São Paulo

História

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São Paulo, Brasil, é a maior cidade da América Latina.

Fundação

O primeiro colono europeu na área foi João Ramalho, um marinheiro Português que tinha naufragado. Ele foi o primeiro a explorar a área do atual São Paulo.

Como muitas cidades do Brasil, São Paulo foi fundada por missionários jesuítas.

São Paulo dos Campos de Piratininga foi fundada em 1554 como uma missão para converter os nativos Guainás ao catolicismo.

Em 1556-1557 os jesuítas construíram a primeira escola da região. A cidade foi estrategicamente localizado, sendo entre o oceano e as terras férteis para o oeste, e é também no rio Tietê. Tornou-se um oficial da cidade em 1711.

São Paulo, um pouco de história

Cronologia dos principais acontecimentos da história de São Paulo:

1502: Américo Vespúcio chega na costa deu o nome de Porto de São Vicente

1532: Martim Afonso de Sousa chegou ao mesmo local para estabelecer a vila de São Vicente, o primeiro brasileiro

1535: criação da São Vicente Capitaneraie

1554: jesuítas fundaram o Colégio de São Paulo, núcleo da atual cidade de São Paulo

1600: os paulistas (os habitantes de São Paulo) viajar para o interior e chegar em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás

São Paulo, locomotiva Brasil

Locomotiva do Brasil em vários setores, focando algumas das maiores indústrias do país, comunicações automotivos, através de indústrias químicas.

É o Estado mais populoso do país, e também o maior centro industrial do Brasil e da América Latina.

São Paulo é o maior centro de entretenimento e artes. Bons museus e galerias de arte, exposições, eventos de moda e outros, além de centros de recreação, parques e resorts clube de férias complementam a gama de São Paulo.

São Paulo

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”.

Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.

Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras.

Em 1815, a cidade se transformou em capital da Província de São Paulo. Mas somente doze anos depois ganharia sua primeira faculdade, de Direito, no Largo São Francisco. A partir de então, São Paulo se tornou um núcleo intelectual e político do país.

Mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes.

No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, que estourou no dia 9 de julho (hoje feriado estadual). Os combates duraram três semanas e São Paulo saiu derrotado. O Estado ficou isolado no cenário político, mas não evitou o florescimento de instituições educacionais. Em 1935 foi criada a Universidade de São Paulo, que mais tarde receberia professores como o antropólogo francês Lévi-Strauss.

Na década de 1940, São Paulo também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário. A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país.

Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.

Localização

Localizado no sudeste do país, é a capital do estado de São Paulo e principal centro financeiro, comercial e industrial da América Latina, é também a capital cultural do Brasil.

São Paulo ainda é a cidade com o mais lusófono (língua portuguesa) do mundo, é também a maior cidade do Brasil e da América Latina.

Fonte: colegiosaofrancisco.com.br

São Paulo

Pontos Turísticos

Jockey Clube de São Paulo

A primeira corrida que aconteceu no Jockey Club de São Paulo foi em 29 de outubro de 1876, no Hipódromo da Mooca, na rua Bresser. Com direito a banda de música e a presença de numeroso público, os dois cavalos inscritos na primeira corrida, Macaco e Republicano, inauguraram as raias instaladas nas colinas da Mooca em 29 de Outubro de 1876. Republicano era o favorito, mas Macaco levou o Primeiro Prêmio da Província.

Somente mais tarde, em 25 de janeiro de 1941 foi inaugurado o atual Hipódromo da Cidade Jardim.

Atravessando diversos períodos de importância para o Estado e para o País, como a Abolição dos Escravos, a Proclamação da República e, mais tarde, as Revoluções de 24, 30 e 32, o Jockey Club sofreu algumas suspensões de suas corridas.

Foi de lá, também que, em 28 de abril de 1912, levantou vôo o aeroplano pilotado por Edu Chaves que tentou, pela primeira vez, fazer o percurso Rio-São Paulo via aérea. Já em 1920 passa a ter a capacidade de abrigar 2.800 espectadores e, em 1923, é criado o Grande Prêmio São Paulo, até hoje uma das disputas mais importantes do turfe brasileiro.

Hoje, o Jockey Club de São Paulo abriga cerca de 1.500 animais puro-sangue inglês de corrida, mais os 500 cavalos que estão alojados nos centros de treinamento e que ajudam a formar os programas de corridas. O hipódromo conta com quatro pistas, uma de grama com 2.119 metros, e outra de areia, com 1.993 metros de volta fechada, que são utilizadas para corridas oficiais.

Av. Lineo de Paula Machado, 599

Monumento às Bandeiras

O emblema arquitetônico e histórico da cidade está localizado no Parque do Ibirapuera. Obra de Victor Brecheret, o monumento de 50 metros de extensão e que consumiu quase trinta anos de trabalho, homenageia o avanço dos bandeirantes rumo ao interior.

A idéia da criação do monumento surgiu em 1921, logo após a Primeira Guerra Mundial e só foi inaugurada em 1953. No dia 25 de janeiro daquele ano acontecia a comemoração do 399º aniversário da cidade.

Com 12 metros de altura, o monumento representa uma expedição bandeirante subindo um plano, com dois homens a cavalo. Uma das imagens representa o chefe português e a outra, o guia índio. Atrás deles, há um grupo formado por índios, negros, portugueses e mamelucos, que puxa a canoa das monções, usada pelos bandeirantes nas expedições pelos rios.

O monumento, também conhecido como “Empurra-Empurra”, consumiu 250 blocos de granito, alguns pesando até 50 toneladas. Victor Brecheret nasceu em 1894, participou da importante Semana de Arte Moderna de 1922 e é considerado o maior escultor brasileiro do século XX.

Museu de Arte Moderna de São Paulo

O Museu de Arte Moderna de São Paulo inscreve-se na história cultural da América Latina como um dos primeiros museus de arte moderna do continente. São cerca de 4.000 obras de arte contemporânea brasileira.

Entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias, vídeos, instalações e perfomances, há peças modernas de Candido Portinari, Emiliano Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e Victor Brecheret, além de performances de Laura Lima, instalações de Regina Silveira, Nelson Leirner e José Damasceno.

O Museu de Arte Moderna de São Paulo está sediado em uma área privilegiada do Parque do Ibirapuera, integrando a estrutura paisagística e arquitetônica projetada por Oscar Niemeyer. O prédio, desenhado por Lina Bo Bardi, foi construído sob a marquise do parque por ocasião da 5ª Bienal de São Paulo, em 1959.

O edifício possui duas galerias de exposição, auditório, ateliê, loja e restaurante.

Sala São Paulo

Construída entre 1926 e 1938 para ser a sede da Estrada de Ferro Sorocabana – companhia criada em 1875 pelos barões do café, para o escoamento deste produto até o porto de Santos, a Estação Júlio Prestes foi reformada e transformada em Complexo Cultural em uma obra que durou um ano e meio e custou R$ 44 milhões. O edifício abriga a Sala São Paulo, que é uma das mais modernas e bem equipadas salas de concerto do mundo e atual sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.

A inauguração do espaço aconteceu no dia 9 de julho de 1999. A sala seguiu os mais modernos parâmetros técnico-acústicos. A grande inovação tecnológica foi a construção de um teto móvel, formado por placas que podem ser abaixadas ou levantadas para ajustar a qualidade de som, de acordo com o tipo de música a ser tocada.

Com mil metros quadrados e 24 metros de pé-direito, o antigo hall da Estação Júlio Prestes ganhou 1.509 assentos de metal e madeira, divididos entre platéia, balcões e camarotes. O forro móvel é composto por 15 placas, de 7,5 toneladas cada uma, sustentadas por 20 rolos de cabos de aço e suspensas 25 metros acima da platéia. Ele pode ser ajustado de forma a permitir uma alteração volumétrica entre 12 mil e 28 mil metros cúbicos, o que garante a apresentação de composições de qualquer intensidade na sua concepção acústica.

A movimentação pode ser feita independente ou em conjunto, controlada por computadores, travas e sensores automáticos. Aliadas à flexibilidade do teto, 26 bandeiras de veludo descem até oito metros, de acordo com a necessidade de vibração.

Acima do teto, há uma cobertura com extremidades arredondadas em policarbonato , respeitando a mesma concepção do projeto original do prédio, porém com materiais modernos, telha termoacústica ao invés de cobre e policarbonato ao invés de vidro. A cobertura treliçada acondiciona 230 toneladas de estrutura metálica que sustenta um piso técnico, constituído de uma laje (tipo steel deck) armada, apoiada sobre um reticulado estrutural de aço.

Vista aérea do edifício Banespa

Como diz a canção “é sempre lindo andar na cidade de São Paulo”. A capital do mais importante estado brasileiro realmente não pára. Sua vocação para o trabalho a levou a ser a primeira cidade da América Latina e uma das maiores do mundo. A construção desta potência só foi possível graças ao duro trabalho de brasileiros e imigrantes de todos os cantos do planeta.

