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Lançado em 1992, com a dura missão de substituir o bem-sucedido Opala, o Omega (última letra do alfabeto grego) era um sedã de grande porte, com luxo e requinte para enfrentar os importados.
Seu desenho tinha baixo coeficiente aerodinâmico, Cx de 0,30.
Tinha um grande porta-malas, que podia ser ampliado graças ao banco traseiro bipartido e rebatível.
O Omega era equipado com os motores 2.0 4 cilindros (do Monza) e 3.0 6 cilindros (importado da Alemanha).
Em 1993, ganhava a perua Suprema, com capacidade de carga de 540 litros a 1.850 litros (com bancos rebatidos), que foi produzida até 1996.
Em 1995, ganhava novos motores, o 2.2 4 cilindros e o 4.1 6 cilindros, o mesmo do Opala, mas retrabalhado pela Lotus (que na época pertencia a Chevrolet) e com injeção eletrônica.
O Omega foi produzido até 1998, sendo substituído pelo Holden Commodore importado da Austrália.
História no Brasil do Omega
O início da década de 90 ficou marcado pela abertura do mercado aos outros países. Muitos novos automóveis chegaram ao Brasil e provocaram uma reação quase que imediata da concorrência, acostumada a fabricar modelos defasados anos e anos em relação ao exterior.
O carro grande da General Motors do Brasil era o veterano Opala.
Fabricado no país desde 1968, com base no Opel Rekord alemão e na mecânica do Chevrolet Impala norte-americano, o modelo já estava bastante desatualizado em relação a outros carros grandes e de luxo como o Toyota Camry ou Honda Accord.
Desse modo a GM apresentou em 1992 o sucessor do Opala: o Omega.
Com projeto identificado como 1700, o novo modelo da marca chegava às ruas apenas 25 meses depois da decisão de sua fabricação, um recorde na indústria nacional.
Tratava-se de um carro muito moderno a seu tempo. Mesmo tendo sido lançado em 1986 na Europa, o novo sedã de luxo brasileiro foi bem aceito pela imprensa especializada e pelo público. Linhas mais limpas, com grandes áreas envidraçadas, motores eficientes e modernos, amplo espaço para ocupantes e bagagens. Esses eram, e são, alguns dos requisitos que fizeram do Omega um expoente em seu tempo e admirado até hoje pelos entusiastas.
Omega
Com 4,74 m de comprimento e 2,73 m entre os eixos, o carro da GM chegou ao mercado com duas opções de motorização e de acabamento: GLS (Gran Luxo Super) com motor 2.0 litros e a CD (Confort Diamond), com um motor importado de seis cilindros em linha e 3.0 litros. O motor do GLS era o mesmo do Monza, mas agora contava com injeção eletrônica multiponto Motronic, que possuía processamento digital e sensor de detonação, além da sonda de oxigênio no escapamento. Vinha também montado na posição longitudinal. Rendia 116 cv de potência.
O 3.0 litros tinha cabeçote de ferro fundido e fluxo normal, diferentemente do motor brasileiro. Desenvolvia 165 cv de potência e levava o modelo de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. Além disso, o carro alcançou 220 km/h em testes da imprensa na época, 10 km/h a mais do que a própria fábrica divulgava. Um dos poucos carros que quebravam a barreira dos 200 km/h.
E o 2.0 litros não ficava muito atrás. Chegava a 191 km/h de velocidade máxima e gastava bons 11 segundos para atingir 100 km/h partindo da inércia.
Mas por pouco a versão GLS não embarcou para o lançamento na Flórida, nos EUA. A GM achava que não combinava mostrar o modelo “de entrada”, mas um jornalista convenceu a fábrica a levar as duas opções de motores. Sucesso absoluto.
O conforto era palavra de honra dentro do Omega.
Os cinco ocupantes podiam ser bem acomodados nos bancos, com revestimento de couro ou não, o porta-malas possuía tamanho suficiente, havia o conforto do ar-condicionado e teto-solar elétrico e detalhes como o computador de bordo (de série na versão CD) ou ainda controle automático de velocidade (o primeiro de fábrica no Brasil).
Este último vinha juntamente com um moderno câmbio automático de quatro marchas e com três programas de funcionamento: normal, esporte ou antipatinação.
