Portugal: perfil do país
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As raízes da época remontam ao século 15, quando exploradores Português como Vasco da Gama lançou-se ao mar em busca de uma passagem para a Índia.
Por volta do século 16 os marinheiros tinham ajudado a construir um império enorme abraçando Brasil, bem como faixas de África e Ásia.
A História de Portugal teve um impacto duradouro sobre a cultura do país, com influências mouras e oriental na arquitetura e nas artes.
Dança folclórica e música tradicionais, particularmente a melancolia do fado, permanecer vibrante.
Até a metade do século 20 Portugal era uma ditadura em que por décadas Antonio de Oliveira Salazar foi a figura chave. Obstinada recusa da ditadura a abandonar seu controle sobre as ex-colônias, como exigências de independência ganhou força lá resultaram em guerras dispendiosas em África.
Este período durou até o final em 1974. Em um golpe de Estado, pitorescamente conhecido como a Revolução dos Cravos, que marcou o início de uma nova democracia.
Até o final de 1975 todas as ex-colónias de Portugal em África eram independentes de Lisboa.
Desde que se tornou um membro da então Comunidade Europeia, em 1986, a economia predominantemente agrícola tradicionalmente Portugal tornou-se cada vez mais diversificada e orientada para o setor de serviços.
Geografia
Portugal está situado no extremo sudoeste da Europa e inclui os arquipélagos da Madeira e dos Açores no Oceano Atlântico. No continente europeu, o território português ocupa uma área de 88.889 km² (com 218 km de largura, 561 km de comprimento, 832 km de costa atlântica e 1.215 km de fronteira terrestre com Espanha).
Situado no Oceano Atlântico, entre o continente europeu e o norte-americano, o arquipélago dos Açores tem uma área de 2.355 km² e é constituído por nove Ilhas – São Miguel e Santa Maria no Grupo Oriental, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial no Grupo Central, e Flores e Corvo no Grupo Ocidental. As ligações com Portugal continental são asseguradas por via aérea, em cerca de 2 horas de voo.
O Arquipélago da Madeira com uma área de 741 km², está situado no Oceano Atlântico a cerca de 500 kms da costa africana e 1000 kms do continente europeu (1h30 de voo para Lisboa). É constituído pelas Ilhas da Madeira e de Porto Santo, e pelas ilhas inabitadas das Desertas e Selvagens (que são Áreas de Reserva Natural).
População
Portugal tem uma população de cerca de 10 milhões de habitantes.
Os maiores índices de densidade populacional registam-se em Lisboa, a capital do país, e nos seus arredores, onde vivem cerca 1.9 milhões de pessoas.
A segunda maior cidade de Portugal é o Porto, localizado no norte do país.
De um modo geral as localidades junto ao litoral têm maior ocupação humana do que o interior do país.
História
Com uma fronteira tão extensa para o mar, não admira que tenhamos assistido a muitos desembarques e embarques. Por isso tornamo-nos desde há muito abertos ao mundo e à comunicação.
Absorvemos gentes de variadas origens: Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos (que nos deixaram a língua que falamos), povos nórdicos e povos da Mauritânia. Apesar de tantas misturas, o nosso País é dos mais antigos da Europa.
No séc. XII tornou-se independente dos outros reinos peninsulares graças ao conde Afonso Henriques que foi nosso primeiro rei por sua vontade própria. Um século mais tarde, com a conquista do Algarve, Portugal acabava de desenhar a sua fronteira continental.
Em finais do séc. XIII o rei D. Dinis criou a nossa Universidade, uma das mais antigas da Europa, e levou-a para a bela cidade de Coimbra.
Nos séculos XIV, XV e XVI foram os primeiros europeus a navegar até África, ao longínquo Oriente e às profundezas do continente Sul Americano, donde trouxemos uma montanha de raridades. Ainda antes de prosseguirmos pela costa de África, encontrámos os arquipélagos dos Açores e da Madeira, que são parte do nosso território no Atlântico.
Depois de uma crise dinástica que nos colocou sob o trono de Espanha, em 1640 voltámos a ter um rei português porque, embora discretos, temos um grande sentido de independência.
No séc. XVIII, D. João V, rei absolutista e amante das artes, mandou construir o imenso palácio-convento de Mafra, e o grande Aqueduto que conduziu a água à cidade de Lisboa. No séc. XIX, lutas partidárias enfraquecem a Monarquia, que acaba por cair em 1910, ano em que se implantou a República.
Somos parte da UE desde 1986, mas continuamos a valorizar as nossas virtudes próprias.
Com esta História, vai ver que a nossa Arte é um pouco diferente daquela que já conhece.
Repare sobretudo nas manifestações que nos são peculiares: no “Manuelino”, exaltação da época das Descobertas, na forma como soubemos trabalhar a arte do azulejo e no nosso Fado, canção de nostalgia.
Religião
O povo português é maioritariamente católico, mas a Constituição portuguesa garante a liberdade religiosa, o que se traduz na presença em Portugal de diversos cultos.
Língua
De raiz latina, o português é a terceira língua europeia mais falada no mundo, por cerca de 250 milhões de pessoas.
Os países de expressão oficial portuguesa espalham-se pelos quatro cantos do mundo.
Assim, fala-se português em África (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) na América do Sul (no Brasil), e na Ásia, em Timor-Leste, o mais jovem país do mundo, sendo ainda língua oficial na Região Administrativa Especial de Macau.
Em Portugal uma boa parte dos cidadãos tem facilidade de comunicação em inglês, francês e castelhano.
Fonte: colegiosaofrancisco.com.br
Portugal
Terra
Em poucas horas em Portugal, pode-se conduzir das altas, frias, e quase estéreis áreas montanhosas para a costa sul do país, onde o verão nunca termina.
Portugal ocupa cerca de 17% da Península Ibérica. Ele compartilha a península com a Espanha, o seu único vizinho. As fronteiras entre Espanha e Portugal são formadas em parte por rios.
Eles incluem o Minho, no norte e o Guadiana, no sudeste. Outros dois importantes rios, o Tejo e o Douro, crescem na Espanha e fluem através de Portugal para o Oceano Atlântico.
O Rio Tejo divide o país em duas partes distintas. A metade norte do país é muito montanhosa. Ela inclui a faixa mais alta de Portugal – a Serra da Estrela, cujo pico mais elevado, o Pico da Serra, estende-se 6.532 pés (1.991 m) acima do nível do mar.
A região da Serra da Estrela é conhecida pelos seus resorts e recursos minerais. Movendo-se oeste do interior montanhoso, chega-se no sopé pontilhado com pequenas fazendas, olivais e vinhas.
O quente, seco, e ensolarado vale superior do Rio Douro no norte de Portugal é a casa do mais famoso vinho do país – o Porto. Lá, nas íngremes vinhas em socalcos que se assemelham a escadas gigantes, as uvas são cultivadas e colhidas.
Após o suco de uva ter fermentado por um tempo, brandy é adicionado. E o Porto é colocado em barris de carvalho. Os barris do vinho novo são trazidos para o Rio Douro e flutuados em barcos a jusante para Oporto, a segunda maior cidade de Portugal. O vinho é classificado e armazenado em caves até atingir a cor e sabor adequados.