Com isso, São Paulo é uma alegre e divertida miscigenação étnica. É fácil reconhecer isso ao passar pelos milhares de restaurantes da cidade. São Paulo já foi considerada a “Capital Gastronômica do Mundo”. Pense num prato de qualquer recanto do mundo e você o achará em São Paulo: desde o famoso pastel até o cardápio mais cosmopolita.

O mesmo acontece com as grifes internacionais. Na capital paulista você encontra de tudo. Comprar em São Paulo é quase obrigatório com as suas famosas ruas comerciais e os inúmeros shoppings.

Na parte cultural a cidade também faz bonito. A capital do Estado tem quase 300 salas de cinema, mais de 100 teatros, uma dezena de centros culturais e 70 museus, entre diversas edificações históricas.

Sinta a cidade. Passeie e descubra a magia que acontece não só ao cruzar a Av. Ipiranga com a Av. São João. E na noite iluminada, com as milhares de luzes dos arranha-céus, abra o coração e desvende os mistérios desta metrópole que é muito mais que concreto e trabalho. São Paulo é, com certeza, muito mais.

Avenida Paulista

A famosa Avenida Paulista se tornou ícone máximo dos paulistanos. Como um dos pontos turísticos mais característicos da cidade, sua grandiosidade diferencia São Paulo das outras cidades do Brasil e do mundo.

Difícil é imaginar que a região, em meados de 1782, era apenas uma grande floresta, chamada pelos índios de Caaguaçu (em tupi “mato grande”). Era ali, atravessando o sítio do Capão, que a estrada da Real Grandeza cortava a vegetação grossa por uma pequena trilha.

Quando o engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio Borges, juntamente com dois sócios, compraram a área, começaram a trabalhar na sua urbanização de forma inovadora, criando grandes lotes residenciais. Em 8 de dezembro de 1891, foi inaugurada a primeira via a ser asfaltada e a primeira a ser arborizada. A população da cidade não passava de cem mil habitantes quando se fez a Avenida Paulista.

Seu desenvolvimento prosseguiu com a inauguração do Parque Villon, em 1892. Anos mais tarde o nome do parque foi mudado para Siqueira Campos e em seguida Parque Trianon, como permanece até hoje. Sua área verde é remanescente da Mata Atlântica, possuiu espécies nativas e diversas esculturas.

Em 1903, empresários paulistas fundaram o Instituto Pasteur de São Paulo. Direcionado para a pesquisa do vírus rábico, desde o início,esta instalado no mesmo edifico. O Sanatório Santa Catarina, primeiro hospital particular da cidade, foi construído em 1906. Atualmente, a região abrange um dos maiores complexo hospitalares do mundo.

Na década de 50, as construções residenciais, com seus estilos variados, começaram a ceder lugar aos edifícios comerciais. Um dos marcos da arquitetura moderna foi a inauguração do Conjunto Nacional, em 1956.

A região atraiu muitos investimentos por estar bem localizada e por possuir grande infra-estrutura. Todo esse interesse consolidou a Avenida como o maior centro empresarial da América Latina. Por causa da grande quantidade de sedes de empresas, bancos e hotéis, a Paulista recebe milhares de turistas de negócios todos os dias.

Além da vocação econômica, a Avenida oferece uma rica variedade de programas culturais. O Masp – Museu de Arte Moderna Assis Chateaubriand – inaugurado em 1968, possui o acervo da arte ocidental mais significativa dos países latinos. A Casa das Rosas foi concebida em 1953 por Ramos de Azevedo nos padrões do classicismo francês.

A galeria de arte hoje é tombada por seu valor histórico. Essas pérolas culturais e tantos outros cinemas, teatros, centros culturais e cafés instalados na Paulista garantem um passeio repleto de opções. As pessoas que circulam por toda sua extensão de 2,8 quilômetros, tanto utilizando o metrô, como ônibus ou a pé, encontram diversos restaurantes e lanchonetes, conhecem os magníficos prédios e obras que se espalham por ali.

A Associação Paulista Viva foi criada no final da década de 80, com o objetivo de preservar a imagem do símbolo de São Paulo e melhorar a qualidade de vida de todos que freqüentam a mais famosa via da cidade, a Avenida Paulista.

Catedral da Sé

Em 1913, deu-se início à construção da Catedral como é hoje, elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica. O templo foi inaugurado em 25 de janeiro de1954, na comemoração do 4º Centenário da cidade de São Paulo, ainda sem as duas torres principais.

A primeira versão da Igreja foi instalada ali em 1591, quando o cacique Tibiriçá escolheu o terreno onde seria o primeiro templo da cidade construído em taipa de pilão (parede feita de barro e palha socados estruturados em toras).

Em 1745, a “velha Sé”, como era chamada, foi elevada à categoria de Catedral. Por isso, neste mesmo ano, inicia-se a edificação da segunda matriz da Sé no mesmo local da anterior. Ao lado dela, em meados do século XIII levanta-se a Igreja de São Pedro da Pedra. Em 1911, os dois templos foram demolidos para dar espaço ao alargamento da Praça da Sé e, finalmente, à versão atual da Catedral.

O monumento também teve a sua importância na vida política recente do país. Em tempos de despotismo militar, assumiu o arcebispado D. Agnelo Rossi (1964-1970), inaugurando a fase da teologia da libertação e da opção preferencial pelos pobres. Desde 1970, sobressaiu-se a figura do cardeal arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, que dedicou todo o seu tempo e o seu esforço ao combate à ditadura militar, denunciando os crimes, as torturas e cedendo a Sé catedral para as manifestações políticas e ecumênicas pelos desaparecidos políticos e pela anistia. Mobilizou-se por ocasião dos assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho.

Um dos cinco maiores templos góticos do mundo, a catedral foi reaberta em 2002, depois de três anos de reformas e voltou a ter missas diárias. Além disso, agora há visitas monitoradas aos domingos, das 12h às 13h.

Edifício Copan

O edifício Copan, localizado no centro da cidade, completou neste 25 de maio 40 anos de inauguração. Símbolo da arquitetura moderna brasileira, o projeto da obra foi concebido pelo líder do movimento, o arquiteto Oscar Niemeyer, em 1954, na ocasião do IV Centenário de São Paulo. Encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo, o objetivo principal era construir um grande centro urbanístico no modelo do Rockfeller Center. No entanto, a obra só foi iniciada em 1957, depois de várias alterações no plano original. O fato de São Paulo apresentar um enorme potencial imobiliário e turístico foi um dos principais motivos para o desenvolvimento do projeto, finalizado em 1966, por Carlos Leme.

O prédio tem a maior estrutura de concreto armado do país, com 115 metros de altura, repartidos em 32 andares e 120 mil metros quadrados de área construída. É dividido em 6 blocos, com um total de 1.160 apartamentos de dimensões variadas, numa estimativa de 5 mil residentes e mais 70 estabelecimentos comerciais. Os Correios decidiram designar para o condomínio do edifício um CEP especial, 01066-900.

Sua arquitetura em forma de “S” está sempre evidente no horizonte de quem passa pelas principais vias da cidade. Está localizado na região Central, na avenida Ipiranga, 200. Considerado como um local que “tem de tudo um pouco”, o edifício já até cedeu seus segredos para um livro de ficção chamado “Arca sem Noé – Histórias do Edifício Copan”, de Regina Redha.

Estação da Luz

Aberta ao público em 1º de março de 1901, a Estação da Luz ocupa uma área de 7.500 metros quadrados do Jardim da Luz, onde se encontram as estruturas trazidas da Inglaterra que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter.

Não houve inauguração, já que o tráfego foi sendo deslocado aos poucos, mas não demorou muito para a que o novo marco da cidade fosse considerado como sala de visita de São Paulo. Todas as personalidades ilustres que tinham a capital como destino eram obrigadas a desembarcar lá. Empresários, intelectuais, políticos, diplomatas e reis foram recepcionados em seu saguão e por lá passavam ao se despedir.

A Estação tornou-se a porta de entrada da cidade também para os imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma importante metrópole. Esta importância, concedida à São Paulo Railway Station, como era oficialmente conhecida, durou até o fim da Segunda Guerra Mundial. Após este período, o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos que os trens.

Em 1946, o prédio da Luz foi parcialmente destruído por um incêndio. A reconstrução foi bancada pelo governo e se estendeu até 1951, quando foi reinaugurada. A estação ainda passou por outras reformas ou restaurações e agora passa por um processo limpeza geral.

Funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM – monitorados pelo Departamento de Preservação Histórica – DPH -, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Artístico – CONDEPHAT – e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN -, órgão do Ministério da Cultura, estão dando banho na mais charmosa das estações de trem da cidade.

Estão sendo realizadas a lavagem e a escovação das paredes e dos oito pilares, a pintura do teto, a restauração do piso, incluindo a rosácea (desenho artístico) e o tratamento de esquadrias e batentes de madeira do mezanino na face voltada à gare. Boa parte do trabalho é artesanal e fotos foram tiradas antes do início da reforma para que todas as características sejam mantidas.

