Guaranazeiro

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Planta Paullinia cupana

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Nativa da Amazônia, a Paullinia cupana, Guaraná, foi descrito pela primeira vez em 1826 pelo botânico alemão Karl von Martius.

Segundo a lenda, a Paullinia cupana, Guaraná, nasceu dos olhos de um indiozinho da tribo Maués morto pelo índio Jurupari, o mau espírito e invejoso.

A tribo Maué ficou desconsolada e não acreditava no que havia acontecido.

Do céu veio um raio, enviado por Tupã, que interrompeu as lamentações de todos: teriam que retirar os olhos do pequeno índio e plantá-los para que deles nascesse uma planta sagrada para saciar a fome, o cansaço e doenças dos Mauenses.

A cova foi regada com lágrimas de todos da tribo e em seguida os olhos foram enterrados.

Ali nasceu o primeiro pé de Paullinia cupana, Guaraná.

Hoje sabe-se que a Paullinia cupana, Guaraná, tem ação comprovada no auxílio de esgotamento físico e mental, astenia, depressão nervosa, estresse, enxaqueca e estimulante da atividade cerebral.

Nome científico do Guaraná: Paullinia cupana Kunth.

Família do Guaraná Paullinia cupana: Sapindaceae.

Outros nomes populares do Guaraná Paullinia cupana: uaraná, guanazeiro, guaranauva, guaranaína; guarana (inglês), guaraná (espanhol), guaranà (italiano), guaranastrauch (alemão).

Constituintes químicos do Guaraná Paullinia cupana: alcalóides (teobromina (flor, folha e caule), teofilina e guaranina), ácido cafeotônico, ácido málico, amido, adenina, ácido tânico, cafeína, catequina, colina, dextrina, guaranatina, glicose, hipoxantina, mucilagem, óleo fixo, pectina, pigmento vermelho, reponina, resina, saponina, tanino, teofilina, timbonina, xantina.

Propriedades medicinais do Guaraná Paullinia cupana: adstringente, afrodisíaca, analgésica, antibacteriana, antiblenorrágica, antidiarréica, anti-esclerótico, antitérmica, aperiente, cardiotônico, desinfetante, diaforético, diurética; estimulante físico, psíquico e do sistema nervoso; febrífugo, refrigerante, regulador intestinal, retardador da fadiga, revigorante, sudorífera, tônica, vasodilatadora.

Indicações do Guaraná Paullinia cupana: anorexia, arteriosclerose, atonia, cefaléia, depressão, desgaste físico e mental, diarréia, disenteria, dispepsia, dor muscular, enxaqueca, estômago, estresse, fadiga física e mental, fadiga motora e psíquica, febre, flora intestinal, função cerebral, gases, hemicrania (dor em um dos lados da cabeça), hemorragia, impotência sexual, infecções, males do estômago, mialgia, prevenir esclerose, prevenir insolações, prisão de ventre, problema gastrintestinal, raciocínio, tonificar o coração.

Parte utilizada do Guaraná Paullinia cupana: sementes.

Contra-indicações/cuidados com o Guaraná Paullinia cupana: crianças, mulheres gestantes ou que amamentem, cardíacos e hipertensos devem evitá-lo. Não tomar à noite pois pode tirar o sono.

Efeitos colaterais do Guaraná Paullinia cupana: devido à teobromina, teofilina e guaranina (análogas à cafeína), pode causar dependência física e psicológica.

Essas substâncias agem nos receptores do sistema nervoso central (SNC) como as anfetaminas e a cocaína, entretanto, seus efeitos são bem mais fracos. Usado a longo prazo ou em doses excessivas pode causar insônia.

O Guaraná, Paullinia Cupana, tradicionalmente utilizado como fonte de energia, contra a sensação de fadiga causada pelo esforço intelectual e físico. Hoje te ação comprovada no auxílio de esgotamento físico e mental, astenia, depressão nervosa, estresse, enxaqueca e estimulante da atividade cerebral.

Mas, afinal, o que é guaraná?

O Guaraná é uma planta trepadeira, tipo arbusto, nativa da América do Sul. Em área de floresta ou capoeira, cresce sobre as árvores atingindo até 10m de altura.

Entretanto, quando cultivado em áreas abertas tem porte de arbusto em forma de moita crescendo no máximo até 2 ou 3m de altura. É mais suave para com o sistema digestivo do que muitas outras formas de cafeína e é preferido por muitos como alternativa ao café, principalmente, após estudos recentes comprovarem a elevada concentração de princípios ativos.

