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O que é
O biguá é uma ave aquática de plumagem escura, cujo nome científico é Phalacrocorax brasilianus. Tem pés palmados, pernas curtas e fortes, pescoços longos e flexíveis e um bico fino e adunco na ponta. Essa ave de 40 cm de corpo e penas negras é abundante em áreas alagadas de todo o Brasil e de outros países da América do Sul.
O Pantanal Mato-grossense tem a maior concentração de Biguás do Brasil. Ali, eles costumam aglomerar-se em determinadas árvores para usá-las como poleiro ou para sustentar os ninhos.Normalmente, nidificam em colônias associadas com as das garças e cabeças-secas.
Seu nome deve-se aos pés penugentos. Este é o significado do nome “mbiguá” em tupi. Sendo uma ave diurna, pode-se observá-la nas cercanias da água, com as asas abertas à procura de alimento. Sua presa preferida é o peixe bagre. Conta-se que a princípio os biguás não sabiam quebrar o ferrão que estes peixes têm na barbatana e eram prudentes em seus ataques. Mas, com o tempo evoluíram e tornaram-se destros nisso e passaram a procurá-los com maior avidez.
É comum, vê-los com as asas abertas ao sol, durante horas, procurando secar sua plumagem, já que carecem da secreção da glândula uropigia, que produz um tipo de óleo que torna as aves marítimas impermeáveis. Esta também é outra estratégia evolutiva, pois não sendo os biguás impermeáveis, conseqüentemente quando molham suas penas, essas se tornam mais pesadas e não retêm o ar. Sendo assim, estas aves podem mergulhar mais rápido e atingir maiores profundidades. Acrescenta-se ainda, que os ossos dos biguás são pesados e maciços, diferentes das outras aves aquáticas que são leves e perfurados. Com essas adaptações, o Biguá leva vantagem para capturar suas presas, além de deslocar-se sob as águas com muita fluidez.
Como os biguás necessitam de águas limpas para se alimentar, são considerados indicadores biológicos de poluição.
O acompanhamento de suas populações é uma forma de monitorar a alteração da qualidade de ambientes aquáticos em conseqüência de atividades de degradação ambiental, como desmatamentos e uso de agrotóxicos.
Lenda do Biguá
Entre os índios guaranis é conhecida uma lenda sobre o Biguá.
Conta-se que era um índio muito forte e jovem que vivia feliz com sua bela esposa chamada Yerutí, em sua choça, nas proximidades de um grande rio.
Entretanto, a beleza da jovem despertou a cobiça de Capiberá, outro guerreiro índio, possuidor de uma índole muito má.
Aproveitando-se da ausência de Biguá, que havia saído para pescar, raptou Yerutí e levou-a para bem longe, amarrada em uma canoa.
Ao retornar, não encontrando sua amada esposa, foi avisado que seu desaparecimento era obra de Capiberá. Desesperado, parte em busca de seu inimigo.
Perseguido por Biguá, Capiberá foi alcançado e morto. Entretanto, sua frustração foi intensa, quando sua companheira não foi encontrada.
Partiu imediatamente, buscando-a por todos os lugares que conhecia. Gritou em altos brados o nome de Yerutí, às margens do rio, no interior da selva, mas somente o eco devolvia seu angustioso chamado.
Vencido pelo cansaço e pela falta de esperança de encontrar sua esposa com vida, jogou-se nas águas profundas do rio, porque suspeitava que justamente ali teria perecido a bela Yerutí. Buscou-a mergulhando profundamente no rio, na selva, mas só o eco devolvia o seu angustioso chamado. Vencido pelo cansaço, começava acreditar que havia perecido sua amada Yerutí.
Depois de algum tempo, seus irmãos da tribo avistaram uma ave negra que voava insistentemente sobre a choça que haviam morado o feliz casal, para em seguida embrenhar-se na selva e se jogar nas águas do inquieto rio.
Ao consultarem o feiticeiro, esse garantiu que o tal pássaro era Mbiguá que transformado em ave seguia buscando sua doce companheira.
