São Vicente

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História da Cidade

A história da origem do nome de São Vicente começou há muito tempo, no ano 325, na cidade espanhola de Huesca, uma então Província de Saragoza. Lá nasceu o jovem Vicente, padre dedicado que se destacava por seu trabalho, tanto que o bispo de Saragoza, Valério, lhe confiou a missão de pregador cristão e doutrinador catequético.

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Valério e Vicente enfrentavam, naquela época, o imperador Diocleciano, que perseguia os cristãos na Espanha. Os dois acabaram sendo presos por um dos homens de confiança do imperador, Daciano, que baniu o bispo e condenou Vicente à tortura. O martírio sofrido por Vicente foi tão brutal, a ponto de surpreender os carrascos. Eles relataram a impressionante resistência do rapaz que, mesmo com gravetos de ferro entre as unhas e colocado sobre uma grelha de ferro para ser queimado aos poucos, não negou a fé cristã.

Ao final daquele dia 22 de janeiro, os carrascos decidiram matar-lhe com garfos de ferro, dilacerando-o completamente. Seu corpo foi jogado às aves de rapina. Os relatos dão conta de que uma delas, um corvo, espantava as outras aves, evitando a aproximação das demais. Os carrascos decidiram, então, jogá-lo ao mar.

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O corpo de Vicente foi resgatado por cristãos, que o sepultaram em uma capela perto de Valência. Depois, seus restos mortais foram levados à Abadia de Castes, na França, onde foram registrados milagres. Em seguida, foram levados para Lisboa, na Catedral da Sé, onde estão até hoje. Vicente foi canonizado e recebeu o nome de São Vicente Mártir, hoje santo padroeiro de São Vicente e de Lisboa. Desde então, o dia 22 de janeiro é dedicado a ele.

Por isso, quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou aqui, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó.

Outro navegador português, Martim Afonso de Sousa, chegou aqui exatamente 30 anos depois, em 22 de janeiro de 1532. Ele foi enviado pela Coroa Portuguesa para constituir aqui a primeira Vila do Brasil e resolveu batizá-la reafirmando o nome do santo daquele dia, São Vicente, pois era reconhecidamente um católico fervoroso.

Ameaças dos índios

A primeira ocorrência grave se deu quando o espanhol Ruy Moschera, morador de Iguape, atacou a Vila, saqueando o porto e os armazéns e carregando tudo o que ele e seus homens podiam. Antes disso, derrotou em batalha o Padre Gonçalo Monteiro, vigário e homem de confiança de Martim Afonso de Sousa.

Em 1542, ocorreu o pior desastre natural em São Vicente. O mar agitado avançou demais, engoliu a praia a entrou pelas pequenas ruas, destruindo a Igreja Matriz, a Casa do Conselho, a Cadeia, os estaleiros, o pelourinho e inúmeras casas. A Vila teve que ser reconstruída um pouco mais distante do mar.

Mas nem tudo estava resolvido. Por volta de 1560, São Vicente sofreu um maciço ataque dos índios tamoio. Eles se aproveitaram da ausência dos homens, que haviam sido chamados em uma missão de socorro no Rio de Janeiro, e queimaram as plantações, quebraram as ferramentas e utensílios agrícolas e destruíram as fazendas.

Em dezembro de 1591, a São Vicente foi saqueada pelo pirata inglês Thomas Cavendish, que retornava de um ataque a Santos. Ele e seus homens roubaram e atearam fogo em diversas partes da Vila, causando enormes prejuízos. O pirata fugiu, mas um temporal o impediu de seguir viagem Ele retornou e tentou uma nova investida. Porém, desta vez a população das duas vilas estava preparada e Cavendish foi repelido.

Em 1615, outro pirata atacou São Vicente. O holandês Joris Van Spilbergen dividiu seus homens e, enquanto um grupo saqueava a Vila para obter alimentos, o restante dos homens invadia a vila vizinha. Os piratas ocuparam o engenho e entraram em luta com os moradores locais. Os invasores foram expulsos e a vida, aos poucos voltou ao normal.

Com o passar do tempo, os problemas que surgiram eram de outra natureza, principalmente econômica, em virtude do crescimento da região e de São Paulo. A tenacidade de sua gente e a mística de ter sido a Primeira Cidade do Brasil fizeram com que São Vicente enfrentasse os séculos com altivez, mantendo lugar de destaque no contexto do Estado e da Nação.

O início da povoação

De acordo com os registros históricos, Antonio Rodrigues, João Ramalho e Mestre Cosme Fernandes, o “Bacharel” foram os primeiros portugueses a viver em São Vicente.

Provavelmente eles eram tripulantes da armada de Francisco de Almeida e desembarcaram aqui em 1493.

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João Ramalho era casado com a índia Bartira, filha do poderoso Cacique Tibiriçá. Antonio Rodrigues também casou-se com uma índia, filha do Cacique Piquerobi. Mestre Cosme era dono do Japuí e do Porto das Naus, onde construiu um estaleiro muito conhecido pelos navegadores da época.

A pequena povoação se organizou e começou a ser reconhecida na Europa como eficiente ponto de parada para reabastecimento e tráfico de escravos índios. Tanto isso é verdade que o porto que aqui existia já constava em um mapa feito em 1501 e trazido por Américo Vespúcio na expedição de Gaspar de Lemos, que aqui chegou em 22 de janeiro de 1502 e batizou o local como São Vicente, em homenagem a São Vicente Mártir.

Os primeiros moradores viviam em harmonia com os índios e exerciam o livre comércio com os aventureiros que para cá vinham, fornecendo-lhes farinha de mandioca, milho, carne, frutas, água e artefatos de couro, e recebendo em troca roupas, armas e ferramentas.

Tudo isso acontecia no início da década de 1520, mas alguns fatos ocorridos há alguns quilômetros daqui mudaram a vida dos primeiros moradores de São Vicente. É que em 1526, uma esquadra de seis navios comandada por Cristovão Jaques, designada pela Coroa Portuguesa para reforçar a vigilância na costa brasileira, afundou três navios franceses perto da Bahia.

