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A Arte Grega exerceu uma enorme influência sobre a cultura de muitos países desde os tempos antigos até o presente, particularmente nas áreas da escultura e arquitetura.
No Ocidente, a arte do Império Romano foi em grande parte derivadas de modelos gregos.
Os historiadores da arte geralmente definem a arte grega como a arte produzida no mundo de língua grega a partir de cerca de 1000 aC a cerca de 100 aC.
Eles geralmente excluem a arte das civilizações micênica e minóica, que floresceu a partir de cerca de 1500 a cerca de 1200 aC. Apesar do fato de que estes eram culturas de língua grega, há pouca ou nenhuma continuidade entre a arte dessas civilizações e da arte grega mais tarde.
No outro extremo da escala de tempo, os historiadores da arte geralmente sustentam que a arte grega como uma cultura distinta terminou com o estabelecimento da regra romana sobre o mundo de língua grega em cerca de 100 aC.
Após esta data eles argumentam, a arte greco-romana, embora muitas vezes impressionante em escala, foi em grande parte derivado dos modelos grego anteriores, e diminuiram de forma constante em qualidade até o advento do cristianismo que trouxe a tradição clássica ao fim no século 5 dC.
Há também uma questão relacionada com a palavra “arte” na Grécia Antiga.
A palavra do grego antigo ‘tekhni’, que é comumente traduzido como “arte”, significa mais precisão “habilidade” ou “artesanato” (a palavra Inglês “técnica” deriva-lo).
Pintores e escultores gregos eram artesãos que aprenderam seu ofício como aprendizes, muitas vezes, ser aprendiz de seus pais, e que foram, então, contratado por clientes ricos.
Embora alguns tornou-se conhecido e muito admirado, eles não estavam na mesma posição social como os poetas ou dramaturgos. Foi até o período helenístico (depois de cerca de 320 aC), que “o artista” como categoria social começou a ser reconhecido.
Estilos e Períodos
A arte da Grécia Antiga é normalmente dividido estilisticamente em três períodos: o arcaico, o clássico e helenístico.
A idade arcaica é geralmente datada de cerca de 1000 aC, embora na realidade pouco se sabe sobre a arte na Grécia durante os 200 anos anteriores (tradicionalmente conhecido como a Idade das Trevas).
O início das Guerras Persas (480 aC a 448 aC) é geralmente considerado como a linha divisória entre o arcaico eo períodos clássico, e o reinado de Alexandre, o Grande (336 aC a 323 aC) é tida como a separação do clássico do períodos helenístico.
Na realidade, não houve transição brusca de um período para o outro.
Formas de arte desenvolvido a ritmos diferentes em diferentes partes do mundo grego, e como em qualquer idade alguns artistas trabalharam em estilos mais inovadoras do que outras. Fortes tradições locais, conservadores de caráter, e as exigências de cultos locais, permitiram que historiadores localizassem as origens até mesmo de obras de arte deslocadas.
A arquitetura e a escultura grega assumiram diferentes traços ao longo de sua história
A pintura grega produziu e desenvolveu o estilo geométrico, arcaico, figuras em preto, figuras em vermelho e o avançado estilo clássico.
Os templos são a base da arquitetura atual; buscavam a perfeita harmonia através do equilíbrio e da simetria.
As três ordens arquitetônicas dórica, jônica e coríntia podem ser exemplificadas pela Basílica e pelo Templo de Poseidon (Pesto, Itália), pelo Partenon e pelo Templo de Atena Nike, ambos construídos na Acrópole, em Atenas, na Grécia.
As esculturas se espelharam e se aperfeiçoaram segundo o modelo egípcio.
Na escultura arquitetônica, a riqueza narrativa do modelo egípcio é conservada, há a prática de profundidade e conquista-se uma nova dimensão.
No estilo arcaico o desenvolvimento varia de Koros a Hera de Samos e a Virgem de Quios.
No estilo clássico a postura contraposta inutiliza o sorriso arcaico tornando possível a ação mesmo quando em repouso.
E, finalmente, no período helenístico ou pós-clássico, a expressividade e o realismo são acentuados através da suavidade, de uma concepção mais humana e visível dignidade em momentos de agonia que precedem a morte.
