto de faixas
Aqui não foi tão diferente, os Dodges v8 tiveram uma grande queda nas vendas (11.318 contra 17.939 veículos Dart/Charger vendidos no ano anterior). No mercado de usados os automóveis com motores 6 cilindros e 8 cilindros tiveram a procura reduzida e como conseqüência o valor de revenda começava a cair.
Para 1974, a Chrysler não vez muitas alterações na linha Dart/Charger. No caso do Charger este ganhou novas faixas decorativas laterais que começam no pára-lama traseiro, rente a porta, formando um C e com o logotipo Charger R/T entre as faixas, o friso lateral era mais fino e possuia uma curvatura próximo à roda traseira e abaixo dele, a carroceria era pintada em preto fosco, as flautas do capô ganharam um novo desenho, a tampa de combustível era pintada da mesma cor da carroceria e saíram de linha as famosas rodas Magnum, dando lugar as rodas da linha Dart com enfeites cromados e calota, dando um belo aspecto ao R/T. O Charger LS ganhou painel com imitação de cerejeira e os frisos em preto fosco como no R/T. Neste ano o Charger R/T custava Cr$ 57.712,00 (preço de fábrica). Tanto a linha Charger como os Dart Gran Coupê e Gran Sedan, podiam vir com o vinil preto ou caramelo, combinando com as cores do estofamento.
Na linha Dart, externamente não houveram alterações, somente a retirada de alguns frisos e a mudança do friso lateral que passou a ter uma curvatura próximo às rodas traseiras (menos nos modelos Gran Coupé e Gran Sedan) e a pintura da tampa de combustível da mesma cor da carroceria. Toda a linha Dart ganhou novas cores, mais vivas.
Na parte mecânica os Dart/Charger ganharam ignição transistorizada (opcional para o Dart), que eliminava o platinado e condensador, mantendo o motor regulado por mais tempo e oferecendo melhor desempenho, a direção hidráulica foi trocada pela fabricado pela ZF, mas a maior mudança mecânica no Dodge Charger era a possbilidade de equipar o carro com câmbio automático, cuja alavanca de acionamento ficava no chão e não mais no painel, como o resto da linha.
No SE, o capô e porta-malas perderam a pintura em preto fosco e as faixas decorativas foram alteradas, o revestimento dos bancos era da mesma cor da carroceria e os freios a disco passaram a ser de série.
Mesmo melhorando continuamente a qualidade de seus produtos, a Chrysler era prejudicada pelos seus próprios erros e principalmente pela crise do petróleo (vendeu 11.318 Dart/Charger). Ainda tentando melhorar a imagem de carro gastão que os Dart/Charger possuíam, o departamento de engenharia estava desenvolvendo um dispositivo para avisar o motorista quando seu pé direito estava demasiadamente pesado.
O Dart SE também ganha novas faixas laterais
Curiosidades: A partir de 1975 o pisca-alerta se tornou obrigatório para todos os carros nacionais.
Os automóveis da linha Dart/Charger foram os primeiros do Brasil a utilizarem a ignição eletrônica, uma inovação tecnológica importante para a época.
1975
Econômetro??
Em 1974 o Dart Sedan estava de volta
Neste ano os Dodge Dart/Charger vinham equipados com um equipamento chamado Fuel Pacer, instalado junto ao carburador, que ao detectar que a mistura ar/combustível estava rica demais acionava a lâmpada direcional do pára-lama dianteiro esquerdo, avisando assim o motorista/piloto para que aliviasse o pé ou colocasse uma marcha mais apropriada e economizasse combustível.
Gran Coupé com a frente do Charger 1974
Neste ano reapareceu o Dart Sedan (4 portas), aumentando assim a gama de produtos da linha Dart (Dart de Luxo, SE, Gran Coupé, Sedan de Luxo e Gran Sedan). As alterações mais marcantes desta linha foram nas grades, tanto o Dart de Luxo, Sedan de Luxo quanto o SE ganharam uma grade igual à do ano anterior, mas sem divisão horizontal, com sinaleiras verticais e com o logotipo DODGE na grade, no canto esquerdo. A grade do SE era pintada em preto fosco (característica do modelo) com os frisos de contorno do capô da mesma cor da carroceria.. A grade do Dart era pintada em prata e os frisos eram cromados.
