Região Sul do Brasil

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A Região Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por su população descendentes na maioria de alemães, italianos e suiços, que conservam seus costumes, onde predominam a arquitetura em madeira e as tradições e hábitos daqueles paises.

Nesta área, além encontra-se algumas das paisagens naturais mais impressionantes do país, como as Cataratas do Iguaçu no Paraná, as montanhas do Rio Grande do Sul e as belas praias de Florianópolis em Santa Catarina.

PARANÁ

Curitiba é a capital do Estado do Paraná, dela podemos dizer que é um bom local para realizar excursões até a Ilha do Mel e a Foz do Iguaçu. A cidade possui alguns locais de certo interesse como o chamado Setor Histórico, onde localiza-se a Praça Tiradentes e a Catedral Metropolitana Santa Felicidade, o bairro italiano, encontra-se a 9quilômetros do centro da cidade e apesarde que não conta com locais importantes, é um bom lugar para comer e passar o tempo.

Finalmente, não deixe de visitar o Museu Paranaense, em um edifício de estilo art noveau e o Museu de Habitação do Imigrante, com algumas peças dos pioneiros.

As Praias do Paraná são muito particulares, devido as suas altas temperaturas e umidade. Contam com espaços acondicionados para o camping e com alguns hotéis de média categoria. As mais importantes são as Praia do Leste, bom lugar para praticar o surf e Pontal do Sul, onde partem as embarcações para a Ilha do Mel.

Ilha do Mel é um importante centro de verão, procurado por suas belas e tranquilas praias como as de Praia Encantada, Praia de Fortaleza, do Casual, da Ponte do Hospital ou a Praia Grande. Por outro lado, a ilha está administrada pelo Instituto de Terras e Cartografia Florestal, com a intenção de preservar da melhor maneira o meio ambiente deste entorno.

FOZ DO IGUAÇÚ

O Parque Nacional de Iguaçú, situado a 1.050 quilômetros de São Paulo, a 1.700quilômetros de Buenos Aires e a 350 quilômetros de Assunção, sem dúvidas, uma das mais charmosas e fascinantes fronteiras do mundo (Foz de Iguaçu e Porto Meira no Brasil, Porto Iguaçu na Argentina e Cidade de Leste no Paraguai).

Iguaçu quer dizer “água grande”, foi descoberto por Alvar Nunes Cabeça de Vaca. e mais tarde habitda por jesuitas espanhóis. Muitos recordam dos 275 saltos de água, dos 80 metros de altura e dos 11.300 metros cubicos que fazem sua presença de forma super acolhedora, graças ao filme protagonizado por Robert de Niro “A Missão”.

Na Garganta do Diabo, onde confluem até 14 saltos, a água cai com uma força, criando um impressionante e único espetáculo da natureza. As cataratas encontram-se 20quilômetros a leste do ponto onde confluem os rios Praná e Iguaçu, e a maior parte delas encontram-se do lado argentino, onde aconselhamos, para ver sua grandeza, cruzar a fronteira (o melhor tempo para visitá-las é de agosto á novembro ).

Nas Cataratas pode-se chegar de lancha, remontando o rio Paraná, em veículos, a estrada é boa, ou de helicóptero. Quanto o alojamento e transporte (o aeroporto de Foz de Iguaçu “Presidente Tancredo Neves” está somente a 15 minutos das Cataratas), estes não constituem problemas nenhum.

SANTA CATARINA

Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina encontra-se na costa atlântica, ocupando uma parte da Ilha de Santa Catarina. Trata-se de uma cidade relativamente nova, distingue-se por suas delicadas e formosas praias, situadas na mesma ilha.

A Ilha de Santa Catarina é uma das mais belas ilhas da costa brasileira, porque conta com praias tranquilas e desabitadas, constituindo um verdadeiro paraíso. As praias do norte são bastantes frequentadas, enquanto as praias do oeste contam com espetaculares vistas.

Outras cidades de interesse no estado são Joinville, a segunda cidade em importância e que distingue-se por sua arquitetura de estilo alemão e por suas limpas ruas. Conta com alguns atrativos como o Museu Arqueológico do Sambaqui, que expõe diversas peças de indios Sambaqui (aberto das 9 às 18 horas, de terças às sextas-feiras. Finais de semana da 9 às 14 horas), o Museu e Arte de Joinville, com o melhor dos artistas locais e o Museu Nacional da Imigração, alojado em um antigo edifício do século XIX, conservando peças do primeiros pioneiros.

Blumenau a 130 quilômetros de Joinville e a 139 quilômetros de Florianópolis é outro dos assentamentos alemães no Brasil e tudo que se vê nesta cidade está com cara de Europa.

RIO GRANDE DO SUL

A capital do estado do Rio Grande do Sul é Porto Alegre, a sexta cidade urbana do país e a capital dos gauchos brasileiros. A cidade conta com alguns bons museus como o Museu Histórico Júlio de Castilhos, próximo a Catedral e o Museu de Arte do Rio Gran do Sul, que exibe uma completíssima coleção de artigos e instrumentos gauchos.

Não deixe de visitar o Mercado Público, o Parque Farroupilha, onde pode-se ver os guchos em ação, o Morro de Santa Tereza, onde obtem-se belos entardeceres e o Instituto Gaucho de Tradição e Folclore.

Outro dos atrativos da região são as Missões Jesuitas, que encontram-se nas frontiras com o Paraguai e a Argentina, e o Parque Nacional de Aparados da Serra, um dos parques mais impressionantes do Brasil, já que conta com a mais importante reserva de araucárias.

Fonte: www.rumbo.com.br

Região Sul do Brasil

Região Geoeconômica: Centro-Sul
Estados: PR, SC e RS

Características geográficas

Área: 576.409,569 km²
População: 27.107.011 hab. (IBGE/2005)
Densidade: 47,02 hab./km²

Indicadores

IDH médio: 0,807 PNUD/2000
PIB: R$ 331.776.000.000,00 (IBGE/2004)
PIB per capita: R$ 12.081,00 (IBGE/2004)

A Região Sul é uma das cinco grandes regiões em que é dividido o Brasil. Compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que juntos totalizam uma superfície de 576.300,8 km². A Região Sul é a menor das regiões brasileiras e faz parte da região geoeconômica Centro-Sul.

É um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência européia, principalmente de origem italiana e germânica. A Região Sul apresenta altos índices sociais em vários aspectos: possui o maior IDH do Brasil, 0,807 — único classificado como elevado —, e a segunda maior renda per capita do país, 10.723,60 reais, atrás apenas da Região Sudeste. A região é também a mais alfabetizada, 93,7% da população.

Ela faz fronteiras com o Uruguai ao sul, com a Argentina e com o Paraguai ao oeste, com a Região Centro-Oeste e com a Região Sudeste do Brasil ao norte e com o Oceano Atlântico ao leste.

