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Nome popular: Maracujá-mirim; maracujá-suspiro; maracujá-mamão; flor-da-paixão
Nome científico: Passiflora sp
Família botânica: Passifloraceae Passiflora maliformis L
Origem: Regiões Tropicais
Maracujá
Características da planta
Trepadeira vigorosa de caule frequentemente sulcado.
Em algumas espécies, as folhas são arredondadas e em outras são profundamente partidas, com bordos serrados.
Flores grandes, vistosas, de coloração que pode variar de branco-esverdeada, alaranjada, vermelho ou arroxeada, de acordo com a espécie.
Floresce de dezembro a abril.
Fruto
Geralmente arredondado com casca espessa de coloração verde, amarelada, alaranjada ou com manchas verde-claras, de acordo com a espécie.
Sementes achatadas, pretas, envolvidas por um arilo de textura gelatinosa de coloração amarelada e translúcida. Frutifica durante o ano todo, menos intensamente de maio a agosto.
Cultivo
Prefere climas quentes e úmidos, sendo cultivado em todos os países tropicais. Necessita de solo argiloso-humoso, profundo, fértil e bem drenado.
Uma das principais características das plantas dos maracujás é a especial forma de suas flores, que são belíssimas, tão lindas e maravilhosas como não se encontram em nenhuma outra espécie vegetal.
Os maracujás ou flores-da-paixão – seus frutos e suas flores – já eram muito conhecidos e utilizados na América antes da chegada dos primeiros europeus que, desde cedo, encantaram-se com a sua exuberância.
Em seu afã religioso da conquista, os missionários estrangeiros viram nessas flores e frutos muito mais do que beleza e perfume. Segundo informa Clara Inés Olaya, os religiosos viram naquela formação complexa e admirável um verdadeiro presente de Deus para iluminar seu trabalho de catequese, encontrando em suas formas e cores exóticas a metáfora perfeita para explicar aos “infiéis éis indígenas a truculenta história da Paixão de Cristo”.
Assim, em primeiro lugar, associaram-se as cores com que a natureza premiou as belas flores do maracujá aos vermelhos e aos roxos utilizados nos rituais cristãos da Semana Santa. Além das cores, a coroa floral, completamente filigrada transformou-se na própria imagem da coroa de espinhos com que Cristo foi crucificado; os três estigmas da flor passaram a ser os três cravos que o prenderam na cruz; suas cinco anteras estariam representando as cinco chagas de Cristo; as gavinhas eram vistas como os açoites que o martirizaram; e o fruto redondo era a representação do mundo que o Cristo veio redimir.
Desde então, as flores e também os frutos dos maracajazeiros e de outras plantas trepadeiras do mesmo tipo começaram a ser chamadas de “as flores-da-paixão’, da Paixão de Cristo.
Os coloridos sedutores das flores-da-paixão, em composição com a estranha beleza de suas formas e coroas, fazem do maracujazeiro uma planta essencial m ente ornamental. Próprios para o estabelecimento de cercas vivas e para a cobertura de caramanchões, os maracujás nascem em trepadeiras que, enquanto vão crescendo, procuram se agarrar a outras plantas, cercas ou muros, por meio de suas gavinhas.
As flores-da-paixão ou passion fruits, como são mais conhecidas em grande parte do mundo, são também objeto de grandes paixões pessoais. Contam-se casos de colecionadores capazes de estudá- las obsessivamente e de cultivá-las mesmo nas condições climáticas mais adversas, mantendo estufas e complicados equipamentos, só para preservar o prazer proporcionado pela abertura suave e delicada de suas flores.
Como se não bastassem suas qualidades estéticas, muitas das trepadeiras do gênero Passiflora ainda fornecem à humanidade os famosos e deliciosos frutos de incontáveis utilidades alimentícias, culinárias e medicinais.
O suco do maracujá oferece ao organismo que o ingere, entre outras coisas, boa quantidade de vitaminas hidrossolúveis, especialmente A e C, sais minerais e fibras. Mas o principal prestígio do maracujá – talvez uma das plantas de uso medicinal mais conhecidas no Brasil – advém de suas propriedades calmantes e sedutivas. De fato, de seus frutos, folhas e sementes é possível extraírem-se boas quantidades de Passiflorina, um sedutivo natural.
No Brasil, a cultura do maracujá vai muito bem. O País é, hoje em dia, um grande produtor e exportador da fruta, destacando-se o Estado do Pará, com mais de um terço da produção nacional Em seguida, vem a região Nordeste, onde os Estados da Bahia, de Sergipe e do Ceará, juntos, alcançam também quase um terço da produção total, e, depois, a região Sudeste, com um quarto da produção, onde o Estado de São Paulo é o líder.
No entanto, em algumas regiões, o maracujá vem sofrendo com os desmatamentos, uma vez que o desaparecimento das matas faz desaparecer também a mamangava, espécie de abelha grande, fundamental na polinização das flores-da-paixão dos maracujás.
Atualmente, vários maracujás nativos do Brasil são cultivados em outros países tropicais, tais como o Havaí, a Venezuela, a África do Sul e a Austrália, onde alcançam considerável importância econômica.
O gênero botânico Passiflora apresenta uma extraordinária diversidade de espécies, sem contar as variedades e os híbridos. A grande maioria delas pode ser encontrada naturalmente em toda a América tropical, onde são nativas. Apenas um número reduzido é originário da Ásia e da Austrália.
De acordo com Eurico Teixeira, essa abundância só pode ser explicada em virtude da facilidade com que as flores dessas trepadeiras produzem hibridações e cruzamentos, sendo, por isso, “natural que novas espécies surjam espontânea e indefinidamente”.
Entre tantas espécies diferentes, nem todas produzem frutos comestíveis e aproveitáveis. E apenas um pequeno número consegue ocupar espaços nos grandes mercados fruteiros nacionais e internacionais.
As mais conhecidas e de maior aplicação comercial são basicamente duas: o maracujá-amarelo e o maracujá-roxo, variedades de uma mesma espécie, de formato redondo quase perfeito; e o maracujá-doce que tem a forma semelhante à de um pequeno mamão.
O maracujá-amarelo ou maracujá-azedo (Passiflora edulis f. favicarpa) é o mais conhecido pelos brasileiros. Seus frutos podem ser obtidos quase o ano inteiro, principalmente no norte e no nordeste do país.