Ao sul do Rio Tejo, Portugal torna-se uma terra de planícies e planaltos. Esta é a área dos latifúndios, ou enormes propriedades. O solo é pobre. Mas este é o centro de cultivo de grãos do país. Aqui, também, ovelhas, cabras e gado pastam.
E os cavalos e touros são criados para touradas. Há também olivais, plantações de arroz, e florestas de sobreiros. Portugal é o maior produtor mundial de cortiça. Há também florestas de castanheiros, eucaliptos e pinheiros.
Portugal exporta resina, terebintina e outros produtos da madeira. No clima ameno e subtropical do Algarve no extremo sul, amêndoas, tâmaras, figos, alfarrobas, laranjas, e romãs são cultivadas.
Madeira e Açores: Ilhas das Províncias
As ilhas da Madeira e dos Açores estão incluídos em Portugal continental para fins administrativos. No entanto, ambos os grupos de ilhas receberam autonomia limitada na esteira da revolução de 1974. As ilhas da Madeira se encontram cerca de 600 milhas (960 km) sudoeste de Portugal no Oceano Atlântico Norte.
Elas são famosas por suas paisagens e como um resort durante todo o ano. A capital e principal cidade, Funchal, está na maior ilha, também chamada de Madeira. Os vinhos da Madeira e a roupa de cama delicadamente bordada são os mais conhecidos produtos das ilhas.
Os Açores, cerca de 1.000 milhas (1.600 km) oeste de Lisboa, também foram importantes como um local de paragem para os viajantes entre a Europa, África e o Hemisfério Ocidental.
Sua localização e paisagem magnífica os torna uma atração turística popular. Grãos e frutas são cultivados nas ilhas, e peixes são retirados do mar.
Os Antigos Territórios Ultramarinos
Num certo tempo, Portugal governava territórios ultramarinos que eram 23 vezes o seu tamanho.
Oficialmente, estes territórios eram considerados províncias ultramarinas ou estados.
Portugal governou uma vasta área na África: A Guiné Portuguêsa (hoje Guiné-Bissau), na costa oeste da África; as Ilhas do Cabo Verde, na costa oeste; São Tomé e Príncipe, um grupo de ilhas situadas no Golfo da Guiné fora do centro-oeste da África Central; Angola, no sudoeste da África; e Moçambique, no sudeste da África.
Angola e Moçambique foram de longe a maior e mais valiosa das províncias ultramarinas de Portugal.
Elas tinham terras férteis, boa pesca, e recursos minerais consideráveis, incluindo petróleo, cobre e diamantes. A Guiné-Bissau foi o primeiro dos territórios Africanos à ganhar a independência, em 1974. As outras possessões Portuguêsas ganharam sua independência em 1975.
O Timor Português, a parte oriental da ilha do Timor no arquipélago Malaio, foi um dos territórios Asiáticos de Portugal. O Timor Leste, como às vezes era chamado, tornou-se parte da Indonésia em 1976.
Mas em 2002, ganhou a independência total. Portugal perdeu seus territórios na Índia, incluindo Goa, em 1961. Mas ele manteve o último território restante, Macau – na foz do Rio Canton fora da costa sudeste da China até Dezembro de 1999. Macau foi, então, entregue à República Popular da China. Tornou-se uma zona administrativa especial, com autonomia considerável.
População
O povo Português, que soma cerca de 11 milhões, são uma mistura de vários grupos diferentes. As primeiras pessoas conhecidas à habitar a península foram os Ibéricos. Eles foram mais tarde juntados pelos Celtas. No tempo os Fenícios, Gregos, e Cartagineses chegaram e criaram assentamentos costeiros.
Os mais agressivos desses invasores foram os Cartagineses, e foi para combatê-los que o povo chamado Celtiberiano chamou os Romanos por ajuda. Os Romanos chegaram, mas eles, por sua vez, tentaram conquistar a região.
Eles foram fortemente contestados por uma tribo guerreira chamada Lusitanos. Eles conseguiram resistir à conquista Romana por quase dois séculos, mas foram finalmente superados em cerca de 1 século aC.
Os Romanos foram derrotados pelas tribos Germânicas. Eles, por sua vez, foram empurrados fora pelos Mouros do norte da África no século 8. Fora dessas conquistas e reconquistas finalmente veio a nação de Portugal e um povo unido pela sua língua e pela sua religião, o Catolicismo Romano.
Ao descrever o povo de Portugal os escritores muitas vezes insistem sobre a profunda melancolia Portuguêsa. Diz-se que ela reside das épocas de lutas e tristezas e é expressa nas famosas canções de Portugal, os fados.
Cantados com acompanhamento da guitarra, os fados cantam a morte demasiado precoce, de amantes crueis, de heróis do passado, de um grande toureiro morto na arena. Eles se resumem na intraduzível palavra Portuguêsa saudade. Ela descreve um estado de espírito em que alguém está suspirando, desejando, ou recordando o passado com resignação.
Apesar dessa aura de melancolia os Portuguêses encontram alegria em muitas coisas. Seu patrimônio de riquezas pode ser visto na tapeçarias, obras de ouro, e azulejos decorativos nas igrejas e palácios.
A beleza e a decoração desempenham um papel na sua vida diária, também, como em toalhas de mesa requintadamente bordadas.
É um deleite ser convidado para uma casa de campo em Portugal. O almoço sai de uma chaleira de cobre e é acompanhado por um vinho local. O milho é um básico. O peixe é mais importante do que carne. Bacalhau é o prato mais comum. Um bom cozinheiro vai reivindicar que ele pode preparar o fiel amigo, como o bacalhau é chamado, em pelo menos 365 maneiras – uma para cada dia do ano.
Esportes
Portugal é internacionalmente famoso pela excelência de suas equipes de futebol. Algumas alcançaram o topo do ranking das competições europeias e mundiais.
Cada equipe tem milhares de fãs extremamente leais e ruidosos. Os jogos de futebol e o totobola (polo aquatico) baseado neles estão entre os divertimentos mais populares do país.
Outra atração é a tourada Portuguêsa. A tradicional corrida (tourada) é uma competição entre um desafiante touro e um cavaleiro – desviando, girando, e sempre retornando a um ataque frontal para provar o domínio sobre o touro.
O touro não é morto na tourada Portuguêsa. A pega – enfrentando o touro pelas mãos é exclusiva para Portugal. Na praça de touros, uma equipe de ágeis e corajosos jovens liderados por um capitão abordam o touro face-a-face.
A pé, eles desafiam o touro, agarrando seus chifres em suas simples mãos, subjugando-o e trazendo-o de joelhos. Estes homens são amadores que jogam este jogo perigoso por esporte, não por dinheiro.
Educação
Houve leis de educação obrigatória em Portugal desde 1911. Mas elas não foram rigorosamente aplicadas até o início dos anos 1930s. Hoje a taxa de alfabetização é de cerca de 93 por cento.
Há seis universidades no Portugal continental. A mais antiga é a Universidade de Coimbra. Ela foi fundada em Lisboa em 1290 e mudou-se para Coimbra no século 16. Duas outras universidades, em Lisboa e em Oporto, foram fundadas em 1911.
As universidades remanescentes estão em Aviero (fundada em 1973), Minho (fundada em 1974), e outra em Lisboa (fundada em 1974). A Universidade Técnica de Lisboa foi fundada em 1930. A Universidade Católica foi inaugurada em Lisboa em 1967.
