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Girassol
De girar e sol, propriedade que tem a planta de ir girando para o lado que se move o sol.
Planta anual oriunda do Peru, da família das compostas, com caule herbáceo, direito, com uns 3 cm de grossura e cerca de dois metros de altura; folhas alternadas, pecioladas e em forma de coração; folhas terminais que se dobram na maturação, amarelas, com 20 a 30 cm de diâmetro, fruto com muitas sementes e negruscas, quase elipsodais, com 3 cm de largura e comestíveis.
Cultiva-se para se obter óleo e em menor escala para consumir as sementes.
ORIGEM DO GIRASSOL
O girassol foi introduzido na Europa durante o século XVI.
Não são muitas as espécies domesticadas que sejam provenientes da região temperada Norte Americana e cujo antecessor ainda existe. Descobriu-se aqui material arqueológico que prova a sua longa existência e uso por parte do homem. Os indígenas convertiam as sementes em farinha.
A sua difusão pela América Central e do Sul é relativamente recente, mas conquistou uma larga área devido a sua alta resistência e fácil adaptabilidade.
Dodonaeus a denominou em 1568 como Chrysantemum Peruvianum, convicto de que a planta procedia do Perú quando na realidade é procedente da América do Norte.
A difusão do girassol no Leste Europeu deveu-se à falta de outros óleos e a particularidade de congelar a baixas temperaturas.
Pela sua adaptação á Estepe do Sudoeste, o girassol adquiriu popularidade na Rússia desde o principio do século passado. Este país é hoje o maior produtor e exportador do mundo.
USOS E PROPIEDADES DO GIRASSOL
As flores do girassol contêm quercimeritrina, que é um monoglucido da quercetina, antocianina, uma considerável quantidade de colina e betaína; ácido solantico, provavelmente em forma de solantato cálcio, etc. A matéria corante das flores é a xantofila.
As sementes são ricas em óleo: raras vezes contêm menos de 30 %, chegando algumas variedades produzidas por hibridação a ter quantidades superiores a 50 %. No óleo predominam a linoleína (57%) e a oleína, existindo menores quantidades de palmitina, estearina, araquina e lignocerina. Na semente também se encontram lecitina, colesterina, diversos ácidos orgânicos, fitina, etc.
A produção e rendimento do girassol pode ser incrementado de uma forma espectacular quando as abelhas e outros insectos ajudam na polinização. E mais a atividade das abelhas torna-se necessária quando se trata de híbridos com pólen pouco compatível, nos quais se registam sementes vazias, porque o pólen tem inconvenientes fisiológicos em fecundar a própria flor.
O desenvolvimento do girassol está intimamente ligado ao que dá origem ao seu nome: a luz solar. Ela é um dos seus nutrientes, juntamente com a água, que é capaz de absorver em quantidades sobresselentes. Quando a planta há formado o total de folhas que deverá de ter, o ritmo de aparecimento das folhas será governado pela temperatura e portanto, quanto maior seja esta, menor será o tempo necessário para a floração.
A atividade fotosintética alcança o ponto óptimo aos 27ºC. A uma temperatura superior, aumenta a evotranspiração e baixa a eficiência no consumo da água.
Quando o girassol está neste estado vegetativo pode limitar o consumo de água, pode concentrar sacarose nas células onde se dão as trocas gasosas e pode chegar a um caso extremo, em que limita a expansão foliar e até reduzir o número de folhas.
Quando a floração coincide com os períodos chuvosos, há um humedecimento e inchaço dos grãos de pólen e perda da sua capacidade fecundadora. Se isto dura mais que dois ou três dias, é necessário que o pólen de flores distantes seja transportado. As abelhas fazem um excelente trabalho para esta situação.
Girassol é o nome comum das ervas anuais e vivazes de um género da família das compostas. O género Helianthus tem umas 67 espécies. As formas mais altas medem até 3 metros. As folhas são alternadas, em forma de coração, ásperas e peludas. O grande capítulo solitário, pode medir quase um metro de diâmetro, tem ligulas amarelas que rodeiam um disco central, flósculos ou flores individuais de cor amarela, vermelha ou purpura, segundo a espécie.