O nome botânico do Guaraná, Paullinia cupana, originou-se da homenagem a C. F. Paullini, um botânico alemão que viveu no século dezoito.

O guaraná há muitas centenas de anos foi domesticado e cultivado pelos índios, os primeiros habitantes da Amazônia. Portanto a espécie nunca foi encontrada no estado silvestre. Acreditam os botânicos que, mesmos aquelas plantas achadas em floresta densa, foram originadas de um cultivo indígena no passado. Seu cultivo data da época pré-colombiana, quando era praticado por diversas tribos indígenas, especialmente entre os índios Maués, no Amazonas.

Já em 1664, o Padre Felipe Bettendorf, descreveu como encontrou no Amazonas o Guaraná:

“Têm os Andirazes (índios) em seus matos uma frutinha a qual secam e depois pisam, fazendo delas umas bolas que estimam como os brancos o seu ouro. Chama-se Guaraná. Desfeitas com uma pedrinha em cuia d’água, dão tanta força como bebida que indo à caça um dia até outro não sentem fome, além do que tiram febres, cãibras e dores de cabeça”.

O Guaraná produzido no Estado do Amazonas é considerado o de melhor qualidade, em razão do micro-clima da região e do jeito ainda artesanal de cultivo e torração em panelas de barro.

Todos os anos, na última semana de novembro, a cidade de Maués realiza a Festa do Guaraná uma das mais tradicionais comemorações da região, que acontece desde 1979 no município. A Festa do Guaraná tem quatro dias de música com bandas regionais e nacionais, desfiles, competições de esculturas de areia, etc. O momento mais belo da festa é a encenação da Lenda do Guaraná, espetáculo encenado por 130 jovens do próprio município.

A lenda do guaraná

Entre os Índios Maués nasceu um menino muito bonito, de bom coração e de inteligência fabulosa. Como era muito esperto e alegre todos na tribo o admiravam.

Jurupari, o espírito do mal, ficou com inveja da criança e passou a espreitar para acabar com sua vida. A tarefa não era das mais fáceis, já que os outros índios sempre estavam à sua volta, principalmente os mais velhos que se sentiam na obrigação de protegê-lo. Mas Jurupari não sossegaria até fazer o mal ao pequeno.

Num dia, o menino brincando acabou se afastando dos outros índios.

Encontrou uma árvore e tentou colher uma fruta. Jurupari se aproveitou e, na forma de uma cobra, deu o bote sobre a criança, matando-o.A noite chegou e deram por falta da criança. Começou a procura por toda a tribo. Até que o encontraram morto aos pés da árvore. A notícia logo se espalhou com a tristeza geral na tribo.Todos lastimavam a inusitada morte da criança mais amada de toda a tribo dos Maués. Chorou-se por várias luas ao lado do corpo inerte. Num dado momento durante o funeral, um raio caiu justamente ao lado do garoto morto.

“Tupã também chora conosco”, disse a mãe da criança, “vamos plantar os olhos de meu filho para que deles possa nascer uma planta que nos trará tanta felicidade quanto o menino em vida nos trouxe”. E assim fizeram!Foi assim que, dos olhos do pequeno índio nasceu o guaraná, fruta viva e forte como a felicidade que o pequeno indiozinho dava aos seus irmãos.”

A lenda do guaraná

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

O Guaraná é a semente do fruto do guaranazeiro, planta sagrada dos índios Maués do Amazonas.

Conhecida e estudada pelo famoso botanista Martius, em 1826, foi ele quem lhe reconheceu incontestável importância pelas suas comprovadas virtudes medicinais.

O Guaranazeiro é uma planta trepadeira que se entrelaça pelas árvores, mas com uma peculiaridade: não prejudica o desenvolvimento da árvore em que se apoia e se estende. Tem as folhas alternadas e os frutos, pequenos e vermelhos, formam cachos. Planta de incontestável importância pelas virtudes medicinais, a lenda não tardou a envolver o Guaraná.

Contam os Maués que, uma vez, havia na aldeia um casal muito virtuoso com um filho também muito bom e que era como um anjo tutelar da comunidade. Devido à sua influência benéfica todos viviam felizes e contentes.

Um dia, Jurupari, o espírito do mal, invejoso, aproveitando um momento no qual o menino, iludindo a vigilância da tribo, tinha trepado uma árvore para apanhar um fruto, transformou-se numa serpente, atacando-o.

