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Alcatraz – O que é
O Alcatraz é uma ave pelágica, ou seja, passa toda a vida no mar, excepto quando chega a altura da procriação. Nessa altura, cria grandes colônias em zonas rochosas remotas, onde faz o ninho.
A forma como se alimenta é no mínimo espetacular. Vê o peixe de uma grande altura (cerca de 50 metros), e lança-se num voo picado até mergulhar e apanhar o peixe. É sem dúvida um espetáculo muito bonito.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Pelecaniformes
Família: Sulidae
Género: Sula
Espécie: Sula leucogaster
Outros Nomes: Também conhecido por Atobá, mergulhão ou mambembo.
Alcatraz ou atobá (Sula leucogaster) é uma espécie de ave pelecaniforme da família Sulidae.
O alcatraz é uma ave característica dos mares tropical e subtropical, inclusive das costas e mares brasileiros.
A sua plumagem é cor de café, barriga branca, e garganta e loro nus, encarnados.
Os filhotes são inteiramente brancos. Alimenta-se de peixes, que captura mergulhando.
São também conhecidas como toba, mergulhão, mambembo, mumbebo.
Distribuição
O Alcatraz vive em redor do globo entre os paralelos 30 º Norte e os 30 º Sul, ou seja, sai um pouco fora dos trópicos. Daqui podemos concluir que gosta de calor, o que é verdade.
Podem ser encontrado na Austrália, na América do Sul e Central, em África ou na Ásia, e em qualquer ilha que esteja dentro desta área geográfica.
A nidificação é feita em muitos locais, não havendo sítios preferidos, embora demonstre alguma predileção pelas Ilhas de Vanuatu onde a comunidade é imensa, no entanto existem comunidades nidificantes espalhadas por toda a área.
A postura é feita no inverno no Hemisfério Sul entre Junho e Setembro.
Alcatraz – Uma montanha de neve
O topo do penhasco está realmente branco, mas não é de neve. Olhando mais de perto, pode-se ver que a massa branca é constituída por milhares de aves brancas com pescoço e cabeça amarelados e bicos cinza-azulados. Nas encostas dos rochedos eles fazem os ninhos com algas. A fêmea põe um único ovo, que é incubado por ambos os pais. Para protegê-lo do frio, o encarregado da incubação envolve-o com a membrana dos pés. O filhote nasce cego e de pele azulada, mas logo se cobre de penugem branca. Em agosto consegue voar para o mar.
Em terra, o alcatraz é um desajeitado, movendo-se aos pulinhos.
Entretanto, é um bom nadador e voa rapidamente, 15 a 30 m acima da superfície do mar. Apreciador de peixes, mergulha sobre sua presa, afunda sob a espuma, engole sua vítima e volta à tona. É uma ave muito resistente, capaz de voar mais de 150 km à procura de alimento.
Vive em ambas as costas do Atlântico Norte, ao largo da África e na região da Austrália e da Nova Zelândia. A outra espécie, que vive nas costas do Brasil, é de cor marrom com o bico amarelo e é conhecida por Atobá (Sula leucogaster).
Características
Comprimento: 80 cm
Peso: 3,5 kg
Envergadura: 1,60 m
Migratório
Período de incubação: 40 a 42 dias
Alcatraz – Origem
O nome da ilha vem dos alcatrazes espanhóis, o que significa pelicanos. Alcatraz é a versão singular da palavra, então em espanhol quando dizemos “Estamos viajando a Alcatraz” significa literalmente “Vamos ao Pelicano!”
A maioria das aves nidificam nas falésias íngremes, mas outras nidificam em arbustos ornamentais.
No final de 1800, os militares reformularam Alcatraz para fazer uma fortaleza. O escombros da rocha foi empurrado para a baía ao redor do perímetro de Alcatraz criando poças de maré. O solo trazido para a ilha para amortecer a força de potenciais inimigos entrantes também foi usado para plantar arbustos floridos que se tornaram excelentes habitats de nidificação dessas aves.
Para ajudar a preservar a vida selvagem de Alcatraz durante a época de reprodução, de fevereiro a setembro partes da ilha são fechadas ao público, permitindo que os pássaros reprodutores se aninhem.
As aves reprodutoras mais comumente encontradas são:
Gaivota ocidental (Larus occidentalis)
A ave mais comum em Alcatraz é a gaivota ocidental. Uma ave oportunista, a gaivota come uma variedade de alimentos, mas é mais saudável com seus alimentos naturais, peixes e invertebrados da baía. Quando se trata de encontrar um parceiro, a fêmea se aproxima do macho em uma postura arqueada, então o macho não acha que ela vai competir pelo seu território. Se ele estiver interessado nela, ele regurgita uma refeição para eles comerem e, com sorte, eles permanecem acasalados por toda a vida (com média de vida entre 15 e 18 anos).