A orientação do capítulo para o sol deve-se ao crescimento diferenciado do caule. Quando a iluminação é desigual, o lado da planta que está á sombra acumula auxina, que é um regulador de crescimento vegetal; esta acumulação faz com que a parte que está á sombra cresça mais rapidamente do que a que está ao sol e o caule se inclina para o sol.
Antigamente a planta cultivava-se como ornamental, mas a partir do século passado adquiriu valor comercial. O óleo de girassol refinado é comestível e alguns consideram equiparável a sua qualidade ao azeite. Sem ser refinado é utilizado para o fabrico de sabonetes e velas.
Com o resíduo sólido que sobra depois de se extrair o óleo das sementes é aproveitado para a alimentação animal. As sementes cruas são usadas nas misturas destinadas á alimentação das aves e as tostadas na alimentação humana.
É utilizado em muitos países como remédio caseiro para muitas doenças, como por exemplo: as folhas e flores da planta no combate de doenças de garganta e pulmonares.
Na América do Sul adiciona-se sumo de flores e sementes ao vinho branco para funcionar como remédio contra doenças e eliminar a pedra do rim e da vesícula.
As raízes de uma espécie, chamada pataca, são comestíveis e podem ser consumidas da seguinte maneira: cozidas, estufadas e assadas.
Recentemente tem-se insistido sobre o valor farmacológico das flores e do caule do girassol, que são empregados em forma de tintura alcoólica no combate das febres paludosas.
A tintura do girassol prepara-se com flores recentemente colhidas ( unicamente as flores) nos grandes receptáculos do capitulo que pesam á volta de 50gr, e depois cortam-se as tiras as partes mais suculentas do cale que estão na parte superior das plantas que não floriram e pesam-se então 50gr destas tiras.
Introduzem-se as flores e as tiras dos caules numa garrafa com 1 litro de álcool. Deixa-se ficar uma semana e depois filtra-se. Adicione umas gotas em vinho ou em água depois das refeições que são o suficiente.
Nome científico: Helianthus annuus
Família: Asteráceas (sinônimo: compósitas)
Nome comum: girassol
Origem: América do Norte (Estados Unidos e México)
Descrição e característica da planta
O girassol tem muitas espécies e a maioria não é comercial. Elas são diferenciadas pelo tamanho das plantas, pelas ramificações laterais, tamanho, cor e no aspecto das flores.
Como plantas ornamentais, existem: o mini-girassol, planta de pequeno porte, ramificada ou não e cultivada em vasos; e planta de maior porte, muito ramificada, com produção de grande quantidade de flores e cultivada nos canteiros ou em vasos de maior tamanho.
O girassol comum, Hekianthus annuus, é a espécie mais importante do ponto de vista comercial. A planta não apresenta ramificação e, na extremidade do caule, forma uma grande inflorescência conhecida como capítulo.
O curioso nessa planta é o direcionamento da sua inflorescência ao movimento do sol durante o dia. Na realidade, não é a face da inflorescência ou o capítulo que fica votado para o sol, mas a parte posterior para receber a energia solar necessária para melhor produção hormonal.
Esse movimento desaparece após a fecundação das flores. A altura da planta pode chegar a 180 centímetros e o diâmetro do capítulo a mais de 25 centímetros. Cada capítulo pode conter em média 1.000 flores hermafroditas, isto é, têm os dois sexos na mesma flor. No entanto, na maioria das variedades e dos híbridos de girassol não ocorre a fecundação na mesma planta, porque é auto-incompatível.
Nesse caso, há necessidade da participação, principalmente de abelhas que transportam os grãos de pólen de diferentes plantas. Cada flor, depois de fecundada, dará origem a um fruto, conhecido como grão ou semente, ou tecnicamente de aquênio. A cultura é anual e o ciclo pode variar de 120 a 150 dias.
O girassol é bastante tolerante ao frio e à seca, mas não é indicada para regiões sujeitas a muita chuva e clima árido. A propagação é feita por sementes.
