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Iniciado: 1872
Finalizado: 1892
O Impressionismo pode ser considerado o primeiro movimento distintamente moderna na pintura.
Desenvolveu-se em Paris na década de 1860, sua influência se espalhou por toda a Europa e, eventualmente, dos Estados Unidos.
Pintores impressionistas se esforçaram para romper com as regras tradicionais de matéria, técnica e composição na pintura, e criaram a seu próprio estilo.
Aproximadamente em 1874, Claude Monet e outros pintores franceses que geralmente pintavam ao ar livre para melhor observar os efeitos da luz sobre as pessoas, objetos e paisagens, perceberam que as cores da natureza se alteravam constantemente de acordo com a intensidade da luz solar que incidia sobre elas.
Perceberam então, que podiam representar uma paisagem não como objetos individuais com cores próprias, mas como uma mistura de cores que se combinavam entre si.
Esta inovação na forma de pintar teve início com Edward Manet (1832-1883) que utilizou em suas obras cores vibrantes e luminosas, abandonando o método acadêmico de suaves gradações de cores.
Ao se olhar uma obra impressionista de perto se vê pinceladas separadas que produzem a sensação de mancha sem contorno. Porém, ao se olhar de longe, as pinceladas organizam-se em nossa retina criando formas e luminosidade.
Porém, vários críticos de arte atacavam qualquer artista que não seguisse os padrões estabelecidos pela Academia e recusavam estas obras, então os artistas resolveram se organizar e recorrer ao Imperador Napoleão III que sob fortes protestos autorizou a realização de uma exposição paralela a Oficial, chamada de Salão dos Recusados. Depois desse Salão vários artistas passaram a organizar suas próprias exposições.
Foram realizadas oito exposições gerais, em 1874/76/77/79, 1880/81/82/86.
A primeira ocorreu no atelier do fotógrafo Maurice Nadar; relação importante pois a fotografia viera mudar os conceitos da pintura realista.
Considerado um movimento anti-acadêmico e anti-romântico, de início a denominação teve cunho pejorativo pois foi utilizada pelo crítico de arte Louis Leroy após contemplar a tela de Claude Monet Impressão, sol nascente, achando-a mal acabada, em relação às obras clássicas, ridicularizou-a, dizendo que estes artistas contentam-se em dar apenas a impressão de uma realidade.
Características
A natureza foi a fonte de inspiração dos impressionistas, suas obras fixam um determinado instante, onde se mesclam vários tons de luz e corAusência da linha, pois a forma se distingue do espaço pela cor, ou pela mancha de luz projetada sobre o corpo no espaço
As figuras são transformadas em massas coloridas, não interessam os modelos, e sim as modificações que a luz vai produzir neles
A cor é leve e transparente
O elemento predominante é a luz solar
Rejeitam os tradicionais temas mitológicos e imaginários, buscando novas fontes de inspiração recorrem à paisagens e cenas do cotidiano.
Seus principais representantes foram: Manet, Monet, Renoir, Pissarro, Morisot, Degas, Bazille, Boudin, Cassat, Cézanne, Gauguin, Serat, Signac, Lautrec e Vicent van Gogh. Apesar de ter maior expressão na pintura, influenciou alguns escultores como Edgar Degas (1834-1917) e Auguste Rodin (1840-1917).
Rodin, nascido na mesma época, é considerado por muitos historiadores um artista realista e apesar de não ter participado do grupo impressionista recebeu algumas influencias (exemplo: não dava o último acabamento as obras, preferindo deixar algo para o a imaginação do espectador).
Eliseu Visconti é considerado o introdutor do impressionismo no Brasil, retratando paisagens cariocas, fluminenses e cenas do tipo. Apesar de ser voltado para a evolução técnica da arte européia, Visconti buscou os temas a serem trabalhados no meio brasileiro (Delta Universal, 1982).
Na definição de Eugéne Boudin impressionismo é o movimento que leva a pintura ao estudo da luz plena, do ar livre e da sinceridade na reprodução dos efeitos do céu [Barsa. (1967), p.434]
Impressionismo – Pintores
Curiosamente, o termo Impressionismo foi inicialmente atribuido a um grupo de jovens pintores com um tom extremamente pejorativo. Estamos na segunda metade do século XIX, e a grande evolução – quer a nível tecnológico ou a nível cultural – centrava-se essencialmente em Paris, no coração da Europa.
A cidade era um foco artístico onde de reuniam artistas das mais variadíssimas origens para partilharem experiências e aprendizagens.
O meio era o mais favorável possível à inovação, registando dois fatores absolutamente fundamentais: a invenção da fotografia e o início da produção e comercialização de tintas preparadas quimicamente, em bisnagas.
