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O que é
O Cuxiú Preto são macacos da América do Sul;
É o animal terrestre mais barulhento do hemisfério ocidental e geralmente são o maior e mais abundante primata onde quer que eles vivam. Louro ao nascer, os machos ficam pretos enquanto amadurecem, enquanto as fêmeas ficam loiros a vida inteira.
O cuxiú vive em florestas decíduas, alimentando-se de frutas, flores, folhas e castanhas. Tem de 30 a 60 cm de comprimento (corpo e cabeça) e a cauda, até 50 cm. Chega a pesar 3,1 kg.
Classificado como espécie vulnerável pela IUCN (1978) e em perigo pela USDI (1980).
Descrição/Características
O Cuxiú Preto é um macaco exclusivamente brasileiro, que tem o nome científico de Chiropotes satanas satanás e é considerado uma espécie em perigo de extinção.
O Cuxiú Preto é um macaco encontrado somente no Brasil, havendo registros de sua presença somente na Floresta Amazônica e na Reserva de Tapindaré, na Àrea de Proteção Ambiental de Igarapé Gelado e na Floresta Nacional de Tapirapé-Aquirí estes 3 últimos localizados no estado do Pará.
O macaco Cuxiú Preto tem um porte relativamente pequeno, seu corpo e sua cabeça juntos chegam a medir até o máximo de 60 centímetros e sua cauda chega a atingir o tamanho máximo de 50 centímetros.
Seu peso máximo é de cerca de 3 quilos.
Eles habitam as zonas de florestas tropicais densas, seus hábitos são diurnos, eles se alimentam de frutos, folhas, brotos, folhas, castanhas, além de aranhas e pequenos insetos e passam toda a sua vida em cima de árvores altas, onde se desloca com muita agilidade e rapidez.
Como seu nome mesmo indica, o pelo do macaco é quase todo preto, seu rabo é comprido em relação ao corpo e bastante peludo, parecendo com um espanador.
Tem os dentes caninos grandes e com inclinação para frente, próprios para abrir os frutos ainda verdes, seu prato preferido.
Tanto as fêmeas como os machos tem uma barba bem espessa no queixo.
Hábitos do Cuxiú Preto
Naturalmente os Cuxiús Pretos necessitam de grandes espaços para viver e seu alimento preferido são os frutos ainda verdes e as sementes.
É um animal bastante veloz e muito arisco, salta rapidamente de uma árvore para outra e foge ao menor sinal de aproximação, o que torna bastante difícil avistá-lo.
No entanto os pesquisadores já comprovaram que estes animais vivem em grandes grupos de até 40 macacos, com número de fêmeas e machos bastante equilibrado.
Estes grupos podem se subdividir em grupos menores quando começa a haver concorrência pela comida.
A relação entre essa espécie de primatas parece ser bastante cordial, eles se abraçam, cantam e também descansam juntos, e particularmente os machos são muito camaradas uns com os outros, parecendo serem tolerantes com os filhotes e suas brincadeiras
.Os filhotes são cuidados pelas suas mães, que os mantém agarrados ao seu pelo e os amamenta até que sejam independentes.
Os macacos Cuxiús preto podem viajar por vários dias na companhia de outras espécies, como os macacos de cheiro e o macaco prego. Segundo os pesquisadores essa é uma forma que eles encontraram de se protegerem, aumentando a vigilância contra os predadores naturais, que são as onças, os gaviões e também as cobras.
Vulnerabilidade e Ameaça de Extinção
Esta espécie de macaco está na lista da União Mundial para a Conservação da Natureza IUCN, como uma espécie vulnerável a extinção. O fato de viverem em áreas limitadas, e a crescente destruição e o desmatamento dessas áreas são as principais causas de ameaça de extinção da espécie.
Além disso o Cuxiú Preto é alvo de caçadores que consideram sua carne exótica e saborosa, e o rabo dessa bela espécime é vendido para fazerem espanador.