Produção e produtividade
O girassol apresenta boa produção de massa verde, para silagem, ou de grãos, para extração de óleo. A produção mundial é estimada em 20 milhões de toneladas, mas é considerada insuficiente para atender a sua demanda.
Entre os maiores exportadores mundiais, estão: a Bulgária, a Romênia, a Ucrânia e a Argentina.
Segundo a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), para safra 2004/2005, a produção brasileira foi estimada em 82,2 mil toneladas, em 52,8 mil hectares de área plantada, com produtividade média de 1.557 quilos por hectare. A região Centro-Oeste é a principal produtora, com 83,7% de produção do país.
Utilidade
O principal produto obtido do girassol é o óleo comestível. A sua qualidade é superior ao do milho, tanto no cheiro e no sabor, quanto nutricional. Ideal para uso em saladas, margarina, maioneses e frituras. Pode ainda substituir o óleo diesel como combustível. A planta pode ser utilizada ao natural na alimentação animal ou como silagem ou no preparo de rações, com a torta proveniente da extração do óleo. No campo, a cultura apresenta vantagens quando usada na rotação de culturas, no aumento da produtividade do milho e do algodão.
O Girassol é uma planta originária das Américas, que foi utilizada como alimento, pelos índios americanos, em mistura com outros vegetais.
No século XVI, o girassol foi levado para a Europa e Ásia, onde era utilizado como uma planta ornamental e como uma hortaliça.
A grande importância da cultura do girassol no mundo deve-se à excelente qualidade do óleo comestível que se extrai de sua semente.
É um cultivo econômico, rústico e que não requer maquinário especializado.
Tem um ciclo vegetativo curto e se adapta perfeitamente a condições de solo e clima pouco favoráveis.
Para seu cultivo correto são necessários os mesmos conhecimentos e maquinários utilizados na cultura de milho, sorgo ou soja.
No começo, durante quase 200 anos, foi cultivado somente como planta ornamental.
Só em princípios do século XVI começou sua utilização como planta oleaginosa, para a extração de azeite, e a verdadeiramente difusão da cultura do girassol na Europa.
O girassol por ter suas raízes do tipo pivotante, promovem uma considerável reciclagem de nutrientes, além da matéria orgânica deixada no solo pela sua morte; as hastes podem originar material para forração acústica e junto com as folhas podem ser ensiladas e promove uma adubação verde.
Das flores podem ser extraídos de 20 a 40 quilos de mel/hectare.
Elas originam as sementes, que podem ser consumidas pelo homem e pelos animais.
Também usado em adubação verde, devido a seu desenvolvimento inicial rápido, à eficiência da planta na reciclagem de nutrientes e por ser um agente protetor de solos contra a erosão e a infestação de invasoras.
Por isso é recomendado para rotação de culturas.
Óleo de Girassol
Origem
O girassol é uma planta originária da América do Norte onde era cultivado tradicionalmente pelos índios para a sua alimentação.
Chegou à Europa em meados do século XVI, sendo inicialmente cultivado como planta ornamental. O óleo da semente de girassol começou a ser consumido na Europa, no século XVIII.
Produção
O óleo de girassol é produzido industrialmente a partir das sementes de girassol.
Estas são limpas, secas, descascadas, trituradas e extraídas com solvente.
Finalmente, o produto assim obtido é despentanizado e sofre todo um processo de refinação, com diferentes etapas que incluem processos químicos e físicos de tratamento, como por exemplo: desgomagem, branqueamento, desodorização.
Composição
Como todos os óleos vegetais, o óleo de girassol é essencialmente constituído por triacilgliceróis (98 a 99%).
Tem um elevado teor em ácidos insaturados (cerca de 83%), mas um reduzido teor em ácido linolénico (= 0,2%).
O óleo de girassol é essencialmente rico no ácido gordo essencial (AGE), ácido linoleico. As variações no seu teor são consequência não só da variedade, mas também das diferenças climáticas durante o seu cultivo.
O óleo de girassol apresenta como constituinte maioritário da sua fração tocoferólica a forma alfa-tocoferol, ao contrário da maioria dos óleos vegetais que têm a forma gama-tocoferol. O alfa-tocoferol presente no óleo de girassol apresenta, a temperaturas elevadas, menor atividade antioxidante do que o gama-tocoferol dos óleos em que é mais abundante.