Esse maracujá, amarelo da cor do sol que ele tanto aprecia, possui inúmeras sementes pequenas de cor amarronzada. Quando sua casca enruga completamente, então, é a melhor hora para aproveitar o sabor suculento e azedinho de sua polpa. O maracujá-amarelo é a variedade que apresenta maior produtividade, sendo ideal para doces, geléias, batidas, sucos, refrescos e sorvetes, adoçados à vontade e a gosto.
O maracujá-roxo (Passifora L’dlf,7is), por sua vez, é bem redondo e menor que o maracujá-amarelo.
Reputado como menos ácido do que o outro, o maracujá-roxo é delicioso para o consumo in natura. Prefere os climas subtropicais como os da África do Sul, Austrália e do sul do Brasil.
Pesquisas e experimentos desenvolvidos ultimamente têm conseguido aumentar a doçura dos maracujás destinados à produção industrial de sucos engarrafados, ampliando também o peso e o rendimento da fruta, além de torná-los cada vez mais resistente às doenças.
O maracujá-doce (Passiflora alata), por sua vez, embora originário do Brasil é o menos conhecido, produzido e consumido pelos brasileiros. Sua polpa doce, de forte e agradável perfume, é até mesmo um pouco enjoativa quando processada na forma de suco e, por esse motivo, ele costuma ser consumido quase exclusivamente in natura.
Além das espécies de maracujá normalmente cultivadas, existem centenas de outras espécies silvestres encontradas em ambientes, climas e solos extremamente diversificados. Algumas delas, desconhecidas dos mercados internacionais e das grandes cidades, são cultivadas exclusivamente em pomares caseiros e em estações experimentais, apresentando uma imensa variedade e delicadeza de sabores e aromas.
No Brasil, destacam-se, entre outros, o excepcional maracujá-açu, maracu-já-melão ou maracujá-mamão (Passiflora quadrangularis), também conhecido como badea ou granadilha gigante, na América espanhola.
Espécie nativa do norte do Brasil, o maracujá-açu dificilmente medra fora da região amazônica. Sua principal característica é o tamanho do fruto, alongado e de grandes dimensões, chegando a pesar até 3 quilos. De casca amarelo-clara, levemente esverdeada, de polpa consistente e mais espessa do que a das espécies mais comuns, do maracujá-açu aproveita-se quase toda a fruta, exceto a fina casca. Por esse motivo, o maracujá-açu torna-se ideal para o fabrico de doces, mousses e sorvetes.
Outra espécie de maracujá que se destaca, especialmente pela forma com que ocorre a sua frutificação e pela beleza e exotismo da flor e do fruto, é o Passiflora maliformis, também conhecido como maracu-já-maçã ou maracujá-de-osso.
A flor desse maracujá, grande e perfuma-díssima, apresenta uma coloração verde-creme, pontilhada de minús-culas listras violetas.
Quando polinizada, as três abas que separam a flor de seu caule, fecham-se sobre ela e o fruto começa a crescer ali dentro, protegido por uma capa de cor creme- esverdeada. Essa capa tem a importante função de proteger a flor e a fruta dos enxames de insetos atraídos por seu perfume e doçura. frutificação, os ramos dos maracujazeiros ficam repletos de saquinhos contendo os pequenos frutos.
Bastante doce, a polpa desse maracujá é, no entanto, difícil de se obter: sua casca, extremamente resistente e dura, não se rompe com facilidade, nem com as mãos, nem com facas afiadas, sendo necessário batê-la com vigor, muitas vezes, até mesmo com o auxílio de um martelo.
Também digno de destaque é o maracujá-da-serra ou maracujá-ametista (Passiflora amethystina), fruto nativo da Serra do Mar e de outras regiões serranas de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Trata-se de espécie de excepcional beleza, em especial pelo colorido de sua flor, que apresenta a mesma e preciosa cor ametista da mais brasileira das pedras semipreciosas.
Um outro exemplo da beleza delicada e do exotismo dos frutos e das flores-da-paixão nativos da América Latina é a trepadeira onde nasce o maracu-já-tomé-açu (Passiflora coccínea).
Planta habitante de uma extensa região que vai desde as Guianas até o Estado do Rio Grande do Sul, esse maracujá distingue-se por suas flores de coloração vermelho-escar ate, cujos filamentos apresentam uma variação de cores que vão do púrpura ao cor-de-rosa e ao branco. Além disso, seu fruto ovalado, de pequenas dimensões e de coloração alaranjada com estrias verde-claras, assemelha-se a um pequeníssimo e curioso melão.
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Maracujá
Originário da América tropical, o maracujá possui mais de 150 espécies nativas do Brasil.
Devido as suas propriedades terapêuticas, tem valor medicinal: as folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural e o chá preparado com as folhas tem efeito diurético.
Possui, também, valor ornamental devido as suas belas flores. Seu uso principal, no entanto, está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes e licores. É rico em vitamina C, cálcio e fósforo.
Fruto
O fruto do maracujá-amarelo é do tipo baga, de forma oval ou subglobosa, com grande variação quanto ao tamanho e coloração da polpa.
Tem em média 7 cm de comprimento por 6 cm de largura e peso entre 44 e 160 g.
O maracujá tem a característica de murchar, o que restringe seu mercado in natura em alguns países, pelo desconhecimento dos consumidores dessa característica.
A casca é coriácea e de cor amarelo intenso no fim do amadurecimento.
É um fruto carnoso, com as sementes cobertas pelo arilo (mucilagem), onde se encontra um suco amarelo-alaranjado muito aromático e nutritivo.
O suco possui de 13 a 18% de sólidos solúveis, cujos principais componentes são os açúcares (sacarose, glicose e frutose).
Possui de 200 a 300 sementes em cada fruto.
Planta
O maracujazeiro é uma planta trepadeira de grande porte, semilenhosa, vigorosa e de crescimento rápido, podendo atingir 10 m de comprimento. Se fixa nos apoios por meio de gavinhas. As folhas são lisas e pontiagudas e possuem de 3 a 7 lóbulos. As flores são azuis com filamentos escuros e assemelham-se às orquídeas.
Os princípios ativos maracujina, passiflorine e calmofilase são encontrados em toda a planta, principalmente as folhas, conferindo ao maracujazeiro propriedades calmantes, hipnóticas, analgésicas e antiinflamatórias.
Cultivo
Quase a totalidade da produção brasileira é da variedade amarelo ou azedo, que tem melhor aproveitamento industrial, destino de boa parte da fruta para fabricação, principalmente, de suco. Uma outra variedade e outra espécie ainda têm alguma importância comercial, mas em escala muito menor no país.