O menino morre e os índios encontram-no ao pé da árvore: os seus olhos estavam abertos e a expressão serena.

Todos ficaram desesperados e grandes desventuras eram esperadas. De improviso, um raio vindo do céu interrompeu os seus lamentos e, no silêncio geral, a mãe do menino disse que Tupã, o espírito do bem, tinha descido até eles para os proteger e lhes transmitir a mensagem apenas recebida.

Os índios, deviam plantar os olhos do menino dos quais, dentro de pouco tempo, nasceria uma planta sagrada, que para sempre daria alimento aos Maués para saciar a fome e seria um lenitivo para curar todas as doenças. Assim fizeram e, regadas com tantas lágrimas, a planta germinou e desde aquele momento, o Guaraná tornou-se a planta sagrada dos índios.

Se repararmos bem na semente do Guaraná, veremos que a mesma se assemelha a dois olhos. Talvez por isso mesmo a lenda tivesse nascido.

Segundo o químico francês Prof. Paul Le Cointe no seu livro “Amazônia Brasileira”, o Guaraná é tónico, calmante para o coração, reconstituinte, combate a arteriosclerose sendo recomendado contra a diarreia e a desinteria, contra as nevralgias e as enxaquecas, sendo também um estimulante poderoso e um afrodisíaco.

Tem uma ação específica contra a fermentação viciosa e é um desinfetante intestinal. Sob o efeito do Guaraná, o intestino grosso rejuvenesce.

O Prof. Russo Metchnekoff, no Instituto Pasteur de Paris, estudou o Guaraná em bases científicas, comprovando, assim, o valor terapêutico antes conhecido dos índios.

Além das virtudes medicinais, o guaraná constitui, na comunidade índia, uma defesa contra a fome endêmica de que sofrem as populações pobres.

O guaraná sempre foi tido em alta, tanto pelos indígenas da região de maués, como pelos primeiros colonizadores brancos da bacia amazônica. As restrições de dieta a que esses índios se submetem por razões mágicas e sobrenaturais por exemplo, após o parto, ou depois da morte de um membro da família – geralmente limitam a sua alimentação `a farinha de mandioca e alguns pequenos insetos e manjubas. Não há, porém, limites para a quantidade de guaraná que uma pessoa possa tomar sob tais circunstâncias, e não restam dúvidas de que seu consumo regular tem servido para mitigar em grande parte os efeitos do jejum prolongado.

Como tônico cardio-vascular

Esta categoria inclui vários dos efeitos mais notáveis do guaraná. A cafeína sem dúvida estimula a ação do coração, aumentando a vazão de sangue nas principais artérias, e também afeta o sistema sanguíneo periférico, causando a dilatação em alguns pontos (o que dá ao guaraná sua reputação de refrigerante e febrífugo, além de sua comprovada eficácia contra cãibras), e a contração em outros (como as vias de acesso ao cérebro, o que produz uma ação analgésica superior à da aspirina no tratamento de enxaquecas). São estes os efeitos que levaram vários autores a dizer que o guaraná regula o coração, desperta o movimento sanguíneo, e impede as congestões passivas da idade.

Os efeitos acumulados a longo prazo bem poderiam resultar numa ação terapêutica que alterasse significativamente os efeitos da cafeína pura.

O guaraná é de mais lenta assimilação que as outras bebidas à base de cafeína, a hipotética ação prolongada destas saponinas explicaria a reputação saudável de que desfruta o guaraná a nível popular.

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Nome científico: Paullinia cupana Kunth

Planta trepadeira com ramos lenhosos e flexíveis de 4 a 8 metros de comprimento, com casca escura.

Folhas compostas.

As flores são brancas formadas em cachos longos, de até 25 centímetros de comprimento, e contêm flores masculinas e femininas, separadas, na mesma inflorescência.

Frutos ao longo do caule. Frutos vermelhos, que quando estão maduros, entreabrem-se mostrando as sementes pretas com um arilo branco, fazendo lembrar os olhos de alguém.

Frutificação de outubro a dezembro.

As sementes são usadas na indústria farmacêutica e na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos, pós-solúveis e bastões. Elas têm propriedades energizantes, estimulantes e medicinais.

O guaraná é um fruto da Amazônia usado para fazer uma soda ou refrigerante de sabor doce e agradável. É uma bebida bastante popular na Amazônia.