Em 1982 o complexo arquitetônico da Estação da Luz foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat).

Mercado Municipal

Por iniciativa do então prefeito José Pires do Rio, começou a ser construído em 1928, um importante edifício no estilo neoclássico de mais de 22 mil metros quadrados, requintado acabamento e coleção de belos vitrais , que demorou quatro anos para ser concluído e custou dez mil contos de réis. Esse edifício, era o Mercado Municipal de São Paulo.

Nessa época, o Mercado não tinha perspectivas de sucesso, devido a falta de meios de transporte na região. Nessa época, surgiram os bondes “cara-de-pau”, exclusivo dos comerciantes e suas mercadorias, bem como o “Trenzinho da Cantareira”, uma composição que fazia o abastecimento do Mercado diretamente no seu interno.

Hoje, o Mercado é uma referência nacional pela diversidade de aromas, cores e sabores como os da frutas, verduras, legumes, vinhos, queijos, chocolates, carnes, peixes, frutos do mar, aves, embutidos, temperos, condimentos, e uma quantidade de produtos encontrados nos empórios, proporcionando ao cliente além de toda essa variedade, a oportunidade de provar os produtos e desfrutar do ambiente carregado de História que o prédio oferece, pois antes de ser um mercado, propriamente dito, o complexo serviu, entre 1927 e 1933 como quartel para Revolução de 32. Além disso, a arquitetura do prédio, concebida pelo conceituado escritório de Francisco de Paula Ramos de Azevedo , é estudada por universitários e pesquisadores.

O Mercado é famosos pelo pastel de bacalhau e o sanduíche de mortadela, que já viraram referência, e agora, inaugura uma nova fase onde o cotidiano, luxo e modernidade compartilham o mesmo espaço.

Museu do Ipiranga

Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta – seguida de inúmeras outras – de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada, às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após sessenta e oito anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.

Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que, no ano anterior, havia apresentado o projeto de um monumento-edifício para celebrar a Independência. O estilo arquitetônico adotado, o eclético, havia muito estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Valendo-se de uma das principais características do ecletismo (a recuperação de estilos arquitetônicos históricos) Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

Teatro Municipal

Aberto ao público no dia 12 de setembro de 1911, o Teatro Municipal de São Paulo começou a ser construído oito anos antes, em 1903. Projetado por Cláudio Rossi e desenhado por Domiziano Rossi, o Municipal foi inaugurado pela ópera de Hamelet, de Ambroise Thomas, para uma multidão de 20 mil pessoas que se amontoavam na Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo. Com isso, a cidade começava a se integrar ao roteiro internacional dos grandes espetáculos.

O Teatro Municipal foi idealizado nos moldes dos melhores teatros do mundo para atender a ópera – a primeira forma artística e de lazer típica da burguesia – e em virtude do grande número de italianos que viviam em São Paulo.

Desde de sua inauguração, duas grandes restaurações marcaram as mudanças e renovações do Teatro: a primeira aconteceu em 1951 com o arquiteto Tito Raucht, que foi responsável pelos pavimentos para ampliação dos camarins, e redução dos camarotes; já o segundo restauro, ocorreu de 1986 a 1991, comandado pelo Departamento de Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, restaurando o prédio e implementando estruturas e equipamentos mais modernos.

Hoje o Municipal coordena escolas de música e dança e busca desenvolver cada vez mais o trabalho de seus corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano. Para 2006, muitas apresentações foram incluídas na programação, como Óperas, Concertos, Balés e o grande Festival Mozarteando, que homenageia o aniversário de 250 anos de nascimento de Mozart.

Fonte: www.capital.sp.gov.br

São Paulo

História da Cidade de São Paulo

Fundação

Em 24 de dezembro de 1553, junto com um novo grupo de jesuítas solicitado por Manoel da Nóbrega, chega o irmão José de Anchieta, com 19 anos de idade. Mais tarde, este religioso viria a ser cognominado “Apóstolo do Brasil” e primeiro poeta da literatura luso-brasileira.

Logo depois do dia de Reis, o grupo sobe a serra de Paranapiacaba, em direção à Santo André da Borda do Campo, diretamente para a casa do João Ramalho, após 18 dias de jornada. No dia seguinte, tomam o caminho de Piratininga, na busca de um local para a fundação do Colégio dos Jesuítas. Escolhem uma colina chamada Inhapuambuçu, sobre o vale do Anhangabaú, e constróem um barracão que viria a funcionar como escola de catequese. Ainda na manhã de 25 de janeiro de 1554, Manoel de Paiva, que viria a ser o primeiro diretor do colégio, celebra, assistido por José de Anchieta, a missa campal que marca o início do funcionamento do Real Colégio de Piratininga.

São Paulo

O nome São Paulo foi escolhido porque no dia da fundação do colégio era o dia 25 de janeiro que a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme informa o padre José de Anchieta em carta aos seus superiores da Companhia de Jesus:

-“A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa”.

História da Cidade de São Paulo

Esta data passou a ser considerada cini a da fundação de São Paulo, nome em homenagem à conversão do apóstolo São Paulo.

São Paulo
Avenida Paulista – 1902 – Acervo Instituto Moreira Salles

A fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região.

Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”. Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú.

São Paulo
Cena da Fundação de São Paulo segundo o pintor Oscar Pereira da Silva – Arquivo SMC

Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga.

Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa.

Por isso, ela ficou limitada ao que hoje denominamos Centro Velho de São Paulo ou triângulo histórico, em cujos vértices ficam os Conventos de São Francisco, de São Bento e do Carmo.

Até o século XIX, nas ruas do triângulo (atuais ruas Direita, XV de Novembro e São Bento) concentravam-se o comércio, a rede bancária e os principais serviços de São Paulo.

Em 1681, São Paulo foi considerada cabeça da Capitania de São Paulo e, em 1711, a Vila foi elevada à categoria de Cidade. Apesar disso, até o século XVIII, São Paulo continuava como um quartel-general de onde partiam as “bandeiras”, expedições organizadas para apresar índios e procurar minerais preciosos nos sertões distantes.

Ainda que não tenha contribuído para o crescimento econômico de São Paulo, a atividade bandeirante foi a responsável pelo devassamento e ampliação do território brasileiro a sul e a sudoeste, na proporção direta do extermínio das nações indígenas que opunham resistência a esse empreendimento.

A área urbana inicial, contudo, ampliou-se com a abertura de duas novas ruas, a Líbero Badaró e a Florêncio de Abreu. Em 1825, inaugurou-se o primeiro jardim público de São Paulo, o atual Jardim da Luz, iniciativa que indica uma preocupação urbanística com o aformoseamento da cidade.

No início do século XIX, com a independência do Brasil, São Paulo firmou-se como capital da província e sede de uma Academia de Direito, convertendo-se em importante núcleo de atividades intelectuais e políticas. Concorreram também para isso, a criação da Escola Normal, a impressão de jornais e livros e o incremento das atividades culturais.

No final do século, a cidade passou por profundas transformações econômicas e sociais decorrentes da expansão da lavoura cafeeira em várias regiões paulistas, da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí (1867) e do afluxo de imigrantes europeus.

Para se ter uma idéia do crescimento vertiginoso da cidade na virada do século, basta observar que em 1895 a população de São Paulo era de 130 mil habitantes (dos quais 71 mil eram estrangeiros), chegando a 239.820 em 1900!). Nesse período, a área urbana se expandiu para além do perímetro do triângulo, surgiram as primeiras linhas de bondes, os reservatórios de água e a iluminação a gás.

Esses fatores somados já esboçavam a formação de um parque industrial paulistano. A ocupação do espaço urbano registrou essas transformações. O Brás e a Lapa transformaram-se em bairros operários por excelência; ali concentravam-se as indústrias próximas aos trilhos da estrada de ferro inglesa, nas várzeas alagadiças dos rios Tamanduateí e Tietê. A região do Bixiga foi ocupada, sobretudo, pelos imigrantes italianos e a Avenida Paulista e adjacências, áreas arborizadas, elevadas e arejadas, pelos palacetes dos grandes cafeicultores .

As mais importantes realizações urbanísticas do final do século foram, de fato, a abertura da Avenida Paulista (1891) e a construção do Viaduto do Chá (1892), que promoveu a ligação do “centro velho” com a “cidade nova”, formada pela rua Barão de Itapetininga e adjacências. É importante lembrar, ainda, que logo a seguir (1901) foi construída a nova estação da São Paulo Railway, a notável Estação da Luz.

Do ponto de vista político-administrativo, o poder público municipal ganhou nova fisionomia. Desde o período colonial São Paulo era governada pela Câmara Municipal, instituição que reunia funções legislativas, executivas e judiciárias. Em 1898, com a criação do cargo de Prefeito Municipal, cujo primeiro titular foi o Conselheiro Antônio da Silva Prado, os poderes legislativo e executivo se separaram.