Arte Grega – Povo Grego
Os gregos apresentaram uma produção cultural mais livre, eles não se submeteram às imposições de sacerdotes ou de reis autoritários e valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a criatura mais importante do universo. Assim, o conhecimento através da razão, esteve sempre acima da fé em divindades.
No século XII a C. o povo grego era formado pelos aqueus, jônios, dóricos e eólios. Com o passar do tempo, esses povos passaram a ter a mesma cultura.
Em meados do século X a C. estes povos estavam reunidos em pequenas comunidades distantes uma das outras, no princípio eram pobres, mas com a intensificação do comércios, muitas transformaram-se em cidades-Estado, chamadas de polis grega e entraram em contato com as culturas do Egito e Oriente Próximo.
Inicialmente, os gregos imitaram os egípcios, mas depois criaram sua arquitetura, escultura e pintura, movidos por concepções diferentes das que os egípcios tiveram da vida, da morte e das divindades. Foram os primeiros artistas realistas da história, ou seja, os primeiros a se preocupar em representar a natureza tal qual ela é, para isso se fundamentaram no estudo da proporção, segundo o qual o homem é a medida de todas as coisas.
A arte grega distingue-se em quatro grandes períodos: o geométrico (séculos IX e VIII a. C. ), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a. C) e o helenístico (III ao I a. C. ).
Helenístico: diz-se do período que vai da formação do império de Alexandre Magno à conquista romana.
Arquitetura
Os gregos se preocupavam nas construções com a simetria, a escala, a proporcionalidade, a harmonia e são os templos que constituem a principal realização da arquitetura.
Eles foram construídos em honra aos deuses e protegiam as esculturas das chuvas e do sol excessivo, possuíam espaço interno pequeno e os cultos eram realizados na parte externa. O mais notável conjunto arquitetônico era o da Acrópole, em Atenas, mandado construir por Péricles.
A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico da entrada (pronau) e o dos fundos (opistódomo). Alguns templos eram inteiramente sustentado por colunas, enquanto outros tinham colunas apenas na parte da frente.
Eram construído sobre uma base de três degraus e sobre eles eram erguidos as colunas e as paredes do núcleo (naos).
As colunas sustentavam um entablamento horizontal construídos segundo os modelos: dórico, jônico e coríntio.
Os telhados feitos com telha de terracota eram inclinados para as laterais, isto resultava um espaço triangular sobre a cornija, chamado frontão,decorado em revelo, esculpiam-se figuras, representavam cenas mitológicas e eram pintadas com cores vivas e variadas.
1. Ordem dórica: Simples e maciça; os fustes das colunas eram grossos; os capitéis eram bem simples; a arquitrave era lisa e sobre ela ficava o friso dividido em retângulos com sulcos verticais pintados ou esculpidos em relevo.
2. Ordem jônica: Sugeria mais leveza e era mais ornamentada; as colunas tinham fustes mais finos e não se firmavam diretamente sobre os degraus (estilóbata), mas sobre uma base decorada; os capitéis eram enfeitados e a arquitrave dividida em três faixas horizontais; o friso decorado ou esculpido em relevo e a cornija podia apresentar trabalhos em esculturas.
3. Ordem coríntia: Surgiu no final do século V e se caracteriza por um capitel ornamento em forma de folhas de acanto.
Cornija: É um ornado que se assenta sobre o friso de uma obra arquitetônica. É uma espécie de moldura.
Friso: É a parte plana do entablamento, entre a cornija e a arquitrave.
Arquitrave: É o remate da coluna, a parte superior de pilastra ou balaústre, geralmente esculturada.
Fuste: É a parte principal da coluna. Fica entre o capitel e a base.
Base: É tudo o que serve de apoio, a parte inferior da coluna.
Entablamento: Refere-se ao conjunto formado por arquitrave, friso e cornija.
Acrotério: Elemento presente em algumas colunas, é um pequeno pedestal sem base que suporta vasos, figuras ou outros ornamentos na base inferior das cornijas.
Atlântico: Formas humanas masculinas que substituíram as colunas dóricas.