O gosto pela pintura proliferava e tornava-se mais acessível a toda a gente, e é no meio desta atmosfera de renovação própria de um sentimento de fin de siècle que surgem os chamados “Recusados”.
Falamos de um grupo de pintores regularmente reunidos em Montmartre, entre os quais Paul Cézanne, Edgar Degas, Claude Monet, Edouard Manet, Henri de Toulouse-Lautrec, Auguste Renoir, Georges Seurat, Alfred Sisley e Camille Pissarro, sob uma espécie de orientação literária de Guillaume Apollinaire.
Edgar Degas, “La classe de danse”
Claude Monet, “Impression – Sunrise”
O grupo partilhava uma intenção coletiva de inovação e modernidade, mas dividiu-se sempre em percursos individuais singulares. A possibilidade de se poder agora registar a realidade e a Natureza com grande fidelidade através da fotografia, foi um dos motivos que levou à grande ruptura com a pintura tradicional académica naturalista, desabrochando um gosto da prática da “arte pela arte”… Pintar deveria ser agora uma atitude livre em busca de prazer, a expressão direta da joie de vivre, e já não apenas uma forma de representação do real.
Incentivava-se a produção ao ar livre, diretamente inspirada pela beleza efémera das paisagens, e na verdade o que interessava agora era apenas captar precisamente a fugacidade desses momentos transitórios numa ou duas pinceladas…
Cresceu um verdadeiro interesse pelo ritmo da vida quotidiana em constante movimento, ao tomar-se a consciência de que toda a realidade é efetivamente efémera, na medida em que a luz que se transforma ao longio do dia vai transformando também as coisas que ilumina.
É por isso que os pintores impressionistas escolhem sempre os temas mais simples da vida quotidiano para pintar, porque o motivo é apenas um pretexto para as experiências cromáticas, os efeitos de luz e cor, as impressões de um momento perdido no tempo…
Claude Monet é aqui uma espécie de pioneiro.
Durante uma exposição do grupo referido no Salão de Paris, Monet apresentou um quadro cujo nome era “Impressão: Sol nascente”.
Este ficou conhecido como o “Salão dos Recusados”, na medida em que as obras foram grande motivo de chacota em toda a exposição, sendo os seus autores apontados como ridículos, por uma burguesia perfeitamente desprovida de uma visão que lhe permitisse compreender a dimensão da beleza que tinha perante si.
Mesmo a crítica mostrou-se austera e implacável, utilizando o título do quadro de Monet para apelidar o grupo de “estes impressionistas”, com um carácter extremamente depreciativo. No entanto, a beleza chegou-nos até hoje e a noção de “impressão” já não nos parece tão absurda ou ridícula.
Há uma certa delícia em contenplar as delicadas bailarinas de Degas como se voassem, a inocência das meninas com flores de Renoir, a mordacidade dos nus de Manet, e muito particularmente a inteligência construtiva das naturezas-mortas de Cézanne.
Este, ao defender que todas as formas da Natureza se baseavam nas formas dos cones, cilindros e esferas, adoptou uma esquematização geométrica na sua pintura que serviu de mote das investigações de muitos pintores posteriores, sendo então considerado o “pai do Cubismo”.
Impressionismo -1863-1926
O Impressionismo dá seus primeiros passos em 1874, no ateliê do fotógrafo Nadar, durante a apresentação de um grupo de artistas independentes.
Esse termo estranho, revelado desde o salão dos Recusados, em 1863, conquista o mundo artístico. Durante uma década (1874-1884) essa nova pintura, em reação à pintura realista e clássica do Segundo Império, revoluciona os salões e as galerias.
Ela traduz as impressões fugidias, as nuances do sentimento em pinceladas, uma certa recepção das cores fora das normas convencionais. É preciso esperar pela morte de Claude Monet, em 1926, para compreender toda a evolução desse movimento artístico, célebre desde então.
Os Impressionistas viajam, traduzem as paisagens da Ile-de-France, da Bretanha, do Languedoc meridional e da Europa.
Eles são, entre os mais comuns: Edouard Manet, Auguste Renoir, Edgar Degas, Claude Monet, Alfred Sisley, Paul Cézanne, Eugène Boudin e depois também Armand Guillaumin, Frédéric Bazille, Camille Pissaro, Berthe Morisot. Movimentos paralelos a essa escola acontecem no exterior.
Uma nova orientação tomará conta dos salões no Pós-impressionismo, com os Pontilhistas e Georges Seurat, a escola de Pont-Aven e Paul Gauguin, os Nabis e Henri de Toulouse-Lautrec, o início do Expressionismo e Vincent Van Gogh.
Alguns Impressionistas acabarão na miséria, mas os museus estrangeiros disputam suas obras a qualquer preço hoje em dia.