Nas laterais o Dart ganhou faixas laterais com filete duplo (branco ou preto dependendo da cor do carro).
Já o Gran Coupé e Gran Sedan, ficaram mais desejáveis com a frente igual aos Charger do ano anterior, mas com uma moldura cromada que envolvia a grade, além de logotipos laterais diferentes com escritos GRAN SEDAN e GRAN COUPÊ e brasão da linha nas colunas traseiras, junto com o vinil. Outras mudanças no Gran Sedan e Gran Coupê foram nos frisos laterais que ficaram mais grossos e as faixas laterais com filete duplo que ladeava o vinco da carroceria do pára-lamas dianteiro até se aproximar das caixas de rodas traseiras.
No SE a grande mudança foram nas faixas laterais, agora com os dizeres Special Edition por extenso nos pára-lamas dianteiros e que percorriam toda a lateral do automóvel, muito semelhante as faixas do R/T do mesmo ano. Outra mudança foi na tampa traseira, na qual foram colocadas as letras D O D G E e eliminada a pintura em preto fosco entre as lanternas.
O mesmo para o Gran Coupé deste ano
Para toda a linha Dart/Charger, na traseira houveram modificações nas lanternas, molduras e no friso do porta-malas que passou a ser retangular no meio da tampa, revestido com vinil (Charger LS e R/T) ou pintada com o logotipo DODGE no campo direito. No interior o painel foi redesenhado e na coluna de direção foi acoplado o pisca-alerta. Os bancos podiam ser beges ou pretos, combinando com o vinil.
Na linha Charger, poucas mudanças, internamente o painel foi reestilizado e externamente, a grade dianteira deixou de ser quadriculada, ficando apenas os frisos verticais. Na traseira o que muda em relação ao Dart de 1974 eram os logotipos, possuindo no friso a palavra DODGE no centro em letras grandes e divididas, e no canto direito o logotipo CHARGER R/T. Nas laterais novas faixas decorativas, sendo horizontais e percorrendo toda a lateral do carro, sendo interrompidas pelo logotipo CHARGER R/T. Já no Charger LS corriam dois filetes na linha de cintura igual ao Dart.
Em todos os Dodges V8 que possuíam câmbio automático, havia um emblema com os dizeres AUTOMATIC, colocado no canto esquerdo da tampa do porta-malas. Outra mudança, quando equipado com o câmbio automático, o Charger ao invés do conta giros no painel, vinha equipado com um relógio.
Os Dodges V8 eram disponíveis nas cores: Branco valência, amarelo montego, vermelho dinastia, preto ônix, prata lunar, azul meia-noite, vermelho asteca, castanho corsa, verde pinho e marrom clássico, já o SE era encontrado somente nas cores: Branco valência, amarelo montego e vermelho dinastia.
Mas mesmo com as constantes mudanças nas linhas, as vendas da Chrysler caíram muito neste ano (em média 50% ao ano anterior, que também não foi bom), por causa desta queda os automóveis que tinham menor procura foram retirados de fabricação.
Novas faixas laterais para o Dart SE
Curiosidades: Sabe-se que foram produzidas algumas Dart perua pela Brasimca, houve bastante aceitação do público e dos executivos americanos, mas não houve um momento apropriado para o lançamento da Station Wagon.
Sobre a crise no petróleo a Chrysler tentava contornar o problema de algum forma, tanto que testou motores 4 e 6 cilindros em V todos derivados do 318 do Dart para equipar os carros médios-grandes da Chrysler. Tratava-se, na verdade, do mesmo motor porém tendo dois ou quatro conjuntos de pistão/biela retirados do bloco.
Que ainda ganhou tampa com logo exclusivo
Nota do autor: Como esta idéia não chegou ao mercado, imaginamos que não deve ter funcionado a contento.
Nova traseira para a linha 75
Foi também testado o 6 cilindros do Valiant argentino, mas nenhum se mostrou capaz de substituir o 318.