O século XX, em suas manifestações econômicas, culturais e artísticas, passa a ser sinônimo de progresso. A riqueza proporcionada pelo café espelha-se na São Paulo “moderna”, até então acanhada e tristonha capital.

Trens, bondes, eletricidade, telefone, automóvel, velocidade, a cidade cresce, agiganta-se e recebe muitos melhoramentos urbanos como calçamento, praças, viadutos, parques e os primeiros arranha-céus.

O centro comercial com seus escritórios e lojas sofisticadas, expõe em suas vitrinas a moda recém lançada na Europa. Enquanto o café excitava os sentidos no estrangeiro, as novidades importadas chegavam ao Porto de Santos e subiam a serra em demanda à civilizada cidade planaltina. Sinais telegráficos traziam notícias do mundo e repercutiam na desenvolta imprensa local.

Nos navios carregados de produtos finos para damas e cavalheiros da alta classe, também chegavam os imigrantes italianos e espanhóis rumo às fazendas ou às recém instaladas indústrias, não sem antes passar uma temporada amontoados na famosa hospedaria dos imigrantes, no bairro do Brás.

Em 1911, a cidade ganhou seu Teatro Municipal, obra do arquiteto Ramos de Azevedo, celebrizado como sede de espetáculos operísticos, tidos como entretenimento elegante da elite paulistana.

A industrialização se acelera após 1914 durante a Primeira Grande Guerra mas o aumento da população e das riquezas é acompanhado pela degradação das condições de vida dos operários que sofrem com salários baixos, jornadas de trabalho longas e doenças. Só a gripe espanhola dizimou oito mil pessoas em quatro dias.

Os operários se organizam em associações e promovem greves, como a que ocorreu em 1917 e parou toda a cidade de São Paulo por muitos dias. Nesse mesmo ano, o governo e os industriais inauguram a exposição industrial de São Paulo no suntuoso Palácio das Indústrias, especialmente construído para esse fim. O otimismo era tamanho que motivou o prefeito de então, Washington Luis, a afirmar, com evidente exagero: “A cidade é hoje alguma coisa como Chicago e Manchester juntas”.

Na década de 20, a industrialização ganha novo impulso, a cidade cresce (em 1920, São Paulo tinha 580 mil habitantes) e o café sofre mais uma grande crise. No entanto, a elite paulistana, num clima de incertezas mas de muito otimismo, frequenta os salões de dança, assiste às corridas de automóvel, às partidas de foot-ball, às demonstrações malabarísticas de aeroplanos, vai aos bailes de máscaras e participa de alegres corsos nas avenidas principais da cidade.

Nesse ambiente, surge o irrequieto movimento modernista. Em 1922, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Luís Aranha, entre outros intelectuais e artistas, iniciam um movimento cultural que assimilava as técnicas artísticas modernas internacionais, apresentado na célebre Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal.

São Paulo

Com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque e a Revolução de 1930, alterou-se a correlação das forças políticas que sustentou a “República Velha”. A década que se iniciava foi especialmente marcante para São Paulo tanto pelas grandes realizações no campo da cultura e educação quanto pelas adversidades políticas.

Os conflitos entre a elite política, representante dos setores agro-exportadores do Estado, e o governo federal, conduziram à Revolução Constitucionalista de 1932 que transformou a cidade numa verdadeira praça de guerra, onde se inscreviam os voluntários, se armavam estratégias de combate e se arrecadavam contribuições da população amedrontada mas orgulhosa de pertencer a uma “terra de gigantes”.

A derrota de São Paulo e sua participação restrita no cenário político nacional coincidiu, no entanto, com o florescimento de instituições científicas e educacionais. Em 1933, foi criada a Escola Livre de Sociologia e Política, destinada a formar técnicos para a administração pública; em 1934, Armando de Salles Oliveira, interventor do Estado, inaugurou a Universidade de São Paulo; em 1935, o Município de São Paulo ganhou, na gestão do prefeito Fábio Prado, o seu Departamento de Cultura e de Recreação.

Nesse mesmo período, a cidade presenciou uma realização urbanística notável, que testemunhava o seu processo de “verticalização”: a inauguração, em 1934, do Edifício Martinelli, maior arranha-céu de São Paulo, à época, com 26 andares e 105 metros de altura!

A década de 40 foi marcada por uma intervenção urbanística sem precedentes na história da cidade. O prefeito Prestes Maia colocou em prática o seu “Plano de Avenidas”, com amplos investimentos no sistema viário. Nos anos seguintes, a preocupação com o espaço urbano visava basicamente abrir caminho para os automóveis e atender aos interesses da indústria automobilística que se instalou em São Paulo em 1956.

Simultaneamente, a cidade cresceu de forma desordenada em direção à periferia gerando uma grave crise de habitação, na mesma proporção, aliás, em que as regiões centrais se valorizaram servindo à especulação imobiliária.

Em 1954, São Paulo comemorou o centenário de sua fundação com diversos eventos, inclusive a inauguração do Parque Ibirapuera, principal área verde da cidade, que passou a abrigar edifício diversos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Nos anos 50, inicia-se o fenômeno de “desconcentração” do parque industrial de São Paulo que começou a se transferir para outros municípios da Região Metropolitana (ABCD, Osasco, Guarulhos, Santo Amaro) e do interior do Estado (Campinas, São José dos Campos, Sorocaba).

Esse declínio gradual da indústria paulistana insere-se num processo de “terciarização” do Município, acentuado a partir da década de 70. Isso significa que as principais atividades econômicas da cidade estão intrinsecamente ligadas à prestação de serviços e aos centros empresariais de comércio (shopping centers, hipermercados, etc). As transformações no sistema viário vieram atender a essas novas necessidades. Assim, em 1969, foram iniciadas as obras do metrô na gestão do prefeito Paulo Salim Maluf.

A população da metrópole paulistana cresceu na última década, de cerca de 10 para 16 milhões de habitantes. Esse crescimento populacional veio acompanhado do agravamento das questões sociais e urbanas (desemprego, transporte coletivo, habitação, problemas ambientais …) que nos desafiam como “uma boca de mil dentes” nesse final de século. No entanto, como dizia o grande poeta da cidade, Mário de Andrade:

“Lá fora o corpo de
São Paulo escorre
vida ao guampasso
dos arranhacéus”

São Paulo, da taipa ao concreto

São Paulo é a maior cidade do país, com área de 1525 km2 e mais de 10 milhões de habitantes.

Muita coisa mudou desde que São Paulo era um pequeno amontoado de casas feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um “clima fresco” semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.

O “pequeno amontoado” de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização. Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.

São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande.

O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria “a via que conduzirá São Paulo ao seu grande destino”.

Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. São Paulo se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras. Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.

Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em São Paulo e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.

Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da ‘terra da prosperidade’ e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música “Amanhecendo”, de Billy Blanco: “Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para São Paulo crescer”.

Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas – mais de 1 milhão, de acordo com dados da secretaria de Habitação. O desafio de São Paulo é continuar correndo para reduzir estes números.

São Paulo é grande porque tem:

O Museu de Arte de São Paulo (Masp), o mais importante museu de arte ocidental da América Latina

O Instituto Butantan, que abriga uma das maiores coleções de serpentes do mundo, além de ser o mais moderno centro de produção de vacinas e soros da América Latina

A São Paulo Fashion Week, principal semana de moda da América Latina e uma das mais importantes do mundo

A Universidade de São Paulo (USP), terceira maior instituição da América Latina e colocada entre as cem mais conceituadas no mundo;

A Bovespa, maior centro de negociação de ações da América Latina;

A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), sexta do mundo em volume de negócios, com lances médios diários de US$1,8 bilhão;

O Hospital das Clínicas (HC), maior complexo hospitalar da América Latina;

75% dos eventos realizados no País;

Uma frota de quase 5 milhões de automóveis, o correspondente a ¼ do total do País;

12,5 mil restaurantes e 15 mil bares de dezenas de especialidades, o que lhe rendeu a fama de capital gastronômica do mundo.

Mais de 1/3 do PIB (Produto Interno Bruto) do País.

São Paulo Antigamente

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Viaduto do Chá ( 1929 )

Viaduto do Chá (1929). Vista tomada do Edifício Sampaio Moreira, situado à Rua Líbero Badaró.

São PauloSão Paulo
Viaduto do Chá ( 1980-1960 )

 

Viaduto do Chá

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Foi inaugurado em 8 de novembro de 1892 o Viaduto do Chá, o primeiro viaduto de São Paulo, idealizado em outubro de 1877 pelo francês Jules Martin. Durante os 15 anos que a obra levou para ser concluída, Martin teve de convencer os paulistanos da necessidade de ligar a Rua Direita com o Morro do Chá – como era conhecida a área onde estava a chácara dos barões de Tatuí, com plantações de chá.