Por outro lado, o óleo de girassol apresenta maior atividade em vitamina E (alfa-tocoferol tem 1,49 IU/mg) do que os óleos onde predomina a forma gama-tocoferol (0,14 IU/mg).
Utilização
O óleo de girassol é uma fonte importante do AGE ácido linoleíco e de vitamina E.
Pode ser utilizado a frio diretamente sobre os alimentos, em molhos para saladas, maioneses, etc.
Entra ainda na composição de numerosas margarinas e cremes de barrar, em combinação com outros componentes de mais elevado ponto de fusão.
É também utilizado como óleo de fritura, em especial as variedades com teores mais elevados em ácido oleico, cuja estabilidade às alterações pelo aquecimento é muito superior à das variedades com teores elevados de ácido linoleíco.
As formas hidrogenadas são também bastante utilizadas para fritura.
Semente de Girassol
1 – INTRODUÇÃO
O girassol é uma fonte importante de óleo comestível. Sua produção mundial ultrapassa 20 milhões de toneladas anuais de grãos
O óleo de girassol vem despertando, nos últimos anos, o interesse de muitos consumidores pelo recente conhecimento científico de que ele reduz o nível do colesterol que traz risco à saúde humana, quando em excesso nos vasos sanguíneos.
Originária da América do Norte a planta do girassol se desenvolve e produz bem na maior parte do Estado de São Paulo.
As regiões muito úmidas do leste e do Sul do estado são inaptas para o seu cultivo. A incidência de doenças por excesso de umidade limita a produção nessas regiões.
A cultura do girassol tem boa resistência à seca e ao frio, podendo ser usada com vantagem como segunda cultura. Outra vantagem, é a sua total mecanização.
O rendimento de grãos na lavoura de girassol pode atingir e ultrapassar 2500 kg/ha, com a tecnologia nacional atualmente disponível. Em áreas experimentais há registro de rendimentos superiores a 3000 kg/ha.
2 – CLIMA E SOLO
A cultura do girassol é pouco exigente em calor, desenvolvendo-se em ampla faixa de temperatura. Como outras culturas, é sensível à geada, que danifica sua folhagem e provoca chochamento de grãos quando ocorre na época do florescimento. Há, entretanto, materiais resistentes à geada, que não sofrem a queima de folhas nem o chochamento de grãos.
Temperaturas elevadas na fase de formação e maturação das sementes podem acarretar redução no seu teor de óleo.
O desenvolvimento e a produção de girassol requer bom suprimento de água no solo no período que vai da germinação das sementes ao início do florescimento.
Após a formação dos grãos a cultura é favorecida por período seco.
Os solos mais indicados para a produção de girassol são os de textura média, profundos, com boa drenagem, razoável fertilidade e pH de moderadamente ácido a neutro; superior a 5,2 (determinação em CaCl2) .
Solos leves ou pesados podem também ser usados se não houver impedimento para o desenvolvimento do sistema radicular. Solos com acidez elevada ou acentuada pobreza química não devem ser usados para o cultivo do o girassol sem a correção dessas deficiências.
3 – CULTIVARES
Dois cultivares de girassol obtidos no Instituto Agronômico (IAC) são recomendados para plantio no Estado de São Paulo; o IAC-Anhandy e o IAC-Uruguai.
O primeiro é recomendado para a produção de óleo e o segundo para a alimentação de pássaros.
Além desses cultivares, diversos híbridos, de empresas privadas são também recomendados.
O boletim “O Agronômico ” – V 34, 1982, traz as seguintes características do cultivar Anhandy:
“A altura média das plantas no plantio das águas é 182 cm e no plantio da seca é 150 cm. O diâmetro dos capítulos no plantio das águas é 18,0 cm e no plantio da seca 14,8 cm. Polinização cruzada e flores amarelas. Ciclo de 90 a115 dias. A produtividade é 800 a 2400 kg/ha, dependendo principalmente, da época do plantio.