O Dodge Charger com nova grade dianteira
Neste ano começaram os primeiros testes com o novo combustível brasileiro, o Álcool Etílico, e mais uma vez os carros da Chryler foram pioneiros, pois o primeiro veículo a rodar com álcool no Brasil foi um Dodge 1800, desenvolvido no CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial) neste mesmo ano de 1975.
1976
Perdendo Amigos
Na linha 1976 foram retirados de fabricação os esportivos Dart SE e Charger LS e o luxuoso Dart Gran Coupê. Infelizmente, estes carros não tinham muita procura, pois com o preço de um Dart SE novo, já era possível comprar um Dart de Luxo semi-novo, e que oferecia um pouco mais de conforto e equipamentos. Já quem tinha dinheiro pra comprar um Charger LS ou Dart Gran Coupê 0 km pagava mais e comprava um Charger R/T ou ainda, optava pelo mercado de usados, já que os beberrões, a cada aumento de gasolina, desvalorizavam no mercado.
Este ano a Chrysler não modificou muito seus produtos. O Dart ganhou novos bancos, forração de portas, o volante foi trocado por um 4 raios, o rádio foi substituído por outro modelo com botões convencionais (dois em cada canto). No Charger R/T as novidades foram os bancos anatômicos com encosto alto e volante igual ao Dart. Externamente o R/T ganhou novas faixas, um pouco mais finas que do ano anterior. Já o Dart ganhou faixas que começam no pára-lamas dianteiro e vai até a antes da metade do pára-lamas traseiro, sendo interrompido pelo emblema DART DE LUXO e a moldura traseira agora é toda em metal.
Já o Gran Sedan somente teve alterações internas como toda a linha Chrysler, onde recebeu novo volante, rádio e novas padronagens dos estofamentos, melhorando bastante o conforto interno. Nas mudanças externas foi modificado o vinil que agora cobre toda a capota.
1977
Neste ano a Chrysler não mudou muito seus automóveis, no Charger R/T, a maior mudança foi a redução da taxa de compressão, passando de 8,4:1 para 7,5:1, com isso o Charger podia utilizar gasolina comum sem prejudicar seu rendimento, mas esta alteração tirou 10 HP do esportivo, ficando com apenas 205 HP.
Internamente o estofamento ganhou a opção da cor Vinho Vinho em couro legítimo, já externamente a única mudança era uma nova faixa lateral, que comparada com a faixa do ano anterior, ficou mais estreita e com cantos retos.
No Dart não houveram grande mudanças, a não ser, no remanejamento de itens de série e outros opcionais como por exemplo: de série no modelo standard vinham agora luzes no compartimento do motor, porta-malas e cinzeiro, ventilação interna com motor elétrico, relógio, freios a disco com servo-freio, ponteira do escapamento cromada, tapetes, entre outros. Como opcional o Dart podia vir com câmbio 4 marchas, escapamento duplos, direção hidráulica, ar condicionado e pintura metálica.
O principal motivo das poucas alterações na linha Dart/Charger deveu-se ao fato de que nesta época as verbas da empresa eram mais destinadas aos veículos menores e e de maior aceitação no mercado, tanto que a grande novidade foi o Polara, cada vez melhor e com as vendas em alta, tanto que ganhou o título do Carro do Ano pela revista Auto Esporte. Mas mesmo o Polara não trazia novidades em 1977, tanto que as únicas diferenças do modelo anterior eram a ponteira do escapamento e a possibilidade do estofamento ser em tom vinho. As versões disponíveis eram denominadas L e GL.
Mesmo com o merecido prêmio, a Chrysler amargava prejuízos, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, a crise derrotava a todos, Os consumidores compravam carros que não satisfaziam seus gostos, mas sim os seus bolsos. Neste ano, as linhas Dart/Charger, venderam apenas 1.565 carros V8, já o Polara vendeu 638 carros a mais que o ano anterior; mesmo este aumento não animava os diretores da Chrysler.
Mesmo com a crise em alta e as vendas em baixa a Chrysler não desistia, seus modelos para o próximo ano, a fim de melhorar as vendas.