Alguns Artistas
Os Impressionistas
Camille Pissarro (1830-1903)
Edgar Degas (1834-1917)
Alfred Sisley (1839-1899)
Claude Monet (1840-1926)
Frédéric Bazille (1841-1870)
Pierre-Auguste Renoir (1841-1919)
Berthe Morizot (1841-1895)
Gustave Caillebotte (1848-1894)
Os Néo-Impressionistas (pointillistes)
Georges-Pierre Seurat (1859-1891)
Paul Signac (1863-1935)
Henri-Edmond Cross (1856-1910)
Os Pos-Impressionistas
Paul Cézanne (1839-1906)
Paul Gauguin (1848-1903)
Vincent Van Gogh (1853-1890)
Recebe o nome de impressionismo a corrente artística que surgiu na França, principalmente na pintura, por volta do ano de 1870.
Esse movimento, de cunho anti academicista, propõe o abandono das técnicas e temas tradicionais, saindo dos ateliês iluminados artificialmente para resgatar ao ar livre a natureza, tal como ela se mostrava aos seus olhos, segundo eles, como uma soma de cores fundidas na atmosfera. Assim, o nome impressionismo não foi casual.
O crítico Louis Leroy, na primeira exposição do grupo do café Guerbois (onde os pintores se reuniam), ao ver a obra de Monet, Impressão, Sol Nascente, começou sarcasticamente a chamar esses artistas de impressionistas.
Criticados, recusados e incompreendidos, as exposições de suas obras criavam uma expectativa muito grande nos círculos intelectuais de Paris, que não conseguiam compreender e aceitar seus quadros, nos quais estranhavam o naturalismo acadêmico.
São duas as fontes mais importantes do impressionismo: a fotografia e as gravuras japonesas (ukiyo-e). A primeira alcançou o auge em fins do século XIX e se revelava o método ideal de captação de um determinado momento, o que era uma preocupação principalmente para os impressionistas.
As segundas, introduzidas na França com a reabertura dos portos japoneses ao Ocidente, propunham uma temática urbana de acontecimentos cotidianos, realizados em pinturas planas, sem perspectiva.
Os representantes mais importantes do impressionismo foram: Manet, Monet, Renoir, Degas e Gauguin.
No restante da Europa isso ocorreu posteriormente.
Ao impressionismo seguiram-se vários movimentos, representados por pintores igualmente importantes e com teorias muito pessoais, como o pós-impressionismo (Van Gogh, Cézanne), o simbolismo (Moreau, Redon), e o fauvismo (Matisse, Vlaminck, Derain, entre outros) e o retorno ao princípio, ou seja, à arte primitiva (Gauguin). Todos apostavam na pureza cromática, sem divisões de luz.
A própria escultura deste período também pode ser considerada impressionista, já que, de fato, os escultores tentaram uma nova maneira de plasmar a realidade.
É o tempo das esculturas inacabadas de Rodin, inspiradas em Michelangelo, e dos esboços dinâmicos de Carpeaux, com resquícios do rococó.
Já não interessava a superfície polida e transparente das ninfas delicadas de Canova. Tratava-se de desnudar o coração da pedra para demonstrar o trabalho do artista, novo personagem da estatuária.
PINTURA NO IMPRESSIONISMO
O que mais interessou aos pintores impressionistas foi a captação momentânea da luz na atmosfera e sua influência nas cores. Já não existiam a linha, ou os contornos, nem tampouco a perspectiva, a não ser a que lhes fornecia a disposição da luz.
A poucos centímetros da tela, um quadro impressionista é visto como um amontoado de manchas de tinta, ao passo que à distância as cores se organizam opticamente e criam formas e efeitos luminosos.
Os primeiros estudos sobre a incidência da luz nas cores foram realizados pelo pintor Corot, modelo para muitos impressionistas e mestres da escola de Barbizon. Tentando plasmar as cores ao natural, os impressionistas começaram a trabalhar ao ar livre para captarem a luz e as cores exatamente como elas se apresentam na realidade. A temática de seus quadros se aproximava mais das cenas urbanas em parques e praças do que das paisagens, embora cada pintor tivesse seus motivos prediletos.
Reunidos em Argenteuil, Manet, Sisley, Pissarro e Monet fizeram experiências principalmente com a representação da natureza por meio das cores e da luz. Logo chegaram à expressão máxima do pictórico (a cor) diante do linear (o desenho).
Como nunca, a luz tornou-se protagonista e atingiu uma solidez ainda maior do que a que se vê nos quadros de Velázquez, nas pinceladas truncadas e soltas de Hals ou no colorido de Giorgione, reinterpretada de modo inteiramente antiacadêmica.
Mais tarde surgiriam os chamados pós-impressionistas, que não formaram nenhum grupo concreto e cujos trabalhos eram bem mais diferenciados: Cézanne e seu estudo dos volumes e formas puras; Seurat, com seu cromatismo científico; Gauguin, cujos estudos sobre a cor precederam os fauvistas; e Van Gogh, que introduziu o valor das cores como força expressiva do artista.