Para fazer o refresco ou bebida do guaraná, preceda da seguinte maneira: o cacho de fruto é colhido quando a maioria das cápsulas estiver aberta, deixando-as amontoadas para que a fermentação do arilo facilite a separação das sementes que é feita manualmente e lavadas sobre uma peneira. Em seguida as sementes são torradas em forno de chapa para retirada do tegumento ou casca.

As amêndoas são socadas num pilão com um pouco de água até que tenha a consistência de uma pasta, após isso, essa pasta é moldada e levada para um forno secador.

Guaranazeiro
Guaraná ralado na língua do pirarucu

Daí os bastões secos são ralados ou triturados, deixados como pó, estando pronto para ser transformado na deliciosa e energética bebida de guaraná.

A origem deste fruto é explicada na seguinte lenda.

A Lenda

Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.

O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor.

Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente.

A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.

Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

A LENDA DO GUARANÁ

Conta a lenda que um casal de índios Maués, viviam juntos a muitos anos e ainda não tinham filhos. Um dia, pediram a Tupã para dar-lhes uma criança. Tupã atendeu o desejo do casal e deu-lhes um lindo menino, que cresceu cheio de graça e beleza e se tornou querido de toda a tribo. No entanto, Jurupari, o Deus da escuridão e do mal, sentia muita inveja do menino e decidiu matá-lo.

Certo dia, quando o menino foi coletar frutos na floresta, Jurupari aproveitou para se transformar numa serpente venenosa e matar o menino. Neste momento, fortes trovões ecoaram por toda a aldeia, e relâmpagos luziam no céu em protesto. A mãe, chorando em desespero ao achar seu filho morto, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã. Em sua crença, Tupã dizia-lhe que deveria plantar os olhos da criança e que deles nasceria uma nova planta, dando saborosos frutos, que fortaleceria os jovens e revigoraria os velhos.

E os índios, plantaram os olhos da criança e regavam todos os dias. Logo mais, nesse lugarzinho onde foi enterrado os olhos do indiozinho, nasceu o Guaraná, cujos frutos, negros como azeviche, envoltos por uma orla branca em sementes rubras, são muito semelhantes aos olhos dos seres humanos.

O GUARANÁ

O Guaraná é um arbusto trepador pertencente à família das Sepindáceas, Paullinia Cupana. Sua casca é escura e as cascas são pinadas. As flores de tamanho médio são muito aromáticas, e os frutos, vermelhos e brilhantes, quando secos tornam-se pretos. O Guaraná é muito empregado como planta medicinal para evitar a arteriosclerose, e auxiliar nos problemas do coração e das artérias, funcionando como um notável cardiovascular.

Pode também ser usado como sedativo e adstringente intestinal, na ocorrência de diarreias crônicas. Suas sementes após torradas e moídas, convertidas em massa, é utilizadas no comercio como pó de guaraná, e serve para o feitio de refrescos e refrigerantes.

A FESTA DO GUARANÁ

A primeira festa do guaraná realizada em Maués, ( a 260 Km de Manaus), deu-se em novembro de 1979, com o apoio da prefeitura e do governo do Estado do Amazonas. Este evento foi criado como forma de homenagear o produtor de Guaraná, que é a base de sustentação do município de Maués, atraindo novos investimento e divulgando o guaraná além de suas fronteiras. Em 1.980, a festa do Guaraná ganhou espaço internacional, quando foi transmitida pelo fantástico pela Rede Globo de televisão.

Em 1.995 , a festa do Guaraná passou a ser transmitida via Satélite pela Rede Amazônica de Televisão. Esta festa é muito bonita, pois é realizado o concurso de Rainha do Guaraná, apresentada a lenda do Guaraná e os rituais de tucandeira e outras manifestações culturais do município. E como se vê, a planta trouxe realmente progresso para a tribo, devido ao abundante comércio de suas mudas , que são cultivadas em sua maior parte pelos índios Maués.

As lendas do Guaraná

LENDA 01

Certa vez, uma tribo indígena recebeu uma alegre notícia: um lindo menino tinha nascido. Ele era filho do pajé e protegido de Tupã.

Um dia o menino brincava na floresta. Ele subiu em uma árvore para pegar frutos. O gênio do mau se transformou em uma enorme serpente e assustou o menino que caiu da árvore e morreu.

Os índio enterraram o menino em uma cova bem funda.

Depois de algum tempo começou a nascer uma planta diferente no lugar onde o menino estava enterrado.