O maracujá roxo (Passiflora edulis Sims.), de origem australiana, é o mais difundido no comércio internacional de maracujá in natura. Seu fruto é redondo, com a cor da casca verde antes da maturação, púrpura, após o inicio do processo, e quase preta quando maduro. Possui cerca de 4 a 5 cm de diâmetro, com peso variando de 35 a 130 g. No Brasil é tratado como fruta exótica. Seu suco possui menor acidez, interessando menos à indústria de sucos, e maior teor de vitamina C (20 a 60 mg/100g). A planta se desenvolve bem em regiões de clima frio e de elevadas altitudes.
O maracujá doce (Passiflora alata) é originário do Brasil. Os frutos são ovais ou periformes, com casca muito alaranjada, lembrando o mamão papaia, diferindo das demais espécies comerciais. O peso dos frutos varia de 80 a 300 g, com comprimento médio de 10,5 cm e 8 cm de largura. A polpa é adocicada com forte e agradável odor, mais enjoativa se utilizada na forma de suco, por isso, é consumido exclusivamente na forma fresca.
O plantio do maracujá deve ser feito, preferencialmente, em regiões de baixa umidade relativa, fotoperíodo de luz superior a 11 horas (favorece o florescimento), ausência de geadas e ventos fortes.
O maracujazeiro precisa de uma estrutura que o sustente, porque seu caule é semilenhoso e não permite auto-sustentação. Essa estrutura é construída com mourões de madeira e arame liso e é denominada espaldeira. Um sistema de condução adequado deve propiciar boa distribuição dos ramos, facilitar os tratos culturais e permitir melhor insolação dos ramos produtivos.
A produção comercial tem início a partir do décimo mês do plantio. A produtividade média do maracujá-amarelo está entre 12 a 15 t/ha/ano, podendo chegar, em áreas irrigadas, até 30 a 35 t/ha/ano.
Devido à redução gradual da produtividade nas lavouras, o maracujazeiro é explorado por dois ou três anos apenas, sendo recomendado após esse período o arranquio das plantas, limpeza da área e novo plantio.
Usos
O maracujá é utilizado para consumo fresco, mas sua maior importância econômica está na utilização para fins industriais.
Mercado
A fruta é processada para fabricação de suco integral a 14 °Brix, néctar e suco concentrado a 50 °Brix. O suco possui alto valor nutritivo e excelentes características organolépticas. A polpa pode ser, ainda, utilizada na preparação de sorvetes, vinhos, licores ou doces.
A casca de maracujá, que representa 40% a 50% do peso da fruta, é considerada resíduo industrial, assim como as sementes. Estudos buscam o aproveitamento de suas características e propriedades funcionais, que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de novos produtos. O albedo da casca (parte branca) é rico em pectina, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio, fósforo e fibra.
Das sementes pode ser extraído óleo de aproveitamento industrial. As sementes, no maracujá representam cerca de 6% a 12% do peso total do fruto e podem ser boas fontes de carboidratos, proteínas e minerais. O percentual de óleo na semente de maracujá alcança cerca de 25,7% do peso do farelo seco obtido e possui elevado teor de ácidos graxos insaturados. Tem um bom potencial para aproveitamento tanto na alimentação humana e animal, como em uso para indústria de cosméticos.
O farelo desengordurado obtido após a moagem das sementes e extração com solvente apresenta bom teor protéico, podendo também ser aproveitado como fonte de fibra.
Pierre Vilela
Fonte: www.sebrae.com.br
Maracujá
Maracujá
O maracujá, fruto do maracujazeiro, é uma planta trepadeira da família das Passifloráceas, originária da América Tropical e muito conhecida em todo o Brasil, tanto pela fruta como pela flor, também chamada de flor-da-paixão. Suas folhas e suas raízes, como a de quase todas as plantas da família, contêm uma substância semelhante à morfina, a passiflorina, empregada como calmante. A casca da fruta é grossa e pode ser amarela ou vermelha.
A polpa, parte comestível do maracujá, é formada por sementes pretas cobertas de uma substância amarela e translúcida, ligeiramente ácida e de aroma acentuado, sendo consumida ao natural ou em sucos, sorvetes e doces.
O suco do maracujá pode ser consumido como refresco ou ser empregado no preparo de pudins, sorvetes, geléias, compotas, licores, e, claro, na famosa e tradicional batida de maracujá.
O maracujá, famoso por seu ativo calmante, é rico em vitaminas do complexo B e sais minerais, como cálcio, ferro e fósforo. Quando ingerido, dá ao organismo betacaroteno, que é transformado em vitaminas A, C, B2 e B3. Além disso, também contém uma substância chamada passiflorina ou maracujina, que tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial a saúde pois não causa dependência.
Flor do maracujá
O melhor maracujá para o consumo é aquele que tem a casca lisa e firme, brilhante e de cor amarelo-clara. Não deve ter furos provocados por insetos nem rachaduras ou machucados. A fruta está madura se, ao se pressionar o extremo oposto ao cabo, ele cede à pressão dos dedos, mas sem que se rompa a casca.
A casca muito enrugada e a cor amarelo-escura indicam que o maracujá já está bem maduro; neste caso, em geral, ele tem mais polpa do que quando sua casca ainda está lisa.
Como a casca do maracujá é grossa, a polpa fica bem protegida, podendo conservar-se durante vários dias na geladeira ou fora dela, desde que o ambiente seja fresco e seco. Quando a fruta está amadurecendo ou já está madura, convém guardar na gaveta da geladeira, longe do congelador. O suco pode ser guardado por várias dias se engarrafado em recipiente de vidro bem fechado. Não coloque em vasilhame de plástico ou de outro material que não seja vidro, pois eles alteram o sabor do maracujá.
Para consumir o maracujá ao natural, basta cortar ao meio e retirar a polpa com uma colher. Depois, acrescenta-se açúcar e come-se sem mastigar as sementes.
Para fazer suco, bata a polpa com um garfo, de forma que as sementes se separem da substância translúcida. Depois, passe por uma peneira. Outra forma de obter o suco é bater a polpa no liquidificador, ligando e desligando o aparelho várias vezes para que as sementes não sejam trituradas. Depois, passe por uma peneira e acrescente água e açúcar.
O suco do maracujá oferece ao organismo que o ingere, entre outras coisas, boa quantidade de vitaminas, especialmente A e C, além de sais minerais, como cálcio, ferro e fósforo, e fibras. Cada 100 ml de suco contém, em média, 53 cal, variando conforme a espécie utilizada.