O líder do grupo fauvista foi Matisse, que partiu do estudo dos impressionistas e pós-impressionistas, de quem herdou sua obsessão pela cor.Junto com ele, Vlaminck e Derain, o primeiro totalmente independente e fascinado pela obra de Van Gogh, e o segundo a meio caminho entre os simbolistas e o realismo dos anos 20. O grupo se completava com os pintores Dufy, Marquet, Manguin, Van Dongen e um Braque pré-cubista.
Esse movimento chegou ao ápice em 1907.
ESCULTURA IMPRESSIONISTA
A exemplo da pintura, a escultura do fim do século XIX tentou renovar totalmente sua linguagem. Foram três os conceitos básicos dessa nova estatuária: a fusão da luz e das sombras, a ambição de obter estátuas visíveis a partir do maior número possível de ângulos e a obra inacabada, como exemplo ideal do processo criativo do artista. Os temas da escultura impressionista, como de resto da pintura, surgiram do ambiente cotidiano e da literatura clássica em voga na época.
Rodin e Hildebrand foram, em parte, os responsáveis por essa nova estatuária – o primeiro com sua obra e o segundo, com suas teorias. Igualmente importantes foram as contribuições do escultor Carpeaux, que retomou a vivacidade e a opulência do estilo rococó, mas distribuindo com habilidade luzes e sombras.
A aceitação de seus esboços pelo público animou Carpeaux a deixar sem polimento a superfície de suas obras, o que foi depois fundamental para as esculturas inacabadas de Rodin.
Rodin considerava O Escravo, que Michelangelo não terminou, a obra em que a ação do escultor melhor se refletia. Por isso achou tão interessantes os esboços de Carpeaux, começando então a exibir obras inacabadas.
Outros escultores foram Dalou e Meunier, a quem se deve a revalorização dos temas populares. Operários, camponeses, mulheres realizando atividades domésticas, todos faziam parte do novo álbum de personagens da nova estética.
Impressionismo – Movimento
Movimento das artes plásticas que se desenvolve na pintura entre 1870 e 1880, na França, no fim do século, e influencia a música.
É o marco da arte moderna porque é o início do caminho rumo à abstração. Embora mantenha temas do realismo, não se propõe a fazer denúncia social.
Retrata paisagens urbanas e suburbanas, como o naturalismo.
A diferença está na abordagem estética: os impressionistas parecem apreender o instante em que a ação está acontecendo, criando novas maneiras de captar a luz e as cores. Nessa tendência a mostrar situações naturais há influência da fotografia, nascida em 1827.
A primeira exposição pública impressionista é realizada em 1874, em Paris.
Entre os expositores está Claude Monet, autor de Impressão: o Nascer do Sol (1872), tela que dá nome ao movimento.
Outros expoentes são os franceses Édouard Manet (1832-1883), Auguste Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899), Edgar Degas (1834-1917) e Camille Pissarro (1830-1903). Para inovar a forma de pintar a luminosidade e as cores, os artistas dão enorme importância à luz natural.
Nos quadros são comuns cenas passadas à beira do rio Sena em jardins, cafés, teatros e festas. O que está pintado é um instante de algo em permanente mutação.
Com a dispersão do grupo, alguns artistas tentam superar as propostas básicas do movimento, desenvolvendo diferentes tendências, agrupadas sob o nome de pós-impressionismo.
Nessa linha estão os franceses Paul Cézanne e Paul Gauguin (1848-1903), o holandês Vincent van Gogh e os neo-impressionistas, como os franceses Georges Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935).
Pós-impressionismo
Influenciados pelos conhecimentos científicos sobre a refração da luz, os neo-impressionistas criam o pontilhismo ou divisionismo. Os tons são divididos em semitons e lançados na tela em pequeninos pontos visíveis de perto, que se fundem na visão do espectador de acordo com a distância em que se coloca.
A preocupação em captar um instante dá lugar ao interesse pela fixação das cenas obtida pela subdivisão das cores. Como resultado, elas tendem a exibir um caráter estático. Um exemplo é Uma Tarde de Domingo na Ilha da Grande-Jatte, de Seurat.
Embora inicialmente ligado ao impressionismo, Cézanne desenvolve uma pintura que será precursora do cubismo. Van Gogh alia-se ao expressionismo, enquanto Gauguin dá ao impressionismo uma dimensão simbólica que influencia o simbolismo e o expressionismo.
Música
As idéias do impressionismo são adotadas pela música por volta de 1890, na França. As obras se propõem a descrever imagens e várias peças têm nomes ligados a paisagens, como Reflexos na Água, do compositor francês Claude Debussy (1862-1918), pioneiro domovimento.