Os trabalhos só começaram em 1888, mas foram interrompidos um mês depois, por causa da resistência dos moradores da região. O Barão de Tatuí estava entre os moradores que seriam desapropriados e ele não pretendia sair de sua casa. Até o dia em que a população favorável à obra armou-se de picaretas e atacou uma das paredes do sobrado. Com “argumentos” tão convincentes, o Barão resolveu mudar-se.

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A construção do viaduto só foi retomada em 1889. Três anos depois, com estrutura metálica vinda da Alemanha, foi inaugurado o Viaduto do Chá. Houve uma grande festa, interrompida pela chuva que “batizava” o novo marco de São Paulo. E com uma curiosidade: a Companhia Ferrocarril, responsável pelo viaduto, cobrava três vinténs de pedágio de quem precisava passar para o lado de lá do rio Anhangabaú. Foto: Viaduto do Chá

Por lá sempre passavam as pessoas mais refinadas, dirigindo-se aos cinemas e lojas da região e, mais tarde, ao Teatro Municipal, inaugurado em 1911. Os suicidas também eram freqüentadores assíduos do lugar. A cidade cresceu e, em 1938, a construção de metal alemão com assoalho de madeira já não suportava mais o grande número de pessoas que por lá passavam diariamente.

No mesmo ano, o velho Viaduto foi demolido, dando lugar a um novo, feito de concreto armado e com o dobro de largura. Desde então, pouca coisa foi modificada. Em 1977, a prefeitura proibiu o tráfego de veículos particulares. No mesmo ano, a calçada que liga a Xavier de Toledo com a Falcão Filho foi alargada. No centenário, em 1992, o piso foi reformado.

Vista do Pq. Anhangabaú

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Vista do Pq. Anhangabaú. À esquerda o Viaduto do Chá e o teatro São José, e à direita o teatro Municipal. 
Sacada do palacete Conde Prates, iluminação à gás. (1924)

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Esquina da R. Líbero Badaró com a Av. São João, quando em obras de alargamento e remodelação. À esquerda, prédio do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo; no centro, reassentamento de trilhos de bondes; à direita, ao fundo, torres das igrejas do Rosário e Presbiteriana. (1915)

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Vista do Pq. Anhangabaú

Largo do Riachuelo

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Largo do Riachuelo. À esquerda, R. Asdrúbal do Nascimento e à direita, R. Santo Amaro. No centro, sobrado adquirido pela Light e posteriormente demolido para a construção da subestação Riachuelo. (1926)

A rua chamada Riachuelo, que começa na ponta da R. Quintino Bocaiúva e vai até o fim da ladeira que brota do Largo São Francisco até o Vale do Anhangabaú, era antigamente um atalho conhecido pelo nome de Beco da Casa Santa.

O nome “beco” devia-se ao fato de que a tal ruazinha não acabava e se abria em barrancos para a direção do Largo do Piques, pois ainda não havia nada da Avenida Nove de Julho e ali era um descampado onde se jogava lixo. Porém, o Largo do Piques, atual Praça das Bandeiras, já ostentava o seu obelisco.

A Rua do Riachuelo, então, vinha desde quase a Praça João Mendes, justamente no ponto em que existia, há tempos, a Câmara ou o Palácio do Congresso, que foi depois demolido para ali se abrir o atual Viaduto Dona Paulina.

O Beco da Casa Santa tinha o nome de Casa Santa devido ao Convento de São Francisco que naquele local era conhecido como a casa dos santos, ou a casa dos bons frades. E a Rua do Riachuelo costeava o muro do convento.

Atrás a Faculdade de Direito, que naquele tempo já era famosa, mas se constituia apenas de um prédio velho, colonial rústico, tipo arcaico com grandes arcos internos, os frades possuíam um outro pequeno prédio onde distribuíam às terças-feiras alimentos para os pobres de Santo Antônio.

Em 1812, o trecho que se abria para a Rua Quintino Bocaiúva foi alargado e surgiu então a Praça João Mendes. O prolongamento até o Largo do Piques foi iniciativa do Barão de Limeira. Somente em 1865, justamente na data de 11 de junho, devido à fama dessa data com a memorável Batalha do Riachuelo, em que se distinguiu tanto o Almirante Barroso, a Municipalidade por lembrança de um vereador chamado Vicente Mamede foi induzida a dar o nome de Riachuelo ao caminho que vinha da Praça João Mendes e ia até o Piques com o nome de Beco da Casa Santa.

O grande efeito da nossa Marinha repercutia de fresco, pois que a batalha ocorrera um mês antes. Essa batalha no mar empolgava o patriotismo dos brasileiros porque durara apenas oito horas e fora considerada uma das mais arrijadas e heróicas para os homens do mar que tinham à frente a figura notável do Almirante Barroso.

Por tudo isso, é que no propósito de justa homenagem, o Poder Público não perdeu a ocasião de imortalizar a batalha e o almirante.

Largo do São Francisco

O Largo São Francisco onde está a Faculdade de Direito, representa o início da vida estudantil e cultural da cidade.Ao lado do Convento, a Igreja de São Francisco é marcada pelo seu estilo simples, de beleza singela. Erguida em 1644, é hoje uma das poucas construções em estilo autenticamente colonial.

Os afrescos de seu interior representam diversas cenas que contam a história dos padres franciscanos, mas o destaque deste templo fica com as três valiosíssimas imagens portuguesas; da Virgem, de São Benedito e de São Francisco. Esta última é considerada a mais bela imagem de Santo existente nos conventos franciscanos do país.”

São Paulo

Em 1827 foi instalada a Academia de Direito, depois Faculdade de Direito. Ali também funcionou, em 1852, a primeira Biblioteca Pública de São Paulo.

São Paulo nesse período foi sobretudo um burgo de estudantes. Foi a Academia de Direito que principalmente arrancou a capital da província de seu sono colonial.
Observações de Richard Morse: A vida nas repúblicas – escreveu esse pesquisador, provocou um rompimento abrupto do austero código do sobrado e da família. “Os estudantes introduziram novas modas no vestuário, as caçadas, a natação, o flerte, as bebidas, as orgias e o hábito de se reunirem para discussão e divertimento. Levaram a vida para as ruas, ao ar livre, criaram a necessidade de tavernas, livrarias, e inauguraram o sentimento de comunidade”.

Passaram pela Faculdade de Direito nomes ilustres tais como: Ruy Barbosa, Prudente de Morais, Campos Salles, Whashington Luis, Jânio Quadros, Rodrigues Alves, entre tantos outros.

São Paulo

No começo de nosso século, o centro da cidade de São Paulo se configurava no modelo belle époque europeu, que refletia o gosto da classe dominante, nascida a partir da economia do café. Eixos de circulação marcavam os novos bairros burgueses: idéias e planos de reformulação foram expostos à Municipalidade. Nos primeiros anos da década de 20, o Vale do Anhangabaú estava remodelado, incluindo o entorno do Teatro Municipal.

O Largo São Francisco é um caso típico de espaço definido pela apropriação do adro, que valoriza a presença de edifícios religiosos.

Nos meados do séc. XVII, iniciou-se a construção de um convento em taipa, por ordem da Ordem Franciscana, situado no extremo sul da Vila de Piratininga, próximo às encostas do ribeirão Anhangabaú.

Em 1776, os frades franciscanos, incorporados ao convívio comunitário, criaram uma escola agregada ao convento. O ensino da teologia, da moral, da retórica e do latim, suscitaram a vinda de um número significativo de estudantes. Em 1827, um decreto do governo imperial, instituiu a Faculdade de Direito, que deveria ser instalada no Convento São Francisco.

Prédio da Light

São Paulo

Projetado como sede da Light (empresa de origem canadense antecessora da atual Eletropaulo Metropolitana), o edifício Alexandre Mackenzie, denominação oficial do conjunto, teve seu projeto desenvolvido em duas etapas. A primeira fase ­ aquela cuja face mais extensa volta-se para o viaduto do Chá ­ foi concluída em 1929 e executada pelo Escritório Técnico Ramos de Azevedo.

A segunda, voltada para a rua Formosa, de 1941, tem autoria do escritório Severo & Villares (sucessor de Ramos de Azevedo). Nessa etapa, foi projetada uma torre que acabou não sendo construída. Até os anos 70, milhares de funcionários da concessionária de energia elétrica circulavam pelo prédio edifício, que também continha um grande refeitório, uma praça interna e um cinema que exibia filmes de sucesso durante o horário de almoço.

No final do ano de 1999, um dos mais conhecidos prédios do centro de São Paulo, a antiga sede da Light, reabriu depois de passar por reconversão de uso e transformar-se em um moderno shopping center. A reciclagem restaurou aspectos da histórica fachada e deu novo destino a suas áreas internas. Conservou, porém, as proporções e detalhes arquitetônicos compatíveis com o novo uso.