Cariátides: Formas humanas femininas que substituíram as colunas dóricas.
Ordem Ática: Substituição de colunas de base circular por pilares de base retangular.
Pintura
Pintura – Arte Grega
A pintura servia como elemento de decoração da arquitetura realizada nos painéis e nas métopas (espaço entre os enfeites do friso). Porém, destaca-se a pintura realizada nos potes de cerâmica cuja forma de cada um dependia do uso que dele seria feito. Serviam para rituais religiosos e também para armazenar água, vinho e mantimentos. A decoração era feita com figuras geométricas, cenas mitológicas ou cotidianas, mas na medida em que se tornaram cada vez mais belos, transformaram-se em objetos artísticos.
Inicialmente, o artista pintava em negro as silhuetas das figuras, depois fazia sulcos para gravar o contorno do corpo e por volta de 530 a C. um artista inverteu o esquema de cores: deixou as figuras na cor do vaso e pintou o fundo de negro, o efeito conseguido foi sobretudo dar maior vivacidade às figuras.
Escultura
Aproximadamente no final do século VII a C. os gregos começaram a esculpir, em mármore grandes figuras de homens. A influência do Egito era evidente, não se manifestando qualquer preocupação com a idéia de movimento.
Porém, enquanto os e egípcios procuravam fazer uma figura realista de um homem, o escultor grego acreditava que a estátua não deveria ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo.
O escultor grego do período arcaico (séc. VII a c. _ V a C.) assim como o escultor egípcio apreciava a simetria natural do corpo humano. O artista esculpia figuras masculinas nuas, eretas, em posição frontal e com o peso do corpo distribuído por igual sobre as duas pernas. Este tipo de estátua é chamada de Kouros, palavra grega que significa homem jovem.
Como os artistas gregos não estavam submetidos a convenções rígidas, a escultura pode evoluir livremente e assim Kouros foi sofrendo algumas alterações buscando superar a rigidez das estátuas.
As esculturas antes feitas quase sempre em mármore, foram substituídas por bronze, pois esse metal permitia ao artista criar figuras que expressassem melhor o movimento e aos poucos, além de braços e pernas, o tronco também ganhou movimento. Utilizavam também outros materiais como o marfim e a madeira e cada vez mais, tentaram atingir um ideal de perfeição e de beleza humana.
1. Século VI: Destaque para a rigidez e o sorriso.
2. 100 a. C.: Vênus de Milo.
3. Século II a. C.: Afrodite Callipygos. Réplica helenística
Arte Grega
Arte Grega – Períodos
Dos povos da antiguidade, os que apresentaram uma produção cultural mais livre foram os gregos, que valorizaram especialmente as ações humanas, na certeza de que o homem era a criatura mais importante do universo.
Assim, o conhecimento, através da razão, esteve sempre acima da fé em divindades.
Enquanto os egípcios procuravam fazer uma figura realista de um homem, o escultor grego acreditava que uma estátua que representasse um homem não deveria ser apenas semelhante a um homem, mas também um objeto belo em si mesmo.Seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos, que dedicavam ao bem estar do povo e a democracia.
Podem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico (séculos IX e VIII a.C.), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a.C.) e o helenístico (do século III ao I a.C.).
No chamado período geométrico, a arte se restringiu à decoração de variados utensílios e ânforas. Esses objetos eram pintados com motivos circulares e semicirculares, dispostos simetricamente. A técnica aplicada nesse trabalho foi herdada das culturas cretense e micênica. Passado muito tempo, a partir do século VII a.C., durante o denominado período arcaico, a arquitetura e a esculturaexperimentaram um notável desenvolvimento graças à influência dessas e outras culturas mediterrâneas.Também pesaram o estudo e a medição do antigo megaron, sala central dos palácios de Micenas a partir da qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego.
Entre os séculos V e IV a.C., a arte grega consolida suas formas definitivas.
Na escultura, somou-se ao naturalismo e à proporção das figuras o conceito de dinamismo refletido nas estátuas de atletas como o Discóbolo de Miron e o Doríforo de Policleto.