Curiosidades: O Charger R/T era vendido com 3 padrões de estofamento: preto, caramelo e vinho, sendo que o vinil sempre acompanhava a cor do estofamento. No caso do estofamento vinho, a faixa também nas laterais era da mesma cor, criando um modelo raro e exclusivo.
1978
Mudanças
Na linha Charger as novas faixas decorativas laterais agora seguiam o terço inferior das laterais (mais próximo das rodas) e ficaram mais largas. O teto de vinil foi dividido pela metade começando após as portas (estilo Las Vegas). Já o logotipo Charger R/T passou novamente a estar na terceira coluna do teto, sobre o vinil.
Na frente, o capô perdeu as falsas entradas de ar (como nos Chargers de 1971 e 1972) e nas laterais foram retirados os frisos da caixa de ar. Na mecânica somente ocorreram mudanças no carburador deixando o R/T mais econômico. Nas concessionárias o Charger R/T custava Cr$ 165.100 e com todos opcionais Cr$ 184.964.
Como opcionais o Charger podia vir equipado com pneus radiais, ar condicionado, câmbio automático, faróis duplos bi-iodo, retrovisor interno prismático e pintura metálica. O estofamento podia ser preto, caramelo ou vinho (este último somente disponível para o Charger cor Vermelho Verona) e o vinil podia ser preto, caramelo ou branco.
O Dart Coupê/Sedan vinha com recalibragem no sistema de carburação, deixando-o mais econômico.
Seguindo a linha 77 o Dart trazia vários itens de série, sendo opcionais somente: Rádio de três faixas, direção hidráulica, ar condicionado e transmissão automática.
O Gran Sedan recebeu as mesmas mudanças mecânicas do Dart e a pintura da faixa lateral acompanhava a cor da capota de vinil.
As cores disponíveis para linha eram: Branco-madagascar, bege-indiano, amarelo-alamo; as metálicas: azul-capri, castanho-trípoli, vermelho-verona e ouro-toledo. As duas últimas somente oferecidos para o Charger e Gran Sedan.
Mesmo com problemas a Chrysler tentava arrumar saídas, tanto que reformulou toda a linha Dart/Charger para 1979, deixando mais atuais seus produtos e lançando novos modelos, mas mesmo com estas modificações as vendas continuavam a cair, mesmo em outros países, a Chrysler não ia bem e amargava prejuízos.
Curiosidades: A desvalorização dos automóveis com motores potentes (e gastões) era tanta, que um Dart 1969 valia Cr$ 25.000, este valor equivalia à metade do valor de um Volkswagen 1.300 (Fusca) de 1969, que quando novo era bem mais barato que o Dart.
Nos anúncios do Charger e Dart em 1978, sempre no rodapé esta e seguinte frase Garanta o combustível de amanhã. Respeite os 80. , fazendo referência a campanha do governo pela economia de combustível, que na época trouxe muitas imposições aos consumidores, como postos fechados das 20:00h até as 6:00h e também aos finais de semana, sendo mais um problema a ser enfrentado por quem tinha carros de alto consumo e pequena autonomia. Devido ao limite de velocidade nas estradas ser de 80Km/h, as fabricas buscavam acertos nos veíulos para que estes tivessem melhoras no consumo até esta velocidade, A linha Dart/Charger 78 não fugiu à regra, tendo ficado mais econômica quando utilizada nas velocidades regulamentares.
Grandes mudanças na linha Dart/Charger ganhando dois irmãos, o Magnum e o Le Baron, respectivamente um Coupé e um Sedan, ambos muito luxuosos. As principais mudanças ficaram na carroceria, que no caso do Dart ganhou nova frente e nova grade. No Magnum, Le Baron e Charger R/T a frente possui quatro faróis e grade bipartida. Já na traseira todos os modelos ganharam nova tampa do porta-malas e lanterna retangulares horizontais, divididas em duas (freio/seta e luz de ré). Para toda a linha também foram criados novos pára-choques dianteiros e traseiros e o friso da caixa de ar era mais estreito e reto.