A sua história é marcada por uma grande imigração européia, e pela Guerra dos Farrapos, também chamada de Revolução Farroupilha, que buscava a independência do estado do Rio Grande do Sul e parte do território catarinense. Durante a guerra surgiu uma das figuras mais importantes da história Sulista: Anita Garibaldi.

Características gerais

Região Sul do Brasil
Estados do Sul:
1 • Paraná
2 • Santa Catarina
3 • Rio Grande do Sul

População grande em área pequena

Como a região Sul é a menor em superfície territorial do Brasil, ocupa cerca de 7% do território brasileiro, mas por outro lado, sua população é duas vezes maior que o número de habitantes das regiões Norte e Centro-Oeste.

Seus 26.973.511 habitantes representam uma densidade demográfica de 43,50 hab./km². Com um desenvolvimento relativamente igual nos setores primário, secundário e terciário, essa população apresenta os mais altos índices de alfabetização registrados no Brasil, o que explica o desenvolvimento social e cultural da região.

Localização ao sul do Trópico de Capricórnio

A Região Sul é a única região brasileira localizada quase totalmente abaixo do Trópico de Capricórnio e, por isso mesmo, é a mais fria do Brasil. O clima dominante é o subtropical e são freqüentes as geadas. Em altitudes elevadas também ocorrem ocasionalmente precipitações de neve.

As estações do ano são bem definidas e as chuvas, em geral, distribuem-se em grande quantidade ao longo do ano. O clima regional do sul, em comparação com as demais regiões do país, caracteriza-se por sua homogeneidade, notadamente no que se refere à sua pluviometria e ao ritmo estacional de seu regime.

Destaca-se um clima mesotérmico bastante úmido no Planalto Meridional e subtropical, e superúmido na faixa litorânea e na encosta atlântica, com temperaturas bastante elevadas. Como característica geral, o clima do Sul é o subtropical, apresentando uma sensível oscilação térmica durante o ano.

É possível diferenciar nitidamente duas estações: o inverno, que pode ser frio e o verão, quente, sobretudo nas áreas de baixa altitude dos três estados. Apenas o extremo noroeste do Estado do Paraná e os litorais do Paraná e Santa Catarina apresentam invernos amenos e verões quentes, excetuando-se os locais mais elevados do planalto, de clima mais brando.

Paisagens geoeconômicas bem diferenciadas

No Sul, originalmente, diferenciavam-se duas áreas: a de florestas e a de campos. A primeira, colonizada por imigrantes alemães, italianos e eslavos, assumiu um aspecto europeu, com pequenas e médias fazendas voltadas para a policultura.

A região de campos, ao contrário, ocupada desde a época colonial por latifundiários escravocratas, foi utilizada inicialmente para a pecuária extensiva e, mais tarde, também para o cultivo de trigo e soja. Hoje em dia, com o êxodo rural e inovações da agricultura, aumentou-se muito a concentração fundiária na região.

Atualmente, além dessas duas paisagens, há também as áreas industriais e urbanizadas, com destaque para as regiões metropolitanas de Curitiba, no Paraná e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Embora distintas, essas paisagens geoeconômicas estão integradas, o que facilita caracterizar a região como a mais uniforme do Brasil quanto ao índice de desenvolvimento humano.

Região Sul do Brasil

História

Os primeiros habitantes da Região Sul foram os indígenas. Posteriormente, vieram os padres jesuítas espanhóis para catequizar os índios. Esses religiosos fundaram aldeias denominadas missões ou reduções. Os índios que habitavam as missões criavam gado, ou seja, dedicavam-se à pecuária, trabalhavam na agricultura e aprendiam ofícios.

Os bandeirantes paulistas atacaram as missões para aprisionar os índios. Com isso, os padres jesuítas e os índios abandonaram o lugar e o gado ficou solto pelos campos. Muitos paulistas foram aos poucos se fixando no litoral de Santa Catarina. Eles fundaram as primeiras vilas no litoral.

Os paulistas interessaram-se também pelo comércio do gado. Os tropeiros, isto é, os comerciantes de gado, reuniam o gado espalhado pelos campos. Eles levavam os animais para vender nas feiras de gado, em Sorocaba. No caminho por onde as tropas passavam sugiram povoados. Os tropeiros também organizaram as primeiras estâncias, ou seja, fazendas de criação de gado.

Para defender as estâncias que tinham sido criadas, o governo português mandou construir fortes militares na região. Em volta dos fortes surgiram povoados. Durante muitos anos, os portugueses e os espanhóis lutaram pela posse de terras do Sul. As brigas continuaram e apenas foram resolvidas com a assinatura de tratados. Esses tratados determinaram os limites das terras localizadas no sul do Brasil.

A população da Região Sul aumentou muito com a chegada dos primeiros imigrantes europeus. Os primeiros imigrantes foram os açorianos. Depois vieram principalmente os alemães e os italianos. Outros grupos (árabes, poloneses e japoneses) também procuraram a região para morar. Os imigrantes fundaram colônias que se tornaram cidades importantes.

As terras do norte e oeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina foram as últimas regiões a serem povoadas. O norte do Paraná foi povoado com a criação de colônias agrícolas financiadas por uma companhia inglesa.

Pessoas de outros Estados do Brasil e de mais de 40 países vieram para a região trabalhar como colonos no plantio de café e de cereais. No oeste catarinense desenvolveram-se a pecuária, a exploração da erva-mate e da madeira.

Região Sul do Brasil
Ruínas de São Miguel das Missões

Geografia

O clima da Região Sul apresenta-se uniforme, com pequenas variações. Os outros elementos do quadro natural sulista, entretanto, quase sempre apresentam duas paisagens em contraste: relevo com extensos planaltos e estreitas planícies, hidrografia com duas grandes bacias fluviais (a do Paraná e a do Uruguai) e outras menores, vegetação em se alternam florestas e campos. A consideração dessas dualidades, é de extrema facilidade para a compreensão da natureza sulista.

Relevo

O relevo da Região Sul é dominado, na maior parte de seu território, por duas divisões do Planalto Brasileiro: o Planalto Atlântico (Serras e Planaltos do Leste e Sudeste) e o Planalto Meridional. Nessa região, o Planalto Atlântico é também denominado Planalto Cristalino, e o Meridional é subdividido em duas partes: Planalto Arenito-basáltico e Depressão Periférica. A região apresenta ainda algumas planícies. Os principais aspectos primários do relevo sulista são:

Planície Costeira ou Litorânea;
Campanha Gaúcha ou Pampa;
Planalto Atlântico;
Planalto Meridional.

Clima

Região Sul do Brasil
Neve no Planalto Serrano de Santa Catarina.