Cidades
Desde 1147, Lisboa tem sido o centro político de Portugal. Uma das mais antigas cidades da Europa, Lisboa está construída sobre sete colinas com vista sobre a boca do Rio Tejo, um grande porto natural. Cerca de 10% da população de Portugal vive em Lisboa. Ela é o centro comercial e industrial do país.
Grande parte da beleza da cidade é um crédito ao plano diretor elaborado pelo Marquês de Pombal. Ele foi primeiro-ministro em 1755, quando um terremoto, incêndios e ondas gigantes destruíram 66% de Lisboa. Um dos planos de Pombal resultou em uma das praças mais bonitas da Europa, a Praça do Comércio.
Uma série de edifícios com arcadas foram construídos no final do século 18. Eles defrontam a praça em três lados. O quarto lado está aberto para o rio.
Lisboa, como muitas das antigas cidades Europeias, é uma cidade de contrastes. Existem largas avenidas, belos prédios modernos, e encantadores apartamentos em estuque pastel.
Há também seções antigas de ruas estreitas, ruas sinuosas, áreas antigas (algumas das quais escaparam do terremoto), com velhas igrejas, e pequenas lojas que vendem antiguidades.
Algumas das ruas de Lisboa são tão íngremes que elevadores levam-no de um nível para outro; outras têm teleféricos ou bondes elétricos.
Há muitos locais famosos para o visitante, em Lisboa. Algumas das calçadas das avenidas importantes são azulejadas em mosaicos pretos e brancos, dispostos em desenhos atrativos. Os monumentos históricos mais famosos estão na área chamada Belém.
Lá, o Rei Manuel I construiu o grande mosteiro dos Jeronimos no século 16. Ele ergue-se no local de uma pequena capela. Os primeiros navegadores vinham à capela para rezar antes de embarcar rumo ao desconhecido.
É um santuário nacional. Vasco da Gama, que é suposto ter rezado lá na véspera da sua histórica viagem à Índia em 1497, está enterrado lá. O mesmo é verdadeiro de Luis Vaz de Camões, o poeta Português do século 16.
Ele escreveu o épico Os Lusíadas. O coração deste poema diz respeito à viagem de descoberta em torno do Cabo da Boa Esperança para a Índia e os feitos de Vasco da Gama e seus marinheiros.
A igreja de Os Jeronimos é uma obra-prima da arquitetura Manuelina. Este é um estilo desenvolvido em Portugal no final do século 15 e início do século 16 e nomeado após o Rei Manuel I. É uma elaboração exuberante do estilo Gótico, que foi financiado pela riqueza proveniente do comércio com o Oriente.
Os edifícios Manuelinos podem ser reconhecidos pelas massas de intricadas pedras esculpidas de cordas, conchas, âncoras, bússolas, globos, e outros símbolos do domínio dos mares de Portugal.
O subúrbio de Belém também tem a Torre. É um exótico monumento Manuelino construído sobre o local exato de onde os navios navegavam por diante em suas viagens de descoberta.
Em 1960, para comemorar o 500º aniversário da morte do Infante D. Henrique, o Navegador, o Monumento dos Descobrimentos foi revelado. Os exploradores marítimos líderes de Portugal, com o Príncipe em suas cabeças, estão representados no monumento.
À pouca distância interior de Lisboa está Cintra. É uma cidade de lindas casas de estuque antigo em magníficos jardins. Em Cintra existem antigos palácios, pois este foi uma vez um lugar favorito para os reis e a nobreza passarem o verão.
Também perto de Lisboa, mas no litoral, está o Estoril. É o centro dos resorts da moda de Portugal na Costa do Sol. Ali os ricos, e alguma realeza exilada de outras terras Européias, construíram lindas casas de estuque vermelho, azul, rosa, laranja, e amarelo e azulejos que reluzem no sol brilhante.
Portugal tem muitas cidades antigas, que valem a pena visitar. Oporto, a segunda maior cidade e centro da indústria do vinho, tem várias notáveis igrejas Românicas. É também o lar do Museu Soares dos Reis.
O museu exibe a maioria das obras do grande escultor e pintor do século 19 Soares dos Reis, bem como pinturas, ourivesaria, e porcelanas.
Ao norte do Porto está Braga, que é famosa por suas igrejas. A cidade de Évora traça a sua história para os Romanos e os Mouros. Há os restos de um Templo de Diana do primeiro ou segundo século aC; a grande catedral em estilo Gótico do século 12, e muitos outros monumentos.
No centro de Portugal, 68 milhas (110 km) ao norte de Lisboa, está a aldeia de Fátima, com seu santuário nacional em honra de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Os Católicos Romanos têm feito peregrinações a Fátima desde 1917, quando três pastorinhas disseram ter visto a Virgem Maria lá por seis vezes. É agora um local de peregrinação, com mais de 2 milhões de peregrinos visitando a cada ano.
Economia
Os dias das grandes viagens de descoberta e colonização se passaram na história, mas muitos Portuguêses ainda ganham a vida do mar. São os pescadores que provêm os Portuguêses com a principal fonte de proteína em sua dieta e a matéria-prima para sua importante indústria de conservas.
O mar é rico em peixes, mas o oceano aberto é muitas vezes brutal e a pesca pode ser uma profissão perigosa.
Em Nazaré os pescadores levam seus frágeis barcos diretamente através das ondas do oceano em busca de sardinhas e outros peixes. No litoral sul, na província do Algarve, e em torno dos Açores, eles saem principalmente atrás do atum.
Durante séculos, as frotas de pesca Portuguêsas têm saído a cada primavera para os distantes mares da Terra Nova conhecidos como os Grandes Bancos. Eles retornam no final do verão, carregados de bacalhau.
O bacalhau é salgado e armazenado nos porões dos navios. Após a chegada em Portugal, o peixe salgado é despojado, curado e seco, para se tornar o prato nacional, o bacalhau.
Portugal está expandindo sua indústria de pesca mediante a concessão de empréstimos para a modernização de equipamentos, mas ocasionalmente ainda se pode ver as mulheres nos portos de pesca remendando as redes, as quais elas mantêm esticadas com os pés descalços; e as varinas (mulheres dos pescadores) ainda levam seus produtos de porta em porta, carregando o peixe em cestos sobre suas cabeças.
Portugal tem estado desde há muito entre os países mais pobres da Europa Ocidental, mas nas últimas décadas sua economia tem sido totalmente modernizada e diversificada.
Apenas cerca de 10 por cento da população ativa está agora empregada na agricultura, silvicultura e pesca, e cerca de 60 por cento trabalham na indústria de serviços.
Portugal é moderadamente rico em minerais, mas alguns são difíceis de minar. Os mais importantes são a wolframita (a fonte do tungstênio), ferro, cobre, e minerais não-metálicos como o mármore, ardósia, e calcário. Há também certa quantidade de carvão de baixa qualidade. Um gasoduto de gás natural da Argélia foi inaugurado em 1997.
Planos de desenvolvimento sucessivos proveram o norte de Portugal com uma rede de barragens. Elas geram a muito necessária energia e provêm a irrigação. As mais conhecidas destas barragens são Castelo do Bode, Belver, e Idanha sobre o Tejo e seus afluentes.