Esse fato alarmou a Corte, que decidiu iniciar a colonização oficial das novas terras conquistadas. D. João III, então, mandou que os oficiais militares preparassem uma expedição e mandou chamar seu amigo de infância, Martim Afonso de Sousa. O navegador português recebeu a missão e levou seu irmão, Pero Lopes de Sousa, além de 400 homens, que lotaram as cinco embarcações. A expedição partiu de Lisboa no dia 3 de dezembro de 1530. Mas essa viagem é uma outra parte da história.

Companhia de Jesus

Aprovada pelo Papa Paulo III em 1540, a Companhia de Jesus era formada por poucos, mas ardorosos membros, preocupados em revigorar a fé católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Sousa, liderados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Eram pobres e pouco recebiam da Companhia para sobreviver. Comiam com os criados de governantes e contavam, mensalmente, com um cruzado em ferro para sua manutenção.

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Essa quantia era aplicada por eles no ensino dos meninos indígenas. Foi em São Vicente que o Padre Leonardo Nunes construiu, em 1549, a primeira escola-seminário para os meninos brancos e índios que, ampliada em 1553, tornou-se o 2.º Colégio dos Jesuítas do Brasil.

Eles estavam sempre mais suscetíveis às doenças, pois eram mal-alimentados, mal-abrigados, viviam sem higiene e andavam pelo meio das matas e rios para ir de uma aldeia à outra. A situação era tão precária que, em 1552, o próprio Padre Manoel da Nóbrega ainda vestia a única roupa que havia trazido consigo três anos antes.

É certo que o trabalho missionário produziu bons frutos na Vila de São Vicente e também na Vila de São Paulo de Piratininga, principalmente porque os religiosos percorriam as aldeias distribuindo presentes, socorrendo enfermos e ensinando músicas e brincadeiras às crianças.

Porém, a interferência dos missionários em relação ao trabalho escravo indígena começou a gerar problemas para os jesuítas.

Isso porque, cada vez mais, os colonos tratavam os índios com exagerada brutalidade, contrariando a Bula do Papa Paulo III, segundo a qual era vontade do Espírito Santo que se reconhecesse os índios americanos como verdadeiros homens.

A situação se agravou quando os padres procuraram influir nas autoridades locais. Além disso, receberam grandes propriedades por meio de doações dos donatários e, desafiando os colonos, decidiram passar a administração das terras para os índios. Em certo tempo, oficiais da Câmara de Vereadores chegaram até a expulsar os missionários da Capitania.

Nesse período, os índios também começaram a se rebelar contra o trabalho escravo e passaram a atacar as lavouras agrícolas espalhadas pela Vila de São Vicente. As tribos invadiam as terras, destruíam a plantação, quebravam as ferramentas e ameaçavam os colonos. E esse foi apenas um de muitos problemas que os agricultores tiveram que enfrentar aqui.

Fonte: www.saovicente.sp.gov.br

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História da Cidade

Povoado, Vila e Cidade

Entre os fidalgos que acompanharam Martim Afonso de Sousa* na fundação do povoado de São Vicente, em 1532, Brás Cubas foi um dos mais bem sucedidos. Sua plantação de cana-de-açúcar encontrou terra e clima favoráveis na região nordeste da ilha de São Vicente, onde se fixou com a família e os agregados.

Em 1535, as terras ocupadas por Brás Cubas formavam um núcleo à parte dentro da ilha; mas o ano em que foi construída a Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos (1543) marcou oficialmente a fundação do povoado, conhecido apenas como Porto. Brás Cubas, em 1545 assume o cargo de Capitão-Mór. O nome definitivo, que daí se originou, surgiu em 1546, com a elevação à categoria de vila reconhecida por Carta Régia.

Através do porto, a vila recebia mercadorias de Portugal e enviava à metrópole os pães-de-açúcar produzidos no Engenho do Governador (depois chamado Engenho de São Jorge dos Erasmos). Vários outros engenhos estabeleceram-se com o passar dos anos em Santo Amaro, região continental limítrofe à ilha de São Vicente.

Embora pouco movimentado, o pôrto tornou-se o coração de Santos, enquanto São Vicente entrava numa fase de declínio.

O café foi, sem dúvida, o grande responsável pelo desenvolvimento das instalações portuárias e pelo progresso santista.

A estagnação de mais de duzentos anos foi superada com a cons-trução dos canais sanitários e da estrada de ferro que ligou o porto ao continente. A 26 de janeiro de 1839, Santos passou à categoria de cidade. No ano de 1969 a autonomia política do município foi cassada, recuperando-a no dia 02 de agosto de 1983.

Um lugar aprazível

Os 417.983 habitantes do município (censo de 2000) ocupam 749 quilômetros quadrados de área. A cidade de Santos situa-se na ilha de São Vicente, mas o município conta também com a parte continental – a maior, em extensão – que inclui o distrito de Bertioga, onde há uma subprefeitura.

Próxima à capital do Estado (72 quilômetros de rodovia, 78 quilômetros de ferrovia), transformou-se inevitàvelmente em centro turístico: nos fins de semana e feriados recebe em média 300 000 visitantes e, nas férias de verão, 600 000.

Os turistas são atraidos pelos 7 quilômetros de praias ajardinadas e mar calmo, fronteiriços à avenida onde se erguem os edifícios mais modernos. O centro da cidade, que corresponde às terras inicialmente ocupadas por Brás Cubas, ainda apresenta construções antigas, algumas da época da fundação.

O clima agradável na maior parte do ano e o terreno plano – 2 metros acima do nível do mar (na divisa com Salesópolis, ao norte, o município alcança 1 275 metros de altitude) – favoreceram a expansao do turismo, em torno do qual giram as principais atividades da cidade.

O turista pode visitar lugares históricos como o outeiro de Santa Catarina e as ruínas do Engenho de São Jorge dos Erasmos (do tempo da fundação da cidade), igrejas co-mo as do Valongo (obra dos fran-ciscanos de 1640), do Mosteiro de São Bento (também de 1640) e de Nossa Senhora do Carmo (capela erguida em 1599 e a igreja em 1725). O Aquário Municipal, o Orquidário, a Casa do Café, o monte Serrat, o morro de Santa Teresinha e o Museu de Pesca são alguns dos lugares mais visitados.