Existem muitas espécies de maracujá, que variam de tamanho e cor. Entre as mais conhecidas encontram-se:
Maracujá-mirim
Maracujá-melão
Maracujá-do-igapó
Maracujá-guaçu
Maracujá-comprido
O uso medicinal do maracujá, talvez uma das plantas medicinais mais conhecidas do Brasil, baseia-se nas propriedades calmantes da passiflorina (ou maracujina), um sedativo natural encontrado nos frutos e folhas. A Farmacopéia Brasileira inclui o maracujá em suas monografias, indicando as folhas como parte usada.
Várias são as especialidades do comércio farmacêutico brasileiro que apresentam o extrato de passiflora como um dos componentes em suas fórmulas. Além disso, uso de infusos (chás) é amplamente difundido por suas propriedades depurativas, sedativas e antiinflamatórias. Suas sementes também atuam como vermífugos.
Rico em vitamina C
Cada espécie tem sua aplicação na medicina doméstica, mas todos de um modo geral são soníferos. As folhas do maracujá-da-bahia e do maracujá-cheiroso, em banhos quentes, são indicados contra a gota; e as sementes, também as do maracujá-pintado, são vermífugas. A raiz do maracujá-branco, e as folhas do maracujá-com-folhas-de-louro, possuem propriedades emanagogas.
O maracujá-fedorento, aplicado em banhos e cataplasmas, para erisipela e inflamações.
O murucuiá possui propriedades sudoríferas, anti-histéricas e vermífugas.
O sururuca na forma de decocção, é excelente para combater diarréia crônica. Contém calorias, carboidratos, vitaminas A, B1, B2, C; fósforo, cálcio e ferro. É rico em vitaminas do complexo B e sais minerais, como ferro e fósforo. Além disso, também contém uma substância, chamada passiflorina ou paracujina, que tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial pois não causa dependência.
Fonte: www.geocities.com
Maracujá
Maracujá – a fruta da PAIXÃO
Existem cerca de 60 espécies de maracujás do gênero Passiflora – os frutos possuem uma substância calmante, a passiflorina..
São trepadeiras e, por essa razão, devem ser apoiadas em cercas ou caramanchões. Multiplicam-se por sementes, mas também por estacas e frutifica, em geral, no segundo ano. O espaçamento necessário para as plantações é de 2x3m.
O maracujá é o fruto de uma planta trepadeira, muito conhecida em todo o Brasil, tanto pela fruta como pela flor, também chamada de flor-da-paixão.
Há muitas espécies de maracujá, que variam em tamanho e cor. A casca da fruta é grossa e pode ser amarela ou vermelha.
A polpa, a parte comestível do maracujá, é formada por sementes pretas cobertas de uma substância amarela e translúcida, ligeiramente ácida e de aroma acentuado.
A casca da fruta é grossa e pode ser amarela ou vermalha. a polpa, parte comestível do maracujá, é formada por sementes pretas cobertas de uma substância amarela e translúcida, ligeiramente ácida e de aroma acentuado.
O suco do maracujá pode ser consumido como refresco ou ser empregado no preparo de pudins, sorvetes, geléias, compotas e, claro, na famosa e tradicional batida de maracujá.
Valor nutritivo
O maracujá é rico em vitaminas do Complexo B e sais minerais, como ferro e fósforo. Além disso, também contém uma substância chamada passiflorina ou maracujina, que tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial pois não causa dependência.
Entre os mais plantados no Brasil, temos:
Maracujá-mirim (Passiflora edulis): De frutos globosos, alaranjados ou roxos, também conhecido por pintado, miúdo, peroba, etc., sendo as suas variedades as melhores para a produção de sucos, compotas, geléias, etc.
Maracujá-açu (Passiflora quadrangularis): De frutos ovóides, grandes e amarelo-esverdeados, quando maduros, com sabor ácido e um bom aroma.
Maracujá-grande ou maracujá-comprido (Passiflora alata): Com frutos de ovóides a piriformes, de 8 a 12cm de comprimento e 5 na parte mais larga, existindo diversas variedades.
Maracujá-melão (Passiflora macrocarpa): Também conhecido como maracujá-da-Amazônia, é o maior deles, com 2 a 3kg.
História
A primeira referência ao maracujá, no Brasil, foi em 1587 no Tratado Descritivo do Brasil como “erva que dá fruto”.
Porém, foi NIC. MONARDIS quem, em 1569, descreveu a primeira espécie do gênero Passiflora, a saber P. incarnata L., mas sob o nome de Granadilla. Essa planta, considerada extraordinária pela conformação de suas rubras flores, foi mandada de presente ao Papa Paulo V (1605-1621), que mandou cultivá-la com grande carinho em Roma e divulgar que ela representava uma revelação divina.
Devido à beleza e à característica física de suas flores, a planta foi relacionada com a “Paixão de Cristo”. Desse detalhe surgiu o nome do seu gênero botânico, sendo “passio” o equivalente a paixão e “flos oris” o equivalente a flor.
O maracujá é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies nativas do Brasil.
Devido as suas propriedades terapêuticas, tem valor medicinal: as folhas e o suco contêm passiflorina, um sedativo natural e o chá preparado com as folhas tem efeito diurético. Possui valor ornamental, devido as suas belas flores. Seu uso principal, no entanto, está na alimentação humana, na forma de sucos, doces, geléias, sorvetes e licores. É rico em vitamina C, cálcio e fósforo.
Na década de 70, a comercialização do produto baseava-se apenas no mercado “in natura”. Nos anos 80, as indústrias extratoras de suco estimularam a expansão da cultura e o mercado do produto industrializado.
Na década de 90, a cultura apresenta sua maior expansão em terras paulistas, já que tem sido a alternativa agrícola mais atraente para a pequena propriedade cafeeira.
Representa uma boa opção pois o retorno do capital investido é rápido e permite ao produtor, dispor de um capital de giro durante quase o ano todo, variando esse período de acordo com o local de produção, podendo ser de doze meses no Estado do Pará, dez meses na Bahia, sete a nove meses em São Paulo e assim por diante.
Espécies
O maracujazeiro pertence a ordem Passiflorales, família Passifloraceae, gênero Passiflora. Dentro desse gênero existem cerca de 300 a 580 espécies, segundo diversos autores, distribuídas pelas regiões tropicais e subtropicais do mundo.
No Brasil já foram encontradas aproximadamente 150 espécies, a maioria para fins ornamentais e cerca de 60 produzindo frutos comestíveis.