Novos modelos: o coupé Dodge Magnum…
No Dart a lateral ficou inalterada, inclusive mantendo as discretas faixas laterais na linha de cintura, que terminavam nos emblemas DART DE LUXO existentes nos pára-lamas traseiros. Na traseira, a única diferença entre os outros modelos é um emblema DODGE, fixado no canto direito. Tanto o Dart Coupê como o Sedan, tiveram os primeiros modelos fornecidos com as mesmas calotas centrais utilizadas no Dart Se (provavelmente mais uma maneira de desovar estoques), posteriormente sendo substituídas pelo conjunto de calota plástica e sobre aro cromado idêntico ao utilizado pelo RT dos anos anteriores, não recebendo porém, as argolas decorativas nos furos das rodas.
O sedan Le Baron
No Charger as maiores mudanças foram a retirada das faixas laterais decorativas e a coluna traseira prolongada, mas em compensação ganhou pintura em dois tons, rodas de liga-leve (foi o primeiro carro nacional de uma grande montadora a possuir este item de série) e janelas laterais com persianas (em fibra de vidro).
Nas laterais ganhou o logotipo CHARGER R/T, entre as rodas dianteiras e as portas. Na traseira o único diferencial sobre o Dart era um friso que separava a tampa do porta-malas e o painel traseiro, tanto que neste caso a moldura das lanternas era igual a do Dart. O Charger perdeu o conta-giros do painel, ganhando o mesmo relógio a quartzo do Magnum, inconcebível a um esportivo.
No Magnum, se destacavam as faixas laterais decorativas, calotas raiadas, teto em vinil dividido por um cinturão que terminava nas novas molduras dos vidros laterais traseiros, produzidas em fibra de vidro e pintadas na cor da carroceria (deixando com este cinturão, as colunas das portas mais largas). Também no Magnum foi incluso uma mira na frente do capô e existia a possibilidade deste modelo estar equipado com Teto Solar elétrico. Na traseira este ganhou uma placa de aluminio com a escrita DODGE.
E um Dart com nova frente
Já o Le Baron, era lateralmente idêntico ao Dart Sedan, menos pelas calotas e faixas decorativas. O Le Baron vinha com teto em vinil e possuia uma mira na frente do capô, igual a do Magnum. Era equipado com câmbio mecânico de 3 marchas na coluna ou câmbio automático na coluna. Era o único modelo da linha a vir equipado de série com pneus diagonais com faixas brancas (Good Year Super Águia 7.35 14), buscando com isso, um menor nível de ruído e maior conforto ao rodar.
Toda a linha Dart/Charger/LeBaron/Magnum recebeu novas forrações e tecidos, podendo ser nas cores bege, azul ou preto; novo ar condicionado (mais estreito), as manivelas de vidro, pinos de trava da porta, o espelho interno e o suporte dos puxadores das portas eram cinza, novos bancos, painel coberto por vinil, rádio AM/FM com toca fitas e antena elétrica, novo relógio elétrico em quartzo, alto-falantes coaxiais (01 no painel e 02 logo atrás dos bancos traseiros), porta-malas acarpetado, novo posicionamento do estepe, tratamento acústico e térmico reformulado.
Na parte mecânica ganhou nova bateria com 54 ampéres, novo radiador com 19 litros dotado de defletor de ar. Para amenizar o problema da baixa autonomia (os postos não abriam aos finais de semana) o tanque de combustível passou a ter capacidade para 107 litros (ocupando o espaço anterioremente utilizado pelo estepe) e modificações na suspensão deixaram o carro mais macio e confortável, entre outras alterações. A partir de maio de 79 foi lançada uma nova transmissão automática, denominada de Lock Up, que possuía bloqueio do conversor de torque, deixando o carro mais ágil e econômico.
Para todos os modelos, nova traseira
Na linha de carros pequenos, o Polara ganhou um opcional interessante: transmissão automática de quatro velocidades (mais uma vez, a primeira do Brasil), ficando mais luxuoso e exclusivo. As relações de marchas da transmissão automática eram quase idênticas a da transmissão mecânica, sendo a última marcha igual nos dois casos (1:1). No interior, o Polara GL ganhou nova padronagem do estofamento, idêntica a da linha Magnum e com as mesmas opções de cores..
Outra mudança foi a recalibragem (alteração da agulha) do carburador o que deixou o carro mais econômico que seu antecessor, porém perdendo um pouco de seu desempenho.