A maior festa religiosa ocorre no dia 8 de setembro, consagrado a Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade. Os atos litúrgicos realizam-se na Ermida de Nossa Senhora do Monte Serrat, construída em 1603. Uma outra festa – a de lemanjá a 8 de dezembro – atrai para as praias santistas pessoas de todos os Estados brasileiros.

Os administradores santistas veem nos investimentos turísticos – valorizados pela Rodovia dos Imigrantes e pela auto-estrada Rio-Santos -o modo mais concreto de promover o desenvolvimento da cidade.

Centro industrial

O interesse pelo turismo não afasta a preocupação com o avanço industrial. Santos possui indústrias relacionadas com a pesca, metalúrgicas, indústrias de calçados e de blocos e artefatos de cimento. Mas 83% da arrecadação provêm do setor terciário. Privilegiadas isenções impedem o porto de contribuir à altura para a arrecadação municipal.

Diante deste impasse econômico, os administradores ventilaram a necessidade da criação de um distrito industrial, na área continental denominada vale do Quílombo.

Diversos fatores foram levados em conta para a escolha do local: a natureza do solo (que dispensa fundações indiretas, de custo elevado), água e energia elétrica compatíveis com as necessidades industriais, e fácil escoamento dos produtos através das estradas Piaçagúera-Guarujá e Rio-Santos. O planejamento previu instalações de indústrias pesadas no vale do Quilombo, reservando para as indústrias leves a zona industrial de Alamoa e a zona mista do noroeste; indústrias de barcos e de pesca ficariam restritas a Bertioga e à zona portuária.

Cidade-porto

No dia 2 de fevereiro de 1893, um vapor britânico deu inicio às operações intercontinentais no pri-meiro trecho do cais de Santos. Além de ser um dos mais antigos portos brasileiros, é o maior de todos; a localizaclio estratégica coloca-o ao alcance de importantes centros estaduais agrícolas e industriais, como Minas Gerais, Mato Grosso, Sio Paulo e Goiàs.

A Estrada de Ferro Santos a Jundial faz conexão com a Companhia Paulista que chega, por um dos ramais, até Bauru, onde encontra a Noroeste do Brasil. Em Corumbá, a Noroeste liga-se à Brasil-Bolivia, chegando a Santa Cruz de la Sierra. Outro ramal da Noroeste alcança a fronteira com o Paraguai, em frente a Ponta Porã.

A Sorocabana liga o porto de Santos a uma extensa zona do Estado de São Paulo, irradiando-se em direção ao sul através da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina.

Os corredores rodoviários a serviço do porto começam pela Via Anchieta (Santo-São Paulo) que encontra os sistemas rodoviários de Minas Gerais e do Paraná, atingindo algumas regiões da Bolívia e do Paraguai.

As ilhas de São Vicente e Santo Amaro e um pedaço de continente formam o estuário onde o porto se localiza. A profundidade das águas oscila entre 5 e 13 metros nos S 147 metros de extensão do cais. que se apresenta dividido em dois trechos: na margem direita do canal – ilha do Barnabé; e na ilha de Santo Amaro – Conceiçãozinha.

Grandes armazéns internos e externos, pátios cobertos e descobertos, servem de abrigo às mercadorias embaladas de todos os tamanhos, que aguardam o embarque ou o transporte até o continente; os combustíveis líquidos (vindos da Refinaria Presidente Bernardes, no município vizinho de Cubatão, por exemplo) e outros produtos a granel ficam armazenados nos tanques da ilha do Barnabé, e dos cais de Alemoa e Saboó.

Canalizações submarinas de 1000 metros de extensão conduzem o petróleo e seus derivados da ilha do Barnabé a Santos; Saboó e Alemoa então equipados com quatro vias de canalização submarina para transporte de óleo combustível (uma com 7 805 metros de comprimento e outras três que somam 16054 metros) e uma especialmente para óleo, com 848 metros de extensão

O movimento do porto de Santos atingiu 11 745000 toneladas em 1970, e 13524043 toneladas em 1971.

Fonte: www.euvimdesantos.com.br

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História da Cidade

É crença generalizada admitir-se que a ocupação do litoral vicentino se tenha dado a partir da chegada de Martim Afonso, em 1532.

Entretanto, louvando-nos no magnífico trabalho de Francisco Martins dos Santos, ” História de Santos”, vol. I , São Vicente é nome que já aparece assinalado desde 1502, 1503, 1506 e 1508, nos mapas da épocas, como ilha, porto e povoado, sob várias denominações, como “San Uicentio”. “Sanbicente”, “San Vincenzo”e “San Vicento”.

Recorda-nos aliás, Eugênio Teixeira de Castro em citação de Affonso de E. Taunay na obra “De Brasilae Rebus Pluribus” que “já antes de 1532 (São Vicente) era ponto da nossa costa assinalado nos mapas por uma torre à beira-mar”.

Esse local seria conhecido então por Tumiaru, cujo o nome em língua tupi-guarani, não obstante corruptela, devia designar um farol, pois a exemplo da palavra turiaçu, que o eminente tupinólogo, prof. Plínio Airosa traduz por fogareú, aquela faz supor um fogo solitário, ou farol.

Além disso, era costume acender fogueira, a fim de avisar os barcos em alto mar para se aproximarem do porto, sendo fato inconteste haver Martim Afonso deparado com esse entrepostos, a exemplo de Iguape e Cananéia, onde aventureiros brancos, arribados entre embarcadiços ou degredados Portugueses, associados a morubixabas, praticavam comércio clandestino com navegadores estrangeiros, vendendo, além dos produtos da terra, pimenta, farinha de mandioca e escravos indígenas para equipagem de caravelas ou estivadores.

Benedito Calixto reforça tais argumentos no sentido de localizar a primitiva Tumiaru no início da avenida Capitão-mor Aguiar, em São Vicente, nas proximidades do Porto Velho do Tumiaru, referindo-se ao achado por volta de 1887, de vários objetos de uso doméstico índio, numa escavação ali procedida por ordem do Major Sertório, de onde conta o historiador praiano haver retirado ídolos, igaçabas e outras peças de cerâmica que encaminhara ao Museu Histórico.