Na bacia do Rio Douro, um esforço conjunto Português-Espanhol construiu um vasto complexo hidrelétrico servindo tanto Espanha e Portugal. Duas refinarias de petróleo foram construídas, uma em Matozinhos, perto de Oporto, em uma área que também produz aço e petroquímica, e outra próxima de Lisboa.
Uma usina siderúrgica moderna está localizada sobre o Rio Tejo de Lisboa. Em 1979, um complexo petroquímico iniciou suas operações em Sines, ao sul de Lisboa. Estas melhorias, e a Ponte 25 de Abril (antes Ponte Salazar) atravessando o Tejo e ligando Lisboa com a metade sul do país, simbolizam um Portugal que entrou na era industrial moderna.
Além dos peixes conservas, da cortiça, e das indústrias de vinho, Portugal produz algodão e tecidos de lã, produtos de metal, cimento, produtos químicos, papel, sabão, vidro e cristais, e remédios.
No entanto, grande parte da indústria de Portugal ainda está em pequenas fábricas e oficinas. Lá, os têxteis são feitos, o linho é tecido e bordado, e tapetes são feitos sob medida. O turismo proporciona à economia de Portugal com a sua maior fonte de divisas.
Além disso, quantidades substanciais de dinheiro são recebidos dos Portuguêses em outras partes da Europa Ocidental, Brasil e América do Norte.
História
A moderna história Portuguêsa começou com as guerras travadas contra os Mouros. Eles ocuparam o país no século 8. Apesar da ocupação do país pelos Árabes Muçulmanos, a fé Cristã permaneceu firmemente estabelecida.
Os nobres Cristãos tinham recuado para as regiões montanhosas do noroeste. Não foi até o século 11 que eles começaram a empurrar os Mouros de volta para o sul. Muitos jovens cavaleiros, motivados pela fé, zêlo guerreiro, e ambição, vieram de outras terras para participar nas guerras.
Foi assim que Henrique, um jovem da Borgonha, veio da França no século 11. Ele distinguiu-se na batalha e ganhou uma noiva, a Princesa do Reino de León, que tinha o território entre os Rios Douro e Minho. Este território foi chamado o país de Portugal, porque um dos centros desta região estava localizado perto da foz do Rio Douro em um lugar chamado Portucale.
O nome é provavelmente derivado do Latim para porto – portus – e Calle, o nome de um castelo que dava para ele. Portucale deu seu nome à nação de Portugal.
Em 1139 o filho capaz de Henrique da Borgonha, Afonso, declarou-se Afonso I, o primeiro monarca de Portugal. Afonso I reuniu um grupo de Cruzados Europeus do norte para a sua causa. Eles estavam em seu caminho para a Terra Santa quando uma tempestade varreu-os para a foz do Douro.
Com a ajuda deles, Afonso recapturou sete cidadelas Mouras, incluindo a cidade de Lisboa. Em uma ação ousada, ele varreu pelo território dos Mouros e recapturou o Cabo de São Vicente.
Os sucessores de Afonso completaram o trabalho de empurrar os Mouros para fora da península. Por meados do século 13 as fronteiras de Portugal estavam firmemente estabelecidas.
Um dos mais notáveis dos primeiros reis Portuguêses foi o Rei Diniz (reinou 1261-1325). Ele foi chamado de O Rei Lavrador por causa de seu interesse na agricultura. Entre as suas muitas realizações estava o plantio de florestas de pinheiros para evitar a erosão.
Estas florestas mais tarde proveram mastros e madeira para os navios dos exploradores. Diniz também escreveu poesia em Português. E ele publicou decretos reais e documentos em Português numa época em que apenas o Latim era usado para escrever tais escritos. Ele também fundou a primeira universidade de Portugal.
Os Exploradores
O início efetivo das grandes viagens de descobertas Portuguêsas é difícil de identificar. Não há mistério, no entanto, sobre o líder que inspirou as grandes viagens.
Ele foi o Infante D. Henrique o Navegador. Ele fundou um arsenal naval em Sagres, perto do canto mais ao sudoeste da Europa, para servir como uma base de exploração. Em seguida, ele acrescentou um observatório e uma escola para a geografia e navegação.
De 1418 até sua morte em 1460, ele cercou-se de cartógrafos, astrônomos, fabricantes de instrumentos, matemáticos e pilotos. Ele enviou equipes para traçar os mares, estudar os ventos e as correntes, elaborar mapas de porto, e construir caravelas – navios projetados para longas viagens.
Com os mapas, instrumentos, navios, conhecimento e inspiração legados a eles pelo infante D. Henrique, os Portuguêses gradualmente mais e mais navegaram pela costa da África. Em 1488, Bartolomeu Dias atingiu o Cabo da Boa Esperança, na ponta da África. Ele descobriu que a costa voltava-se para o nordeste lá.
Em 1498, quase 40 anos após a morte de Henrique, Vasco da Gama descobriu o caminho para as riquezas da Índia que Colombo e tantos outros tinham buscado em vão.
Os Portuguêses tinham encontrado a maneira de trazer para a Europa as sedas, especiarias, ouro e outros tesouros da Ásia, sem arriscar a perigosa rota de caravanas terrestres ou ataques por aqueles que controlavam as águas do Mediterrâneo. Os marinheiros Portuguêses assumiram o comércio de especiarias do Oriente dos Árabes. Eles acumularam grandes riquezas e começaram os assentamentos na costa Indiana.
Os Portuguêses introduziram sua língua, seus costumes e sua fé para as pessoas em terras distantes. Seus missionários pregaram o Cristianismo na Índia e tão a leste quanto o Japão. Eles também introduziram armas de fogo para aquelas terras. Da China eles trouxeram para casa o uso de chá e de fogos de artifício. Eles deixaram para trás palavras Portuguêsas que se tornaram parte do Chinês e de outras línguas Orientais.
A concorrência entre os exploradores Espanhóis e Portuguêses tornou-se intensa. Em 1494 os dois países assinaram o Tratado de Tordesilhas. Eles dividiram o mundo não-Cristão, desenhando uma linha imaginária de pólo a pólo. O que estava a leste da linha foi dado a Portugal; a terra a oeste da linha era da Espanha.
Felizmente para Portugal, quando Pedro Alvares Cabral, acompanhado por Bartholomeu Dias, chegou ao Brasil em 1500, aquela área caiu dentro da reivindicação Portuguêsa. Missionários e pioneiros seguiram-se a Cabral.
Eles empurraram profundamente na selva Amazônica do Brasil para fundar assentamentos, cultivar a cana, e minar o ouro, prata e diamantes que proveram a fantástica riqueza de Portugal durante décadas.
No século 16 o Império Português se estendia desde a costa da China ao Brasil, do norte da África ao Oceano Pacífico. Portugal monopolizou o comércio de especiarias e enviou marinheiros, colonos, comerciantes, administradores e sacerdotes para suas distantes explorações.
Mas Portugal era um país de apenas 2.000.000 de pessoas, e muitos de seus homens mais talentosos morreram naquelas terras distantes. Além disso, grande parte do lucro da riqueza importada foi orientado para proteger os assentamentos distantes e para manter abertas as generalizadas rotas marítimas de Portugal.