O impressionismo abandona a música tonal – estruturada a partir da eleição de uma das 12 notas da escala (as sete básicas e os semitons) – como principal.
Sustenta-se nas escalas modais (definidas a partir da recombinação de um conjunto de notas eleito como básico para as melodias de uma cultura) vindas do Oriente, da música popular européia e da Idade Média.
A obra de Debussy é marcada por sua proximidade com poetas do simbolismo. Prelúdio para a Tarde de um Fauno, considerado marco do impressionismo musical, ilustra um poema do simbolista Stéphane Mallarmé.
Na ópera, Debussy rejeita o formalismo e a linearidade, como em Pelléas et Mélisande. Outro grande nome é o francês Maurice Ravel (1875-1937), autor de A Valsa e Bolero.
IMPRESSIONISMO NO BRASIL
Nas artes plásticas há tendências impressionistas em algumas obras de Eliseu Visconti (1866-1944), Georgina de Albuquerque (1885-1962) e Lucílio de Albuquerque (1877-1939). Uma das telas de Visconti em que é evidente essa influência é Esperança (Carrinho de Criança), de 1916.
Características pós-impressionistas estão em obras de Eliseu Visconti, João Timóteo da Costa (1879-1930) e nas primeiras telas de Anita Malfatti, como O Farol (1915).
O impressionismo funciona como base da música nacionalista, como a que é desenvolvida no Brasil por Heitor Villa-Lobos.
Impressionismo – Movimento Artístico
O movimento conhecido como Impressionismo marcou a primeira revolução artística total desde a Renascença.
Nascido na França no início dos anos 1860, durou apenas até 1886. Mas determinou o curso da maior parte da arte que se seguiu.
O Impressionismo rejeitou a tradição, deixando de usar sistematicamente a perspectiva, a composição equilibrada, as figuras idealizadas e principalmente o chiaroscuro da Renascença. Ao invés disto, os impressionistas representaram sensações visuais imediatas através da cor e da luz.
Seu principal objetivo era apresentar uma “impressão” da luz sobre tudo. Perceberam que a cor não é uma característica intrínseca e permanente, mas muda constantemente de acordo com os efeitos da luz, do reflexo ou do clima sobre a superfície do objeto.
Para mostrar estas qualidades voláteis da luz, eles criaram uma pincelada distinta, curta, pontual; borrões irregulares que vibravam energia como o brilho da luz sobre a água. A uma certa distância, porém, estes borrões e manchas se fundiam dando formas mais ou menos definidas de objetos ou qualquer outra coisa retratada.
ARTISTA | TEMAS | CORES | ESTILO |
MANET | Atualizou temas dos antigos mestres, pintou cenas contemporâneas com visão crítica. | Manchas escuras contra a luz; usava o preto. fase final: colorido |
Formas simplificadas com um mínimo de modelo, manchas de cor chapada com contorno preto. |
MONET | Paisagens marinhas, séries sobre papoulas, rochedos, montes de feno, Catedral de Rouen, ninféias | Tons solares, cores primárias puras ( sombras coloridas com cores complementares ) | Dissolvia a forma em luz e clima, contornos suaves, ar impressionista clássico |
RENOIR | Nus femininos com pele de pêssego, o café-society, crianças, flores | vermelhos ricos, cores primárias, sem preto, usava o azul no lugar | Início: pinceladas rápidas, figuras manchadas final: estilo mais clássico, nus solidamente formados |
DEGAS | Pastel de figuras humanas: bailarinas, corridas de cavalos, café-society, lavadeiras, circo, nus no banho | Tons vistosos no início tons pastel no final |
Ângulos não convencionais com figuras amontoadas na beira da tela, composição assimétrica com vazio no centro |
CONTRIBUIÇÕES
Depois do Impressionismo, a pintura nunca mais seria a mesma. Os pintores do século XX ou expandiram sua prática ou reagiram contra ela. Desafiando a convenção, esses rebeldes estabeleceram o direito do artista de experimentar com estilo pessoal. Acima de tudo, permitiram que a luz da natureza e a vida moderna brilhassem através das sombrias tradições seculares.
Os princípios básicos da pintura impressionista são os seguintes:
1. A COR É UMA QUALIDADE PERMANENTE NA NATUREZA: As tonalidades estão sempre mudando. A cor resulta, portanto, da luz que os corpos recebem. A cor de um objeto muda do amanhecer ao anoitecer, pois depende do ângulo de incidência dos raios solares.
2. A LINHA NÃO EXISTE NA NATUREZA: A linha é uma abstração criada pelo espírito do homem, para representar as imagens visuais. A linha para o impressionista é dada pelo encontro de duas superfícies coloridas de tonalidades diferentes. A linha não é o contorno. Ele passa a ser impreciso ou diluído, parecendo uma fotografia fora de foco.