Embora o gênero agrupe muitas espécies, poucas são de importância, que é dada pela qualidade dos seus frutos, pelo aspecto ornamental ou pelas suas qualidades farmacológicas.
Assim, temos as espécies:
P. edulis Sims. (maracujá roxo)
P. edulis Sims. f. flavicarpa Deg. (maracujá amarelo)
P. alata Dryander (maracujá doce)
P. macrocarpa (maracujá melão)
P. quadrangularis L. (maracujá açú)
P. ligularis Juss (maracujá urucu)
P. laurifolia L. (maracujá laranja)
P. maliformis L. (maracujá maçã)
P. caerulea L. (maracujá azul)
O fruto contém sais e vitaminas. Em geral são soníferos. Famoso por ser calmante.
Com propriedades medicinais citam-se a P. foetida L. (maracujá de cheiro) cuja raízes são anti-espasmódicas e P. quandrangularis L. (maracujá açú) que possui raízes com efeitos anti-helmínticos.
As sementes de algumas espécies, tais como, a P. laurifolia L. (maracujá laranja), P. alata Dryander (maracujá doce), P. edulis Sims. (maracujá roxo), P. quadrangularis L. (maracujá açú), P. mucronata Lam. (maracujá pintado) e P. incarnata L. quando trituradas também apresentam propriedades anti-helmínticas.
Com propriedades sedativas, citam-se a P. caerulea L. (maracujá azul) e a P. incarnata L.
De todas as espécies citadas, o maracujá amarelo (P. edulis Sims. f. flavicarpa Deg.) é a mais importante e a mais cultivada no mundo.
Ele é conhecido por vários nomes, entre eles, maracujá peroba, do norte, amarelo, azedo, e mirim.
Medicina
O maracujá é uma boa fonte de carboidratos. Contém vitaminas A e C, além de vitaminas do complexo B. É rico em minerais como cálcio, fósforo e ferro.
Ele tem tem propriedades depurativas, sedativas e anti-inflamatórias. Suas sementes atuam como vermífugos. Por essas características, está incluído na monografia da Farmacopéia Brasileira.
Acredita-se popularmente que o chá de suas folhas, além de atuar como calmante, é também um antitérmico eficaz e que ajuda no combate às inflamações cutâneas, mas essa ação não tem confirmação científica.
Maracujá
O maracujá
O maracujá é uma fruta de alto valor nutritivo. Rico em vitamina C e vitaminas do Complexo B (B2 e B5), contém também quantidades razoáveis de sais minerais como Ferro, Cálcio e Fósforo.
A vitamina C é importantíssima ao organismo, porque dá resistência aos vasos sanguíneos, evita a fragilidade dos ossos e má formação dos dentes, age contra infecções e ajuda a cicatrizar os ferimentos.
As vitaminas do Complexo B tem por função evitar problemas de pele, do aparelho digestivo e do sistema nervoso, além de serem essenciais ao crescimento e evitarem a queda dos cabelos.
Cálcio e Fósforo são os minerais que participam da formação de ossos e dentes, constituição muscular e transmissão normal dos impulsos nervosos. Já o Ferro contribui para a boa formação do sangue.
Os poderes sedativos do maracujá são bastante conhecidos. Ele funciona no organismo como um suave calmante. As sementes do maracujá são um poderoso vermífugo.
Na hora da compra, escolha os de casca brilhante, lisa e firme, sem rachaduras ou manchas. Ela está maduro, bom para consumo imediato, quando cede à pressão dos dedos sem, contudo, romper a casca.
O maracujá maduro pode ser conservado em geladeira por 2 a 3 semanas. Quando verde, no entanto, deve ser guardado em lugar fresco e seco.
Seu período de safra vai de janeiro a julho.
Fonte: www.vitaminasecia.hpg.ig.com.br/www.virtual.epm.br
Maracujá
Maracujá: a polpa, com pequenas sementes pretas, é usada para fazer suco e doces.
Trepadeira sublenhosa que produz frutos comestíveis e belas flores.
A trepadeira é também chamada maracujazeiro.
As flores têm cinco pétalas e são brancas, com uma franja roxa. Muitas espécies de maracujá produzem frutos comestíveis. São bagas globóides de cor amarela, às vezes pinceladas de tons de roxo, cheias de sementes pretas, cobertas por um arilo amarelado, suculento, levemente ácido em algumas espécies e perfumado.
A polpa é comestível e usada para fazer sucos, doces, geléias e molhos. A casca, espessa e forte, murcha à medida que o fruto amadurece, embora, por dentro, a polpa se conserve boa para o consumo.
As folhas e as raízes contêm passiflorina, substância semelhante à morfina e empregada como calmante.
Propriedades
Rico em cálcio, ferro, fósforo, sódio, potássio e vitaminas A, B3 e C.
A CULTURA DO MARACUJÁ
O maracujá é uma planta de clima tropical com ampla distribuição geográfica. A cultura do maracujá está em franca expansão tanto para a produção de frutas para consumo “in natura” como para a produção de suco. O Brasil é o primeiro produtor mundial de maracujá.
CLIMA E SOLO
O maracujazeiro pode ser cultivado na maioria das regiões tropicais e subtropicais. Os solos mais indicados são os arenosos ou levemente argilosos, profundos e bem drenados.
VARIEDADES
A espécie mais cultivada é o maracujá amarelo. O maracujá roxo é mais indicado para locais de alta altitude e climas mais frios.
Recomendações
A vitamina A ajuda a fortalecer o sistema de defesa do organismo. O potássio garante o bom funcionamento do sistema nervoso, da contração muscular e do equilíbrio de sais no organismo. O ferro auxilia no combate à anemia e melhora a imunidade.
Compra
Os maracujás devem ser uniformes e firmes. A coloração amarela acentuada indica o ponto de maturação do fruto. É aconselhável a compra no estágio mais maduro possível a fim de reduzir o risco de manifestações de fungos e bactérias.
Transporte
Transporte os frutos com cuidado para evitar possíveis batidas.
Armazenamento
Para lavar, use uma bacia com 2 litros de água e 3 gotas de detergente. Mergulhe por 3 minutos. Depois, lave com esponja e enxágüe bastante. Por último, coloque numa mistura de um litro de água e uma colher de água sanitária. Espere 5 minutos, enxágüe e seque bem antes de armazenar. Assim, o consumidor evita o risco de ingerir agrotóxicos e reduz as chances de contaminação por bactérias.
O maracujá não deve ser mantido sob temperaturas muito altas ou ficar diretamente exposto ao sol. Ele pode ser mantido em temperatura ambiente por aproximadamente uma semana. Sob refrigeração, mantenha o fruto na parte inferior da geladeira.