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Antiga povoação fundada em 22 de janeiro de 1852, em virtude da Carta Régia de 20 de novembro de 1530.

Foi cabeça da antiga capitania até 22 de março de 1681. Vila criada por Carta Régia de 29 de outubro de 1700. Cidade por Lei Municipal nº 31, de 31 de dezembro de 1895.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o Município de São Vicente se compõe de 1 único Distrito, São Vicente – assim permanecendo em divisão administrativa referente ao ano de 1933.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, bem como no quadro anexo ao Decreto-lei Estadual nº 9073, de 31 de março de 1938, o Município de São Vicente pertence ao termo judiciário de Santos, da comarca de Santos, e permanece com 1 só Distrito, São Vicente.

No quadro fixado, pelo Decreto Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, para 1939-1943, o Município de São Vicente é composto de 1 Distrito, São Vicente e pertence ao termo e comarca de Santos.

Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que fixou o quadro territorial para vigorarem 1945-1948, o Município de São Vicente ficou composto de 1 Distrito, São Vicente e pertence ao termo e comarca de Santos.

Aparece nos quadros territoriais fixados pelas Leis nºs 233 de 24-XII-1948 e 2456, de 30-XII-53 para vigorar, respectivamente, nos períodos 1949-53 e 1954-58, composto dos Distritos de São Vicente e Solemar.

Lei Estadual nº 8092, de 28 de fevereiro de 1964, desmembra do Município de São Vicente o Distrito de Solemar, passando seu território a incorporar ao Município de Praia Grande.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 01-VII-1960.

GENTÍLICO: VICENTINO

Fonte: Biblioteca IBGE

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A História da origem do nome de São Vicente começou há muito tempo, no ano 325, na cidade espanhola de Huesca, uma então Província de Saragoza. Lá nasceu o jovem Vicente, padre dedicado que se destacava por seu trabalho, tanto que o bispo de Saragoza, Valério, lhe confiou a missão de pregador cristão e doutrinador catequético.

Valério e Vicente enfrentavam, naquela época, o imperador Diocleciano, que perseguia os cristãos na Espanha. Os dois acabaram sendo presos por um dos homens de confiança do imperador, Daciano, que baniu o bispo e condenou Vicente à tortura. O martírio sofrido por Vicente foi tão brutal, a ponto de surpreender os carrascos. Eles relataram a impressionante resistência do rapaz que, mesmo com gravetos de ferro entre as unhas e colocado sobre uma grelha de ferro para ser queimado aos poucos, não negou a fé cristã.

Ao final daquele dia 22 de janeiro, os carrascos decidiram matar-lhe com garfos de ferro, dilacerando-o completamente. Seu corpo foi jogado às aves de rapina. Os relatos dão conta de que uma delas, um corvo, espantava as outras aves, evitando a aproximação das demais. Os carrascos decidiram, então, jogá-lo ao mar.

O corpo de Vicente foi resgatado por cristãos, que o sepultaram em uma capela perto de Valência. Depois, seus restos mortais foram levados à Abadia de Castes, na França, onde foram registrados milagres. Em seguida, foram levados para Lisboa, na Catedral da Sé, onde estão até hoje. Vicente foi canonizado e recebeu o nome de São Vicente Mártir, hoje santo padroeiro de São Vicente e de Lisboa. Desde então, o dia 22 de janeiro é dedicado a ele.

Por isso, quando a expedição portuguesa comandada por Gaspar de Lemos chegou aqui, em 22 de janeiro de 1502, deu à ilha o nome de São Vicente, pois o local era conhecido, até então, como Ilha de Gohayó.

Outro navegador português, Martim Afonso de Sousa, chegou aqui exatamente 30 anos depois, em 22 de janeiro de 1532. Ele foi enviado pela Coroa Portuguesa para constituir aqui a primeira Vila do Brasil e resolveu batizá-la reafirmando o nome do santo daquele dia, São Vicente, pois era reconhecidamente um católico fervoroso.

Martim Afonso de Sousa não veio diretamente para São Vicente. Em janeiro de 1531, ele chegou a Pernambuco e, dali, mandou um mensageiro voltar a Portugal levando notícias ao Rei, enquanto seguia para o Sul. Aportou na Bahia, onde se encontrou com o famoso Caramuru. De acordo com os registros, em 30 de abril de 1531 ele chegava à Baía da Guanabara, onde mandou construir uma casa forte e instalar uma pequena ferraria para reparo das naus.

Em 1º de agosto, a expedição continuou seu caminho, chegando em 12 de agosto à Baía de Cananéia, onde o navegador português encontrou portugueses e espanhóis. Nessa viagem pela costa brasileira, durante quase um ano, Martim Afonso de Sousa enfrentou tempestades, assistiu ao naufrágio da nau capitânia e participou de um combate a navios franceses que faziam contrabando de pau-brasil.

Em 20 de janeiro de 1532, a esquadra vê surgir a Ilha de São Vicente.

Porém, o mau tempo impediu a entrada dos navios na barra e a descida à terra firme só aconteceu no dia 22 de janeiro. Coincidentemente, nesse mesmo dia, 30 anos antes, a expedição do também navegador português, Gaspar Lemos, havia chegado aqui e batizado o local como São Vicente, em homenagem a São Vicente Mártir. Martim Afonso de Sousa, católico fervoroso, ratificou o nome.

Isso porque, logo após a sua chegada, ele adotou as medidas recomendadas pelo Rei de Portugal e organizou um sistema político-administrativo nas novas terras. Assim, após batizar o local oficialmente como Vila de São Vicente, Martim Afonso de Sousa instalou aqui a Câmara, o Pelourinho, a Cadeia e a Igreja, símbolos da colonização e bases da administração portuguesa.

Para São Vicente, o título de Vila representava mais benefícios para o povo, já que esse era o termo utilizado pelos portugueses para designar uma cidade organizada. É desse fato que deriva o título vicentino de Cellula Mater da Nacionalidade, ou Primeira Cidade do Brasil.