Poucos paulistanos lembram-se do antigo prédio da Light, na esquina da Rua Xavier de Toledo com o Viaduto do Chá, região central da cidade, com os pequenos toldos vermelhos cobrindo sua múltiplas janelas. Elementos que atenuam o aspecto senhorial da construção idealizada, em sua primeira fase, pelo escritório canadense Preston e Curtis, eles foram reconstituídos na conversão recentemente concluída. A recomposição de um elemento histórico, já dissociado da memória coletiva, está ali como a assinalar o novo uso, suavizando as portentosas fachadas.

O mérito do projeto não está só na cuidadosa recuperação das áreas externas, incluindo a recomposição de detalhes originais perdidos ou alterados ao longo dos anos. Seu aspecto mais significativo é demonstrar que o uso ativo e intenso não é incompatível com a preservação de edifícios históricos.

O projeto de Faggin conservou as características gerais do espaço existente e, para suprir o programa de necessidades do shopping, concentrou numa edificação anexa, nova, as áreas de circulação vertical e a infra-estrutura necessária.

Os detalhes arquitetônicos da antiga construção revelam-se no pavimento “rés-do-chão”, principal acesso ao shopping. Por exigência dos órgãos de patrimônio, ele não pôde ser fragmentado. Dão idéia da concepção original os lambris de madeira que revestem parte das paredes e que foram recuperados; as belas (e recompostas) clarabóias nos poços de iluminação sobre pisos translúcidos; e os elegantes lustres, que passaram por criteriosa manutenção. Da mesma forma, em todos os pavimentos, houve a restauração das escadas e elevadores do prédio antigo.

Largo São Bento

São Paulo

O Largo São Bento tem sua história diretamente ligada à história da cidade: ali estava instalada a taba do cacique Tibiriçá, que demarcava o limite do povoado que começava a se formar. A localização era estratégica: Tibiriçá, sogro de João Ramalho, cuidava da segurança daqueles amigos do genro que acabavam de chegar.

A taba deu lugar a um largo, onde, em 1.598, foi construída uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Montserrat. Durou pouco: em 1.600 começava a instalação do Mosteiro de São Bento, aproveitando a vasta área pertencente aos beneditinos – toda a extensão da Florêncio de Abreu e a avenida São João, chegando até à rua Anhangabaú.

A igreja ganhou o nome de Nossa Senhora da Assunção – e este é o nome dela até hoje, embora seja mais conhecida como a Igreja de São Bento. Em 1.650, Fernão Dias, o “descobridor das esmeraldas”, doou grande soma para reforma e ampliação do mosteiro – por isso seus restos mortais foram enterrados ali. Segundo o historiador Afonso de Taunay, na reforma realizada no mosteiro, em 1.914, foram encontrados “tecido do hábito com que foi enterrado, melenas ruivas, uma tíbia enorme e sua funda de ferro”.

Em 1.864, o largo ganhou um chafariz projetado por um jardineiro francês, Fourchon, responsável também por um jardim cercado por grades, conforme os modelos europeus, com grama e árvores. A reurbanização tem um motivo forte: os dois maiores hotéis da cidade – o D’Oeste e o Miragliano estão instalados no largo e o movimento de pessoas era intenso. Jardim e chafariz desaparecem em 1.910, junto com o velho mosteiro e a igreja, para dar lugar a uma construção maior, projetada pelo alemão Richard Berndl. Os grandes prédios em torno da praça começam a aparecer a partir de 1.935.

A última transformação do largo São Bento veio com o metrô, durante a década de 70. O local foi transformado em canteiro de obras, cercado por tapumes, casas comerciais tiveram de ser desativadas. Durante algum tempo, foi um local evitado, devido às dificuldades de locomoção.

As pessoas voltaram com o término da linha do metrô e o largo ganhou um calçadão, bancos, jardins. No ano passado, com a comemoração dos 400 anos, foi reformado. Hoje o largo São Bento recebe diariamente cerca de 80 mil pessoas.

Prédio dos Correios

O edifício da Agência Central dos Correios e Telégrafos, no Vale do Anhangabaú, é um projeto do Escritório Ramos de Azevedo, concluído em 1922, o edifício desempenhou um papel estruturante da paisagem urbana, dentro do processo de transformações que o Vale sofreu ao longo do século. Hoje desfigurado e ocioso.

O prédio integra um significativo conjunto arquitetônico composto entre outros pelo Teatro Municipal, Edifício da Light, Edifício Martinelli, viadutos do Chá, Santa Ifigênia e Praça Ramos de Azevedo. Este local, que já foi considerado o “cartão postal” da cidade, sofreu um paulatino processo de degradação a partir da década de 50. Nos anos 90, o centro da cidade volta à tona das discussões urbanas, contando com a atuação da Associação Viva o Centro, a partir de 1991. Algumas iniciativas foram concretizadas nos últimos anos, tais como a reurbanização do Vale do Anhangabaú e o restauro do Teatro Municipal.

A importância histórica do edifício dos Correios acresce devido à sua localização urbana. Não há dissociação entre o valor do patrimônio e o seu contexto. A região central, de fato, é depositária de uma experiência urbana e existencial constitutiva da formação de nossa esfera pública.

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É esta situação marcante de vivência urbana, esvaziada ou perturbada pelo processo de descentralização da metrópole, que pretendemos afirmar e desdobrar no partido adotado.

Teatro Municipal

São Paulo
Via Exterior do edifício e arredores (1940) – FAU/USP

No fim do século passado, a aristocracia paulistana pedia uma casa de espetáculos que pudesse receber as grandes companhias estrangeiras. Em 1900, a cidade contava apenas com o Teatro São José, que, depois de um incêndio, não tinha condições de acomodar os espetáculos estrangeiros. Decidiu-se então construir um novo espaço para atender às necessidades culturais da cidade que crescia a olhos vistos.

O edifício seria levantado em um terreno no Morro de Chá e a obra comandada pelo arquiteto Ramos de Azevedo – que depois emprestaria o nome à praça que fica bem em frente ao teatro. O terreno foi comprado em 1902 e os trabalhos começaram no ano seguinte. Ramos de Azevedo já sabia exatamente como seria o prédio: uma réplica menor da Ópera de Paris. Em 12 de setembro de 1911, o Teatro Municipal foi inaugurado, com apresentação do célebre barítono italiano Titta Ruffo, interpretando Hamlet, do francês Ambroise Thomas.

Feito para ter o palco ocupado quase que exclusivamente por óperas, o Municipal demonstrava, dez anos após sua inauguração, que não estava limitado às árias e ao lirismo, para tristeza e irritação dos puristas. Nos anos 20, os paulistanos puderam apreciar as performances das bailarinas Anna Pavlova e Isadora Duncan. Na mesma década, abrigou a Semana de Arte Moderna, que teve entre seus maiores expoentes Mário e Oswald de Andrade, Villa-Lobos, Anita Malfatti e Tarsila do Amaral.

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Nos anos que se seguiram, a opulência do Municipal foi desaparecendo lentamente por causa das novas construções e hábitos da cidade. As Lojas Anglo-Americanas (antigo Mappin), o prédio do Banespa, o Hotel Esplanada (na época, o mais elegante de São Paulo, atualmente sede do grupo Votorantim), transformaram a função cultural que os arredores do teatro tinham em sua origem.

O teatro foi reformado duas vezes: uma na gestão do prefeito Faria Lima, quando as paredes foram pintadas e o lustre central da platéia, de 360 lâmpadas, regulado e o projeto original descaracterizado. A outra começou na administração de Jânio Quadros e foi concluída pela prefeita Luiza Erundina. Nesta, procurou-se preservar e restaurar o trabalho de Ramos de Azevedo. A fidelidade foi tanta que a fachada externa foi restaurada com arenito vindo da mesma mina que forneceu o material para a construção do início do século.

Teatro Municipal – InteriorMuitos artistas puderam visitar a cidade e se apresentar no Municipal. Foram vários os nomes importantes no palco: interpretando óperas, Enrico Caruso, Maria Callas, Bidu Sayão e Tito Schipa; na regência, o maestro Arturo Toscanini. A arte dramática foi representada com o melhor produzido dentro (Procópio Ferreira e Cacilda Becker) e fora (Viven Leigh, Raymond Jérôme) do País.

Vale do Anhangabaú

São Paulo

É impossível afirmar quando o Vale do Anhangabaú foi fundado, mas os primeiros registros mostram que, em 1751, o governo estava preocupado com um vale aberto por Tomé Castro na região entre o rio e um lugar onde se tratava a água chamado “Nhagabaí”.

Mas até 1822 a região não passava de uma chácara pertencente ao Barão de Itapetininga (depois da Baronesa de Tatui), onde se vendia agrião e chá. Lá, os moradores precisavam atravessar a Ponte do Lorena para chegar do outro lado do morro, dividido pelo rio. Como esse caminho era muito tortuoso, foi transformado em rua em 1855, era a Rua Formosa.

Por volta de 1877, começou a que pode ser considerada “urbanização” da área, com a idealização do Viaduto do Chá (inaugurado somente em 1892), a subseqüente desapropriação de chácaras no local e o projeto do engenheiro Alexandre Ferguson de construir 33 prédios de cada lado do vale para serem alugados.