3. AS SOMBRAS NÃO SÃO PRETAS, NEM ESCURAS, SÃO LUMINOSAS E COLORIDAS: Para os impressionistas, uma sombra preta ou escura não era aceitável, pois tudo está banhado pela luz solar. E onde há luz não há a cor preta, pois o negro é a ausência completa de luz.
4. A APLICAÇÃO DOS REFLEXOS LUMINOSOS OU DO CONTRASTE DAS CORES: As cores se influenciam reciprocamente, obedecendo à lei das complementares. A complementar de uma cor é outra cor que a torna mais pura, intensa e vibrante, quando justaposta ou aproximada.
Então temos: A complementar do vermelho é o verde e vice-versa. A complementar do amarelo é o violeta. A complementar do azul é o laranja. Normalmente os impressionistas usavam complementares nas sombras em contraste com as partes iluminadas.
5. A DISSOCIAÇÃO DAS TONALIDADES OU A MISTURA ÓTICA DAS CORES – PONTILHISMO: Para obter leveza e brilho das cores, os pintores impressionistas resolveram produzir as cores conforme a natureza as produz à luz do sol.
A luz branca contém sete cores: azul, vermelho, amarelo, verde, laranja, violeta e índigo. Os pintores resolveram produzir as cores misturando as cores primárias, juntando duas pinceladas.
Por exemplo: misturar o azul e o amarelo para produzir o verde. Eles dissociavam a cor, dividiam as cores e davam pinceladas miudinhas para alcanças a cor desejada.
Os Impressionistas
Em 1874 preparava-se, no estúdio do fotógrafo Nadar, em Paris, uma exposição de pintores jovens, insatisfeitos com o clima restrito e acadêmico da pintura oficial. Eram artistas que procuravam seus próprios caminhos.
Edmond Renoir, irmão de um deles, estava encarregado de preparar o catálogo da exposição e, por causa da monotonia dos títulos dos quadros, apresentou uma tela de Monet com o nome Impressão: Nascer do Sol. No dia seguinte, um crítico do “Jornal Charivari” falava ironicamente do acontecimento, tachando-o de “exposição dos impressionistas”.
Nascia, assim, uma denominação que se tornaria famosa no mundo todo: O IMPRESSIONISMO.
O impressionismo foi o movimento mais revolucionário desde a renascença. Adotou novos processos técnicos para transmiti-la adequadamente, demonstrando assim, perfeita coerência estilística, sempre encontradas nas concepções de arte autênticas e inovadoras.
Monet, Renoir, Manet, Degas, Sisley e Pissarro são as grandes figuras dessa corrente artística que, apesar de combatida pela crítica e pelo público da época, que os considerava falsos artistas, ignorantes das regras tradicionais da pintura e dos princípios da verdadeira beleza e, hoje, é reconhecida como a mais rica, a mais bela, a mais completa, a mais inovadora e extraordinária experiência da arte figurativa do século XIX.
A novidade do impressionismo não está apenas no estilo e na técnica pictórica, mas constitui também uma nova atitude do artista frente ao mundo e ao espetáculo natural que se oferece aos seus olhos.
Para o impressionista não existem preconceitos formais, culturais ou literários; ele é livre para representar qualquer aspecto da realidade, obedecendo unicamente aos seus sentimentos. O equilíbrio entre a verdade visível das coisas e o sentimento lírico por elas provocado é a amais alta conquista do impressionismo.
O entusiasmo criativo do pintor manifesta-se no canto apaixonado à inesgotável beleza do mundo. A pintura ao “ar livre” é a grande descoberta desses artistas, que passam os dias fora do estúdio, exaltados diante da incessante mutação da luz e das cores nas árvores, na água, no céu, nas flores e, mesmo, na figura humana. È o brilho das luzes que gera a alegria cheia de cores em suas telas, orientadas por uma visão espontânea e poética.
A imóvel leveza das paisagens pintadas por Daubigny é substituída pelo inexorável fluxo da vida, apresentada na sua contínua variedade de aspectos.
A quieta contemplação de Corot cede lugar à relação direta com a natureza, e a fé absoluta na objetividade das coisas – uma característica de Coubert – transforma-se num tratamento mais subjetivo, numa interpretação mais sentimental da natureza.
Na França, apesar da nova tentativa do proletariado de manter-se no poder – durante o episódio da Comuna de Paris, em 1871 – o predomínio da alta burguesia mantém-se inalterado em seus aspectos fundamentais, e uma república vem logo substituir o império.
A vida econômica, na época, alcança o estágio do capitalismo perfeitamente organizado e racionalizado. Em conseqüência, verifica-se o aprimoramento técnico em todos os setores, graças ao incentivo permanente que as indústrias dão a toda e qualquer inovação.