Na arquitetura, em contrapartida, o aperfeiçoamento da óptica (perspectiva) e a fusão equilibrada do estilo jônico e dórico trouxe como resultado o Partenon de Atenas, modelo clássico por excelência da arquitetura dessa época. No século III, durante o período helenístico, a culturagrega se difunde, principalmente graças às conquistas e expansão de Alexandre Magno, por toda a bacia do Mediterrâneo e Ásia Menor.
Cerâmica Grega
A pintura grega encontrou uma forma de realização na arte da cerâmica, os vasos gregos são conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação.No começo, os desenhos eram simplesmente formas geométricas elementares – de onde se originou a denominação de geométrico conferida a esse primeiro período (séculos IX e VIII a.C.) – que mal se destacavam na superfície.
Com o passar do tempo, elas foram gradativamente se enriquecendo, até adquirir volume. Surgiram então os primeiros desenhos de plantas e animais guarnecidos por adornos chamados de meandros. Numa etapa próxima, já no período arcaico (séculos VII e VI a.C.), começou a ser incluída nos desenhos a figura humana, que apresentava um grafismo muito estilizado.
E, com o aparecimento de novas tendências naturalistas, ela passou a ser cada vez mais utilizada nas representações mitológicas, o que veio a aumentar sua importância.As cenas eram apresentadas em faixas horizontais paralelas que podiam ser visualizadas ao se girar a peça de cerâmica.
Com a substituição do cinzel pelo pincel, os traçados se tornaram mais precisos e ricos em detalhes. As peças de cerâmica pintadas começam a experimentar uma perceptível decadência durante o classicismo (séculos IV e V a.C.).
No entanto, passado um bom tempo, elas acabaram ressurgindo triunfantes no período helenístico (século III), totalmente renovadas, cheias de cor e ricamente decoradas.
As primeiras esculturas gregas (século IX a.C.) não passavam de pequenas figuras humanas feitas de materiais muito brandos e fáceis de manipular, como a argila, o marfim ou a cera. Essa condição só se alterou no período arcaico (séculos VII e VI a.C.), quando os gregos começaram a trabalhar a pedra. Os motivos mais comuns das primeiras obras eram simples estátuas de rapazes (kouros) e moças (korés). As figuras esculpidas apresentavam formas lisas e arredondadas e plasmavam na pedra uma beleza ideal. Essas figuras humanas guardavam uma grande semelhança com as esculturas egípcias, as quais, obviamente, lhes haviam servido de modelo.
Com o advento do classicismo (séculos V e IV a.C.), a estatuária grega foi assumindo um caráter próprio e acabou abandonando definitivamente os padrões orientais. Foi o consciencioso estudo das proporções que veio oferecer a possibilidade de se copiar fielmente a anatomia humana, e com isso os rostos obtiveram um ganho considerável em expressividade e realismo.Mais tarde introduziu-se o conceito de contrapposto – posição na qual a escultura se apoiava totalmente numa perna, deixando a outra livre, e o princípio do dinamismo tomou forma nas representações de atletas em plena ação.
Entre os grandes artistas do classicismo estão: Policleto,(que criou a regra do “belo ideal” que divide o corpo humano em 8 partes iguais. Essa regra é utilizada até hoje nas aulas de desenho.) Miron, Praxíteles e Fídias.
Contudo, não se pode tampouco deixar de mencionar Lisipo, que, nas suas tentativas de plasmar as verdadeiras feições do rosto, conseguiu acrescentar uma inovação a esta arte, criando os primeiros retratos.
Durante o período helênico (século III a.C.), verificou-se uma ênfase nas formas herdadas do classicismo, e elas foram se sofisticando. O resultado disso foi o surgimento de obras de inigualável monumentalidade e beleza, como O Colosso de Rodes, de trinta e dois metros de altura. É interessante esclarecer que, tanto por sua função religiosa quanto pela sua importância como elemento decorativo, aescultura estava estreitamente ligada à arquitetura. Isso se evidencia nas estátuas trabalhadas nas fachadas, colunas e interiores dos templos.
Na arquitetura, não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente.