Trazia conforto para o motorista com segurança para os ocupantes. Já o câmbio manual, com cinco marchas, trazia a ré também sincronizada.
Outro detalhe que chamava a atenção era o painel de instrumentos digital de cristal líquido. Opcional da versão CD, era semelhante ao do Kadett GSi e do Monza Classic.
Trazia as informações necessárias e dava um toque todo especial ao interior. O analógico também tinha o seu charme. Era bonito e bastante funcional, de boa visualização. Aliás, todo o painel primava pela ergonomia.
Os comandos estavam ao alcance do motorista. Os controles dos vidros, todos com função um-toque, ficavam em um console elevado, como no Opala.
Para o prazer do motorista, era oferecido como opcional um sistema de áudio jamais visto em outros modelos: eram dois aparelhos separados, um toca-CD e um toca-fitas, devidamente dotados de amplificador de potência. Para atender a todos os gostos.
A preocupação com a aerodinâmica e o design está presente em todos os detalhes. Frente em cunha e sem anexos, o que diminui ferimentos em caso de atropelamentos, palhetas do limpador dos vidros escondidas sob o capô, janelas laterais rentes à carroceria e que correm pelo lado de fora, em uma espécie de trilho, maçanetas totalmente embutidas e caimento suave da traseira.
Tudo isso fez o carro ter um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,30 0,28 na Europa.
O carro Omega
O carro Omega da empresa Chevrolet começou a ser fabricado no Brasil no ano 1992, apareceu no mercado com novas tecnologias que não existiam naquele momento e teve como foco melhorar conforto, segurança, performance, aerodinâmica e também trazer uma excelente qualidade aos items de acabamento.
Os modelos fabricados ao longo dos anos foram: Sedã e Station Wagon (conhecido como Chevrolet Suprema), Diamond e Chevrolet Omega CD.
A produção do Omega continuou até o ano de 1998, sendo assim, substituído por uma segunda versão chamada Chevrolet Omega CD (importado da Austrália chamado Holden Commodore) que pode ser encontrado atualmente à venda no mercado.
Chevrolet Omega – Um carrão
Omega
Essa é a opinião de grande parte dos proprietários do Omega australiano, importado pela General Motors do Brasil a partir de outubro de 1998, pois o Omega nacional deixou de ser feito no Brasil nesse mesmo ano.
Na verdade, o Omega é feito pela Holden na Austrália e seu nome verdadeiro é Commodore. Se por lá é vendido até mesmo com motor V8 5.7 e tem a honra de ser parente do Pontiac GTO atual, por aqui ele é disponível (até 2004) com motor V6 3.8 com 200 cv de potência e câmbio automático de quatro velocidades.
O Omega CD traz uma grande quantidade de itens de série, como direção, ar condicionado automático, rodas de liga, freios a disco nas quatro rodas, ABS, entre outros. No início existiam dois pacotes básicos, que se diferenciavam pela presença dos bancos em couro, CD e controle de som no volante.
Nunca o Omega teve teto solar disponível, nem mesmo como opcional, o que é uma das reclamações a respeito desse modelo.
Em 2001 o Omega passou pela primeira reestilização. Na dianteira a impessoal grade bipartida deu lugar a uma peça única, bem mais bonita. Os faróis também ganharam novas lentes, assim como as lanternas traseiras.
E, pela primeira vez, a pintura na cor preta foi disponibilizada. Mecanicamente o Omega ganhou direção com assistência variável Variotronic e controle de tração.
Em 2003 mais uma mudança, mas dessa vez mais profunda. Se até então a versão importada era a VT, a partir de 2003 passou a vir a VY, bem mais requintada.
O carro ganhou nova frente, incluindo-se aí, além de faróis e grade, capô, pára-lamas e pára-choques. Na traseira a tampa do porta-malas foi redesenhada e as lanternas têm um quê de Honda Accord e Vectra.
As rodas de liga-leve também são novas. Por dentro, o painel (agora com disqueteira, que antes era no porta-malas, de dez discos) e volante também são novos, com desenho bem mais moderno.
E cadê o teto solar?