No Brasil, país predominantemente tropical, somente a Região Sul é dominada pelo clima subtropical (Um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região de imigração européia é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país.

Nesse clima, as médias variam de 14ºC a 21ºC, e o inverno costuma ser bastante frio, com geadas freqüentes, e em locais de altitudes mais elevadas, até queda de neve. As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 8ºC no litoral do Paraná até 13ºC no oeste gaúcho.

As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas pode-se encontrar também características de tropicalidade nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as médias térmicas são superiores a 20ºC e as chuvas caem principalmente no verão.

Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, as frentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas do Pólo Sul e trazem um vento frio chamado de minuano ou pampeiro.

Hidrografia

Região Sul do Brasil
Vista aérea das Cataratas do Iguaçu, na fronteira do Brasil com a Argentina.

Tanto a Serra do Mar como a Serra Geral estão localizadas próximas do litoral. Dessa forma, o relevo da Região Sul inclina-se para o interior e a maior parte dos rios — que é o planalto — segue de leste para oeste.

Concentram-se em duas grandes bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Uruguai, ambas subdivisões da Bacia Platina. Os rios mais importantes são volumosos e possuem grande potencial hidrelétrico, o que já está sendo explorado no rio Paraná, com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu (atualmente a maior do mundo).

Essa exploração permite ao Sul e ao Sudeste uma crescente utilização de energia elétrica, tanto para consumo doméstico como industrial, fazendo-se necessária a continuidade dos investimentos nessa área.

Os rios sulistas que percorrem em direção ao mar fazem parte de um conjunto de bacias secundárias, conhecido como Bacias do Sudeste-Sul. Entre essas, a de maior aproveitamento para hidreletricidade é a do rio Jacuí, no Rio Grande do Sul. Outra, muito conhecida pelas suas imprevisíveis cheias, é a do rio Itajaí, em Santa Catarina, que atinge uma região bastante desenvolvida, influenciada basicamente pela colonização alemã.

Vegetação

Quando muitos geógrafos brasileiros se referem ao sul do Brasil, é comum se lembrar da Mata de Araucárias ou Floresta dos Pinhais e do grande pampa gaúcho, formações vegetais típicas da região, embora não sejam as únicas.

A Mata de Araucárias, bastante devastada e da qual só restam alguns trechos, aparece nas partes mais elevadas dos planaltos do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, na forma de manchas entre outras formações vegetais.

A Araucaria angustifolia (pinheiro-do-paraná) adapta-se mais facilmente às baixas temperaturas, comuns nas partes mais altas do relevo, e ao solo de rocha mista, arenito e basalto, que se concentra no Planalto Arenito-basáltico, no interior da região.

Desta mata são extraídos principalmente o pinheiro-do-paraná e a imbuia, utilizados em marcenaria, e a erva-mate, cujas folhas são empregadas no preparo do chimarrão. Além dessa mata, a Serra do Mar, muito úmida devido à proximidade com o Oceano Atlântico, favorece o desenvolvimento da mata tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, muito densa e com grande variedade de espécies, inicia-se no Nordeste e continua pelo Sudeste até chegar ao Sul.

A Mata de Araucárias, que foi o panorama vegetal típico da região, aparece atualmente apenas em trechos. A devastação iniciou-se no final do Império, devido a concessões feitas pelo governo à abertura de estradas de ferro, e agravou-se com a atividade madeireira.

No Norte e Oeste do Paraná, as poucas manchas de floresta tropical estão praticamente destruídas, devida à expansão agrícola. Nos últimos anos, tem-se tentado implantar uma política de reflorestamento.

A Região Sul é ocupada também por vastas extensões de terra de campos limpos, conhecidos pelo nome de campos meridionais, divididos em duas áreas distintas. A primeira corresponde aos campos dos planaltos, que ocorrem em manchas desde o Paraná até o norte do Rio Grande do Sul.

A segunda área — os campos da campanha — é mais extensa e localiza-se inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região conhecida como Campanha Gaúcha ou pampa. É a vegetação natural das coxilhas e aparece como uma camada de ervas rasteiras que assim constitui a melhor paisagem natural do Brasil.

Finalmente, junto ao litoral, merece destaque a vegetação costeira de mangues, praias e restingas, que se assemelham às de outras regiões do Brasil.

Demografia

Com 25.107.616 habitantes, de acordo com censo demográfico de 2000, o Sul é a terceira região do Brasil em população, embora apresente uma densidade populacional de 43,50 hab./km², mais de duas vezes maior que a do Brasil.

Seu desenvolvimento econômico é muito forte tanto no campo como nas cidades.

Região Sul do Brasil
Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina

Colonizadores

Com o objetivo de catequizar os indígenas, jesuítas espanhóis fundaram várias missões no território do atual Rio Grande do Sul. Essas missões, cuja economia tinha como atividade a dependência da pecuária e da agricultura, sofreram posteriormente seguidas invasões de bandeirantes paulistas, que aprisionavam os índios para vendê-los como escravos.

A destruição das missões espalhou pelo pampa os animais criados pelos missionários. A partir do século XVIII, esse gado passou a ser disputado por portugueses e espanhóis que habitavam a bacia do rio Paraná. Essa luta desencadeou a disputa pela posse da terra, o que motivou a formação de grandes latifúndios, ainda hoje comuns no extremo sul.

Imigrantes europeus

Os alemães estabeleceram-se principalmente no norte de Santa Catarina, na região metropolitana de Curitiba, norte e oeste do Paraná, no Vale do rio Itajaí e no vale do rio dos Sinos no Rio Grande do Sul.

Os italianos ocuparam principalmente a serra gaúcha e Sul catarinense, onde introduziram o cultivo da uva e a produção de vinho. Colonizadores de outros países tais como russos, poloneses, ucranianos, e outros grupos imigrantes fixavam-se no oeste de Santa Catarina, no Paraná e em outros pontos da região. (Vale lembrar também que os eslavos fazem parte do fluxo migratório que se direcionou a região sul.)

A ocupação da Região Sul seria completada como a colonização açoriana (portugueses) ao longo do litoral, incluindo destaque para a ilha de Santa Catarina, onde se localiza Florianópolis, e para Porto Alegre.

A segunda iniciou-se na primeira metade do século XIX, com a chegada de imigrantes alemães e de italianos na segunda metade do século. Em menor número, russos, poloneses, ucranianos e outros. Os imigrantes colonizaram os planaltos, deixando a marca de seus costumes no estilo das residências, no idioma e na culinária.

Foram responsáveis também pela introdução da policultura e do sistema de pequenas propriedades. É por essa razão que o Sul é a região brasileira que possui maior percentual de minifúndios em sua estrutura fundiária.