Corvos-marinhos (Phalacrocorax sp.)
Três espécies de corvos-marinhos utilizam Alcatraz: o cormorão-de-topete-duplo, o cormorão de Brandt e o cormorão pelágico.
O cormorão-de-topete-duplo é aproximadamente do mesmo tamanho do cormorão de Brandt, mas tem uma bolsa de cor laranja comparada à bolsa azul de Brandt. O cormorão pelágico é o menor dos três. Os Cormorões Brandt e Pelágicos são mais comuns e se reproduzem em Alcatraz. De fato, Alcatraz é o único local de reprodução de colônias para estas duas espécies na Baía de São Francisco. Qualquer tráfego de barco em um raio de 100 metros dos lados oeste, norte ou sul da ilha pode perturbar os corvos-marinhos e prejudicar seu sucesso de nidificação.
Garça-noturna-de-cabeça-preta (Nycticorax nycticorax) e Garça-branca (Egretta thula)
A garça-real-de-coroa-preta e a garça-real-de-neve foram quase caçadas até a extinção no início do século XX. Suas plumas de cabeça eram uma decoração popular para chapéus e sapatos femininos. As duas espécies estão intimamente relacionadas, “primos” persas, e ambos se aninham nos arbustos ornamentais da ilha. Quando perturbados, eles liberam seus ninhos, permitindo que as gaivotas e corvos comam seus ovos e jovens. Ambos os pássaros se alimentam de presas abundantes nas piscinas de maré abaixo.
Guillemot de pombo (Cepphus columba)
Um visitante pode primeiro detectar a presença desse pássaro de um pé por sua surpreendente chamada de alta frequência. Seus olhos podem ser atraídos para o pássaro também pelos seus pés vermelho-laranja e pelo forro da boca de cor vermelha. Nas águas ao largo perto de Barker Beach ou do Clube do Oficial, onde é frequentemente visto, as manchas brancas nas asas superiores desencadearam as penas negras. Estas aves são classificadas como alcids, o equivalente no hemisfério norte dos pinguins.
Ganso-patola (Morus bassanus)
Esta é a maior ave marinha que ocorre habitualmente em águas portuguesas. Os seus mergulhos espantosos, efetuados de grande altura, entrando na água como um fuso e com grande impacto, parecem flechas apontadas e disparadas e são um espetáculo a não perder.
Identificação
Esta enorme ave marinha (a maior das nossas águas) é inconfundível. Asas compridas e estreitas, cabeça amarelada, bico comprido e pontiagudo e padrão preto na ponta das asas e branco no resto do corpo, bem como a cabeça e o pescoço projetados bem para a frente, permitem uma distinção rápida das outras espécies marinhas.
Do juvenil ao adulto (esta é a plumagem descrita acima) corre um gradiente de plumagens que vai desde o castanho pintalgado, passando pelo clareamento dos ombros, cabeça e abdômen, até à plumagem maioritariamente branca dos adultos. Quando em migração, voa em formação linear de dois a algumas dezenas de indivíduos, sendo normalmente de 4 a 5 exemplares.
Abundância e calendário
O ganso-patola é abundante ao longo de toda a costa portuguesa, sendo facilmente detectado a partir de terra. Pode ocorrer durante todo o ano, sendo as melhores épocas de observação os picos de passagem migratória em Outubro e Março. Parece ser igualmente abundante a norte e a sul, ocorrendo por vezes muito próximo da costa.
Onde observar: Para além de ser uma das aves marinhas mais comuns na nossa costa, é também das que se pode avistar em todos os pontos do litoral português.
Entre Douro e Minho: Ocorre regularmente frente à foz do Cávado e litoral de Esposende, e também frente ao Cabedelo.
Litoral Centro: Trata-se de uma ave comum nesta região, podendo ser observada junto ao cabo Carvoeiro, Berlengas, praia do Furadouro, cabo Mondego e Barra de Aveiro.
Lisboa e Vale do Tejo: Espécie comum frente aos cabos Raso e Espichel, podendo também ser observada ao largo da lagoa de Albufeira.
Alentejo: Esta ave pode ser avistada a partir do cabo Sardão e do cabo de Sines, onde ocorre com regularidade. Por vezes também se vê junto à foz da ribeira de Moinhos.
Algarve: Os melhores locais de observação são o cabo de São Vicente e a ponta da Piedade, onde o ganso-patola é comum. Também ocorre frente ao cabo de Santa Maria (ria Formosa) e à ponta da Atalaia-Aljezur.
Alcatraz – Fotos
Fonte: www.nps.gov/www.simplice.net/www.avesdeportugal.info/www.parksconservancy.org/www.oursausalito.com
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