Nesse clima de desenvolvimento, o impressionismo afirma-se como escola, desvinculando-se do realismo, desde o momento em que adotada como ideal a representação do dinamismo crescente da época, através de uma nova técnica pictórica.
A tentativa declarada dos impressionistas de criar uma expressão totalmente inovadora, em relação a tudo que os precedeu, não deixa de ser o reflexo da mentalidade econômica predominante. Imperava o desejo, muitas vezes sem sentido, de substituir tudo, até objetos de uso diário, por coisas novas.
Somente dessa maneira, o público consumidor poderia absorver a grande produção de objetos de toda espécie e função. O gosto febril pela novidade origina um dinamismo sem precedente na atitude adotada frente à vida. é, sem dúvida alguma, o impressionismo é a perfeita expressão desse novo sentimento.
Transforma-se no ato de desvendamento dessa sociedade em constante transformação. O progresso da técnica ocasiona a mudança dos centros de cultura para as grandes cidades, e o impressionismo, é, portanto, essencialmente uma arte citadina.
O artista é agora aquele que representa as impressões exteriores com os nervos exaltados do homem moderno, descrevendo as sensações súbitas e sempre efêmeras. Não só por seus temas citadinos como pela técnica pictórica inteiramente nova, oimpressionismo é uma das mais significativas manifestações da pintura ocidental, pois representa a vitória definitiva da tendência dinâmica sobre a imagem estática do mundo medieval.
O homem moderno concebe toda a sua existência como luta e competição; passa a ter plena consciência do caráter mutável das coisas, percebendo que todo o fenômeno é passageiro e único. Os impressionistas, na tentativa de captar exatamente esse aspecto de transitoriedade da vida e do mundo, emprestam à realidade o caráter de inacabado.
A imagem objetiva que se pode ter, ou seja, o conhecimento adquirido sobre as coisas, é substituída pela reprodução do ato subjetivo da percepção. Em outras palavras, a pintura representa aquilo que se vê e não o que se conhece.
Os pintores abandonam os estúdios para pintar ao ar livre, captando melhor a realidade da transição. A luz, o ar, a decomposição da cor em manchas e pontos são representados por pinceladas abertas e soltas, de desenho rápido onde somente o esboço e o improviso aparecem. Os impressionistas, no anseio de representar a transitoriedade das coisas, anseio que gradativamente se torna uma necessidade vital, impõe barreiras àquilo que chamam de “cor mental”, aquela que habitualmente é associada com objetos e nada mais é do que o produto da experiência, do costume.
A impressão concreta, adquirida por meio da percepção imediata, pode realizar-se completamente se não houver interferência dessa “cor mental”. Portanto, eles não mostram as cores como qualidades concretas, ligadas a este ou àquele objeto, mas como fenômenos cromáticos, abstratos, incorpóreos e imateriais.
A revolução está no fato de os impressionistas observarem a luz do sol, procurando fixar as alterações das cores da natureza. Os impressionistas queriam apenas transmitir liricamente as sensações visuais dos feéricos e fugitivos efeitos coloridos da luminosidade solar diretamente observados e fixados.
Outro fator de grande importância contribuiu para modificar a maneira de os pintores representarem o mundo: a FOTOGRAFIA.
Através dela, é possível obter a reprodução fiel e objetiva da realidade , num curto espaço de tempo e, acima de tudo, sem que seja necessária a criatividade do artista plástico. Até esse momento, a arte estava tentando aproximar-se o mais possível de uma representação realista, mas essa intenção é frustada pelo novo invento.
Agora os pintores buscam outro caminho: captar a realidade naquilo que ela possui de essencial e não apenas na sua aparência.
O impressionismo é, portanto, a solução que abre, definitivamente, novos horizontes para a arte moderna.
Os Impressionistas Rompem Antigos Preceitos
Subvertendo a ordem estabelecida pelos que os precederam, os impressionistas realizam, em fins do século XIX, uma das tentativas mais sérias de explorar o mundo visível através da arte. Buscando, acima de tudo, a revelação de novas imagens, não se contentam simplesmente em reproduzir a realidade.
Quebram de uma vez com os antigos preceitos: ordenar o mundo a partir do modelo convencional, obedecer à simetria e proporção ditadas por um julgamento racional.
No impressionismo, as paisagens são examinadas, estudadas e sentidas tão somente pelos olhos do artista que, inteiramente livre de conceitos geométricos, irá obedecer apenas à sua percepção sensorial no momento de reproduzir o que viu.
Essa tendência para a liberdade de expressão causa, na época de seu aparecimento, inúmeras polêmicas e críticas. Apesar disso, é grande o número de artistas que acaba aderindo à nova maneira de observar e pintar as coisas.