Brancos

Os alemães e seus descendentes formam parte considerável da população sulista. Na imagem, Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil Os alemães e seus descendentes formam parte considerável da população sulista. Na imagem, Pomerode, a cidade mais alemã do Brasil

A maioria dos habitantes da Região Sul é de origem européia, sendo 83,6% da população sulista composta por brancos. Alguns fatores contribuíram para a concentração da imigração européia no Sul, começando pelo meio natural, especialmente devido ao clima subtropical, mais temperado.

Fora isso, motivos históricos também estimularam essa concentração: no período imperial, houve necessidade de garantir a posse de terras do Sul, uma vez que era uma região com menos habitantes; também com o processo da abolição da escravatura, incentivou-se a entrada de mão-de-obra imigrante; no século XX, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), levaram para o Brasil milhares de europeus que fugiam dos conflitos e da perseguição nazista.

Distribuição populacional

Embora a oposição entre as aglomerações urbanas e vazios populacionais, no Sul, não seja tão definido como em outras regiões, os centros urbanos, incluindo Curitiba, Porto Alegre e cidades do Vale do rio Itajaí, apresentam altas densidades populacionais. Os trechos menos populosos do Sul localizam-se na Campanha Gaúcha, pois a atividade econômica dominante é a pecuária extensiva, que emprega pouca mão-de-obra.

Modo de viver

A Região Sul quando comparada com outras regiões do Brasil, o Sul se destaca por apresentar as mais elevadas taxas de alfabetização, e a mais elevada expectativa de vida do Brasil, tendo também o maior Índice de Desenvolvimento Humano.

Economia

No que se refere aos aspectos econômicos da Região Sul, a melhor maneira de explicar a distribuição das atividades primárias, secundárias e terciárias é elaborando análises desses três setores econômicos por partes e separadamente, observando cada uma delas.

PIB

Em 2003, o PIB do Sul chegou em 313.913.281.000,00 de reais ou quase 20% do nacional, ou seja, a 2ª Região em riquezas finais produzidas do país. A tabela a seguir exibe como é distribuído o PIB regionalmente e nacionalmente entre os estados da Região:

Estados PIB (em R$ 1000,00) % do PIB nacional % do PIB regional PIB per Capita
Paraná 98.999.740 mil 6,4% 34,2% 9.891,00
Santa Catarina 62.213.541 mil 4,0% 21,5% 10.949,00
Rio Grande do Sul 128.039.611 mil 8,2% 44,3% 12.071,00

Extrativismo

O extrativismo na Região Sul, apesar de ser uma atividade econômica complementar, é bastante desenvolvido em suas três modalidades:

Extrativismo vegetal: praticado na Mata de Araucárias, da qual se aproveitam o pinheiro-do-paraná, a imbuia, a erva-mate e algumas outras espécies, utilizadas principalmente pelas serrarias e fábricas de papel e celulose;
Extrativismo animal: praticado ao longo da faixa costeira, com uma produção de pescado que equivale a cerca de 25% do total produzido no Brasil, com destaque para a sardinha, a merluza, a tainha, o camarão, etc.;
Extrativismo mineral: destacam-se o carvão mineral, na região de Criciúma, o caulim, matéria-prima que abastece fábricas de azulejos e louças em Santa Catarina e no Paraná e cuja extração na região de Campo Alegre chega a 15 mil toneladas mensais, a argila e o petróleo, explorado na plataforma continental.

Agricultura

Região Sul do Brasil
A plantação de maçãs e a fabricação de sidras no Brasil são características 
economicamente marcantes da colonização alemã nos estados de SC e RS.

A maior parte do espaço territorial sulista é ocupado pela pecuária, porém a atividade econômica de maior rendimento e que emprega o maior número de trabalhadores é a agricultura.

A atividade agrícola no Sul distribui-se em dois amplos e diversificados setores:

Policultura: desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida por imigrantes europeus, principalmente alemães, na área originalmente ocupada pelas florestas. Cultivam-se principalmente milho, feijão, mandioca, batata, maçã, laranja, e fumo.

Monocultura comercial: desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade é comum nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam soja, trigo, e algumas vezes, arroz. No Norte do Paraná predominam as monoculturas comerciais de algodão, cana-de-açúcar, e principalmente soja, laranja, trigo e café. A erva-mate, produto do extrativismo, é também cultivada.

Para compreender mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região, analise a tabela acima com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.

Pecuária

No Paraná, possui grande destaque a criação de suínos, atividade em que esse estado é o primeiro do Brasil, seguido do Rio Grande do Sul. Essa criação processa-se paralelamente ao cultivo do milho, além de abastecer a população, serve de matéria-prima a grandes frigoríficos.

Os campos do Sul constituem excelente pastagem natural para a criação de gado bovino, principalmente na Campanha Gaúcha ou pampa, no Estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve-se ali uma pecuária extensiva, criando-se, além de bovinos, também ovinos. A Região Sul reúne cerca de 18% dos bovinos e mais de 60% dos ovinos criados no Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o primeiro produtor brasileiro.

A pecuária intensiva também é bastante desenvolvida na Região Sul, que detém o segundo ranking na produção brasileira de leite. Parte do leite produzido no Sul é beneficiado por indústrias de laticínio.

Indústria

O Sul é a segunda região do Brasil em número de trabalhadores e em valor e volume da produção industrial. Esse avanço deve-se a uma boa rede de transportes rodoviários e ferroviários, grande potencial hidrelétrico, fácil aproveitamento de energia térmica, grande volume e variedade de matérias-primas e mercado comsumidor com elevado poder aquisitivo.

Encontra-se na região metropolitana de Curitiba, a capital paranaense, o segundo pólo automobilístico da América Latina, composto por empresas como Audi, Volkswagen, Renault, Volvo, New Holland, Chrysler e produção de modelos Mazda e Mini Cooper.

A distribuição das indústrias do Sul é bastante diferente da que ocorre na Região Sudeste. Nesta região predominam grandes complexos industriais com atividades diversificadas, enquanto o Sul apresenta as seguintes características:

-Presença de indústrias próximas às áreas produtoras de matérias-primas. Assim, os laticínios e frigoríficos surgem nas áreas de pecuária, as indústrias madeireiras nas zonas de araucárias, e assim por diante;
-Predomínio de estabelecimentos industriais de médio e pequeno porte em quase todo o interior da região;
-Predomínio de indústrias de transformação dos produtos da agricultura e da pecuária.