Curiosidades

O nome Anhangabaú tem várias possíveis origens e alguns significados diferentes, confira:

Anhanga: O mesmo que anhã. Gonçalves Dias escreveu Anhangá, talvez por necessidade do verso

Anhangaba: Diabrura, malefício, ação do diabo ou feitiço

Anhangabahú: Anhangaba-y, rio do malefício da diabrura, do feitiço

Anhangabahy: O mesmo que anhanga-y, rio ou água do mau espírito.

No século XVII, as águas do Anhangabaú eram usadas para as necessidades caseiras: lavar roupas e objetos e até mesmo tomar banho. O rio hoje está canalizado mas suas nascentes estão ao ar livre, entre a Vila Mariana e o Paraíso, desaguando no Tamanduateí.

Depois de muito tempo de total descuido, em 1910, foi feito o ajardinamento do Vale do Anhangabaú, resultando na formação do Parque do Anhangabaú. Ele foi reformulado na primeira gestão do prefeito Prestes Maia(1938–1945), com a criação de ligações subterrâneas à Praça Ramos de Azevedo e a Praça Patriarca. Esta última passagem é hoje conhecida como Galeria Prestes Maia.

A Central dos Correios está localizada no Anhangabaú, mais precisamente na Avenida São João. Porém ela está em reformas e só deve ser reaberta em 2002.

Em 1991, foi construída uma alça de ligação no Parque do Anhangabaú para ligar as avenidas 9 de Julho e a 23 de Maio. Há hoje um túnel que permite a passagem dos veículos que atravessam o Centro no sentido norte-sul e vice-versa.

Largo Paissandú

O nome “Paissandú” surgiu com as primeiras investidas do Brasil na Guerra do Paraguai. Foi naquele ano em 1864 que foi lançado um pelotão no Exército, comandado pelo General Menna Barreto, para atacar Paissandú. O cerco da praça durou quase um ano, terminando por abrirem as tropas o caminho que desejavam até Montevidéo.

Como o nome Paissandú ficará célebre naquela fase preparatória da Campanha do Paraguai, ao término da luta foi esse nome dado ao Largo.

Mas…que largo era esse, onde estava, como se chamava antes , como era a sua antiga topografia? Isso vem da velha história do conhecido Tanque do Zuninga,

Para conhecermos toda a história desse Largo, é necessário relembrar do conhecido Tanque do Zuninga, um tanque que deu nome a toda aquela vasta zona e que saia de um riacho chamado lacuba, riacho esse que se espalhava ali pela Avenida São João, Paissandú e adjacências em diversas lagoas que se alastravam.

São Paulo

Por causa dessas lagoas o atual Largo Paissandú chamava-se primeiramente Praça de Alagoas. Acontece é que nas imediações é que se localizavam o Tanque de Zuninga, e ele era chamado dessa forma porque num recesso baixo do terreno, as águas das alagoas se juntavam em aspecto de tanque. E o Largo Paissandú de hoje também foi chamado Largo do Tanque, ou Tanque do Zuninga, abandonando-se o nome de Alagoas.

Praça da Sé

São Paulo

Da Sé que começou a nascer em 1.588, quando se instalou ali a Câmara de São Paulo, nada mais resta a não ser registros em livros. Ao longo dos séculos, a praça sofreu alterações, destruições e reconstruções.

A própria denominação de praça só começou a ser utilizado por volta de 1.911, ano em que teve início a construção da atual Catedral da Sé, só inaugurada – sem as torres, concluídas em 69 – em 1.954. Antes, foi Páteo e Largo, sempre abrigando um igreja modesta .

Com a Catedral, a praça passou a ser um ponto de encontro, comércio e trânsito intensos. Na primeira metade deste século, foi o local preferido para a realização de comícios e manifestações políticas: as idéias da Revolução de 32 surgiram nas escadarias da igreja, palco de grandes oradores. Em torno da praça, damas com longos vestidos e cavalheiros de terno e chapéu se reuniam nos cafés, apreciando o movimento dos bondes.

A cidade cresceu, as pessoas mudaram, São Paulo se transformou numa megalópole. E a década de 70 trouxe a última e mais radical mudança da praça. A chegada do metrô transformou a Sé numa superpraça que engoliu a vizinha praça Clóvis Bevilacqua para abrigar a principal estação da cidade.

Foi preciso demolir o velho Teatro Santa Helena, implodir o edifício Mendes Caldeira, arrasar um quarteirão inteiro. Em troca, o marco zero ganhou o realce de uma alameda de palmeiras imperiais, que ganharam maior destaque em 98, quando foram retirados os camelôs que ocupavam toda a área; o espelho d’água realça o conjunto arquitetônico formado pela Catedral e o Palácio da Justiça.

Praça da República

São Paulo

Antigamente, lá pelo século XIX, estava localizada a praça de corridas de touros e cavalos, onde os paulistanos se divertiam com os rodeios e touradas. Esse local era chamado do Largo dos Curros.

Esse mesmo local já teve seu nome mudado inúmeras vezes: Já foi Largo dos Curros, cujo motivo já explicamos, Largo da Palha (por causa de uma rua de mesmo nome que ficava próximo àli), Praça dos Milicianos (devido ao exército), Largo 7 de Abril (em homenagem ao fato da renúncia de D. Pedro I) para finalmente, em 1889, chegar à Praça da República. Na verdade, os vereadores primeiramente escolheram o nome Praça 15 de Novembro, mas como já havia uma rua denominada assim, optou-se por Praça da República.

A Praça da República já foi palco de muitas manifestações importantes da nossa história, até mesmo na Revolução Constitucionalista de 1932, onde quatro estudantes foram mortos, perpetuando a sigla MMDC, e durante o movimento Diretas Já!.

Na década de 40 ali tornou-se um ponto de encontro de colecionadores e cambistas, e 20 anos mais tarde, o local foi tomado por artistas plásticos e artesãos que expunham ali seus trabalhos. Até hoje ainda encontra-se expositores ali, pois essa tornou-se uma caracteríctica da praça.

Praça do Patriarca

São Paulo

Aí está uma praça que praticamente não tem história. Isso porque ela não vem nem da Colônia, nem do Império, embora traga o nome de um dos cultos mais eminentes da Campanha da Independência.

Praça do Patriarca porque ao Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva, foi feita a homenagem.

Mas a praça bonita que aí está na ponta do Viaduto do Chá, essa praça que dá vasão à galeria que desemboca no Anhangabaú, que hoje é tão movimentada e parece realmente tão necessária pois é a encruzilhada de seis ruas, muitas delas velhos atalhos antigos de tradição, essa praça tem apenas algumas décadas de vida. É recente.

Sua abertura partiu já do novo São Paulo, de 40 a 50 anos para cá, quando ali nos Quatro Cantos (e era assim que se chamava a ponta da rua Direita), urgia abrir passagem mais ampla para a Líbero Badaró e para o viaduto que, subindo para o vale ia direto à rua Barão de Itapetininga.

Nas histórias das ruas e praças, portanto, a Praça do Patriarca é criança. Não teve nome diferente, não foi viela, nem rua, nem beco, nem existiu por acidente, mas de propósito.

De fato, a Praça do Patriarca foi aberta por necessidade de ampliar-se o espaço para o trânsito naquele local em que a confluência das ruas pequenas provocavam sempre aglomeração.

Derrubou-se, então, para abrí-la. Um quarteirão limitado pelas ruas São Bento, Direita, Líbero Badaró e Quitanda.

Patriarca, porque honra e recorda a figura do Patriarca da Independência, que não é o mesmo da rua José Bonifácio, o Moço. Esse é o Andrada e Silva, que nasceu em 1873, num dos dias de Santo Antônio, em Santos.

Sua formação cultural foi feita em Coimbra, na célebre Universidade Portuguesa. Fez excursões científicas pela Europa toda, descobrindo espécies minerais, e acabou pertencendo, pelos seus dotes de cultura e inteligência, à Real Academia de Ciências de Lisboa.

Quando regressou ao Brasil é que o pacato cientista e filósofo resolveu meter-se na política. E grangeando desde logo a amizade do Príncipe D. Pedro, foi ele quem chefiou o Ministério constituído logo após o Grito do Ipiranga.

Aí acabou brigando com Gonçalves Ledo, que chefiava o Partido Popular, por causa da exigência que este fazia em convocar uma Constituinte Brasileira. E não parou aí a sua forma agressiva de manter suas idéias. Começou a vigiar todo mundo e até o Padre Feijó foi por ele perseguido e considerado extremista.

Mas o Partido Popular conseguiu que a Constituinte fosse convocada, o que fez com que José de Bonifácio passasse para a oposição. Mas não tardou em ser ele próprio atingido pelo poder de então e acabou sendo deportado para a França.