Esta é uma linda lenda que nos fala sobre o amor das aves. Os pássaros, sem dúvida, amam como nós e talvez com mais ternura e devotamento.
Em algumas espécies, os casais nunca se separam, pois grande é a intimidade que os une. Todos que conhecem o comportamento das aves na natureza, sabem que não estou poetizando.
Se um se separa do outro distraidamente e desse torna-se oculto, o que dá falta do companheiro trata de perguntar por onde ela anda. Logo se comunicam e, embora não se vejam, cada qual fica tranqüilo, mas nunca antes de repetir a “pergunta” e receber, infalivelmente a “resposta”.
Caso algum desalmado caçador venha abater um dos cônjuges, podemos observar uma cena pungente. O viúvo lança seu apelo lamentoso, chama inquieto o seu par, corre por todos os cantos, não tem mais sossego nem cuidado com sua pessoa, não mais se esconde, como que suplicando ao caçador que o mate também, pois sua vida não tem mais sentido.
Biguá – Características
Vivem em bandos, que quando voam formando sua forma tradicional de “V”. Alimentam-se de peixes e crustáceos que capturam em seus mergulhos extremamente habilidosos. Fazem seus ninhos ao longo dos manguezais e florestas próximas a rios e lagunas. No Rio de Janeiro, excepcionalmente também nidificam em ilhas próximas da costa. Põem em média dois ovos, e a incubação leva em torno de vinte e quatro dias.Suas penas não são impermeáveis, como a dos patos e atobás, por isso descansam ao sol depois dos mergulhos, com as asas abertas. Seus principais predadores são ocasionalmente tubarões e aves de rapina.
O Biguá tem cerca de 75 centímetros de comprimento, 1,3 quilo de peso, plumagem escura, pés palmados, pernas curtas e fortes, pescoço longo e flexível e bico recurvado, fino e longo, o Biguá (Phalacrocorax brasilianus) é encontrado do extremo sudoeste dos Estados Unidos até o sul da América do Sul, preferindo águas claras e pouco profundas como rios, lagos, açudes e estuários, mas não se afastam da costa para se aventurarem ao mar.
O Biguá se alimenta de pequenos peixes e crustáceos que captura em baixo da água. Ao contrário de outras aves aquáticas, o Biguá consegue eliminar o ar que fica entre suas penas, o que facilita o mergulho mas as deixa completamente encharcadas. A imensa maioria das espécies que captura para sua alimentação não tem valor comercial e seu suco gástrico é capaz de desagregar espinhas.
Na época da reprodução, o Biguá adquire penas brancas em torno da garganta e pequenos tufos, também brancos, atrás da região auricular. A ave constrói ninhos sobre árvores em matas alagadas e matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. Os ovos são pequenos, com casca branco-azulada e os filhotes apresentam cor de fuligem.
Os índios guaranis contam que Mbiguá era um guerreiro que vivia feliz com sua esposa Yerutí em uma aldeia às margens do rio Mirinãy, afluente argentino do rio Uruguai. A beleza de Yerutí despertou a cobiça de Capiberá, que a raptou e fugiu em uma canoa. Mbiguá perseguiu e matou Capiberá, mas Yerutí havia desaparecido. Desesperado, Mbiguá a procurou na mata e ao longo do rio, sem encontrá-la. Apenas o eco respondia a seus chamados. Vencido, Mbiguá se jogou no rio, convencido de que Yerutí havia se afogado. Pouco tempo depois, os índios de sua tribo notaram uma ave de plumagem negra que voava insistentemente sobre as águas do Miriñay. O feiticeiro da tribo explicou então que Mbiguá havia se transformado na ave que continuava buscando sua amada Yerutí.
Descrição
Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d’água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d’água.
Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre as penas e dificulta os mergulhos.
Para secá-las é comum vê-los pousados com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d’água, em formação em “V”.
Quando voam se assemelham a patos, sendo às vezes considerados como tais equivocadamente.
Fazem grandes ninhais junto a garças e outras aves ribeirinhas. Suas penas, patas e bico são inteiramente negras.