As maiores concentrações industriais situam-se nas regiões metropolitanas de Curitiba no Paraná e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, merecendo destaque também:

-A região metropolitana de Curitiba, com sua crescente visão de planejamento, mudou o rumo econômico do Sul implantando o segundo maior pólo automobilístico da América Latina. -Juntamente com o norte catarinense, a região metropolitana de Curitiba concentra a melhor e mais avançada mão-de-obra técnica e especializada na manufatura de itens de segunda e terceira geração, atraindo a maioria dos investimentos tecnológicos destinados à região;
-O norte do Paraná, onde estão localizadas cidades tais como Londrina, Maringá, Apucarana, Paranavaí, entre outras, favorecidas pela grande quantidade de matérias-primas e fontes de energia, rede de transportes desenvolvida e localização geográfica favorecida,ligando os maiores pólos econômicos do país com o interior da região Sul;
-A região do vale do rio Itajaí, em Santa Catarina, na qual se destaca a indústria têxtil, cujos centros econômicos são: Joinville, Blumenau, Itajaí e Brusque, e também de cristais finos e softwares, com sedes próprias em Blumenau;
-O litoral sul de Santa Catarina, onde desenvolvem-se atividades industriais associadas à exploração do carvão, projetando na região onde ficam cidades como Imbituba, Laguna, Criciúma e Tubarão;
-a região de Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, onde estão instaladas as máquinas e os equipamentos da principal indústria vinícola do Brasil;
-a região que inclui a cidade gaúcha de Santa Cruz do Sul, no interior do Rio Grande do Sul, com uma expressiva produção de tabaco para a fabricação de cigarros;
-a porção noroeste do Rio Grande do Sul, incluindo o vale do rio Uruguai, onde merecem destaque as indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas, especialmente trigo, soja e milho. Passo Fundo, Santo Ângelo, Cruz Alta e Erechim são as cidades mais importantes dessa área;
-a Campanha Gaúcha, onde se destacam Bagé, Uruguaiana, Alegrete e Santana do Livramento, cidades que possuem grandes frigoríficos, em geral, controlados pelo capital transnacional;
– o litoral lagunar do Rio Grande do Sul, onde Pelotas (indústria de frigorícos) e Rio Grande (maior porto marítimo da região) se destacam;

Além dessas concentrações industriais, merecem destaque como cidades industriais isoladas: Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Paranaguá, no Estado do Paraná; Florianópolis, Joinville, Lages, Blumenau e Chapecó em Santa Catarina; e Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Energia

A Região Sul é muito rica em xisto betuminoso e carvão mineral. O carvão mineral é utilizado para produzir energia elétrica nas usinas hidrelétricas, como a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná. Além desses minérios, a região possui também energia elétrica em abundância, graças às características de sua hidrografia — os rios caudalosos e os rios de planalto.

Região Sul do Brasil
Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo.

A maior usina hidrelétrica da região é a Itaipu, inaugurada em 1983, que aproveita os recursos hídricos do rio Paraná, mais precisamente nas imediações das cidades de Foz do Iguaçu (Brasil), na margem esquerda e Ciudad del Este, antiga Puerto Presidente Stroessner (Paraguai), na margem direita. Como é considerada a maior usina hidrelétrica do mundo, sua energia é utilizada em partes iguais por ambos países a que pertencem, Brasil e Paraguai.

Além de abastecer a Região Sul, a energia da Usina hidrelétrica de Itaipu é imensamente utilizada em outras regiões brasileiras, inclusive na Região Sudeste, que é mais desenvolvida, com indústrias de grande porte.

A distribuição de energia elétrica na Região Sul é controlada pela Eletrosul, com sede em Florianópolis (SC), que estende a atuação ao Estado de Mato Grosso do Sul e também a outras áreas do Brasil, devido a interligações com a rede de energia da Região Sudeste.

Em relação às usinas hidrelétricas que ainda existem em atividade desde o século XX, entraram em funcionamento entre as décadas de 1990 e 2000, tais como Usina Hidrelétrica de Ilha Grande, no rio Paraná, Usina Hidrelétrica de Machadinho, no rio Pelotas, e Usina Hidrelétrica de Itá, no rio Uruguai.

Transportes

O Sul é bem servido no setor de transportes, dispondo de condições naturais que facilitam a implantação de uma boa malha rodoviária e ferroviária. Além disso, o fato de sua população distribuir-se uniformemente, sem grandes vazios populacionais, permite que sua rede de transportes seja mais eficiente e lucrativa.

Embora quase todas as principais cidades da região sejam servidas por linhas da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o transporte rodoviário é mais desenvolvido. A região conta com várias estradas, tais como a Rodovia Régis Bittencourt, ligando São Paulo ao Rio Grande do Sul, e a Rodovia do Café, alcançando o norte do Paraná até o porto de Paranaguá. Como as demais regiões do Brasil, os transportes ferroviários e rodoviários necessitam de investimentos que permitam a manutenção das vias já existentes e a abertura de outras novas.

Também os mais movimentados aeroportos do Brasil, depois dos aeroportos da Região Sudeste e de Brasília, estão localizados no Sul.

Esta região possui ainda portos marítimos em atividade: o porto de Paranaguá, que exporta principalmente café e soja; os portos de Imbituba e Laguna, em Santa Catarina, exportadores de carvão mineral; os portos de Florianópolis, São Francisco do Sul e Itajaí, também em Santa Catarina, exportadores de madeira; e finalmente os portos de Rio Grande e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias diversificadas.

Turismo

O Parque Nacional do Iguaçu, onde se localizam as Cataratas do Iguaçu, é uma Unidade de Conservação brasileira. Está localizado no extremo-oeste do estado do Paraná, tendo sido criado em 10 de janeiro de 1939 , através do decreto lei nº 1.035. Sua área total é de 185.262,2 hectares. Em 1986 recebeu o título, concedido pela UNESCO, de Patrimônio Mundial.

Durante os dias quentes de verão, as praias catarinenses são procuradas e freqüentadas por turistas do Brasil inteiro e de outros países estrangeiros. Florianópolis, atrás apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA), é uma das capitais brasileiras mais visitadas.

Com o fim da crise econômica nos países do Mercosul, parte do movimento de argentinos, uruguaios e paraguaios voltou ao proveito do turismo de verão, em cidades balneárias tais como Balneário Camboriú e Barra Velha.

São pontos turísticos os patrimônios da humanidade: Cataratas do Iguaçu no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná e as Ruínas Jesuítico-Guaranis de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul.

As serras gaúcha e catarinense atraem turistas no inverno rigoroso, que vêm aproveitar as temperaturas mais baixas e a neve, inclusive em Urubici (SC). Em Cambará do Sul (RS), localiza-se o Parque Nacional de Aparados da Serra, onde fica o cânion do Itaimbezinho.

O charme e o requinte da colonização européia de Curitiba fazem com que a capital paranaense atraia um número cada vez maior de visitantes que buscam as belezas do planejamento urbano, as delícias do bairro de Santa Felicidade e as modernidades culturais do Sul concentradas no Museu Oscar Niemeyer. Curitiba concentra, também, a melhor e maior estrutura hoteleira do Sul regada à segunda melhor cadeia gastronômica do país.