Mas o prestígio de José Bonifácio não permitiu que com essa deportação fosse encerrada a sua carreira. Por isso, regressando do exílio, caiu desde logo na simpatia de D. Pedro I, que o nomeou tutor de seus filhos menores.

Na posse dasituação, o trêfego político retomou a sua briga com Feijó, que sendo na ocasião o Ministro da Justiça, não o poupou. Preso e processado, José Bonifácio foi demitido do cargo, mas conseguiu a sua absolvição posteriormente.

Após algum tempo mais, cansado e aborrecido, veio a falecer em Niterói, sendo-lhe então atribuído, como recompensa de seu real valor, o título de Patriarca da Independência.

Fonte: www.sampa.art.br

São Paulo

Cidade de São Paulo

Bela, rica, intelectual, democrática, viva, esportiva, cultural, sentimental, romântica, moderna, séria, extrovertida, profissional. Afinal, o que define a cidade de São Paulo? Não há absolutamente nenhum adjetivo que consiga decifrar com exatidão o que representa uma das megacidades do mundo.

Minuciosamente desenhada por multinacionalidades, culturas, crenças, formações e ideais, a grande metrópole bandeirante é verdadeiramente cosmopolita, por vocação e adoção. É italiana, alemã, judaica, portuguesa, japonesa, chinesa, francesa, africana, árabe, espanhola, latina, brasileira, paulistana.

São Paulo

Estas e outras tantas faces estão presentes na arquitetura dos prédios, nas ruas, no paladar refinado de suas sugestões gastronômicas e nos trajes e trejeitos de uma gente que não pára, dia-a-dia escrevendo valorosamente a história da cidade de São Paulo.

São Paulo

O turismo na cidade é principalmente o turismo de negócios, já que a cidade de São Paulo é a capital de eventos da América Latina.

Podemos descrever a grandeza paulistana de muitas maneiras. Destacando que ela abriga o maior complexo hoteleiro da América Latina. É ainda uma das capitais internacionais da gastronomia, destino fixo de grandes eventos, feiras e exposições mundialmente reconhecidas, sede de centros acadêmicos e de pesquisas conceituados, entre outras tantas referências.

São Paulo

A cidade de São Paulo abriga centenas de cinemas, museus, teatros, áreas de patrimônio histórico-cultural, parques, casas de espetáculos, parques temáticos, restaurantes, bares, hotéis, espaços para eventos, feiras, shopping centers, ruas de comércio especializado.

Estar na cidade de São Paulo é vivenciar uma metrópole 24 horas, com estilo de vida que conjuga trabalho e lazer como se fossem duas faces da mesma moeda. Capital de um Estado do tamanho do Reino Unido, com uma população próxima à da Espanha e que gera quase metade da economia brasileira, a cidade de São Paulo tornou-se também o primeiro destino turístico do país.

São Paulo

Gastronomia – Cidade de São Paulo

Quantos lugares do mundo abrigam restaurantes com cardápios que satisfazem praticamente todas as culturas culinárias do planeta?

Na cidade de São Paulo, capital mundial da gastronomia há restaurantes alemães, italianos, franceses, espanhóis, portugueses, australianos, escandinavos, egípcios, árabes, judeus, marroquinos, libaneses, japoneses, coreanos, chineses, gregos, vietnamitas, mexicanos, argentinos, entre muitos outros.

Isso sem falar da culinária brasileira, em suas diversas faces: gaúcha, caipira, mineira, nordestina, litorânea, entre outras. Não dá para se sentir longe de casa estando na cidade de São Paulo.

Com tantos paladares, sabores e sensações, é possível montar um prato diferente por dia durante um ano. E o palco para isso? Glamurosos restaurantes nos Jardins, alegres cantinas da Bela Vista e até os simpáticos pontos de venda do Mercado Municipal. Depois de bem-vindo, na cidade de São Paulo a primeira palavra que o visitante ouve ao chegar aqui é “Bom apetite”!

Lazer – Cidade de São Paulo

Tem chope gelado, tem MPB ao vivo. O que você quiser, tem aqui na cidade de São Paulo! E se gostar de rock? Está no lugar certo! E samba, sertanejo, axé? Tem tudo isso e muito mais! Mas e se gostar de música clássica, ópera, balê do Lago dos Cisnes? Pode ficar tranqüilo!

Como toda grande metrópole, a cidade de São Paulo tem uma vida noturna concorrida. Historicamente, a noite paulistana sempre foi citada como uma das mais agitadas da América Latina. Recentemente, a cidade tem sido classificada como um novo nome no seleto grupo das melhores opções noturnas do planeta. Uma característica da cidade de São Paulo é a diversidade e a democracia de sua noite.

São Paulo

É possível encontrar opções das mais populares a clubes exclusivos cuja entrada pode chegar à casa da centena de dólares.

São Paulo

Para a criançada:

Parques temáticos e divertidos
Parque da Mônica
Parque da Xuxa
Playcenter
Hopi Hari
Wet´n´Wild

Para dançar:

Casas noturnas
Boates
Discotecas

Para se divertir e aprender:

Jardim Zoológico
Zôo Safári
Estação Ciência
88 museus
Parques

E ainda mais:

Cinemas
Casas de espetáculos
Teatros
Boliches
Jogos eletrônicos
Parques de diversão
Pistas de patinação
Pistas de kart
Teleféricos
Quadras de esportes de todos os tipos
Vôos panorâmicos
Festas de carnaval

É isso ai! A cidade de São Paulo tem de tudo para oferecer em termos de diversão.

Todos os esportes que se pode imaginar são praticados por milhares de profissionais e amadores no dia-a-dia paulistano. Do atletismo ao basquete, da natação ao voleibol, do remo ao tênis, do skate ao golfe, do hipismo ao futebol, não importa a idade, o nível social, a crença religiosa, a condição física. A cidade de São Paulo vive uma olimpíada diária, em academias sofisticadas, ginásios ou nos simples campos de várzea das periferias.

História de São Paulo

Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole

Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, nos idos de 1553, a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. Ao atingir o planalto de Piratininga, encontraram o ponto ideal. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia, fresca e de boas águas”.

Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina, próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú, onde celebraram uma missa. Era o dia 25 de janeiro de 1554, data que marca o aniversário de São Paulo. Quase cinco séculos depois, o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. Daqueles tempos, restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio.

Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, decisão ratificada pelo rei de Portugal. Nessa época, São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras, expedições que cortavam o interior do Brasil. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras.

Em 1815, a cidade se transformou em capital da Província de São Paulo. Mas somente doze anos depois ganharia sua primeira faculdade, de Direito, no Largo São Francisco. A partir de então, São Paulo se tornou um núcleo intelectual e político do país. Mas apenas se tornaria um importante centro econômico com a expansão da cafeicultura no final do século XIX. Imigrantes chegaram dos quatro cantos do mundo para trabalhar nas lavouras e, mais tarde, no crescente parque industrial da cidade. Mais da metade dos habitantes da cidade, em meados da década de 1890, era formada por imigrantes.

No início dos anos 1930, a elite do Estado de São Paulo entrou em choque com o governo federal. O resultado foi a Revolução Constitucionalista de 1932, que estourou no dia 9 de julho (hoje feriado estadual). Os combates duraram três semanas e São Paulo saiu derrotado. O Estado ficou isolado no cenário político, mas não evitou o florescimento de instituições educacionais. Em 1935 foi criada a Universidade de São Paulo, que mais tarde receberia professores como o antropólogo francês Lévi-Strauss.

Na década de 1940, São Paulo também ganhou importantes intervenções urbanísticas, principalmente no setor viário. A indústria se tornou o principal motor econômico da cidade. A necessidade de mais mão-de-obra nessas duas frentes trouxe brasileiros de vários Estados, principalmente do nordeste do país.

Na década de 1970, o setor de serviços ganhou maior destaque na economia paulistana. As indústrias migraram para municípios da Grande São Paulo, como o chamado ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema). Hoje, a capital paulista é o centro financeiro da América Latina e por isso ainda recebe de braços abertos brasileiros e estrangeiros que trabalham e vivem na cidade de São Paulo, em um ambiente de tolerância e respeito à diversidade de credos, etnias, orientações sexuais e tribos.

Fotos de São Paulo

São Paulo está entre as capitais mundiais do luxo, do entretenimento e da gastronomia. É líder em turismo urbano: reúne sofisticação, requinte, agitação e uma infinidade e atrações que agradam qualquer tipo de turista. A cultura e a vanguarda são nosso sol e nossa praia.

São Paulo
Avenida 23 de Maio

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Fasano

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Fonte do Teatro Municipal

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Horto Florestal

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Museu de Arte Moderna

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Museu Paulista

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Parque Anhembi

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Viaduto Santa Ifigênia

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Casa das Rosas

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Catedral da Sé

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Estação Júlio Prestes

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Mosteiro de São Bento

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Museu de Arte Sacra

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Museu da Língua Portuguesa

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Sambodromo

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Shopping Iguatemi

Fonte: www.cidadedesaopaulo.com

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