Pela importância estratégica do local, Martim Afonso de Sousa coordenou, em 22 de agosto de 1532, as primeiras eleições populares das Três Américas, instalando a primeira Câmara de Vereadores do continente. Por esse motivo, São Vicente é considerado como o berço da democracia americana.

O navegador português também foi o primeiro a implantar a reforma agrária no Brasil, quatro séculos antes desse tema movimentar a classe política e a sociedade. Ao mesmo tempo, plantou a semente da industrialização e do desenvolvimento agrícola que fez com que, por volta do ano de 1600, São Vicente fosse conhecido como “o celeiro” do País.

Logo depois de chegar a São Vicente e instalar a organização administrativa que transformava o povoado em Vila, Martim Afonso de Sousa mandou demarcar terras e as distribuiu em lotes aos colonos. A posse era provisória, em alguns casos, e o donatário poderia utilizá-la apenas enquanto a cultivasse. O uso correto e a produção constante resultavam no título definitivo de propriedade.

Começou-se, então, o cultivo organizado de vários produtos, com destaque para o trigo, a vinha e a cana-de-açúcar. Para estimular o setor açucareiro, Martim Afonso de Sousa mandou erguer um pequeno engenho movido à água no centro da Vila, o primeiro engenho do Brasil.

Com o sucesso desse primeiro, outros engenhos foram construídos em toda a região e, em poucos anos, São Vicente já vendia açúcar e aguardente para outras Capitanias brasileiras e até exportava os produtos para o Reino.

Com o sucesso alcançado, o passo seguinte foi a organização de uma empresa mercantil para a comercialização do excedente, já que a produção era bem superior às necessidades do consumo local. Martim Afonso de Sousa, mais uma vez, foi o pioneiro em terras brasileiras. Foi dele a iniciativa de criar uma instituição que representasse diretamente os colonos nas negociações de venda local e exportação dos produtos locais, além da intermediação da aquisição de gêneros europeus.

O progresso da Vila era tal que muitos colonos portugueses pensaram em mandar vir as famílias que haviam deixado para trás. Foram tempos de glória, pois todo o movimento econômico da Ilha e redondezas era concentrado aqui. São Vicente abrigou o primeiro empório marítimo da costa, que se localizava onde hoje está o Porto das Naus. Também foi daqui que saíram as primeiras expedições portuguesas para o Interior, inclusive a que fundou a Vila de São Paulo de Piratiniga.

A agricultura prosperava nessa fase. Os índios cultivavam a mandioca, o milho, o arroz, o algodão e vários espécies de batatas. Além disso, eles industrializavam a farinha de mandioca e produziam variado artesanato.

O algodão nativo passou a ser cultivado, dando origem à indústria caseira de tecido. Nesse pormenor, as técnicas dos brancos prevaleceram sobre as nativas, embora os índios e os mestiços fossem os tecelões mais hábeis da Capitania.

A criação de gado, cavalos, ovelhas, cabritos e galinhas também teve início nessa época. Trazido da Europa pelo mar até o Porto de São Vicente, o gado era levado para a Bahia e outras Capitanias do Nordeste. Na direção do Oeste, chegaram aos currais de Goiás e Mato Grosso. Em Minas Gerais, eram famosas as manadas de gado dos criadores de São Vicente. A nova atividade econômica gerou emprego aos índios que aqui viviam.

Nos tempos da Fundação da Vila de São Vicente, as mais nobres famílias tupis dominavam as terras que Martim Afonso de Sousa tomaria em nome do Rei de Portugal. Os tupis eram formados por diversos grupos indígenas, em especial tamoio, carijó, tupiniquim e biobeba. O maior orgulho para a maioria das tribos era a força de seus guerreiros, tanto que eram reconhecidos pelos portugueses por suas habilidades durante as batalhas.

Naquela época, os tamoios eram maioria em São Vicente e a convivência deles com os portugueses era pacífica. Tanto que despertou a atenção da Igreja Católica, que achava que o relacionamento com os índios era uma deformação moral na conduta dos colonizadores. Isso porque os primeiros colonos logo adotaram os usos e costumes indígenas, em especial a poligamia.

De acordo com os registros, nos primeiros tempos, só vinham da Europa homens solteiros ou casados que deixavam lá suas famílias. Depois de meses no mar, mantendo contato com a simplicidade da moral indígena, eles entregavam-se ao concubinato. A situação era preocupante e surpreendeu os jesuítas recém-chegados que, além da misSão de catequizar os indígenas, também trabalharam para que os portugueses recuperassem sua condição de civilidade.

Mas nem todos os índios eram temidos pela Igreja. O Cacique Tibiriçá foi um forte aliado dos jesuítas e amigo dos portugueses. Chefe de uma grande nação indígena e sogro do português João Ramalho, que vivia em São Vicente desde 1493, ele comandou o desarmamento frente à esquadra de Martim Afonso de Sousa, garantindo a chegada tranqüila do fundador à nova terra.

Conta a História que, ao saber da aproximação das naus, Tibiriçá reuniu 500 homens armados com arcos e flechas e preparados para o ataque. João Ramalho, reconhecendo que a expedição era portuguesa, intermediou as conversações entre os colonizadores e o sogro. Tibiriçá e Martim Afonso de Sousa negociaram a paz e recolheram as armas.

Pouco tempo depois, atendendo a um pedido dos jesuítas, Tibiriçá transferiu sua tribo para um local próximo ao Colégio de São Paulo, com o objetivo de garantir a segurança. O Cacique cumpriu sua promessa e deu outra prova de fidelidade e amizade aos colonizadores quando impediu, com bravura, um ataque à Vila de São Paulo de Piratininga, em 1562. Sob o seu comando, a tribo lutou e venceu os guaianá e carijó. Esse foi apenas um dos problemas enfrentados pela Igreja Católica em terras brasileiras.

Aprovada pelo Papa Paulo III em 1540, a Companhia de Jesus era formada por poucos, mas ardorosos membros, preocupados em revigorar a fé católica. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Sousa, liderados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Eram pobres e pouco recebiam da Companhia para sobreviver. Comiam com os criados de governantes e contavam, mensalmente, com um cruzado em ferro para sua manutenção. Essa quantia era aplicada por eles no ensino dos meninos indígenas. Foi em São Vicente que o Padre Leonardo Nunes construiu, em 1549, a primeira escola-seminário para os meninos brancos e índios que, ampliada em 1553, tornou-se o 2.º Colégio dos Jesuítas do Brasil.