A planta cresceu e deu frutos.

Do fruto dessa planta os índios prepararam uma bebida muito gostosa: o Guaraná.

LENDA 02

Dizem que Jaci, a deusa da beleza, protegia Cereçaporanga, uma índia belíssima que protegia as pessoas dando-lhes vida longa e formosura.

Mesmo sendo adorada pela sua tribo, Cereçaporanga um belo dia apaixonou-se por um jovem de uma tribo inimiga e com ele fugiu. Houve uma grande perseguição por parte dos guerreiros na tentativa de convencê-la a voltar. Sabedora dessa perseguição, como toda mulher apaixonada,

Cereçaporanga não hesitou: propôs ao seu amado um pacto de morte, pois sabia que caso fossem alcançados ele seria trucidado pelos guerreiros de sua tribo.

Dito e feito, se mataram junto a um pé de Sapupema(palavra originária do guarani sapu e do tupi pema Raízes que se desenvolvem com o tronco de outras árvores formando ao redor desse tronco divisões achatadas).

Chegando os guerreiros e vendo-a morta, ficaram tristíssimos e imploraram à deusa Jaci, que, em hipótese alguma permitisse que o espírito de Cereçaporanga o abandonasse.

Jaci, comovida, dos olhos da índia morta fez nascer uma planta cujas sementes lembram perfeitamente, quando amadurecidas, um par de olhos negríssimos. Essa semente tomada em chás e infusões ou trituradas dariam aos irmãos de Cereçaporanga uma grande vitalidade, sendo além de tudo um alimento energizante que os faria fortes em suas guerras e caçadas.

Essa árvore teria a beleza física da bela índia e sua vida mais longa que a vivida por ela.

Guaranazeiro
Pomar de guaranazeiros

O Brasil é o único produtor, em termos comerciais, de guaraná do mundo.

No Amazonas, o guaranazeiro é uma cultura plantada tanto por grandes como por pequenos produtores. Em 2003, o Amazonas produziu 779 toneladas de sementes secas de guaraná em 5.178 ha, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Amazonas, em 2003, a produtividade média da cultura foi de 150 kg de sementes secas por hectare, menor que a média do Brasil, que foi de 298 kg/ha.

Esta produtividade é baixa quando comparada com as obtidas com os clones lançados pela Embrapa, que produzem pelo menos 400 kg/ha/ano de sementes secas. As razões apontadas para esta baixa produtividade são o não-uso de mudas de clones selecionados, o plantio de variedades tradicionais não melhoradas, a idade avançada dos guaranazais, a alta incidência de pragas e doenças e a falta de tratos culturais adequados.

Atualmente, quase toda a produção brasileira de guaraná é consumida no mercado interno, sendo pequena a quantidade exportada para outros países. Estima-se que, da demanda nacional de sementes de guaraná, pelo menos 70% seja absorvida pelos fabricantes de refrigerantes, enquanto o restante é comercializado na forma de xarope, bastão, pó, extrato e outras formas.

O Guaranazeiro

O Guaranazeiro é uma cultura vegetal amazônica de grande valor econômico e, exceto pequenas áreas plantadas na Amazônia peruana e venezuelana, o Brasil é o único produtor de guaraná em escala comercial no mundo.

O emprego do fruto nas indústrias de alimentos, farmacêutica e cosmética é significativo, sendo utilizado como matéria-prima na produção de refrigerantes, xaropes, sucos, pó estimulante, pastas de dente, sabonetes e xampus e em cosméticos direcionados ao tratamento de pele oleosa e celulite.

Além disso, o guaraná apresenta caráter diurético e ação tônica cardiovascular.

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Nome científico: Paullinia cupana

Família: Sapindáceas

Nome comum: guaranazeiro, guaraná

Origem: Brasil, na região Amazônica

Descrição e característica da planta: o guaranazeiro é um arbusto perene, de 2 a 3 metros de altura em culturas comerciais. As folhas são compostas por cinco folíolos, verde-escuras, grandes, com 27 a 33 centímetros de comprimento por 10 a 15 centímetros de largura. As flores são formadas em cachos longos, de até 25 centímetros de comprimento, e contêm flores masculinas e femininas, separadas, na mesma inflorescência. Os frutos são arredondados e externamente formam lóbulos.