Fonte: www.clickeducacao.com.br/www.prepgc20.cnptia.embrapa.br
Maracujá
MARACUJÁ ( Bromeliaceae )
Maracujá
Nome: Abacaxi, ananás.
Origem: Continente americano, muito provavelmente Brasil e Paraguai.
Frutificação: Durante o ano todo.
O maracujá (Passiflora edulis Sims.) é uma planta perene, trepadeira, pode atingir 3-4 metros de comprimento, e graças as suas gavinhas, crescem apoiadas em suportes.
As folhas são simples, incompletas, de inserção alternada, pecioladas e com duas glândulas no ápice do pecíolo, estipuladas, trilobadas, verdes e glabras.
A inflorescência é axilar, pedunculada, com flores de 5-6 cm. de diâmetro; o cálice possui cinco separas oblongas, de cor verde claro; a corola tem pétalas em número de cinco e de cor branca; a corona (verticilio floral constituído por numerosos estaminóides filamentosos) branca no ápice e levemente avermelhada na base; o androceu é formado por 5 estames monoadelfos (quer dizer, os filetes dos estames são concrescidos em um tubo); o gineceu com o ovário globoso, ligeiramente piloso e com três estiletes.
O fruto normalmente é arredondado, amarelado ou avermelhado, medindo 4-5 centímetros de diâmetros e com numerosas sementes envoltas por arilo carnoso.
Valor Nutricional
Porção de 67 g (1/2 copo = 200ml)
Quantidade por Porção | % VD ( * ) | |
Valor Energético | 37,5 Kcal = 157,6 Kj | 2 |
Carboidratos | 9,4 g | 3 |
Proteínas | 52 g | 0 |
Gorduras Totais | 0,0 g | 0 |
Gorduras Satur. | 0,0 g | 0 |
Gorguras Trans. | 0,0 g | 0 |
Fibra Alimentar | 0,0 g | 0 |
Cálcio | 2,5 mg | 0 |
Ferro | 0,2 mg | 2 |
Sódio | 0,0 g | 0 |
Fósforo | 16,5 g | 2 |
Vitamina A | 46,9 g | 8 |
Vitamina B1 | 0,0201 mg | 2 |
Vitamina B2 | 0,0871 mg | 7 |
Niacina | 0,134 mg | 1 |
Vitamina C | 20,1 mg | 45 |
*Valores Diários com base em uma dieta de 2.500 Kcal ou 8.400 Kj seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas. *ND = Não Disponivel |
Fonte: www.polifruta.com.br
Maracujá
Maracujá
O maracujazeiro é originário da América Tropical, com mais de 150 espécies de Passifloraceas utilizadas para consumo humano. As espécies mais cultivadas no Brasil e sno mundo são o maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa), maracujá-roxo (Passiflora edulis) e o maracujá-doce (Passiflora alata).
O maracujá-amarelo é o mais cultivado no mundo, responsável por mais de 95% da produção do Brasil e utilizado principalmente no preparo de sucos. O maracujá-doce é destinado para o mercado de fruta fresca, devido a sua baixa acidez.
O Brasil é o maior produtor mundial com produção de 330 mil toneladas e área de aproximadamente 33 mil hectares. A Bahia é o principal produtor, com cerca de 77 mil toneladas, em 7,8 mil hectares, seguido por São Paulo com cerca de 58 mil toneladas em 3,7 mil hectares; Sergipe, com 33 mil toneladas, em 3,9 mil hectares e Minas Gerais, com 25 mil toneladas, em 2,8 mil hectares (IBGE, 2002).
Clima e Solo
O maracujazeiro é uma planta de clima tropical e sub-tropical, com temperatura média entre 25 a 26 ºC; precipitação pluviométrica ideal entre 1.200 mm a 1.400 mm bem distribuída ao longo do ano. Os solos mais recomendados são os areno-argilosos, profundos, férteis, bem drenados, pH entre 5,0 e 6,5 e altitude entre 100 e 900 m com topografia plana a ligeiramente ondulada.
Formação de Mudas
A implantação de pomares comerciais é por via sexual através de sementes.
O critério para a seleção de frutos deve ser rigoroso. As plantas devem ser sadias, vigorosas e produtivas; frutas com alto teor de polpa acima de 30%, com alta acidez e cavidade interna do fruto grande.
Outra forma de propagação é a via vegetativa através da estaquia e enxertia. Realizada em determinadas situações especiais, a exemplo de controle de fungos de solo e produção de clones destinados a fornecer sementes melhoradas.
Plantio
Considerando que o maracujazeiro só floresce em condições de muita luminosidade, acima de 11 horas diárias, em diversas regiões tem-se recomendado plantios nos meses de abril e junho permitindo assim um crescimento vegetativo durante o período de inverno com floração a partir de setembro e início de colheita em novembro.
As mudas para plantio devem apresentar de 25 a 30 cm de altura (antes do lançamento da primeira gavinha) com 50 dias após a semeadura. O preparo das mudas deve começar 60 dias antes do plantio definitivo.
As mudas são plantadas em covas de 40 x 40 x 40 cm abertas entre a linha das estacas e previamente adubadas. Entre as linhas de plantio os espaçamentos recomendados variam de 2,0 a 3,5 metros dependendo da utilização ou não de maquinário para tratos culturais. Entre plantas pode-se optar pela distância de 5 m (1 planta entre as estacas ) ou 2,5 m (2 plantas entre as estacas).
A adubação deve ser feita de acordo com a análise do solo, porém, na ausência desta, recomenda-se colocar em cada cova a seguinte mistura: esterco bem curtido de curral (10 litros) ou de galinha (2 litros), 200 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio. Esta mistura deve ser colocada na cova, de preferência, 30 dias antes do plantio.
Tratos Culturais
O maracujazeiro é uma planta trepadeira e portanto, necessita de apoio para sua condução. O sistema mais utilizado é o de espaldeira. A espaldeira é formada por estacas de 2,50 metros de comprimento (com 50 cm enterrados) espaçados de 5 em 5 metros na linha de plantio. Completa-se a espaldeira com a colocação de um arame nº 12 ou 14 preso no topo dos mourões.
O maracujá responde bem à adubação, por isso é necessário efetuar de 4 em 4 meses adubação de cobertura com nitrogênio, potássio e fósforo na base de 300 a 400 gramas por planta. No primeiro ano são feitas 3 a 4 capinas tendo-se o cuidado de evitar ferimento às raízes.