As sementes são oblongas, com 11,43 mm de comprimento por 6,09 mm de largura e 3,94 mm de espessura. Testa preta, rajada de cinza. O peso médio de cem sementes é 6,11 g e o teor de óleo 45%. É resistente a geadas e ao tombamento e tolerante à ferrugem (Puccinia helianthi ) e à alternaria (A. zinniae, A. helianthi e A. alternata)”.
4 – PREPARO DO SOLO
Para o plantio do girassol, o terreno é preparado com aração profunda (25 a 30 cm) e gradeações. Essas operações são efetuadas após a limpeza do terreno, quando ela é necessária. A ultima gradeação realizada pouco antes do plantio contribui para o controle das ervas daninhas. Após a última gradeação o terreno deverá estar livre de ervas, de torrões e com a sua superfície uniforme.
5 – CALAGEM
Nos solos ácidos, que requerem calagem, a quantidade de calcário recomendada com base na análise de terra deve ser usada. Essa quantidade é calculada para elevar o índice de saturação por bases para 70%.
O calcário comum é aplicado sessenta dias, no mínimo, antes do plantio e o calcário semicalcinado com a antecedência de um mês.
O calcário pode ser incorporado ao solo com grade comum antes da aração e posteriormente incorporado mais profundamente com a aração. Pode também ser aplicado em duas vezes; metade da dose antes da aração e a outra metade após a aração . A forma mais comum de fazer a calagem tem sido a aplicação do calcário de uma só vez após a aração e antes das gradeações. Nessa forma de aplicação, o calcário fica pouco distribuído no perfil do solo.
6 – ADUBAÇÃO
Produção elevadas de girassol geralmente dependem da adubação química, que deve ser usada de acordo com a recomendação estabelecida mediante análise de terra.
Na adubação química, são aplicados no plantio 10 kg de N por hectare e o total das doses de fósforo e de potássio. O restante do nitrogênio é aplicado em cobertura trinta dias após a emergência das plantas.
Na falta da análise de terra, podem ser usados no plantio 200 kg por hectare da fórmula 5-25-25 ou a quantidade de qualquer outra fórmula que forneça doses correspondentes de N, P2O5 e K2O. Em cobertura poderão ser aplicados 20 kg/ha de N.
Quando a acidez do solo é corrigida pela calagem, é necessário misturar ao adubo aplicado em cobertura oito quilos de ácido bórico por hectare, e antecipar a adubação em cobertura de 30 dias para 20 dias após a emergência das plantas.
7 – PLANTIO
O plantio do girassol em São Paulo abrange o período de setembro a março, destacando -se duas épocas: a da primavera, a partir de meados de setembro, e a de verão, com início em fins de dezembro. A época mais favorável para o plantio situa-se entre fins de dezembro e meados de fevereiro.
O espaçamento de plantio de girassol pode variar de 60 a 90 cm entre linhas e de 30 a 40 cm entre as sementes na linha. Para materiais de porte médio, o espaçamento de 70 cm entre linhas apresenta bons resultados. O espaçamento de 80 cm.tem sido empregado para a mecanização da colheita com colhedeiras de milho adaptadas.
A profundidade de plantio recomendada é de 3 a 5 cm,.estabelecida a profundidade ela deve ser mantida constante em toda a operação de plantio para evitar falhas na linha.
A semeadura é realizada quando o solo esta com bom teor de umidade.
As sementes de girassol têm forma oblonga, sendo por isso difícil sua distribuição uniforme com os dosadores de sementes das semeadoras usadas em outras culturas. É, portanto, necessário usar dispositivos distribuidores de sementes específicos para o girassol para manter sua semeadura uniforme obter uniformidade na semeadura é de particular importância porque há acentuada concorrência entre as plantas do girassol quando há excessos de plantas na linha.
8 – TRATOS CULTURAIS
O controle de ervas na cultura do girassol pode ser mecânico ou químico. Geralmente o controle mecânico é suficiente para manter a lavoura livre de ervas.
Os cultivos realizados com cultivador,e complementados com enxada, quando necessário, devem ser realizados com as ervas ainda pequenas.