Declínio de Portugal
A boa sorte de Portugal terminou de repente. Em 1578, D. Sebastião levou os exércitos Portuguêses em uma expedição ao Marrocos. Sonhando com uma nova cruzada, ele levou seus homens para batalhar os Mouros no deserto Marroquino.
Ele foi morto, e apenas alguns de seus homens sobreviveram ao massacre. Em 1580 o país enfraquecido, dividido por lutas internas, foi anexado pelos Espanhóis, que governou até 1640. Naquele ano, João de Bragança, aproveitando a participação da Espanha em outras guerras, conseguiu expulsar os Espanhóis e tornou-se D. João IV de Portugal.
Durante os 1700s houve novamente um breve período de grande prosperidade em Portugal, com os recursos do Brasil fornecendo a riqueza. Mas em 1755, Lisboa foi quase destruída por um terremoto, e o país levou um longo tempo para se recuperar.
Durante as Guerras Napoleonicas ele foi invadido pelo exército Francês. O Rei e a familia real fugiram para o Brasil, e por um curto período de tempo a capital de Portugal estava no Rio de Janeiro.
Depois que Napoleão foi derrotado a família real voltou para Portugal. Durante este período, o vasto império começou a desmoronar. Em 1822, o Brasil declarou sua independência, e, portanto, a única fonte maior de riqueza de Portugal estava perdida.
Todo o século 19 e o início do século 20 foi uma época de desastre econômico e político em Portugal. A paralisação repentina da riqueza do Brasil causou dificuldades financeiras que levaram a pesados empréstimos da Inglaterra.
As idéias liberais da Revolução Francesa, trazidas para Portugal pelos exércitos invasores de Napoleão, inspiraram o povo a lutar contra o domínio absoluto. Violentas lutas partidárias, guerras civis, e agitação contínua levaram a condições caóticas e a um movimento crescente para o republicanismo.
O rei e seu herdeiro foram assassinados em 1908, e dois anos depois Portugal se tornou uma república.
Durante a Primeira Guerra Mundial Portugal foi um dos aliados Ocidentais contra a Alemanha. Mas Portugal tinha tantos sérios problemas econômicos que os governos livremente eleitos enfrentaram grandes dificuldades.
Nos 16 anos após a república ser proclamada em 1910, Portugal assistiu a repetidos golpes de estado, e 46 governos se sucederam em rápida sucessão. A agitação política continuou a perturbar a vida da nação até 1926, quando o Marechal Antonio Oscar de Fragoso Carmona assumiu o governo.
Em 1928, Carmona nomeou Antonio de Oliveira Salazar, um professor da Universidade de Coimbra, como ministro das finanças para ajudar a estabilizar a economia de Portugal. Em 1932, Salazar tornou-se premier e, com seus poderes estendidos pela nova Constituição de 1933, chefiou o governo por 35 anos.
Forçado a se aposentar devido a doença, ele foi sucedido por Marcello Caetano, em 1968. Salazar morreu em 1970.
Anos de Mudança
Durante os anos de Salazar como primeiro-ministro, Portugal teve um governo em geral estável, mas autoritário. Sob a Constituição então em vigor, Portugal foi descrito como uma república unitária e corporativa.
Havia um presidente como chefe de Estado; uma legislatura, a Assembléia Nacional; e um órgão consultivo denominado Câmara Corporativa. Foi Salazar, no entanto, que governou Portugal durante este longo período. Apenas um partido político era oficialmente permitido.
Logo após Marcello Caetano tornar-se premier ele estendeu o voto para as mulheres. Anteriormente, apenas as mulheres que eram chefes de família ou profissionais independentes eram autorizadas a votar.
Em 1969, a lei eleitoral foi alterada para colocar as mulheres em pé de igualdade com os homens. Caetano também controlava a polícia política, permitiu uma maior liberdade de discussão e relaxou as leis da censura.
Mas muitos Portuguêses desejavam reformas políticas e sociais mais amplas. A questão das províncias ultramarinas na África também despertava grande controvérsia. Por muitos anos o Exército tinha tido uma guerra amarga e cara contra grupos nacionalistas Africanos na Guiné Portuguêsa (Guiné-Bissau), Angola e Moçambique, que buscavam a independência.
A guerra era impopular com muitas pessoas que acreditavam que as províncias deviam ser autorizadas a sua independência. Elas sentiam que as enormes somas de dinheiro gasto em mantê-las sob o domínio Português seriam melhor gastas em áreas como educação, habitação e desenvolvimento industrial em casa.
Em 1974, um grupo de oficiais do exército contra a continuação da guerra na África derrubou o governo do Premier Caetano. Um governo provisório, composto por membros das forças armadas, foi criado.
Um de seus primeiros atos foi reconhecer o direito das províncias Africanas à independência. Os novos líderes do país também prometeram restaurar a democracia para Portugal. No entanto, o conflito logo surgiu quanto a que tipo de governo Portugal devia ter.
Uma luta pelo poder desenvolveu-se entre os Comunistas, aliados a grupos extremistas radicais e os Socialistas. Uma onda de inquietação varreu o país, e a já enfraquecida economia Portuguêsa foi posteriormente interrompida pela instabilidade política.
A Era Democrática
Mesmo que muitos governos detiveram o poder desde 1974, Portugal gradualmente foi transferido para o sol da democracia das sombras da crise que tomou conta do país após a remoção de Caetano do cargo. Vários fatores causaram essa transição. De importância crucial foi o apoio contínuo às forças democráticas fornecido pelos membros da Comunidade Europeia (CE) e pelos Estados Unidos.
Além disso, o líder Socialista Mário Soares, que por duas vezes atuou como premier antes de ganhar a presidência em 1986, defendeu a democratização e se opôs aos extremistas dentro de ambas as Forças Armadas e o Partido Comunista.
As reformas introduzidas por Soares no início dos 1980s abriram uma economia atingida por anos de altas tarifas, a burocracia, os subsídios, as práticas de gestão ultrapassadas, e a intervenção estatal nos assuntos econômicos.
A entrada na Comunidade Europeia em 1986 ampliou consideravelmente as oportunidades de exportação para Portugal. Em meados da década de 1990, a União Europeia (UE) – a organização que sucedeu a EC – tinha fornecido Portugal com bilhões de dólares em ajuda para a modernização.
Ao longo da década, Portugal tinha uma das economias que mais cresciam na Europa. A combinação de estabilidade política, crescimento econômico e políticas flexíveis provocou um forte aumento nos investimentos estrangeiros de outros países da UE.
Contribuindo para a estabilidade do país foi a eleição de 1987 do Social Democrata Aníbal Cavaco Silva como primeiro-ministro. Um professor universitário e economista, ele trabalhou para acabar com uma era de “paternalismo estatal”, incentivando a livre iniciativa.
Em 1989, o parlamento removeu a linguagem Marxista da Constituição de 1976. Cavaco Silva e o Partido Social Democrata de centro-direita foram devolvidos ao poder em 1991.
As eleições gerais realizadas em Outubro de 1995 marcaram o fim do domínio de 10 anos do Partido Social Democrata, quando o Partido Socialista assumiu o poder. Em 1996, as eleições presidenciais foram ganhas pelo Socialista Jorge Sampaio, o ex-prefeito de Lisboa, que foi reeleito em 2001.