Região Sul do Brasil
Lago Negro em Gramado, uma das cidades turisticas da serra gaúcha (RS)

Cultura

A cultura artística da Região Sul do Brasil é muito rica, justamente por ter recebido influência de diversas colônias de imigrantes, como os alemães, os italianos, os poloneses e os ucranianos. Os colonizadores foram os primeiros a chegar na região anteriormente habitada pelos povos ameríndios. As principais manifestações estão na culinária, na literatura e na dança. A cultura gaúcha também é muito forte na região.

Curitiba foi eleita em 2003 a “Capital da Cultura das Américas” pela entidade CAC-ACC e sediou o evento COP 8 MOP 3 da ONU de 20 a 31 de março de 2006.

Movimentos Independentistas

A idéia de formação de um futuro país independente do Brasil é recorrente no meio social sulista. Pode-se citar como principais movimentos de emancipação o da República dos Pampas e o do O Sul é o Meu País.

Apesar destes grupos apresentarem-se como representantes dos habitantes dos estados do Sul, não existe qualquer estudo que comprove o quanto estes movimentos são representativos na região. Seus defensores alegam que os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná constituem uma nação e, destarte, reclamam o direito à autodeterminação política, econômica, social e cultural, baseando-se na expectativa de auto-suficiência para poder constituir um estado.

Emissoras de televisão

Rede CNT (Paraná);
RPC TV (Paraná);
Band Curitiba (Paraná);
RIC TV (Paraná);
Rede SC (Santa Catarina);
RBS TV (Santa Catarina);
Record Florianópolis (Santa Catarina);
RBS TV (Rio Grande do Sul);
Band Porto Alegre (Rio Grande do Sul)
SBT Porto Alegre (Rio Grande do Sul)

Culinária

Barreado (Paraná)
Arroz carreteiro (Rio Grande do Sul)
Churrasco (Rio Grande do Sul) e (Santa Catarina)
Camarão (Santa Catarina)
Bijajica (Santa Catarina)
Chimarrão (Rio Grande do Sul) e (Santa Catarina)
Tererê (Paraná)

Sulistas ilustres

Literatura

Na literatura sul-brasileira destacaram-se escritores como:

Paulo Leminski (Paraná);
Dalton Trevisan (Paraná);
Helena Kolody (Paraná);
Cruz e Souza (Santa Catarina);
Érico Veríssimo (Rio Grande do Sul);
Luís Fernando Veríssimo (Rio Grande do Sul);
João Simões Lopes Neto (Rio Grande do Sul);
Mário Quintana (Rio Grande do Sul);
Caio Fernando Abreu (Rio Grande do Sul);

Música

Erudita

Na música erudita, são poucos os artistas que alcançaram conhecimento internacional, tais como:

– Radamés Gnatalli
– Kismara Pessatti
– Miguel Proença
– Roberto Szidon

Popular

Na música, alguns artistas alcançaram expressão regional e nacional, tais como:

– Nelson Gonçalves
– Arrigo Barnabé
– Marjorie Estiano
– Chitãozinho & Xororó
– Dinho Ouro Preto
– Engenheiros do Hawaii
– Teixeirinha
– Armandinho
– Bidê ou Balde
– Nenhum de Nós
– Tequila Baby
– Ultramen
– Elis Regina
– Lupicínio Rodrigues
– Teodoro & Sampaio
– Yamandú Costa
– Adriana Calcanhotto

Televisão

Na televisão, o Sul é representado, entre outros, pelos seguintes artistas:

– Maria Della Costa, atriz;
– Isadora Ribeiro, atriz;
– Sonia Braga, atriz conhecida internacionalmente;
– Juliana Kametani, atriz;
– Vera Fischer, atriz e modelo;
– Luis Melo, ator;
– Marcelo Madureira, humorista;
– Xuxa, modelo e apresentadora;
– Guilherme Weber, ator;
– Tony Ramos, ator;
– Guta Stresser, atriz;
– Maria Fernanda Cândido, atriz;
– Rafael Losso, VJ e apresentador;
– Werner Schünemann, ator;
– Alexandre Slaviero, ator;
– Marjorie Estiano, atriz e cantora;
– Ary Fontoura, ator;
– Celso Portiolli, apresentador;
– Herson Capri, ator;
– Mari Alexandre, atriz;
– José Lewgoy, ator;
– Walmor Chagas, ator;
– Michelly Fernanda Machri, atriz e modelo;
– Carolina Kasting, atriz.
– Letícia Birkheuer, atriz e modelo

Esporte

No esporte, o Sul é representado, entre outros, pelos seguintes esportistas:

– Robert Scheidt, iatista campeão olímpico;
– Waldemar Niclevicz, alpinista;
– Luiz Felipe Scolari, técnico campeão mundial em 2002 e ex-jogador de futebol;
– Giba, jogador de vôlei;
– Paulo Roberto Falcão, ex-jogador, ex-técnico e comentarista de futebol;
– Cláudio Ibrahim Vaz Leal – Branco, ex-jogador e técnico de futebol;
– Mauro Galvão, ex-jogador de futebol;
– Taffarel, ex-goleiro da seleção brasileira de futebol;
– Juraci Moreira Jr., triatleta;
– Gustavo Kuerten, tenista, tri-campeão de Roland Garros (França);
– Fernando Scherer, nadador;
– Paulo Rink, jogador de futebol;
– Ricardo Zonta, piloto;
– Rogério Ceni, jogador de futebol;
– Renato Gaúcho, técnico e ex-jogador de futebol;
– Vanderlei Cordeiro de Lima, atleta;
– Ronaldinho Gaúcho, jogador de futebol, campeão mundial em 2002.
– Alex, jogador de futebol;
– Cuca, treinador de futebol;
– Emanuel Rego, jogador de vôlei de praia;
– Escadinha, jogador de vôlei;
– Levir Culpi, treinador de futebol;
– Mauricio “Shogun” Rua, lutador;
– Raul Boesel, piloto;
– Wanderlei Silva, lutador;
– João Derly, lutador de judo, campeão mundial em 2005;
– Daiane dos Santos, ginasta, campeã mundial em 2003 e 5º em Atenas 2004;
– Maurício Gugelmin, piloto;
– Marcia Narloch, atleta;
– Alexandre Ramos Samuel (Tande), ex-jogador de vôlei.