Suas origens devem ser procuradas no megaron micênico. Este aposento, de morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodação principal do palácio do governante, nada mais era do que uma sala retangular, à qual se tinha acesso através de um pequeno pórtico (pronaos), e quatro colunas que sustentavam um teto parecido com o atual telhado de duas águas. No princípio, esse foi o esquema que marcou os cânones da edificação grega.
Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe – para as paredes – e a madeira – para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituídos pela pedra. Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganhono que toca à monumentalidade.
Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jônico, a leste.
Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços. As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de eqüino. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas.
A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida.
O capitel culminava em duas colunas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos. Mais adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitetura grega atingiu seu ponto máximo. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar um outro, o coríntio, que se caracterizava por um capitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.As formas foram se estilizando ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas. O Partenon de Atenas é a mais evidente ilustração desse brilhante período arquitetônico grego.
Na época da hegemonia helenística (séculoIII a.C.), a construção, que conservou as formas básicas do período clássico, alcançou o ponto máximo de suntuosidade. As colunas de capitéis ricamente decorados sustentavam frisos trabalhados em relevo, exibindo uma elegância e um trabalho dificilmente superáveis.
Assim, a história da arte grega está ligada às épocas da vida desse povo.
O pré-helenismo foi um longo período, no qual a arte estava se afirmando.
Na época arcaica , a arte tomou formas definidas. A época clássica, foi o momento da plenitude e da perfeição artística e cultural dos gregos. O helenismo foi o momento em que os gregos já haviam chegado à plenitude e passaram a espalhar sua arte pelo Egito, pela Ásia Menor, pela Síria e por Roma.
ARQUITETURA GREGA
Na construção de templos e edifícios públicos, os arquitetos gregos não usavam material aglutinante para unir as pedras de que se faziam as colunas: estas eram apenas superpostas, mas, apesar dos poucos meios disponíveis para o corte e polimento, se encaixavam com tal precisão que entre uma e outra não há como inserir uma agulha.
A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos. De início, os gregos conheceram dois tipos de ordem (estilo) de colunas, a dórica e a jônica, e mais tarde acrescentaram a coríntia, derivada da jônica, com o capitel dotado de folhas de acanto.
Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a.C., as casas são de plano irregular e os templos têm planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo. Os modelos de terracota das construções de Argos deixam perceber um par de colunas ante uma pequena câmara retangular, sobre a qual se alteia um telhado pontiagudo. Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra. A partir do século VI a.C., desenvolveram-se as ordens dórica e jônica, essencialmente gregas.
O mais primitivo exemplo da ordem dórica vê-se no templo de Apolo, em Termo, na Etólia, e a ordem jônica nasceu no Egeu oriental, em cidades como Samos e Esmirna. O templo ganhou em amplitude e a utilização da pedra, sobretudo mármore, tornou-se cada vez mais freqüente. Relevos escultóricos passaram a adornar as construções, com motivos florais e figurativos, como no templo de Prínias.
Durante curto intervalo, praticou-se em Neandria e outros lugares o rebuscado capitel palmiforme de tipo eólico, de origem síria. Em Prínias, Deméter e Selino persiste um modelo de templo destituído de pórtico, que pressupõe origem mais antiga. Entre os anos 600 e 500 a.C. (período arcaico), os modelos esboçados no período anterior foram ampliados e elaborados com refinamento gradativo das proporções, enquanto os capitéis se tornaram mais elegantes e a ação escultórica dos frontões passou a integrar-se melhor na estrutura arquitetônica. Ao mesmo tempo, a cor foi amplamente utilizada para vivificar o ornamento em pedra, geralmente mármore.
O típico templo grego passou a obedecer então a um plano em que se sucedem um pórtico de acesso, a câmara principal com a imagem da divindade e, com freqüência, um aposento aos fundos. Uma colunata (peristilo) circunda o conjunto, coberto por um telhado reclinado. Duas filas de colunas dividem, às vezes, a cella (câmara reservada à divindade) numa nave central e duas alas laterais.
Exemplos marcantes de templos dóricos arcaicos acham-se em Corfu, Termo, Selino, Sele, Pesto, Atenas, Cirene, Corinto, Súnio, Asso e Delfos. Entre os mais importantes templos jônicos do período citam-se os de Éfeso e Samos, ambos dípteros, ou seja, dotados de dupla colunata.