Os Socialistas perderam para os Social Democratas em Março de 2002. No início daquele ano, Portugal substituiu sua moeda nacional com o euro. José Sócrates tornou-se primeiro-ministro quando o Partido Socialista voltou ao poder em 2005. Nas eleições nacionais de 2009, Sócrates ganhou um segundo mandato, mas à frente de um governo de minoria.
O crescimento economico de Portugal abrandou a partir de 2000, e o país lutava para manter seu déficit orçamentário dentro dos limites estabelecidos pela UE.
A crise econômica global em 2008-09 agravou este problema. Com uma grande dívida pública e uma economia estagnada, Portugal começou a ter problemas de financiamento da sua dívida externa. Confrontado com o perigo do default em seus empréstimos, ele recebeu uma ajuda financeira da UE em Maio de 2011.
Nesse ínterim, o governo Socialista tinha caído. As eleições em Junho levaram o Partido Social Democrata de volta ao poder sob a liderança de Pedro Passos Coelho, que se tornou primeiro-ministro. Sob os termos do resgate, o novo governo teve que implementar rígidos cortes no orçamento (que vieram em cima dos cortes feitos anteriormente pelo governo anterior).
O efeito foi aprofundar a recessão econômica do país, que foi provavelmente a pior desde quando Portugal voltou para a democracia em 1974.
George W. Grayson
Fonte: Internet Nations
Portugal
História
Portugal, é um pequeno país europeu famoso sobretudo pelas importantes descobertas marítimas que ampliaram o mundo conhecido no século XVI. Povos pré-históricos viveram há mais de 100.000 anos na região onde hoje está Portugal.
Os primeiros habitantes conhecidos foram os Iberos que ali viveram há 5.000 anos. Os fenícios povoaram a região, precisamente a costa leste do Mar Mediterrâneo, no sec. XI a.C.
Os Celtas e os gregos estabeleceram povoações entre os secs. X e VII a.C. respectivamente. Os fenícios de Cartago dominaram grande parte da península no séc.V a.C. No ano 201 a.C. o Império Romano derrota Cartago na Segunda Guerra Púnica e domina a península Ibérica acelerando o seu desenvolvimento sob todos os aspectos.
Porém tribos de origem germânica, os Visigodos, expulsaram os romanos no séc. V d.C. Os Visigodos já estavam convertidos ao cristianismo e Portugal permaneceu sob seu domínio, numa instável sucessão de Chefes/Reis, que acaba com a organização deixada pelos romanos e estabelece vários pequenos estados sempre em litígio entre si.
Em princípios do séc. VIII d.C. chegam os muçulmanos, donos de uma sociedade avançada e organizadíssima, com um refinamento cultural muitíssimo superior ao que havia em toda a Europa medieval; eles conquistaram o que é hoje Portugal e Espanha e mantém a sua influência de maneira muito acentuada nesses países com o seu Califado de Córdoba.
Os cristãos se refugiaram ao Norte de Portugal lá mantendo sua influência e independência política/religiosa e, após séculos de lutas, reconquistaram em meados do séc. XIII a supremacia, tanto em Portugal quanto na Espanha.
A nação portuguesa foi criada a partir do apoio dado por Henrique de Borgonha, filho do Conde da Borgonha, uma das grandes famílias do Reino de França, aos Reis Cristãos de Espanha em sua luta contra os muçulmanos.
Em 1094 Alfonso VI (1035-1109), 14o Rei de Leão e 3o Rei de Castela, doou a Henrique de Borgonha, (que era casado com uma de suas filhas) como recompensa pela sua ajuda militar no combate aos muçulmanos, os condados do Porto e de Coimbra pois, Portugal, nessa época, pertencia à Espanha.
Afonso Henriques (1109-1185), filho de Henrique de Borgonha, e neto de Afonso VI, após muitas vitórias sobre os muçulmanos, tomou o título de Rei de Portugal, a 25/7/1139, tornando-o independente da Espanha e iniciando a 1a Dinastia Real de Portugal, a Dinastia de Borgonha (1139-1383).
Em 1383, com o término da dinastia de Borgonha, subiu ao trono português o rei João 1o, que inicia a 2a Dinastia Real de Portugal, a dinastia de Avis (1383-1580), garantindo a independência de Portugal e fazendo aliança política com a Inglaterra para se defender da Espanha.
Em 1415, os portugueses conquistam Ceuta, no Marrocos, pois já haviam se tornado exímios navegadores e adquirido grandes conhecimentos náuticos. Graças à Escola de Sagres, aprimoram a técnica da navegação e constroem navios para suportar longas viagens.
Tinha início a era dourada das navegações e dos descobrimentos que tornam Portugal o país mais rico da Europa. Assim, em 1419, os navegantes portugueses chegaram as Ilhas da Madeira e em 1431 alcançaram os Açores e a partir de então, se lançam na ampliação das rotas marítimas que culminam com a descoberta do Caminho das Índias por Vasco da Gama e do Brasil por Cabral e criam o Império Português que foi maior que o Romano e o Inglês e era muito bem organizado tanto no Côdice de Leis como na Educação que tornavam portugueses iguais aos da Metrópole Lisboeta, todos os súditos espalhados pelo mundo afora.
A dinastia de Avis termina em 1580 com a morte de D. Sebastião, sem herdeiros, e Portugal passa a ser governado pela Espanha de cujo jugo só se libertará com a restauração dos Braganças quando João, 8o Duque de Bragança, é feito Rei de Portugal a 1/12/1640, como D. João 4o, o Restaurador, iniciando a 3 a Dinastia Real de Portugal, a Dinastia de Bragança que, de 1640 reinou até 1910 sendo, a partir de 1820, uma Monarquia Constitucional, que deu ao Brasil os seus 2 Imperadores, de 1822 a 1889.
Com a queda da Monarquia a partir de 1910 se estabelece a 1a República Portuguesa que mantém as suas colônias na Indonésia, Angola, Guiné e Moçambique, este período inclui a fase de autoritarismo de Antonio de Oliveira Salazar que termina com a Revolução dos Cravos, a 25/4/197 dando inicio à 2ª República Portuguesa que perdura até hoje sem possuir mais nenhuma Colônia Ultramarina e fazendo parte da Europa Unificada que deu grande desenvolvimento econômico a Portugal inserindo-o no mundo contemporâneo.
Fonte: www.jbcultura.com.br
Portugal
Capital: Lisboa
População: 10,7 milhões (est. 2010)
Língua oficial: Português (de jure)
O grupo majoritário: Português (96%)
Grupos minoritários: espanhol, árabe, galego, mirandesa, calo, Inglês, Alemão, Gypsy, francês, etc.
Sistema político: República
História
Os primeiros povos
Muitas pessoas se instalaram na Península Ibérica desde os tempos antigos. Inclua os iberos, fenícios, celtas, bascos e os Cartagineses, para não mencionar os gregos e os romanos.
Aqueles que deixaram os mais profundos traços foram, sem dúvida, os romanos, porque eles deixaram o povo de língua românica e uma religião, o cristianismo. As únicas pessoas que habitavam a área na Antiguidade e que ainda hoje existe, é que os bascos.
Os ibéricos
A partir do período Neolítico, ou para o sexto milênio, as pessoas ainda origens misteriosas, iberos, assentadas na Europa Ocidental. Alguns historiadores acreditam que os ibéricos eram da região do Ebro, então chamado iberus, enquanto outros dizem que já chegou na África do Norte entre 4000 e 3500 aC.