Política

Na política, o Sul é representado, entre outros, pelos seguintes políticos:

– Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba, ex-governador do Paraná e atual consultor das Nações – Unidas para assuntos de urbanismo;
– Getúlio Dornelles Vargas, político, ex-presidente do Brasil por diversos mandatos;
– Nereu Ramos, político, ex-presidente do Brasil;
– Jorge Bornhausen, político, presidente nacional do PFL;
– Espiridião Amin, político, presidente nacional do PP;
– General Emílio Garrastazu Médici, militar, presidente do Brasil pela ARENA;
– Marechal Artur da Costa e Silva, militar, presidente do Brasil pela ARENA;
– General Ernesto Geisel, militar, presidente do Brasil pela ARENA;
– Roberto Requião, político, governador do Paraná por sucessivos mandatos;
– Leonel Brizola, político, ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro;
– Germano Rigotto, político, atual governador do Rio Grande do Sul.
– Jaime WRIGHT, pastor presbiteriano e militante dos direitos humanos;
– Pedro Simon, político, senador do Rio Grande do Sul;
– Ney Braga, político, ex-governador do Paraná, ex- ministro da agricultura e ex-presidente da Itaipu Binacional;
– Ernesto Geisel, ex-presidente do Brasil;
– Hermes da Fonseca, ex-presidente do Brasil;
– Júlio de Castilho;
– Borges de Medeiros;
– João Goulart, ex-presidente do Brasil;
– Ildefonso Pereira Correia, Barão do Serro Azul
– Luis Carlos Prestes, revolucionário brasileiro
– Anita Garibaldi, revolucionária brasileira

Moda

No mundo da moda, o Sul é representado, entre outras, pelas seguintes modelos:

– Caroline Correa, modelo e atriz internacional;
– Ana Hickmann, modelo
– Gisele Bündchen, modelo internacional;
– Isabeli Fontana, modelo internacional;
– Juliana Didone, modelo e ariz
– Fernanda Lima, modelo e atriz;
– Maryeva Oliveira, modelo;
– Grazielli Massafera, modelo e atriz;
– Juliana Imai, modelo internacional;
– Marcelle Bittar, modelo internacional;
– Sabriane Brandão, modelo internacional;
– Michelle Alves, modelo internacional;
– Mariana Weickert, modelo internacional;
– Ana Claudia Michels, modelo internacional;
– Anderson Dornelles, modelo
– Tiago Gass, modelo

Região Sul do Brasil
Gisele Bündchen, modelo internacional nascida no Rio Grande do Sul

Artes plásticas

Nas artes plásticas, o Sul é representado, entre outros, pelos seguintes pintores:

– João Batista Vilanova Artigas (Paraná)
– João Turin (Paraná)
– Poty Lazzarotto (Paraná)
– Carlos Scliar (Rio Grande do Sul)
– Juarez Machado (Santa Catarina)
– Victor Meirelles (Santa Catarina)
– Ernesto Meyer Filho (Santa Catarina)
– Francisco Stockinger (Xico Stockinger) (Rio Grande do Sul)
– Iberê Camargo (Rio Grande do Sul)
– Willy Zumblick (Santa Catarina)

Fonte: tiosam.org

Região Sul do Brasil

Região Sul

Região Sul do Brasil
Bandeira do Paraná

Região Sul do Brasil
Bandeira de Santa Catarina

Região Sul do Brasil
Bandeira do Rio Grande do Sul

ÁREA TOTAL: 577.214 km2. 
POPULAÇÃO:
 25.107.616 (Censo 2000. Corresponde a 14,78 % da população brasileira).

Estado Área (km2) População (2000) Capital População (2000)
Paraná (PR) 199 709 9 563 458 Curitiba 1 587 315
Santa Catarina (SC) 95 443 5 356 360 Florianópolis 342 315
Rio Grande do Sul (RS) 282 062 10 187 798 Porto Alegre 1 360 590

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E CLIMÁTICAS

É a menor das 5 regiões brasileiras. Quase toda a região, exceto o norte do Paraná, fica abaixo do Trópico de Capricórnio. Predomina o clima subtropical, com quatro estações claramente definidas.

No inverno, a temperatura pode cair abaixo de -1 grau Celsius nas regiões mais altas, podendo haver queda de neve, como nas cidade de São Joaquim (SC), Canela e Gramado (RS). As araucárias (pinheiro-do-paraná), abundantes no passado, ainda existem em alguns pontos do planalto no Paraná e em Santa Catarina.

Nas porções sul e oeste do RS predominam os campos naturais (os pampas, como na Argentina e Uruguai). A Mata Atlântica também ocorre na região, desde a costa do PR ao sul de SC. Na costa paranaense, a Mata Atlântica está protegida no Parque Nacional de Superagüi, que se conecta ao ecossistema de matas e pântanos da Juréia, no estado de São Paulo.

A zona costeira– o pequeno litoral do Paraná se abre naturalmente, formando a baía de Paranaguá, que é pontilhada de ilhas e ilhotas. Uma das mais conhecidas é a Ilha do Mel, que está sendo gradualmente dividida em duas devido à força das ondas.

No litoral do Paraná se situa o porto de Paranaguá, importante para a exportação de grãos (especialmente soja) e um dos mais importantes portos brasileiros. Em Santa Catarina, a costa é menos recortada, destacando as ilhas de Santa Catarina (onde está a capital do estado, Florianópolis) e a de São Francisco (onde está a cidade de São Francisco do Sul).

Santa Catarina tem quatro portos importantes: São Francisco de Sul e Itajaí (ao norte), e Imbituba e Laguna (no sul). No Rio Grande do Sul, o litoral é escarpado na cidade de Torres, a principal cidade praiana do estado.

Para o sul predominam extensas praias de águas frias, com dunas de areia e grandes lagoas, como a Lagoa dos Patos e a Lagoa Mirim (esta última na fronteira com o Uruguai), formadas pelo fechamento natural de áreas costeiras por grandes dunas. Esta zona costeira tem pouca população, e quase não tem estradas.

Destacamos nesta região a cidade de Rio Grande, com 178.256 habitantes, situada próxima ao canal natural que une a Lagoa dos Patos ao mar. Esta paisagem (dunas, brejos) continua até o Arroio Chuí, na fronteira com o Uruguai.

O planalto – No planalto do Paraná, a uma distância de 80 km do litoral, está a capital do estado, Curitiba, e sua região metropolitana. No planalto de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul destacamos as cidades de colonização alemã (como Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul) e italiana (como Garibaldi), e seus atrativos turísticos.

Em cidades como São Joaquim, Urubici e Lajes (em Santa Catarina), ou Canela e Gramado (no Rio Grande do Sul) pode nevar no inverno. A produção brasileira de maçã, uva para vinho e pêssegos se concentra em pequenas propriedades desta zona.

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO

A população do sul do Brasil se concentra em uma zona de 100 km de largura da costa para o interior. Nesta zona estão as cidades de Curitiba, Florianópolis, Itajaí, Joinville, Porto Alegre e Rio Grande. Fora desta zona, podemos ainda mencionar:

No Paraná: as cidades de Londrina (421.343 habitantes), Maringá (268 mil) e Foz do Iguaçu (231.627 habitantes).
Em Santa Catarina, a cidade de Lajes (no planalto, com 148.680 habitantes).
Rio Grande do Sul: Santa Maria (300 mil habitantes), São Borja, Uruguaiana (fronteira com Argentina) e Santana do Livramento (fronteira com Rivera – Uruguai).