Em cada cacho, podem ser encontrados até 50 frutos. Quando maduros, os frutos ficam vermelhos ou alaranjados, se abrem e as sementes ficam expostas parcialmente. Cada fruto produz uma a duas sementes arredondadas, de cor marrom-escura a preta, e são recobertas até a sua metade por um tecido branco e grosso, denominado arilo. A semente é o principal produto comercial e a planta produz economicamente a partir do quarto ano do plantio no campo. Depois da colheita, as plantas necessitam de poda, porque o florescimento ocorre nos ramos do ano. Sem essa poda, as plantas perdem o vigor, diminuem drasticamente a produtividade e a sua qualidade.

As plantas se desenvolvem e produzem bem em condições de temperatura amena a quente, solos profundos, ricos em matéria orgânica e boa disponibilidade de água durante o ano. A planta não tolera solos arenosos, com baixa fertilidade, solos sujeitos a encharcamento e inundação. A propagação pode ser feita por sementes e por enraizamento de estacas de ramos novos.

Produção e produtividade: a produtividade se sementes secas pode variar de 300 a 2.500 gramas por planta por ano ou 500 a 900 quilos por hectare. O guaranazeiro é cultivado nos estados da Amazônia brasileira, Bahia, Espírito Santo e São Paulo.

Utilidade: as sementes são usadas na indústria farmacêutica e na fabricação de refrigerantes, xaropes, sucos, pós-solúveis e bastões. Elas têm propriedades energizantes, estimulantes e medicinais.

Têm a seguinte composição (Fonte – Fruteiras da Amazônia. Aparecida das Graças Claret de Souza e outros. Brasília-SPI; Manaus: Embrapa-CPAA, 1996. 204 p.): cafeína 5,38%; óleo fixo de cor amarela 2,95%; resina vermelha 7,80%; princípio ativo corante vermelho 1,52%; princípio amorfo 0,05%; saponina 0,06%; fibra vegetal 49,12%; amido 9,35%; água 7,65%; pectina, ácido málico, mucilagem, dextrina, sais etc. 7,47%; ácido guaraná tânico 5,75%, além de teobromina e teofilina.

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

O Guaraná fruto do Guaranazeiro, um arbusto trepador originário do estado do Amazonas, com propriedades estimulantes

Possui folhas trifoliadas, isto é, compostas de três partes ou folíolos. Tem flores pequenas e alvacentas. O guaraná é um fruto seco que se abre quando maduro, liberando sementes que possuem substâncias excitantes, chamadas xantinas.

Foram os índios maués que iniciaram o cultivo da planta. Eles descobriram que suas propriedades estimulantes ajudavam-nos a realizar os trabalhos físicos mais cansativos. Preparavam então uma bebida moendo primeiro as sementes até formar uma pasta. Esta era então moldada na forma de bastões, que eram postos a secar. Em seguida, raspavam os bastões com lixas feitas com a língua do peixe pirarucu, sendo o pó resultante dissolvido em água.

Difusão e Aproveitamento Econômico

Os primeiros viajantes brancos que chegaram ao Amazonas nos séc. XVI e XVII interessaram-se pelo guaraná. Pouco a pouco, o seu cultivo se estendeu por toda a Amazônia.

Os bastões passaram a ter também outras formas, como as de bonecos ou animais, e tornaram-se objeto de comércio não só no Brasil, mas também nos países fronteiriços, como o Peru e a Bolívia. Com o mesmo nome guaraná, fabricam-se também refrigerantes engarrafados. O sabor dessas bebidas, entretanto, é quase sempre acrescentado artificialmente.

Lenda do guaraná

O guaraná, fruto encontrado na Amazônia, utilizado para fazer bebidas e um poderoso energético, tem sua origem contada por uma lenda maué.

Guaranazeiro
Fruto do guaraná

Dizem que em certa tribo, as colheitas e a pesca eram sempre fartas graças a um indiozinho. Porém, o tal curumim veio a morrer. A tristeza foi tanta que o deus Tupã ordenou que os olhos do menino fossem arrancados, plantados e regados com as lágrimas da tribo. Deles nasceria a planta da vida, que fortaleceria os jovens e daria vigor aos velhos.

Foi assim que nasceu o guaraná, fruto cuja parte interna se parece com um olho humano.

Fonte: www.plantamed.com.br/www.prontopraguerra.com.br/ www.jardimverde.pt/www.arara.fr/www.overmundo.com.br/www.guaranatibirica.com.br/www.geocities.com/globoruraltv.globo.com/www.klickeducacao.com.br

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