Mecanicamente o Omega 2003 passou a ter suspensão 10 mm mais elevada que a versão 2002, volante e suspensão recalibrados, esta contando ainda com buchas mais resistentes.
Na suspensão traseira houve a inclusão de uma barra de controle de convergência. O motor é o mesmo V6 3.8, com 200 cv.
Recentemente esse motor deu lugar a uma nova unidade, mais moderna, com 259 cv. Mas esse Omega ainda é novo demais para fazer parte dessa seção… Com o fim da produção do Omega brasileiro, em 1998, o consumidor passou a ter opção da versão importada da Austrália, que a GM começou a trazer em 1999. O carro chegou com visual renovado, imponente, com linhas curvas mais modernas e um motor 3.8 V6 que prometia ser menos gastão que o 4.1 feito aqui.
Omega – Mercado
O melhor desempenho de vendas do Omega importado se deu justamente na época do seu lançamento, em 1999. O carro vendeu 1.132 unidades logo no primeiro ano. Em 2000, o ritmo se manteve, e a GM comercializou 1.145 unidades do sedã.
A partir de 2001 as vendas começaram a cair apenas 933 unidades foram negociadas. No ano seguinte o resultado foi ainda pior. Foram apenas 414 unidades.
A grande queda aconteceu, principalmente, por conta da valorização do dólar em relação ao real, que encareceu demais o importado.
Como todo carro grande e importado, o Omega tem alta depreciação. O sedã desvaloriza cerca de 18% no primeiro ano de uso.
Comprando um Omega usado
Omega
O Omega tem um excelente mercado, apesar do tamanho e do consumo. As cores mais tradicionais, com o prata, azul escuro e preto, são as mais procuradas.
Dependendo do ano, as cores vinho e verde estão disponíveis, mas têm menor procura e os modelos dessas tonalidades são um pouco mais em conta. Em São Paulo, a cor branca (por causa dos táxis) é mico certo.
Portanto, a não ser que você goste muito de carro branco, fuja dela.
Em termos de defeitos crônicos, um dos cuidados está no tensor da correia, um defeito difícil de ser constatado, pois ocorre sem aviso por um sintoma de problemas no componente.
A brincadeira pode sair cara: com mão de obra incluída, pode passar dos R$ 1.000. Por causa da excelente qualidade dos pisos no Brasil, as buchas sofrem e acabam apresentado desgaste prematuro.
Tanto que a partir de 2003 o Omega ganhou novas buchas, mais resistentes.
O painel barulhento é mais um dos problemas causados pelo excesso de vibrações, cortesia do asfalto liso de algumas cidades e estradas. Os ruídos podem ser causados por chicotes, parafusos ou suportes soltos.
E irritam. O sistema de abertura da tampa do porta-malas é elétrico e de vez em quando resolve não funcionar. Também é de difícil detecção na hora de comprar um modelo usado.
Algumas unidades apresentaram defeitos na caixa de transmissão, que é automática em todos os Omega importados da Austrália pela GMB. Verifique a precisão dos engates, se a caixa não patina nas mudanças e arrancadas em ladeiras e se não há trancos entre as passagens de marcha. Finalmente, os limpadores de pára-brisa às vezes deixam de funcionar sem aviso, a exemplo da maior parte dos (poucos) defeitos do Omega. Mas não é nada que uma verificação nos fusíveis e fiação possa resolver. Boa sorte!
Chevrolet Omega – Ficha Técnica
Motor: POWERTECH-LOTUS, 4.1, 6 cilindros em linha, 12 válvulas (2 por cilindro), injeção multiponto, gasolina
Cilindrada: 4.093 cm³
Potência: 168 cv a 4.500 rpm
Potência Específica: 40,9 cv/litro
Torque: 29,1 kgfm a 3.500 rpm
Comprimento: 4.793 mm
Peso: 1.505 kg
Largura: 1.760 mm
Porta-Mala: 520 litros
Altura: 1.418 mm
Tração: Traseira
Freios: Discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira
Câmbio: Manual de 5 marchas
Velocidade Máxima: 215 km/h
Aceleração: 9,5 segundos
Fonte: djjaragua.vilabol.uol.com.br/www.omegaclube.com/carros.hlera.com.br/www.webmotors.com.br
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