Seguindo o exemplo das figuras mais importantes do movimento, como Monet, Renoir, Degas e Manet, vão surgindo cada vez mais adeptos do impressionismo, entre eles nomes que se tornariam famosos, como Alfred Sisley, Camille Pissarro, Berthe Morisot, Mary Cassat e Eva Gonzalès.
Princípios da Pintura Impressionista
A cor não é uma qualidade permanente na natureza, porque suas tonalidades estão constantemente mudando, sob a ação da luz solar.
A linha não existe na natureza, é uma abstração criada pelo espírito do homem para representar suas imagens visuais
As sombras não são pretas nem escuras como foram convencionalmente representadas no passado, mas luminosas e coloridas
A aplicação dos contrastes das cores, com reflexos luminosos, segundo a lei das complementares
A dissociação ou mistura ótica das cores em substituição à mistura das tintas na paleta – pontilhismo, divisionismo ou neo-impressionismo.
Características Gerais
Inspiração realista, pinta somente o que vê
Caráter eminentemente visual, não se interessa pelos valores subjetivos, psicológicos ou intelectuais, o impressionista é considerado um artista alienado dos problemas sociais
Natureza científica resultante de simples intuição artística, a princípio é comprovado por investigação no campo da física e química.
Concepção dinâmica do Universo pelo constante fluir de luzes e cores, dinâmica do universo sob incessantes transformações. Para o impressionista nada existe na realidade de permanente estático.
Como Trabalha um Impressionista
O pintor impressionista não está, a rigor, interessado no modelo como ser humano, isto é, no seu delicado complexo contexto de realidades materiais e espirituais. Suas intenções artísticas diante de uma pessoa, serão praticamente as mesmas diante de uma árvore, de um lago, de uma praia, porque sua preocupação exclusiva será observar e fixar as constantes e sutis modificações que a luz do sol produz nas cores da natureza.
Coloca seu atelier ao ar livre, numa varanda, num terraço, num jardim, para que se possa receber diretamente a luz do sol. Esses pintores são os chamados PLEIN AIR, ao ar livre. Inovaram no modo de pintar, desenhar e pincelar. Chocam, naturalmente, a sensibilidade conservadora de outros artistas, da crítica e do público parisiense.
Observar e fixar a luminosidade solar dos seus efeitos não constitui novidades absolutas na história da pintura, isto já havia sido intuitivamente feito por diversos artistas do passado, dentro os quais, deve ser citado em primeiro lugar, LEONARDO DA VINCI (1452-1519), lúcido e infatigável, pesquisador da natureza. A originalidade dos impressionistas, está no fato de terem sistematizado estas observações, transformando-as numa teoria da luz e cor, realmente revolucionária e inovadora, em relação às concepções tradicionais que vinham da renascença ,e ainda dominavam na cultura européia da segunda metade do século XIX.
Os Pontos Invadem as Telas
Ávidos de teorias que possam servir de base sólida para as suas realizações, os impressionistas tentam buscar na ciência novas técnicas e princípios de composição. Por volta de 1884, a espontaneidade do estilo das luzes e cores do impressionismo é ameaçada. O neo-impressionismo ou divisionismo começa a substituí-lo.
O novo movimento é, paradoxalmente, a continuação e a negação do impressionismo. Baseia-se ainda na cor como elemento principal, mas sugere sua aplicação dentro de um critério mais racional. O divisionismo apoia-se, acima de tudo, no conhecimento científico da cor, na divisão sistemática das cores puras e na fusão óptica dos pigmentos.
As cores puras são amplamente utilizadas, como a técnica das pinceladas em forma de pontos, cujas dimensões variam de acordo com a distância que delas deverá ficar o observador.
Embora não obedeçam apenas à percepção sensorial, os divisionistas não abandonam por completo as normas do impressionismo. Pelo contrário, procuram explorar ao máximo as conquistas da cor daquele estilo, a fim de emprega-las, daí por diante, racionalmente. A composição torna-se elemento de fundamental importância.
Já não recebe um tratamento meramente ocasional: a intuição é substituída pelo método e pela reflexão. A expressão dos sentimentos continua a ter a sua importância, mas deve, agora, apoiar-se em teorias exatas e técnicas racionais.
Essa tendência revela, de certo modo, a preocupação dos pintores do fim do século XIX em colocar o desenvolvimento artístico paralelo ao científico, que passa por grandes transformações.
Um dos maiores representantes do divisionismo é também o seu iniciador, Georges Seurat (1859-1891). O primeiro trabalho divisionista de Seurat exposto ao público, Um domingo na Grande Jatte, apresenta uma violência de contrastes jamais empregada pelos contemporâneos.
Fonte: www.geocities.com/br.franceguide.com/www.artesbr.hpg.ig.com.br
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