Mesmo com o final das importações de automóveis e com seus novos produtos superiores em vários aspectos aos modelos anteriores, tudo ia contra a Chrysler, pois a empresa mesmo nos EUA não estava bem e para melhorar a situação da matriz americana esta decidiu vender 67% das ações da filial brasileira para a Volkswagen da Alemanha em Janeiro de 1979 quando então esta se tornou sócia majoritária. Outro grande problema foi a crise do petróleo, que piorou devido a revolução iraniana, aumentando a recessão e aterrorizando ainda mais os motores V8 e seus donos.
Neste ano, os presidentes da Chrysler e da Volkswagen visitaram as instalações dos produtos Dodge e anunciaram a intenção de ampliar a produção do Polara, Dart e Magnum. Já em Maio o novo presidente da Chrysler reafirmava a intenção de aumentar a fabricação dos Dodges e ampliar a rede de revendedoras, acrescentando 24 unidades, a serem construídas nos próximos 3 ou 4 anos.
Mesmo com a declaração dos funcionários de alto escalão da Volkswagen, os meios de comunicação colocaram em dúvida a continuidade da produção dos veículos Dodge, então para tranquilizar os compradores e evitar o acúmulo de veículos no pátio, a Volkswagen publicava anúncios mostrando que a Chrysler estava mais forte com a associação da Volkswagen, mas com o tempo, o inimigo foi mostrando a sua face…
Curiosidades: Somente em 1988 outro carro nacional ganhou transmissão automática com quatro velocidades, o Opala Diplomata SE. Os outros nacionais com transmissão automática só tinham três velocidades.
A frente do novo Dart é igual ao Dodge Dart americano de 1974, já a frente dos Magnum, Le Baron e Charger R/T foi um projeto inteiramente nacional. A traseira de toda a linha é semelhante ao Dart americano de 1974. A nova frente do Magnum, Le Baron e Charger R/T eram produzidas em em fibra de vidro e as concessionárias receberam treinamento especial e kits específicos para efetuar reparos nestas áreas.
O Charger R/T era fabricado nas cores: marrom metálico com bege (interior bege), azul claro com preto e preto com prata (interior preto).
E ainda um Charger RT radicalmente novo
O Dodge Magnum encantava tanto os consumidores com seu conforto e design que ganhou o título de Carro Status do Ano. Algumas unidades chegaram a receber um adesivo de comemoração na tampa do porta-luvas.
1980
Falsas Verdades
A nova e derradeira linha Dodge, para 1980
Com a aquisição da maior parte da Chrysler Brasil pela Volkswagen, esta não modificou muito os produtos da linha Dart/Charger/Magnum/Le Baron. No caso do Charger este ficou mais para um Magnum mais simples do que para um esportivo, tanto que perdeu a pintura em dois tons e as persianas laterais, o único detalhe que mostrava que aquele carro era um Charger R/T era os emblemas, rodas de liga e documentos.
Na linha V8, os modelos podiam ser equipados com limpador de pára-brisas com temporizador, lavador elétrico do pára-brisas, espelho no pára-sol direito e luz do interruptor de ignição/partida temporizada (que sumiu em 1979).
Na linha Dart/Magnum/Le Baron somente ocorreram mudanças no (posicionamento de emblemas e faixas.
Mas, os consumidores já previam o que a Volkswagen não assumia, o encerramento da produção dos veículos Chrysler principalmente pela compra do restante das ações da montadora americana em Novembro de 1980 e sem dúvida isto foi um passo fundamental para o encerramento da produção dos carros, pois mesmo com todos os predicados, os consumidores preferiam comprar carros cuja chance de serem descontinuados e conseqüentemente desvalorizarem-se em demasia era menor e a linha Dodge passou a ser vendida ao seleto e fiel grupo dos admiradores da marca, que pressentindo o final próximo, apressaram-se em adquirir os últimos modelos.
Curiosidades: Para identificar os modelos com câmbio automático e sistema lock-up, era colocado um adesivo do lado esquerdo do cofre do motor.
Fonte: www.dodge-dart.org/i.ytimg.com/www.wermopar.com
Redes Sociais