Eles estavam sempre mais suscetíveis às doenças, pois eram mal-alimentados, mal-abrigados, viviam sem higiene e andavam pelo meio das matas e rios para ir de uma aldeia à outra. A situação era tão precária que, em 1552, o próprio Padre Manoel da Nóbrega ainda vestia a única roupa que havia trazido consigo três anos antes.

É certo que o trabalho missionário produziu bons frutos na Vila de São Vicente e também na Vila de São Paulo de Piratininga, principalmente porque os religiosos percorriam as aldeias distribuindo presentes, socorrendo enfermos e ensinando músicas e brincadeiras às crianças.

Porém, a interferência dos missionários em relação ao trabalho escravo indígena começou a gerar problemas para os jesuítas.

Isso porque, cada vez mais, os colonos tratavam os índios com exagerada brutalidade, contrariando a Bula do Papa Paulo III, segundo a qual era vontade do Espírito Santo que se reconhecesse os índios americanos como verdadeiros homens.

A situação se agravou quando os padres procuraram influir nas autoridades locais. Além disso, receberam grandes propriedades por meio de doações dos donatários e, desafiando os colonos, decidiram passar a administração das terras para os índios. Em certo tempo, oficiais da Câmara de Vereadores chegaram até a expulsar os missionários da Capitania.

Nesse período, os índios também começaram a se rebelar contra o trabalho escravo e passaram a atacar as lavouras agrícolas espalhadas pela Vila de São Vicente. As tribos invadiam as terras, destruíam a plantação, quebravam as ferramentas e ameaçavam os colonos. E esse foi apenas um de muitos problemas que os agricultores tiveram que enfrentar aqui.

Embora em franco desenvolvimento, com a lavoura de cana-de-açúcar crescendo a olhos vistos, a Vila de São Vicente também enfrentava outros problemas além da constante ameaça dos índios. A primeira ocorrência grave se deu quando o espanhol Ruy Moschera, morador de Iguape, atacou a Vila, saqueando o porto e os armazéns e carregando tudo o que ele e seus homens podiam. Antes disso, derrotou em batalha o Padre Gonçalo Monteiro, vigário e homem de confiança de Martim Afonso de Sousa.

Em 1542, ocorreu o pior desastre natural em São Vicente. O mar agitado avançou demais, engoliu a praia a entrou pelas pequenas ruas, destruindo a Igreja Matriz, a Casa do Conselho, a Cadeia, os estaleiros, o pelourinho e inúmeras casas. A Vila teve que ser reconstruída um pouco mais distante do mar.

Mas nem tudo estava resolvido. Por volta de 1560, São Vicente sofreu um maciço ataque dos índios tamoio. Eles se aproveitaram da ausência dos homens, que haviam sido chamados em uma misSão de socorro no Rio de Janeiro, e queimaram as plantações, quebraram as ferramentas e utensílios agrícolas e destruíram as fazendas.

Em dezembro de 1591, a São Vicente foi saqueada pelo pirata inglês Thomas Cavendish, que retornava de um ataque a Santos. Ele e seus homens roubaram e atearam fogo em diversas partes da Vila, causando enormes prejuízos. O pirata fugiu, mas um temporal o impediu de seguir viagem Ele retornou e tentou uma nova investida. Porém, desta vez a População das duas vilas estava preparada e Cavendish foi repelido.

Em 1615, outro pirata atacou São Vicente. O holandês Joris Van Spilbergen dividiu seus homens e, enquanto um grupo saqueava a Vila para obter alimentos, o restante dos homens invadia a vila vizinha. Os piratas ocuparam o engenho e entraram em luta com os moradores locais. Os invasores foram expulsos e a vida, aos poucos voltou ao normal.

Com o passar do tempo, os problemas que surgiram eram de outra natureza, principalmente econômica, em virtude do crescimento da região e de São Paulo. A tenacidade de sua gente e a mística de ter sido a Primeira Cidade do Brasil fizeram com que São Vicente enfrentasse os séculos com altivez, mantendo lugar de destaque no contexto do Estado e da Nação.

Fonte: www.explorevale.com.br

São Vicente

Pontos turísticos, históricos e culturais

Biquinha de Anchieta

Datada de 1553 e construída pelos jesuítas, a Biquinha de Anchieta serviu de cenário para as aulas de catequese do Padre José de Anchieta aos índios. Seus belos azulejos azuis trabalhados à mão são relíquias históricas, que se tornaram a marca registrada do lugar. A história desta fonte de água natural, que vem do Morro dos Barbosas, é marcada por muitas lendas. A Biquinha de Anchieta foi restaurada em 1947.

Ao lado da Biquinha funciona a tradicional Feira de Doces na Praia do Gonzaguinha.

São Vicente
Praça 22 de Janeiro – Biquinha.

São Vicente
Praça 22 de Janeiro – Biquinha.

Casa do Barão

São Vicente

São Vicente

Chácara residencial construída no fim do século XIX, ela fica em uma grande área verde, que foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat).

O casarão foi construído pelo barão alemão Von Prietzelwitz, em 1925, e foi vendido em 1944 para um médico, que montou a primeira clínica cardiológica do País em São Vicente. Em 1965, o imóvel foi entregue à Caixa Econômica Federal, em função de dívidas não pagas. No ano seguinte, a instituição financeira cedeu o imóvel ao Instituto Histórico e Geográfico.

O casarão, que tem 1.600 metros quadrados de área construída e fica em um terreno de 7.700 metros quadrados, foi reformado e restaurado graças ao apoio financeiro da iniciativa privada.

Hoje o local conta com um acervo com 1.380 peças, entre móveis antigos, quadros, fotos, animais embalsamados, objetos das culturas caiçara e indígena, quadros a óleo com reproduções históricas e até os ossos de uma baleia azul encontrada durante escavações de uma obra no Itararé.