No entanto, sabemos com certeza que, cerca do ano 3000, os ibéricos havia vencido a Península Ibérica a estabelecer-se ao longo do Mar Mediterrâneo. Eram várias pessoas, incluindo os Lacetani Sordones os indigetes os Hercavones o Edetani o Contestani, etc. Sua língua, Ibérica (com seus muitos dialetos), pré-indo-europeu linguagem é atestada em inscrições que ainda não foram decifrados. A língua nativa foi gradualmente se voltam para I. ou AD século II, a ser gradualmente substituído pelo latim e mais tarde pelas línguas românicas.
O segundo milênio, a costa mediterrânea foram ocupadas por fenícios e gregos. Foram os gregos que chamavam a Península Ibérica (em francês: Iberia), provavelmente em memória dos primeiros habitantes, os ibéricos.
O Celtas
Por volta de 1000, ondas de imigrantes da Alemanha e da Gália, os celtas vieram do norte e se estabeleceram no vale do Ebro, a oeste da região ocupada pela Aquitaine e ibéricos, que corresponde às regiões atuais de Castilla-La Mancha, Castela e Leão, Astúrias, Galiza e Portugal.
Como ibéricos, celtas eram compostos de muitos povos: Gallaeci das Astúrias, o Vaccaei o Carpetanos, etc. Entre estes, o Lusitani (ou lusitanos francesa) e vettones (ou vettones francês) veio antes de todos os outros, eles são chamados de “pré-celta povos”.
Lusitanos eram originalmente a identidade do Português. Acredita-se também que os lígures também pode ter ocupado a península antes da chegada dos celtas. Posteriormente, celtas e ibéricos têm coexistido e misturado Celtiberian formando o fundo da população da península.
Celtiberos falavam línguas celtas variedades de tipo arcaico, eles eram bastante diferentes variedades de línguas faladas na Gália ao norte da península, Gália (atual França). Eles deixaram vestígios em nomes de lugares como muitos Berdún, Navardún Salardú ou Conimbriga Portugal.
Os bascos e outros povos
Norte, Aquitani (ou Aquitânica), Proto-bascos bascos foram os ancestrais de hoje. Apresentar, antes da chegada dos celtas, Proto-bascos descendentes dos habitantes da época pré-histórica. A origem da língua pré-indo-europeu é ainda em grande parte desconhecido e se funde com a do País Basco.
No Algarve presente, sul de Portugal, em seguida, apresentar o Turdetani viveu (ou Turdétaniens), um povo ibérico, mas também existiam na Andaluzia presente (sul da Espanha) Tardessos (ou Tartessos), que falou de línguas de seus vizinhos, provavelmente relacionada berberes línguas, portanto, tipo de linguagem Hamito-semita.
No século V, os cartagineses vieram do norte da África estendeu sua dominação no sul da Península Ibérica, que liquidou os Turdétaniens e Tartessos. A partir do terceiro século aC, os cartagineses entraram em conflito constante com os romanos que esmagou os seus inimigos em 201 aC. A civilização cartaginesa foi finalmente derrubado na vitória da Roma e da destruição de Cartago (Tunísia) -146, após um cerco de quatro anos.
O período romano
Despojado do seu grande rival, Cartago, Roma começou a expandir seu império, que continuou na Península Ibérica. Durante a Segunda Guerra Púnica (218-202 aC), iberos acolheu com satisfação as primeiras tropas romanas de Scipio Africanus Geral (235-183 aC. AC), a fim de se libertar da dominação Cartago.
Mas antes que a política repressiva colonial dos romanos, iberos mudaram de idéia. É por isso que os romanos sabiam algumas dificuldades para impor a “pax romana” na Península Ibérica, a que chamavam Hispânia, uma palavra derivada do fenícia (“i-im-shepan”) em latinizado “I-é-span “significado” terra de coelhos “, porque a Península Ibérica era conhecido por sua abundância de coelhos.
Ao longo dos séculos, a palavra Hispania (em francês: Hispania) iria evoluir para España (“Espanha”).
As populações latinização
Romanização completa da península levou 200 anos. Foi feito por etapa, a partir de leste para oeste (ver mapa à esquerda). Os romanos ocuparam o norte-leste e -218 em alguns povos subjugados Ibérica (Sordones, Ausetani, indigetes, Laietani).
No ano -197, todos os outros ibéricos (Cessetani, Ilercavones, Edetani, Contestani, Bastetani, etc.), Isto é, aqueles que viviam ao longo do Mediterrâneo ficou sob o domínio romano. Em 157 aC, foi a vez do lusitano e vettones, então Vaccaei em -133 e, finalmente, galegos (“Gallaeci”) em -29.
Romanização foi mais rápido sudeste, ou Citerior Hispania (sul do rio Ebro Ebro ou). Residentes, incluindo o Bastetani Turdetani o Carpetanos e celtiberos, rapidamente abandonada após 40 anos, a sua língua a falar latim.
Na região Norte os romanos chamavam então o ulterior Hispania (Galiza, País Basco e Portugal de hoje), que é, a “Espanha distante”, a resistência foi feroz do Lusitano , de vettones, o Vaccaei e galegos como os romanos “pacificado” da região no ano 29 aC.
É, obviamente, nas Baleares (no extremo leste) que latinização (ou romanização) tornou-se o mais rápido, enquanto ele está em Galiza e Astúrias, que teve lugar mais tarde. Não só latinização foi gradual leste a oeste, mas não ir no mesmo ritmo entre os do Norte e do Sul, algumas populações de latinisèrent Norte, por vezes, mais tarde ou no fim do século III de nossa era.
Depois disso, a Península Ibérica é latinisa, com exceção dos bascos que continuaram a falar sua língua, apesar da pressão pelos romanos. Quanto à linguagem Ibérica, desapareceu completamente absorvida pela América durante os seis séculos de ocupação romana.
A Hispânia romana foi organizado e dividido em três províncias: a Bética (ou Baetica) ao sul da Lusitânia (Lusitânia) para o sudoeste e Tarraconaise (Tarraconensis) no resto da Península. Posteriormente, os cartagineses foram adicionados (Carthaginensis), sob a jurisdição do Tarraconaise e no século VI, ou Balearica Béarique (Ilhas Baleares).
Porque a Hispania foi localizado no final do Império Romano, de modo mais isolado, latim falado nestas províncias permaneceu geralmente mais arcaico e menos aberto a inovações lingüísticas de Roma.
Além disso, muitas velhas formas latinas foram preservados mais tarde, em Espanhol e Português. Por exemplo, o velho latim mensa (“mesa”) deu mesa em Espanhol e Português, mas foi abandonado na Catalunha, Gália e Itália para uma tabula nova palavra, agora Taula catalão, francês tabela tavola e italiano.
Poderíamos multiplicar os exemplos desse tipo, que testemunham em comparação com o resto do mundo romanizado, mudando um pouco diferente do velho latim Hispania.
As invasões germânicas
Invasões “germânico” começou em 375, com a chegada dos hunos, povo da Ásia Central liderada por Átila (395-453), na Europa Central e Oriental. Como um efeito dominó, os hunos dirigiu outras pessoas, principalmente a oeste germânica.