No controle químico podem ser usados herbicidas à base de Trifluralina e Alachlor.
9 – PRAGAS E CONTROLE
A praga que tem atacado a cultura de girassol com mais freqüência e mais intensidade e a lagarta preta das folhas, de nome específico Chlosyne lacinia saundersii.
O besouro Ciclocephala melanocephala, de ocorrência bastante rara, danificam os capítulos provocando prejuízos consideráveis à produção. Outras pragas, como vaquinhas, cigarrinhas, besouros e outras lagartas são encontradas na cultura do girassol, porém os danos que causam não tem expressão econômica.
Para o controle da lagarta preta das folhas e do besouro dos capítulos são recomendados produtos à base de Triclorfom e Cartap.
10 – DOENÇAS E CONTROLE
A principal doença da lavoura de girassol em São Paulo é a Mancha de Alternária, doença fúngica que caracteriza-se por pequenas pontuações necróticos de coloração castanha a negra, de forma arredondada ou angular, com cerca de 3 a 5mm de extensão, e talo de cor amarela em torno da lesão.
A ferrugem, outra doença fúngica cujo agente causal é o fungo Puccinia helianthi já causou sérios prejuízos à produção paulista. Os materiais atualmente utilizados têm apresentado tolerância à ferrugem, deixando essa doença de ser um risco para a produção.
Nos plantios tardios (abril), realizados em regiões úmidas e frias, ocorre a podridão de Sclerotínia, que se caracteriza por uma camada de micélio branco sobre o caule das plantas, escleródios no seu interior e podridão nos capítulos. O agente causal dessa doença é o fungo Selerotína Sclerotiorum.
Não há produtos químicos registrados no Ministério da Agricultura para o controle de doenças do girassol. As medidas de controle são culturais, destacando-se a rotação de culturas e o emprego de sementes sadias.
11 – COLHEITA
A colheita pode ser totalmente mecanizada ou semi-mecanizada. Ela é realizada 100 a 130 dias após a emergência das plantas, quando o capitulo está com coloração castanha. O teor de umidade dos grãos para o armazenamento é de 11%, podendo o girassol ser colhido com 14% de umidade para posterior redução da umidade a 11%.
A mecanização total da colheita é obtida com a adaptação de plataformas em colhedoras automotrizes de cereais. Essas adaptações tem sido feitas em colhedoras de milho.
A colheita semi-mecanizada é semelhante à de feijão. Os capítulos são colhidos e amontoados junto à batedeira estacionária para a operação de trilha.
12 – BENEFICIO E ARMAZENAMENTO
Após a trilha, o girassol contém muita impureza e precisa passar por processo de limpeza (ventilação) para redução do seu teor de impureza a 4%, ou ao teor requerido pelo comprador.
A limpeza dos grãos é operação indispensável para a obtenção de boa qualidade do óleo e da torta.
13 – COMERCIALIZAÇÃO
O girassol é destinado à alimentação de pássaros ou às industria de óleo, dependendo do tipo de material usado no plantio.
Para a alimentação de pássaros sua cotação tem oscilado em torno de 500 dólares por tonelada. O mercado para o consumo por pássaros é restrito.
O girassol destinado às industrias de óleo tem cotação em torno de 200 dólares por tonelada.
Dalmo Henrique de Campos Lasca
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LA CULTURE DU TOURNESOL. Paris, CETION, 1981. 16p.
MORAES, S.A.; UNGARO, M.R.G. & MENDES, B.M.J. “Alternaria helianti”agente causal de doença em girassol. Campinas, Fundação Cargill, 1983, 20 p.
ROSSI, R.O. O girassol. São Miguel do Oeste (SC), Rogobrás Sementes, 1991, 59 p.
SEMENTES CONTIBRASIL. Girassol: manual do produtor. São Paulo, 1981, 30 p.
UNGARO, M.R.G. – Instruções para a cultura do girassol. Campinas, IAC, 1986, 26 p. (Boletim Técnico 105)
Fonte: www.delariva.com/globoruraltv.globo.com/www.biodieselbr.com/www.cienciaviva.pt/ www.agrobyte.com.br
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