Rua Frei Gaspar, 280 – Centro

Casa de Martim Afonso

A casa foi construída em 1895 pelo Barão de Paranapiacaba. Abriga um dos mais importantes sítios arqueológicos, “restos da Primeira Construção de Alvenaria do Brasil”, onde o fundador da cidade, Martim Afonso de Souza, residiu de 1532 a 1533.

Atualmente, no local encontra-se o museu de Ciências Naturais “JOBAS” que funciona de terça a domingo, das 10h às 18h e o Centro de documentação (Cedom), que está aberto de segunda a sexta das 8h às 18h.

São Vicente

São Vicente

Praça 22 de Janeiro n° 469 – Centro

Centro Cultural da Imagem e do Som

O complexo abriga o primeiro cinema tridimensional da América Latina, com capacidade para 63 pessoas, possui bicos de água no teto pra borrifar simultaneamente às cenas do filme com personagens da história de São Vicente, além dos óculos eletrônicos para visualização em 3D.

As laterais desse auditório mostram uma seqüência de fotos, semelhante a fotogramas, com cenas da Encenação da Chegada de Martim Afonso de Sousa a São Vicente, valorizando o aspecto histórico da Cidade.

Conta também com o Espaço Cultural Francisco Rienzi, com livros, discos de vinil e Cd’s, além de um espaço para exposições. Foi inaugurado em 22 de Janeiro de 2000.

São Vicente

Localiza-se no Parque Ipupiara

Curtume de São Vicente

Construído na encosta do Morro do Paranapuã, o Curtume pode ser visto de longe e continua atraindo a atenção de quem passa, pela beleza da mata ao redor. No caminho, entre árvores, estão as casas onde antigamente moravam os funcionários que trabalhavam no local.

Os produtos resultantes da curtição do couro eram comercializados em todo o Brasil e também no exterior, levando o nome de São Vicente a outros países. Hoje, a construção que se encontra dentro do Parque Estadual Xixová-Japuí, está em estado precário de conservação.

Avenida Tupiniquins – Japuí

Horto Municipal

Situado no Parque Ecológico Voturuá, o Horto Municipal tem cerca de 800 mil metros quadrados e conta com trilhas ecológicas dentro da Mata Atlântica (uma das últimas reservas dentro da zona urbana da cidade), além de um minizoológico, quiosques, viveiros e estufas. O Parque também abriga o Museu do Escravo, que reúne cerca de 800 peças que retratam o período da escravidão no Brasil, e o Restaurante Africano, que serve pratos típicos daquele continente. Eventos de todo tipo são realizados no local, como a Festa do Morango e a Expoflor de Holambra.

O Horto funciona de terça a sexta-feira das 8 às 18 horas, sábados e domingos das 8 às 19 horas.

São Vicente

São Vicente

Avenida Juiz de Fora – Vila Voturuá.

Igreja Matriz

O primeiro prédio a abrigar a Igreja Matriz foi construído por Martim Afonso de Sousa, em 1532, próximo à praia onde aconteceu a fundação oficial da Vila de São Vicente.

A construção foi destruída por um maremoto, que varreu a cidade em 1542. A segunda sede foi erguida pelo povo em local mais distante do mar, mas foi destruída por piratas que atacaram São Vicente para saquear o comércio e as casas.

Em 1757, a atual igreja foi construída sobre as ruínas da anterior, onde permanece até hoje. Seu nome é uma homenagem a São Vicente Mártir, santo espanhol que deu nome à cidade e hoje é seu padroeiro.

Ilha Porchat

Sua localização privilegiada entre as praias do Itararé e Gonzaguinha dão à Ilha Porchat a característica de ter a vista das duas principais praias da cidade. É lá que está localizado o mirante em comemoração aos 500 anos do Brasil, que oferece aos visitantes uma visão panorâmica de algumas das belas praias da Baixada Santista. Na Ilha localizam-se também alguns dos bares e discotecas mais badalados de toda a região.

Importante, por fazer parte da história da cidade, pois serviu de vigia contra os invasores, escondendo as sentinelas da nossa marinha.

Curiosidades:

Era conhecida por Ilha do Mudo, por causa de um português que adquiriu a ilha que diziam ser mudo;

O nome atual da Iilha se deu devido aos Porchat, família ilustre que tinham na ilha sua residência de verão;

Numa construção de pedra, existiu um dos maiores cassinos de jogos da região, onde está hoje o Ilha Porchat Clube.

Avenida Manoel da Nóbrega, após cruzamento com a Av. Presidente Wilson.

Marco Padrão

São Vicente

São Vicente

Oferecido pela Colônia Portuguesa de Santos e inaugurado em 1933 é o Marco de Comemoração dos 400 anos da fundação de São Vicente. Conhecido como Pedra do Mato, o Marco Padrão fica localizado dentro de uma ilhota na Praia do Gonzaguinha, próximo à Biquinha de Anchieta.

Memorial 500 anos

Uma das mais belas vistas da praia de São Vicente está no Memorial dos 500 anos, que fica localizado no alto da Ilha Porchat (próximo ao Terraço). Não apenas a vista do local é atrativa.

A plataforma, projetada pelo mundialmente famoso arquiteto Oscar Niemeyer, tem uma design que chama atenção por sua beleza e linhas arrojadas.

Foi planejada também para abrigar um recinto permanente de exposições, sendo constituída em comemoração aos 500 anos do Brasil.

A ponta da plataforma do memorial aponta para o Congresso Nacional, em Brasília.

São Vicente

São Vicente

Alameda Paulo Gonçalves, s/n – ao lado da Chopperia Terraço – no topo da Ilha Porchat.

Mercado Municipal

Construído em 1729, funcionou cerca de 186 anos como a Primeira Câmara Municipal. No prédio também funcionavam a Cadeia e o quartel da Polícia. Porém, desde 1870 São Vicente já necessitava de um posto central de abastecimento, pois todo o comércio era realizado por alguns armazéns, pequenas quitandas e vendedores ambulantes. Por isso, em 1929, o local foi transformado em Mercado Municipal, onde funcionam atualmente 16 boxes.

Praça João Pessoa – Centro.

