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Pontilhismo é muitas vezes considerada parte do movimento pós-impressionista.
Foi inventado primeiramente por George Seurat e o pintor Paul Signac.
Enquanto impressionistas usavam pequenas pinceladas de tinta, como parte de sua técnica, o Pontilhismo levou isso para o próximo nível usando apenas pequenos pontos de cor pura para compor uma pintura inteira.
Pontilhismo atingiu o seu auge na década de 1880 e 1890, depois do movimento impressionista. Muitos dos conceitos e ideias, no entanto, continuam a ser utilizados por artistas no futuro.
Quais são as características do Pontilhismo?
Ao contrário de alguns movimentos de arte, Pontilhismo tem nada a ver com o assunto da pintura. É uma maneira específica de aplicar a tinta na tela.
No Pontilhismo a pintura é composta inteiramente de pequenos pontos de cor pura.
Veja os pontos que compõem o homem de Seurat da pintura O circo
Pontilhismo – Estilo
Pontilhismo é um estilo de pintura na qual as cores não primárias, são geradas pelo efeito visual produzido pela proximidade dos pontos pintados na tela com as cores primárias.
Originalmente desenvolvido pelo Neo-Impressionista Georges Seurat, o movimento também está associada com Paul Signac e Henri-Edmond Cross.
Quando as obras são vistas de longe, a certa distancia, os pontos com os quais as pinturas são feitos, não se conseguem distinguir, em lugar disso, produz-se um efeito visual que nos leva a perceber outras cores.
Isto significa que, com o mesmo conjunto de primárias, os pontilhistas podem gerar uma gama de cores diferentes quando comparados com artistas usando as cores tradicionais ou técnicas de mistura de cores.
O resultado é por vezes descrito como brilhante ou benéfico uma vez que é o olho do observador quem faz a mistura, e não o pincel.
Este efeito pode ser explicado a traves do conhecimento da teoria das cores e nos efeitos das cores aditivas e subtractivas.
Geralmente quando as cores são produzidas por pigmentos misturados fisicamente, falamos da teoria da cor subtractiva no trabalho.
Aqui, a mistura dos pigmentos das cores primárias produzem menos luz, por isso, se nós misturarmos pigmentos vermelho, azul e amarelo (cores primárias subtractivas), obtemos uma cor negra.
Quando as cores, no entanto, são produzidas pela mistura da cor luz, então falamos da teoria aditiva da cor no trabalho.
Aqui, a mistura das luzes das três cores primárias produzem mais luz; por isso, se nós misturarmos vermelho, azul e verde luz (aditivos primários) obtemos algo que se assemelha a luz branca.
O efeito brilhante no pontilhismo aumenta a partir do fato de que a mistura subtractiva é evitada e produz-se uma mistura mais próxima do efeito aditivo é obtida através do mesmo pigmentos.
O tipo de pincelada utilizada para a realização de pontilhismo é feita à custa dos tradicionais pinceladas que poderiam ser utilizadas para delinear textura.
Para esclarecer mais um pouco este estilo de pintura e só desde um ponto de vista ilustrativo, podemos fazer uma semelhança do pontilhismo com os receptores de televisão ou ecrãs de computadores tanto CRT e LCD, os quais se baseiam em minúsculos pontos primárias vermelho, verde e azul que se misturam entre si para formar uma grande diversidade de cores.
Pontilhismo – O que é
Técnica pictórica que se orienta a partir de um método preciso: trata-se de dividir as cores em seus componentes fundamentais.
As inúmeras pinceladas regulares de cores puras que cobrem a tela são recompostas pelo olhar do observador e, com isso, recupera-se sua unidade, longe das misturas feitas na paleta.
A sensação de vibração e luminosidade decorre da “mistura ótica” obtida pelos pequenos pontos de cor de tamanho uniforme que nunca se fundem, mas que reagem uns aos outros em função do olhar à distância, tal como descrito por Ogden Rood em seu tratado sobre a teoria da cor, Cromática Moderna, 1879.
O termo “peinture au point” (“pintura de pontos”) é cunhado pelo crítico francês Félix Fénéon (1861-1944) – um dos principais críticos de arte ligado ao movimento -, numa referência à tela Um Domingo de Verão na Grande Jatte (1886), de Georges Seurat (1859-1891).
Seurat é um dos líderes da tendência artística batizada (também por Fénéon) de neo-impressionismo, cujos adeptos desenvolvem de modo científico e sistemático a técnica do pontilhismo. Tanto Seurat como Paul Signac (1863-1935) preferem falar em divisionismo, numa referência direta à divisão das cores.