Pode parecer irreal, mas é fato, espanador de rabo de macaco em extinção?.
O Cuxiú Preto é considerado um primata, macaco típico brasileiro. Habitando especialmente as regiões tropicais da Amazônia a próxima a ela, o Cuxiú Preto é encontrado em áreas restritas do norte do Tocantins até o rio Grajaú no Maranhão.
Por serem considerados animais diurnos passam o dia todo pulando de árvore em árvore e se alimentando dos frutos e folhas presentes nas mesmas.
Um dos maiores predadores de semente de toda a Floresta Amazônica, o macaco se exibe na alimentação, perfazendo a mesma atividade durante todo o dia.
Atualmente são grandes os números de extinção que envolve o primata, já que a destruição de seu habitat natural contribui muito para esse fator, especialmente a destruição das grandes árvores e logicamente a caça predatória do mesmo. E assim os cativeiros são ainda um aspecto-problema, já que mesmo com muito espaço animal não age da mesma forma que seria na natureza.
História Natural
Habita florestas altas, tendo preferência por florestas de terra firme. Aparentemente, não é encontrado em habitats alterados. A área de vida é grande, chegando a 250 hectares. Os deslocamentos diários podem chegar a até 3,2 km.
Os grupos sociais são grandes, podendo ser compostos por até 44 indivíduos, os quais se dividem em subgrupos temporários durante o período de alimentação. Bandos com aproximadamente 40 indivíduos foram registrados no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, na divisa com o Suriname. Na Terra Indígena Wajãpi, há relatos de bandos grandes na bacia do rio Amapari, divisa com este Parque.
Alimentação
São macacos frugívoros, alimentando-se principalmente de sementes de frutos imaturos, que constituem a maior parte da dieta. Consomem também polpas de frutas, flores e artrópodes.
Utilizam os estratos superiores da floresta para a obtenção de alimento.
Distribuição Geográfica
Margem norte do rio Amazonas, estendendo-se a quase toda a área situada a leste dos rios Negro e Branco, no Centro de Endemismo Guiana. Esta distribuição parece ser fragmentada nas Guianas, restringindo-se ao interior do Suriname, extremo sul da Guiana Francesa, e à região situada a leste do rio Essequibo e sudeste do rio Rupununi, na Guiana. A distribuição da espécie ainda é mal conhecida no Amapá, estando restrita a poucos registros.
Contudo, estas localidades estão distribuídas de maneira mais ou menos uniforme, sugerindo que a espécie deve estar presente em quase todas as áreas florestadas do estado.
Ainda não existem registros de Chiropotes sagulatus nas florestas costeiras do Amapá. Entretanto, as observações de uma espécie aparentada, Chiropotes satanas, nas florestas de mangue do Pará e Maranhão constituem uma sugestão de que Chiropotes sagulatus também pode estar presente neste tipo de ambiente.
Antes conhecido como Chiropotes chiropotes (Humboldt, 1811). Em um estudo feito em 2002, verificou-se que os cuxiús distribuídos ao oeste do rio Negro são distintos dos cuxiús da margem leste deste rio.
O cuxiú do oeste do rio Negro é considerado o verdadeiro C. chiropotes de Humboldt, e o nome disponível para o cuxiú do leste deste rio, em Roraima, norte do Amazonas, norte do Pará, Amapá e Guianas é Chiropotes.
Classificação
Nome científico: Chiropotes satanas (Hoffmannsegg, 1807)
Nome comum: Cuxiú Preto, Macaco Negro
Nome em inglês: Black Saki
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Primates
Família: Pitheciidae
Gênero: Chiropotes
Espécie: C. satanas
Comprimento: Macho: 76 cm
Período de Gestação: 158 dias
Peso: Macho: 2,5 kg
Cuxiú Preto – Fotos
Fonte: www.biodiversidadedoamapa.net/www.geobrasil2001.hpg.ig.com.br/nationalzoo.si.edu/oddstuffmagazine.com/nickomargolies.com
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