Morro da Asa Delta

São Vicente

Freqüentado por adeptos de esportes radicais, o Morro do Voturuá é o ponto de partida de vôos de asa delta e de paraglider.

Para quem gosta de emoção e belas vistas, os passeios aéreos que saem do Voturuá têm como sua principal atração a vista privilegiada de todas as praias da cidade. Durante o vôo, o visitante poderá avistar alguns dos municípios vizinhos de São Vicente.

O morro começa na divisa entre as cidades de Santos e São Vicente, e sua extensão segue até o Horto Municipal de São Vicente, à Av. Juiz de Fora, s/n, Vila Voturuá.

Morro dos Barbosas

São Vicente

São Vicente

A maior Bandeira Brasileira hasteada em mastro, com 630 m² e 110 quilos, está localizada no Morro dos Barbosas, em São Vicente. Ao avistá-la, o turista respira o clima de nacionalismo que esta Cidade histórica possui. Diversos pontos turísticos e construções remetem a fatos da fundação da primeira vila do País e da história daqueles que desbravaram e colonizaram o litoral brasileiro.

Museu do Escravo

Uma casa feita de taipa, com um enorme salão, O Museu do Escravo, abriga 800 peças feitas com perfeição e riqueza de detalhes, várias cenas da época da escravidão, dentre elas cerâmicas, estátuas de madeiras, máquinas de costura a mão, microscópio, ferro a brasa, canos de boi, pilões, carranca, machadinha indígena, moinho de café. Apresenta também uma sala de visitas contendo móveis antigos e entalhes em madeira.

O Museu foi inaugurado em 1976 mas ficou abandonado por muito tempo, acarretando um precário estado de conservação. Em 1990 foi restaurado e reinaugurado e hoje tornou-se um dos maiores pontos de visitação da cidade.

Rua Catalão, 620 – Voturuá.

Parque Cultural Vila da São Vicente

São Vicente

São Vicente

Construção cenográfica que ocupa toda a Praça João Pessoa, no centro da Cidade. Unindo rara documentação, que comprova o modo de vida do início da colonização do Brasil e as construções de 1550 a 1650 e muita imaginação, este espaço funciona como uma máquina do tempo, fazendo com que seus visitantes retornem ao princípio da construção do país reproduzindo as cenas do cotidiano da primeira Vila do Brasil.

É possível também desfrutar de iguarias típicas de Portugal, lojas com o artesanato de madeira, pinturas e artes plástcas, materiais em cerâmicas, títeres (artesanatos feitos a mão) e ver o Museu da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente.

Praça João Pessoa – Centro

Parque Ipupiara

O parque conta com 8.170 metros quadrados de áreas verdes, monumentos e equipamentos de lazer. O local tem playground, gruta com cascata, jardim gramado, sanitários e lanchonete, além do Cine 3D – Túnel do Tempo, primeiro anfiteatro tridimensional da América Latina, com 75 lugares e entrada franca.

Praça 22 de Janeiro, em frente à Biquinha de Anchieta.

Ponte Pênsil

Construída em 1910 em Dortmund, na Alemanha, foi inaugurada em 21 de maio de 1914, com a finalidade de conduzir o esgoto da cidade.

De fama internacional, é a primeira no Brasil e foi batizada de Saturnino de Brito, nome do engenheiro-sanitarista que a projetou. É patrimônio histórico da humanidade, tombada pelo CONDEPHAAT.

Porto das Naus

Localizado próximo à Ponte Pênsil, foi o primeiro trapiche (atracadouro de madeira em estacas) alfandegário do Brasil, isto é, o primeiro ponto de comércio entre os navios que chegavam à região.

Funcionou como posto de trocas e foi instalado oficialmente por Martim Afonso de Sousa, em 1532. Em 1580, foi construído em sua retaguarda o Engenho de Açúcar de Jerônimo Leitão.

Em 1615, o engenho foi destruído por corsários holandeses, comandados pelo famoso pirata Joris Van Spilbergen. Foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) em 1977.

Atualmente, podem ser vistas no local as ruínas das estruturas do engenho e uma bela vista do Mar Pequeno. O local passou por reformas recentemente, com a troca do sistema de iluminação e colocação de placas indicativas, e é, hoje, um dos principais monumentos históricos do município, além de servir como local para a prática da pesca.

Avenida Tupiniquins, próximo à Ponte Pênsil, no Japuí.

Rua Japão

São Vicente

São Vicente

Inaugurada em agosto de 1998, a Praça Kotoku Iha caracteriza-se hoje como um marco da Rua Japão, que ficou conhecida como um núcleo de pescadores. A idéia de transformar o local em um recanto japonês partiu da união de São Vicente com a cidade de Naha.

Teleférico

O Teleférico de São Vicente, ligando a Praia do Itararé ao Morro do Voturuá, já se transformou em mais uma opção de lazer para a população e visitantes. Não há turista que visite a Cidade e não se interesse em realizar o passeio.

É uma oportunidade de avistar paisagem de rara beleza, até então inédita da orla, porque antes da entrega do equipamento era privilégio apenas dos aficionados por asa-delta e paraglider, que utilizavam o pico do morro para suas decolagens.

Independentemente da temporada, o Teleférico está sempre funcionando. A expectativa da Itararé Empreendimentos Turísticos é atender 20 mil usuários por mês. Um investimento de R$ 2,5 milhões foi feito no local. As 60 cadeiras duplas possuem travas e três circuitos de segurança foram instalados: um mecânico, um elétrico e outro eletrônico. O comando geral é feito por dois computadores de última geração.

Foram instalados sanitários no Morro do Voturuá, onde além de um mirante, será construída uma lanchonete. O replantio de mudas já pode ser observado no local, de onde se avista toda a Praia do Itararé, a Ilha Porchat e parte da Praia do José Menino, em Santos.

Seis torres de ferro sustentam o equipamento (cinco no Morro do Voturuá e uma na orla), atravessando 750 metros de extensão entre as duas bases de embarque e desembarque, chegando a uma altura de 180 metros.

Avenida Ayrton Senna – Itararé.

Fonte: www.baixadasantista.com.br

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