Apesar de usados muitas vezes como sinônimos, os termos guardam uma ligeira distância entre si: divisionismo indica mais freqüentemente a teoria, enquanto pontilhismo tende a designar a técnica propriamente dita.
O neo-impressionismo – ao mesmo tempo um desenvolvimento do impressionismo e uma crítica a ele – explicita a tentativa de um grupo de artistas de fundar a pintura sobre leis científicas da visão. Se a famosa tela de Seurat compartilha o gosto impressionista pelas pintura ao ar livre (um dia ensolarado às margens do Sena) e pela representação da luz e da cor, o resultado aponta numa outra direção.
Em lugar do naturalismo e da preocupação com os efeitos momentâneos de luz, caros aos impressionistas, o quadro de Seurat expõe figuras de corte geométrico que se apresentam sobre um plano rigorosamente construído a partir de eixos horizontais e verticais.
Os intervalos calculados entre uma figura e outra, as sombras formando ângulos retos e a superfície pontilhada atestam a fidelidade a um programa teórico apoiado nos avanços científicos da época. O rompimento com as linhas mestras do impressionismo verifica-se sobretudo pelo acento colocado na pesquisa científica da cor e no pontilhismo, já experimentado por Seurat em Banhistas em Asnières (1884).
O divisionismo, como quer Seurat, tem em Jean-Antoine Watteau (1684-1721) e Eugène Delacroix (1798-1863) dois reconhecidos precursores. No interior do impressionismo foi testado mais de perto por Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) em trabalhos como Canoeiros em Chatou (1879) e por Camille Pissarro (1831-1903), que utiliza a técnica em diversos trabalhos realizados entre 1850 e 1890.
Signac desenvolve o pontilhismo em boa parte de sua obra (Retrato de Félix Fénéon, 1890 e Entrada do Porto de Marselha, 1911, por exemplo). Só que em seus trabalhos os pontos e manchas se tornam mais evidentes e são dispostos de maneira mais dispersa, rompendo, nos termos do crítico Giulio Carlo Argan, a “linha melódica da cor”.
O nome de Maximilien Luce (1858-1941) figura como mais um adepto da escola neo-impressionista a fazer uso do pontilhismo.
O neo-impressionismo tem vida curta mas exerce influência sobre Vincent van Gogh (1853-1890) e Paul Gauguin (1848-1903), e também sobre Henri Matisse (1869-1954) e Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901). Vale lembrar que o termo divisionismo refere-se ainda a um movimento italiano da última década do século XIX e início do século XX, uma das fontes geradoras do futurismo.
É possível pensar em ecos do pontilhismo nas pesquisas visuais contemporâneas, na op art e na arte cinética. No Brasil, difícil aferir uma influência direta do neo-impressionismo ou localizar pintores que fazem uso sistemático do pontilhismo.
Talvez mais fácil seja pensar, de modo amplo, em reverberações das pautas impressionista e neo-impressionista entre nós, seja nas cores claras e luminosas de algumas telas de Eliseu Visconti (1866-1944) – Trigal (s.d.) por exemplo -, seja em obras de Belmiro de Almeida (1858-1935), como Efeitos ao Sol (1892).
Pontilhismo – Técnica
O pontilhismo é uma técnica que como o nome diz usa pontos para formar a imagem. Com eles definimos sombras, luz, escala de tons, profundidade e etc.
Há duas variantes desta técnica na língua inglesa: a stripple, onde usa pontos apenas na coloração preta normalmente com caneta naquim e o pontilism onde é permitido usar pontos coloridos. Na língua portuguesa as duas são chamadas de pontilhismo.
Esta técnica utiliza muito dos conceitos ópticos provenientes desde a época impressionista. E não foi a toa que neste período que ele surgiu como uma vertente Neo-impressionista, seu principal artista e representante foi Georges Seurat.
Utilizando os estudos das cores complementares onde deveriam ser justapostas e não mescladas deixando a retina completar a imagem e voltando com o quadro para o ateliê onde trabalhava ponto por ponto foi dado inicio a essa técnica.
Uma observação interessante é que o pontilhismo é a versão manual da impressão que conhecemos hoje padrão CMYK.
Breakfast, Paul Signac, 1886-1887.
Portrait of Félix Fénéon, Paul Signac, 1890.
New York, Georges Seurat, 1888.
M.Ramos
Fonte: www.ducksters.com/www.importzehdesign.com/www.itaucultural.org.br/www.amopintar.com
Muito bom o site