PERÍODO CLÁSSICO
Toda a arquitetura clássica produzida entre os anos 500 e 300 a.C., caracteriza-se por um senso absoluto de organicidade e equilíbrio, subordinando-se suas proporções à ordem matemática. Nessa época, que se estende do término do templo dos Alcmeônidas, em Delfos, ao início do “século de Péricles”, quando se empreendeu o embelezamento da acrópole de Atenas, os esforços dos arquitetos concentraram-se particularmente no aperfeiçoamento da ordem dórica.
As cidades e ilhas jônicas caíram em poder dos Persas, o que talvez explique a raridade dos templos jônicos na época. Em contraposição, os arquitetos esforçaram-se para harmonizar as relações entre os diversos elementos arquitetônicos e determinar módulos para a ordem dórica. A primeira grande construção dórica do período foi o templo de Zeus, em Olímpia, erguido segundo risco de Libão em 456 a.C.
Quando Atenas foi reconstruída, no governo de Péricles, concentraram-se na colina da Acrópole vários templos dóricos, dos quais o mais importante – que, na verdade, marcou o apogeu do estilo clássico – é o Pártenon, construído por Ictino e Calícrates e decorado com esculturas concebidas por Fídias. A partir de então, essa obra, com oito colunas de frente e 17 de cada lado, influenciou toda a arte e toda a arquitetura da Grécia, fornecendo-lhe um padrão em que se unem a concepção ideal da forma e das proporções humanas e um enfoque emocional sereno e despojado.
Os templos jônicos do período clássico, se perderam em amplitude quando comparados aos da época arcaica, superaram-nos em graça e pureza. As ordens dórica e jônica lançavam mão de motivos abstratos ou semi-abstratos para simbolizar a vida orgânica.
Os arquitetos do período clássico tardio, ao contrário, preferiram traduzi-la mais literalmente e para tal fizeram uso de ornamentos inspirados no acanto e outras plantas.
Surgiu assim a última ordem da arquitetura grega, a coríntia, anunciada no templo de Apolo, em Bassas, e que se fez popular a partir de 334 a.C.
Em seguida, o estilo coríntio combinou-se ao dórico em muitos edifícios: aquele reservado para o interior, este para a fachada (templos de Atena, em Tégea, por Escopas). O fim do período clássico presenciou uma revitalização do estilo jônico, por influência do arquiteto Píteas (túmulo de Mausolo, em Halicarnasso), que abandonou a busca do refinamento em troca da monumentalidade.
PERÍODO HELENÍSTICO
Até a fase clássica, os arquitetos gregos encaravam cada construção como uma unidade completa em si mesma e, como tal, destacada das demais. No período helenístico (entre os anos 300 e 100 a.C.), tal tendência desapareceu e os arquitetos, acostumados a projetar novas cidades, buscaram o complexo arquitetônico, que realizaram em sítios como Cós, Pérgamo, Antioquia, Selêucia e Magnésia.
Foi a época do desenvolvimento do urbanismo: os pórticos multiplicaram-se e as ruas cruzaram-se em ângulo reto, freqüentemente flanqueadas por colunatas.
O plano das ágoras (praças) tornou-se regular, com construções consagradas às reuniões populares. Também nessa época o conjunto passou a ofuscar o detalhe, como se observa nos templos elaborados por Cossúcio (o de Zeus, em Atenas) e Hermógenes (o de Ártemis, na Magnésia), ou no grande altar de Pérgamo.
O interesse deslocou-se para os edifícios seculares ou semi-seculares, como deambulatórios (colunatas de Priene, Pérgamo e Atenas), assembléias (Mileto) ou bibliotecas (Pérgamo), sem falar nos palácios, vilas e residências. As residências do período helenístico são de proporções modestas, mas a partir do século III a.C. tornaram-se luxuosas. As peças são dispostas em torno de um pátio central com peristilo dórico, e decoração em pintura, estuque e mosaico.
A construção dos teatros modificou-se: desapareceu o coro e o proscênio aumentou com uma parede de fundo decorada.