Uma característica de sua população é a influência expressiva dos imigrantes: portugueses dos Açores em Florianópolis e Porto Alegre; italianos em todos os três estados; alemães em Santa Catarina (fundaram cidades como Joinville e Blumenau) e no Rio Grande do Sul. E também eslavos (russos, ucranianos e polacos) no Paraná, e japoneses (no norte de Paraná e Curitiba).

O sul é também a terra dos gaúchos – mestiços resultantes da mescla de espanhóis, índios charruas (hoje extintos como grupo étnico) e guaranis, portugueses e africanos, iniciada no período das Missões Jesuíticas no século XVIII – das regiões do pampa, no oeste e sul do Rio Grande do Sul.

Os gaúchos também existem na Argentina e Uruguai. Devido à ocupação econômica inicial do Rio Grande do Sul ter sido feita pela criação extensiva de gado (que não requer muita mão-de-obra) a presença de escravos sempre foi menor que em outras regiões brasileiras. Por esta razão, a presença hoje de populações afro-descendentes na região Sul é menor do que em outras áreas do território brasileiro.

ECONOMIA

No começo da colonização, a região sul se desenvolveu graças à agricultura, que forneceu o capital financeiro para a instalação de indústrias nas regiões de Curitiba (espalhando-se depois para o nordeste de SC, em Itajaí, Blumenau e Joinville) e Porto Alegre.

Indústria – No PR destacamos: a agroindústria; papel e celulose; fertilizantes; caminhões e ônibus (Volvo); automóveis (Renault e Audi, na região metropolitana de Curitiba); eletrodomésticos (Electrolux).
Em SC, podemos destacar a industrialização de carnes de aves, bovina e suína; as fábricas de calçados; têxteis e roupas (Itajaí). No RS: alimentos; calçados (vale do Rio dos Sinos), petroquímica (em Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre), vinhos (na região do planalto, chamada “Serra Gaúcha”) e automobilística (General Motors, na cidade de Gravataí).

Agricultura – No RS destacamos: milho, soja, arroz, maçãs, mandioca, tabaco (na cidade de Santa Cruz do Sul) e uvas (cidades de Bento Gonçalves e Caxias do Sul, na “Serra Gaúcha”). Em SC: mandioca, maçã (nas regiões de Lajes e São Joaquim), tabaco, feijão e trigo. No PR: soja (foi o primeiro estado brasileiro a exportá-la), milho, algodão, café e cana-de-açúcar. A soja propiciou muita riqueza o estado. No entanto, seu cultivo mecanizado agravou o desemprego no campo e a concentração fundiária. Isto criou o fenômeno dos “sem-terra”: ex-trabalhadores rurais que não têm terras para cultivar e não têm emprego devido à mecanização. Criou também, nos anos 70, uma grande migração rural rumo a Mato Grosso, Goiás, Bahia e região amazônica, em busca de terras para plantar. Os paranaenses também emigraram para o Paraguai (são os chamados “brasiguaios”).

Criação – A qualidade do gado bovino e das aves (galináceos e perus) nos três estados é boa, tanto pelas raças escolhidas como pelas condições sanitárias. A região é considerada livre da febre aftosa há alguns anos, o que lhe permite exportar para outros países. No Rio Gande do Sul há também criação de ovelhas. Também se destaca a criação de suínos em Santa Catarina, abastecendo os frigoríficos das cidades de Concórdia e Xapecó.

TURISMO

Destacamos na região sul, por estado:

Paraná – o Parque Nacional e as Cataratas do Iguaçu; o Parque Nacional de Vila Velha (próximo à cidade de Ponta Grossa); a capital, Curitiba (considerada modelo em transporte coletivo e em conservação de áreas verdes na zona urbana); o litoral (Paranaguá e ilha do Mel), e o passeio ferroviário de Curitiba a Paranaguá.

Santa Catarina – as cidades de Florianópolis, Penha (onde está o parque temático “Beto Carrero World”), Balneário Camboriú e Garopaba, no litoral. As zonas de colonização alemã em Joinville, Blumenau e Itajaí. As regiões de São Joaquim, Urubici e Lajes (principalmente no inverno, quando pode ocorrer neve).

Rio Grande do Sul – seu litoral norte (a cidade de Torres); as regiões vinícolas de Caxias do Sul e Garibaldi; a Serra Gaúcha (Canela, Gramado, Nova Petrópolis); a região Missioneira (Santo Ângelo); a Reserva Ecológica do Taim; e a capital Porto Alegre.

Fonte: joaoxms.sites.uol.com.br

Região Sul do Brasil

Com 577.214,0 km2, é a região que apresenta menor área, ocupando apenas 6,75% do território brasileiro. Formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Região Sul do Brasil

Tem clima subtropical, exceto na região norte do estado do Paraná, onde predomina o clima tropical. Caracteriza-se pela diversidade de temperaturas nas diferentes áreas que a compõem.

As regiões de planaltos mais elevados apresentam temperaturas baixas, com nevascas ocasionais, e na região da planície dos pampas, mais ao sul, as temperaturas são elevadas. A vegetação acompanha essa variação da temperatura, ou seja, nos locais mais frios predominam as matas de araucárias (pinhais) e nos pampas os campos de gramíneas.

A região possui grande potencial hidrelétrico, destacando-se a usina de Itaipu, localizada no rio Paraná, na fronteira com o Paraguai.

A população da região Sul totaliza 25.107.616 habitantes, o que representa 14,95% da população do País. A densidade demográfica é de 43,49 habitantes por km2 e 80,93% da população vive no meio urbano. São encontrados traços marcantes da influência da imigração alemã, italiana e açoriana na região.

Inicialmente baseada na agropecuária, a economia da região Sul desenvolveu importante parque industrial nas últimas décadas, cujos centros se encontram nas áreas metropolitanas da cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, e Curitiba, capital do estado do Paraná.

A produção agrícola utiliza modernas técnicas de cultivo, destacando-se o trigo, soja, arroz, milho, feijão e tabaco entre os principais produtos comercializados. Na pecuária encontram-se rebanhos de linhagens européias (hereford e charolês).

A suinocultura é praticada no oeste do estado de Santa Catarina e no estado do Paraná, onde ainda é significativa a prática do extrativismo, com extração de madeira de pinho. No estado de Santa Catarina explora-se o carvão mineral ao sul e se encontra grande número de frigoríficos, que produzem não apenas para o mercado interno, mas também para exportação.

Fonte: brasilrepublica.com

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