O maracujazeiro é uma planta dependente de polinização cruzada, ou seja, uma planta de maracujá não produz se as flores não forem polinizadas com pólen de outra planta. A polinização manual é feita nos períodos de maior floração utilizando-se dedeiras de flanela e tocando-se de leve e ligeiramente as flores de plantas alternadas. Um homem poliniza, aproximadamente, 50 flores por minuto.
Pragas e Doenças
No viveiro as principais pragas são as vaquinhas e as lagartas. No campo as lagartas constituem sério problema no início da cultura. Outras pragas de menor importância são os percevejos, mosca do fruto e ácaros.
A fusariose e a podridão do colo são as doenças mais sérias do maracujazeiro, e o único controle é o arranque e queima das plantas atacadas. Em qualquer situação, é prudente consultar um técnico especialista.
Colheita
O período de colheita dos frutos varia de 6 a 9 meses após o plantio. O ponto de colheita é caracterizado pela coleta dos frutos no chão; antes da coleta efetuar passagem entre as filas e derrubar frutos maduros que não caírem ou presos entre os ramos da planta. A coleta de frutos e feita 2 a 3 vezes por semana. Após a colheita os frutos perdem peso rapidamente à medida que permanecem no chão ficam murchos dificultando a comercialização.
Rendimento
O rendimento médio da produção em frutos é de 8 a 10 t/ha para o primeiro ano de plantio, 15 a 20 t/ha no segundo e 12 a 14 t /ha para o terceiro.
A comercialização da fruta fresca é feita nas feiras livres, mercados municipais, atacadistas, indústria de sucos e para exportação. Fruto maduro caído naturalmente tem idade acima de 80 dias; ele está maduro com 75 a 80 dias após a polinização.
Para o mercado de frutas frescas, os frutos devem ser colhidos ainda presos à planta e com 50 a 70 dias após a abertura da flor, mantendo o pecíolo com 1 a 2cm de comprimento. Os frutos coletados no solo devem ser destinados a indústria.
Fonte: www.ceplac.gov.br
Maracujá
Maracujá
Cultura do Maracujá
O maracujá é uma trepadeira originária da América Tropical, que pode atingir de 5 a 10 m de comprimento, e que portanto, exige sistemas de condução, que são suportes que se assemelham a “cercas” ou caramanchão. Existem mais de 530 espécies de maracujá, no entanto, a espécie Passiflora edulis, mais conhecida como maracujá-azedo, é a que possui maior importância econômica, pois sua polpa, de coloração amarelo – alaranjado, proporciona bom rendimento de suco, que é de boa aceitação no mercado. É um fruto rico em minerais e vitaminas, principalmente A e C. Possui ainda princípios ativos nas folhas que são usados como sedativo e antiespasmódico.
Sobre cultivo, as informações dentro deste texto, se referem à cultura do maracujá-azedo, devido sua expressão econômica. Outras variedades como as descritas abaixo e que precisam conquistar espaço no mercado, diferem quanto a cultura do maracujá-azedo em alguns aspectos, como temperatura ideal para um bom desenvolvimento, número de horas de luz, momento da polinização (principalmente quando se adota polinização manual) entre outros aspectos.
Variedades
Maracujá-amarelo ou maracujá-azedo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg): Como anteriormente escrito esta é a espécie mais cultivada e comercializada no Brasil, tanto para a indústria quanto para consumo in natura, por ser mais vigorosa, mais adaptada aos dias quentes, apresentar frutos de maior tamanho, com peso entre 43 e 250g, maior produção por hectare, maior acidez total e maior rendimento de suco. A produtividade média é em torno de 12 a 15 t/ ha, havendo potencial para produção de 30 a 35 t/ha. Seu cultivo é indicado para regiões tropicais e subtropicais.
Maracujá-roxo (Passiflora edulis Sims): É assim chamado, pois a casca dos frutos é verde antes da maturação, tornando-se púrpura à medida que este processo ocorre.
É mais indicado para locais de maior altitude e climas mais frios. Seus frutos apresentam peso entre 50 e 130g, maior porcentagem de açúcares e maior teor de sólidos solúveis (brix) quando comparado com o maracujá-amarelo. Apresenta rendimento e qualidade de suco semelhante ao do maracujá-amarelo, com diferenças relativas ao teor de vitamina C que é maior, à acidez cítrica que é menor, o que representa suco mais doce. Tem potencial de produção de até 30-40 t/ha, e pode ser destinado para indústria, consumo in natura e exportação. É muito apreciado na Austrália e África do Sul.
Maracujá doce (Passiflora alata AIT): Tem a sua produção e comercialização limitadas pela falta de hábito de consumo. Seu caule é quadrangular, os frutos são ovais ou periformes, de casca alaranjada, que lembra o mamão papaia, e pesam de 80 a 190 g. É o menos rico em suco, que é adocicado e de aroma agradável. É quase exclusivamente consumida como fruta fresca. Pode ser destinado para exportação, pois os frutos por suas características agradam os consumidores, principalmente aos europeus, mercado ainda pouco conquistado.
Aspectos do Cultivo
Clima: O maracujá-azedo desenvolve-se bem em regiões com altitude entre 100 e 900 m, temperaturas médias entre 21-320C, com precipitação anual na faixa de 800 a 1750 mm, bem distribuídos durante o ano, com limitações para as áreas sujeitas a ocorrência de geadas. Um outro fator que pode limitar o cultivo é a ocorrência de chuvas intensas na época da floração, que dificultam a polinização em virtude do grão de pólen “estourar” em contato com a umidade. Deve-se evitar também áreas com alta incidência de ventos, por sua ação favorecer a ocorrência de doenças do sistema radicular.
Ventos frios afetam o florescimento, interferindo no vingamento dos frutos. Ventos quentes e secos causam murchamento e diminuem a quantidade e qualidade dos frutos produzidos. Para diminuir a ação dos ventos pode-se fazer uso de quebra-ventos.
Solo: São preferíveis os profundos com textura média e bem drenados, evitando-se os que estão sujeitos ao encharcamento, ou pedregosos, por favorecerem a ocorrência de doenças do sistema radicular. De um modo geral, se desenvolvem bem em diferentes tipos de solo, sendo os mais indicados os arenosos ou levemente argilosos, profundos e bem drenados. Os solos arenosos, quando bem adubados com matéria orgânica são plenamente satisfatórios para a produção de maracujá. Para o cultivo do maracujá o solo deve ter pH de 5 a 6.