Habitat: Lagos, grandes rios e estuários
Ocorrência: Do México à América do Sul.
Hábitos
São ótimos mergulhadores, realizando grandes mergulhos, reúnem-se para pescarias coletivas e estratégicas. Todos nadam lado a lado no mesmo sentido, bloqueando um canal ou uma enseada fluvial. Descansam pousando na beira da água, sobre pedras, árvores, estacas. Esticam as asas como os urubus. Não se afastam da costa para se aventurarem ao mar.
Alimentação
Piscívoros, apanham freqüentemente presas sem valor comercial como, por exemplo, peixes providos de acúleos. O suco gástrico do biguá é capaz de desagregar espinhas.
Reprodução
Nidifica sobre árvores em matas alagadas, matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. Ovos pequenos cobertos por uma crosta calcária branco-azulada. Incubação em torno de 24 dias.
Manifestações sonoras: Voz: o seu grito é “biguá”, “oák”. O coro de muitos indivíduos soa ao longo como o ruído de um motor.
Ameaças: Poluição
Distribuição Geográfica:Do México a América do Sul. Habitam todo o litoral brasileira, inclusive regiões interiores como o Pantanal e a Amazônia. Também ocorrem em regiões da Argentina e em alguns trechos da costa pacífica da América Latina.
Estado de Conservação
Não é uma espécie ameaçada em virtude da ampla área em que estão distribuídas, no entanto a poluição tanto em derramamentos de óleo, como as toxinas que ingerem de peixes em águas contaminadas (por exemplo, Baía de Guanabara) são seus principais problemas.Também são comuns acidentes com embarcações, redes de pesca, fios e linhas de pipa. Outro fator que também colabora para o declínio de algumas populações é desmatamento em algumas ilhas e mangue, onde antes eram pontos de nidificação dos biguás.
Classificação científica
Nome Popular: Biguá
Nome Científico: Phalacrocorax brasilianus
Classe: Aves
Gênero: Phalacrocorax
Espécie: brasilianus
Ordem: Pelicaniformes
Família: Phalacrocoracidae
Biguá – Phalacrocorax brasilianus
O biguá é uma ave comum nos rios, lagoas e litoral do Brasil. Mergulha bem e captura peixes com o bico de ponta curva (diferente do bico do biguatinga, que é reto e pontiagudo). Alimenta-se sobretudo de peixes, mas também de rãs, de crustáceos e de insetos aquáticos.
O biguá nada com o corpo semi-submerso e desloca-se sob a água unicamente com o auxílio dos pés, que possuem amplas membranas natatórias e utiliza a cauda como leme.
Nidifica em colônias, onde constrói ninho de gravetos sobre árvores, geralmente em matas alagadas, podendo associar-se a colônias de outras aves aquáticas.
Mede de 58 a 73 cm de comprimento e vive desde o sul dos EUA até a Argentina – e em todo o Brasil.
Curiosidades
Uma biguá pode chegar a pesar 1,8 kg.
Os biguás realizam pescarias coletivas. Grandes grupos nadam lado a lado, na mesma direção, bloqueando um rio ou canal e mergulhando para apanhar os peixes que tentam furar o bloqueio. No Pantanal já observei pescarias coletivas no rio Paraguai, com mais de 500 aves juntas.
Os biguás podem mergulhar a mais de 20 metros de profundidade.
A postura é de 3 a 4 ovos e o período de incubação é de cerca de 30 dias.
Tanto biguás como biguatingas encharcam suas penas totalmente durante os mergulhos, ao contrário de mergulhões e marrecas. Após várias horas de mergulhos, descansam sobre alguma rocha ou galhada, mantendo as asas abertas para secar ou para garantir a termo-regulação.
Biguá – Fotos
Fonte: www.vivaterra.org.br/www.zoonit.org.br/www.rosanevolpatto.trd.br/www.giau.ib.unicamp.br/www.diagnostico.org.br/canalazultv.ig.com.br/edu.glogster.com
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