O contato com as arquiteturas não-helênicas (do Egito, Síria, Mesopotâmia) levou à produção de novos tipos arquitetônicos, com o que se enriqueceu o repertório ornamental. As ordens gregas atingiram a Pérsia e mesmo a Índia, fundindo-se em muitas ocasiões aos estilos locais. À ornamentação de cunho vegetal juntou-se, por necessidade rítmica, a de base animal, e não raro os ornamentos foram concebidos como réplicas realistas de objetos do culto (guirlandas, peças rituais).
Na era cristã, a basílica helenística foi a mais usada até o século V. No início do século VI surgiu a igreja de cúpula e planta grega. Antes livre, a planta cruciforme passou a ser inserida em paredes retangulares, com muros externos octogonais. Seu apogeu verificou-se nos séculos XI e XII, com o uso de quatro cúpulas, uma em cada braço da cruz.
Arte Grega – Origem
O que conhecemos como a arte do mundo ocidental, principalmente a européia, muito deve ao mundo grego e a sua cultura. Os gregos influenciaram a arte romana e outros períodos da História da Arte como o Renascimento. De uma certa forma, muitos valores que tiveram sua origem na arte grega exerceram influência fundamental sobre o gosto estético predominante até o século XX.
A mitologia grega, suas conquistas filosóficas e científicas, sua capacidade de concisão e simplicidade expressiva foram legados importantíssimos para as épocas posteriores. Uma característica da arte grega é a presença forte do intelecto.
Foi a primeira expressão artística que valorizou o homem e suas possibilidades. O uso de desenhos e linhas, a proporcionalidade, o equilíbrio e a expressividade atingida foram conquistas surpreendentes.
A origem da arte grega
A civilização minóica, em particular a Ilha de Creta, parece ter sido as origens de uma arte que acabou sendo incorporada ao continente grego, principalmente através de Micenas. Posteriormente, uma onda de invasões de povos como os dóricos e os jônios acabaram por formar o povo grego.
Essa onda de invasões teve impacto profundo sobre os povos da região. Na verdade, não se sabe ao certo o que aconteceu com as civilizações que a ocupavam anteriormente (como a micênica), mas a arte produzida até então foi abafada nesse momento, apesar de se poder avistar influências dela na futura arte grega.
O resultado dessa época turbulenta foi o não aparecimento de formas artísticas de destaque desde as invasões dóricas, cerca de aproximadamente 1200 a.c até o ano 800 a.c. Presume-se que os dóricos não trouxeram em sua bagagem uma arte já desenvolvida, forte, sendo a arte grega que acaba por despontar o resultado da intersecção (conflituosa) das culturas dos invasores com a dos habitantes da região.
A arte grega costuma ser dividida em 4 períodos: a arte grega geométrica (aproximadamente 900 a 700 a.c), a arte gregaarcaica (700 a 480 a.c), o período clássico (480 a 323 a.c) e o período helenístico (323 a.c a 146 a.c). Além disso, costuma-se incluir um período de transição entre a arte arcaica e a arte clássica, como uma época diferenciada.
A Arquitetura Grega
Como já foi dito, a civilização que antecede a grega é a cretense que durou de 1800 a 1100 a.C. Eles construíram várias cidades e palácios, como o de Cnosso e suas casas tinham vários andares, tetos planos e piso de pedra.
Assim,o surgimento da cultura grega se dá após o período que vai do fim do século XIII o e começo do século VIII a.C., período marcado pela obscuridade, também chamado “Idade Média Grega”, quando acontece a dissolução da cultura miceno-cretense, devido a crises internas e invasões, principalmente pelas
invasões dóricas por volta do ano 1200 a.C., que provoca a dispersão do povo pelo mediterrâneo, ocupando as regiões costeiras, que acabam por originar na Jônia cidades como Éfeso e Mileto.
Preocupados em exaltar a beleza e o calor da vida, ao contrário de outros povos que cultuavam o além-túmulo, os gregos construíam com fins públicos, pela realização da coletividade, ou religiosos, em que o homem continua sendo a medida das coisas, até mesmo pela qualidade humana de suas divindades.