Preparo do solo: Realizar adubação e calagem de acordo com resultado de análise do solo. A calagem deve ser feita antes da instalação da cultura. Em solos arenosos e pobres em matéria orgânica, geralmente é comum que sejam deficientes em micronutrientes, que podem ser aplicados diretamente no solo ou via adubação foliar.
Preparo do terreno: Uma aração e uma ou duas gradagens, dependendo das condições do terreno.
Combate à moléstias e pragas
Percevejos, lagartas e besouros: cloreto fosforado sistêmico; moscas-das-frutas: pulverizações quinzenais de iscas contendo 5% de melaço mais fosforado e água; fungos: fungicidas cúpricos adicionados a emulsão de óleo a 1%.
Propagação
O método mais utilizado é a propagação através de sementes, que devem ser colhidas de frutos de plantas previamente selecionadas (plantas matrizes).
Em pomares sadios e bem conduzidos, as plantas são selecionadas considerando-se o seu vigor, produtividade, precocidade, resistência a pragas e doenças; destas plantas são colhidos os maiores frutos maduros, de boa qualidade e com boa quantidade de suco. Selecionados os frutos, as sementes podem secar em seu interior ou serem colhidas e colocadas em um recipiente de louça ou vidro para a fermentação, sem adição de água, por 2 a 6 dias, cuja finalidade é separá-las da mucilagem que as envolve. Em seguida são lavadas e colocadas sobre um papel para secarem na sombra.
Um outro modo de retirar a mucilagem é utilizar um despolpador, uma peça adaptável ao liquidificador que não danifica as sementes, encontrada no comércio. As sementes devem ser usadas logo após a secagem, pois ao longo do tempo vão perdendo sua capacidade de germinação.
O maracujá, por ser uma planta que apresenta auto-incompatibilidade, ou seja, ao se realizar a autopolinização na mesma flor, ou em flores diferentes na mesma planta, ou em flores diferentes, mas pertencentes a um mesmo clone, não se obtém os frutos. Assim, o fruticultor deve retirar e plantar sementes de vários frutos colhidos em diferentes plantas, e não de muitos frutos colhidos de uma mesma ou de poucas plantas.
Produção de mudas
Adubação: na cova: encher a cova com a melhor terra da superfície misturada com 3 a 4 litros de esterco de galinha bem curtido ou torta de mamona ; 500 a 1.000g. de calcário dolomítico quando necessário; no terço final, acrescentar 2.00g de superfosfato simples e 80g de cloreto de potássio; na formação: 30 dias após o plantio, aplicar 60g de sulfato de amônio; repetindo-se duas ou três vezes espaçadas de 30 a 40 dias; de frutificação: em fevereiro: 100g de sulfato de amônio; 250g de superfosfato simples e 150g de cloreto de potássio, repetindo-se as mesmas dosagens em agosto.
Local do viveiro: deve ser distante de pomares comerciais ou plantas adultas de maracujazeiro; ter disponibilidade de água de boa qualidade; o solo deve ser livre de plantas daninhas e de boa drenagem; ser de fácil acesso.
Época de plantio: julho – agosto, em laminados ou recipientes plásticos ou ainda, semeadura direta no campo colocando-se 5 sementes por cova. Deve-se efetuar o plantio no período das chuvas; caso disponha de irrigação, poderá ser em qualquer época do ano.
Preparo das mudas: a semeadura normalmente é efetuada em sacos de polietileno de 10 x 25 cm ou 18 x 30 cm, contendo uma mistura de 3 partes de terra para uma de esterco, sendo a mistura previamente tratada, a fim de se obter mudas sadias. Em cada saco plástico colocam-se de 4 a 6 sementes, a 1 cm de profundidade, cobrindo-as com leve camada de terra. Quando as mudas estiverem com 3 a 5 m de altura, efetua-se o seu desbaste deixando apenas a mais vigorosa.
O transplante das mudas para o local definitivo deve ser efetuado quando as plantas tiverem de 15 a 25 cm de altura (ou até 30 cm), quando também se inicia a emissão das gavinhas, filamentos que se enrolam nos suportes e servem para firmar as ramas do maracujazeiro, o que ocorre em torno de 45 a 70 dias após a semeadura. A época mais adequada para o plantio definitivo é no início do período chuvoso.
Plantio
Sempre que possível é feito em sulcos com 50 cm de profundidade.
Quando não for possível o uso de sulcador, o plantio deverá ser feito em covas de aproximadamente 40 cm de largura, 1 m de comprimento e 50 cm de profundidade, momento em que se aproveita para realizar a adubação orgânica, cujas quantidades a serem empregadas nas covas de plantio, principalmente em solos arenosos e de baixa fertilidade, variam de acordo com o tipo de adubo empregado: esterco de curral – 20 a 30 litros, esterco de galinha e ou torta de mamona: 5 a 10 litros, podendo-se utilizar outros compostos disponíveis na região ou propriedade. Irrigar as plantas após o plantio, que deverá se repetir sempre que necessário.
Combate à erosão
Em terreno acidentado, efetuar o plantio em linhas de nível.
Distribuição do adubo
Nos pomares em formação são distribuídos em uma faixa de 20 cm ao redor e distante aproximadamente 10 cm do tronco, aumentando gradativamente essa distância com a idade do pomar.
Em pomares adultos, aplicá-los em faixa de 1 m de largura de ambos os lados das plantas, ao longo das espaldeiras, longe o suficiente dos troncos, onde as raízes pequenas e absorventes são poucas. O sucesso da adubação depende tanto da quantidade adequada, quanto da época e dos fertilizantes aplicados. Aplicar os adubos sempre em períodos de boa umidade do solo e realizar análise de solo anualmente.
Manejo pós-plantio: Logo após o plantio no campo, as plantas devem ser tutoradas com varas ou barbantes para a condução até o arame do sistema de condução.
Calagem: pH igual ou superior a 5,5.
Sistema de condução: O maracujá por ser uma trepadeira, necessita de suporte para proporcionar uma boa distribuição dos ramos e garantir assim, maior produção de frutos. Os sistemas mais utilizados são o de espaldadeira vertical composta de 1 a 3 fios e o sistema de latada ou caramanchão ou em forma de “T”.
Um único broto deverá ser conduzido através de um tutoramento até o arame situado no topo dos mourões para a formação natural da ramagem. O arame utilizado será liso de nº 8 ou 10 o de aço n.º 16, sustentado por mourões de 2,60m deverá ser ser enterrado ao solo.
Fonte: www.agrov.com
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