A conformação cidade-estado confere aos centros helênicos autonomia criativa.Atenas é regida por princípios de liberdade, democracia e individualismo, ao contrário de Esparta estruturada no militarismo e em regimes totalitários.
Por volta do ano 750 a.C. começa a primeira onda migratória em direção ao ocidente, para a Sicília e a costa da Itália, a chamada Magna Grécia.
É ainda no período arcaico que se dá o nascimento do templo grego.Trata-se agora de uma construção sólida, que utiliza pedra e mármore, e ergue-se sobre uma plataforma com degraus (estilobata).Com planta retangular e volume horizontal,tinha uma sala principal chamada cela, onde ficava a estátua de um deus
ou uma deusa. A estrutura, externa, é composta por fileiras de colunas,que eram uma marca da arquitetura grega, sendo cuidadosamente desenhadas. Na parte central a circunferência da coluna é maior do que na base e na parte superior ainda menor.
Seguiram três tipos de ordens: a dórica, a jônica e a coríntia.
O templo grego conserva uma característica de suas origens que é o fato de ser um edifício onde o espaço é mais exterior do que interior não se destinando a abrigar os fiéis. É por assim dizer a casa de um deus,onde os fiéis o contemplam no conjunto e sobem até ele
levando oferendas e sacrifícios porém não permanecem no seu interior.
O Partenon, de ordem dórica, projetado por Ictino e Calícrates, foi erguido na acrópole de Atenas e eleva-se sobre a cidade num terreno de menos de 300m de comprimento por 130m no ponto mais largo. Nele melhor do que em qualquer outro, se verifica a composição grega dos cheios e vazios, do ritmo da luz e sombra. Em seu frontão encontrava-se a escultura de Fídias, que retratava o nascimento de Atenéia e a disputa entre Atenéia e Posídon. Fídias também é o autor da obra que ocupou a cela do templo, Athena Parthenos, em ouro e marfim, que não mais existe.
No ano 407, uma estrutura complexa, que reúne um conjunto de lugares sagrados, ergue-se o Erection de ordem jônica, onde se encontra um novo elemento, o balcão aéreo, sustentado por 6 estátuas com figuras femininas, as Cariátides, que com sua graça suavizam a construção.
No fim do período clássico na século IV, a arquitetura continua a se desenvolver e a inovar, como na realização dos teatros, onde a geometria funcional e estética, define de forma definitiva o anfiteatro, com arquibancadas escavadas, íngremes e de forma semicircular e com palco circular
ou semicircular que tem um cenário natural, como o teatro de Dionísio em Atenas, e o de Delfos.
Outra inovação do século IV é o aparecimento da ordem coríntia, derivada da ordem jônica, que será desenvolvida no período helenístico e também na arquitetura romana.
O período helenístico inicia-se em 323 a.C. com a morte de Alexandre Magno, e com a dissolução do império macedônio, conquistado por Alexandre, na sua luta contra os persas. A fundação de Alexandria cria um novo polo da cultura helenística.
Na arquitetura o emprego das ordens é livre, as vezes com combinações, e com amplo desenvolvimento da ordem coríntia, como no templo do Zeus Olímpico ou no monumento votivo de Líscrates de planta circular, ambos em Atenas.
Outras inovações no campo técnico e no conceito de monumentalidade podem ser verificadas no grande templo-altar de Zeus (180 a.C.) em Pérgamo que foi reconstruído no Museu de Berlim, já que quase tudo se perdeu da magnífica Alexandria
A Escultura Grega
Entre os séculos XI e IX a.C. a escultura produziu pequenas obras, representando figuras humanas, em argila ou marfim. Durante o período arcaico a pedra tornou-se o material mais utilizado, comum nas simples estátuas de rapazes (Kouros) e de moças(korés) e ainda refletiam a influência externa.
O apogeu da escultura ocorreu no período clássico, durante o século V , quando as obras ganharam maior realismo, procurando refletir a perfeição das formas e a beleza humana, e posteriormente ganharam dinamismo, como se percebe no Discóbolo de Miron.
Fonte: www.crystalinks.com/www.she.art.br/www.arteducacao.pro.br/www.geocities.com/www.socultura.com
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