Os hunos e ostrogodos boutèrent suevos que, por sua vez, levaram os visigodos, vândalos, alanos, francos, lombardos, alamanos, saxões, anglos, etc. Oeste. Invasões germânicas multiplicado a tal ponto que eles colocaram em risco o Império Romano.
Essas pessoas eram chamadas pelos romanos “bárbaros”, daí o termo “invasões bárbaras”, porque eles vieram de fora do Império romano, ou seja no barbaricum, a “terra dos bárbaros”. Hoje, nas línguas germânicas, ele usa a palavra Völkerwanderung significado “migração dos povos”.
Na Hispania, território situada a oeste da Europa, as invasões começaram em 409 com os vândalos, e eles foram acompanhados pelo, Suevos e Alanos visigodos. Em 410, os suevos estabelecido na Galiza , em 412, os visigodos tornaram-se aliados dos romanos, os vândalos levaram na Andaluzia e Ilhas Baleares, os alanos na Lusitania. Somente os bascos mantiveram sua identidade, devido ao seu isolamento nas montanhas, e eles conseguem estabelecer um reino independente com sua capital em Pamplona.
Em meados do século V, os visigodos já estavam na Península Ibérica e sul de França, de Gibraltar para Toulouse cidade escolhida como a capital do Império Visigodo. Na Península Ibérica, a unificação do território visigótico foi assegurado quando a capital mudou-se para Toledo, muito mais ao sul, depois de ceder a Andaluzia bizantinos (556).
Diversidade do germânico reinos
No final do século V, o Império Romano foi dividido em uma dúzia de reinos germânicos: Os ostrogodos sendo instalado na Itália e Montenegro e Sérvia, hoje, os visigodos ocuparam a Espanha e sul da França, os francos tinham tomado o norte da França e da Alemanha, os anglos e os saxões haviam cruzado a Grã-Bretanha, os burgúndios haviam invadido o centro de França (Borgonha, Sabóia , Romandie atual), os alamanos foram reprimidos em Helvetia, Suevos na Galiza e parte de Portugal, enquanto os vândalos tinham conquistado a costa do norte da África e tinham feito os mestres do Mar Mediterrâneo por ocupação das Ilhas Baleares, Córsega e Sardenha. Todos esses impérios vai desmoronar rapidamente, exceto para o império dos Francos (na França).
O reino da Suábia foi finalmente construída em 585 do que o rei visigodo, Leovigild, alcançando assim a unidade política dos visigodos. Visigodos, sob o reinado do rei visigodo Recaredo I, convertido ao catolicismo em 589 e misturado com a Ibero-romanos, criando uma espécie de fusão entre os invasores e os povos conquistados.
As invasões germânicas teve o efeito de remoção de toda a administração do Estado romano. No entanto, a organização eclesiástica consegue sem lutando para manter, ela tinha sido adotada do quinto século por Suevos e Visigodos.
A Igreja Cristã tornou-se assim um importante instrumento de estabilidade durante este período de germanização. Obviamente, as diferenças de linguagem específicos para a Hispania acentuada com as invasões germânicas.
A formação das línguas românicas
Os visigodos, como vários outros povos germânicos, não poderia impor sua língua, visigótica, já bastante romanizada do século V, e aprovou, em vez de o vencido, uma língua que não era o original em latim, porque ele já estava muito mudado e não era latim, mas o romance, exceto no País Basco, onde a língua basca pré-indo-europeu, permaneceu protegida por montanhas.
Com efeito, dado que as escolas ea administração romana tinha desaparecido, a popular perdeu sua consistência e evoluiu de forma diferente em muitos reinos germânicos. Por volta do ano 600, a popular não era mais falado na Península Ibérica, foi substituída pela multiplicidade de línguas românicas.
Na Galiza, a novela tinha adquirido as características locais, o que levaria ao desenvolvimento de uma forma de proto-Português.
No entanto, o latim escrito, com sua influências germânicas e românicas, permaneceu a língua franca, litúrgica e legal: foi o latim medieval, também conhecida como a “Igreja latina” ou “Igreja latina” longe da América empregado pelo poeta clássico Virgílio (século I aC).
Obviamente, a língua românica de que o tempo estava fragmentado em uma multiplicidade de línguas diferentes. Mesmo se todos fossem do comum Latina, todos eles foram fragmentados em um grande número de línguas mais ou menos diferentes regiões.
Em todas as partes da antiga Império Romano do Ocidente, as tribos germânicas (visigodos , suevos, francos, ostrogodos, etc.) construíram seus reinos, enquanto a popular foi transformado de acordo com as regiões, enquanto os povos indígenas estavam se desenvolvendo gradualmente suas linguagens específicas.
Assim apareceu inúmeras línguas indo-européias da América, as línguas românicas . reinado visigodos durou um pouco mais de um século, até a chegada dos mouros na Hispania.
O período árabe-muçulmana (711-1492)
Depois de entrar na Península Ibérica em 414, como aliados do Império Romano, os visigodos fundaram um reino com Toulouse como sua capital, e Toledo, após ter sido espancado pelas tropas de Clóvis, rei dos francos na Batalha de Vouillé em 507, os visigodos foram, então, forçados a deixar uma grande área dos Francos, no sul da França. Em 575, os visigodos conquistaram o reino dos suevos localizado no norte de Portugal e Galiza atual.
Cerca de dois séculos depois, na Hispânia, os visigodos foram expulsos, por sua vez pelos mouros em 711 desembarcou em Gibraltar. Esses conquistadores resolvido primeiro no sul da Península Ibérica não eram árabes, mas berberes islamizados de Marrocos e da Mauritânia (daí o nome “mouros”), as tropas mouras consistiu de Berber guerreiros enquanto apenas os líderes e oficiais eram árabes. Neste sentido, podemos falar de árabe-muçulmano conquista. Ela vai acabar em 1492 com a vitória das tropas de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, em Granada sobre os muçulmanos liderados por Sultan Boabdil.
O nascimento do reino Português
Astúrias tornou-se o Reino de Leão, foram administradas de acordo com quatro subdivisões: Asturias, León, Galiza e Castela, cada um dirigido por um conde.
Desde 1064, Fernando I, o Grande, rei de Castela, e seus sucessores, se comprometeu a devolver todos os territórios ao sul do Douro, hoje, Portugal. Em 1095, Henri de Bourgogne recebeu de seu padrasto, Afonso VI, Condado de Portugal (Condado Portucalense), que teve o efeito de emancipar gradualmente a região da tutela de Castela.
Pelo Tratado de Zamora 1143, Afonso VII de Castela, sob pressão do Papa finalmente reconheceu o reino de Portugal e Alfonso Rei I (1109-1185), também conhecido sob o nome de “Afonso I Henriques” e, anteriormente, foi o título de Alphonse “princeps” (“príncipe”).
No ano seguinte, Afonso I de Portugal reafirmou sua reivindicação para a parte sul da Galiza. Rei Afonso VII de Castela declarou guerra a Portugal. Os dois exércitos se encontraram em Arcos de Valdevez, onde as fortunas de guerra tinha que ser decidido em um torneio vencido pelos cavaleiros portugueses.
Os habitantes do concelho de Portugal (1095-1096) e mais tarde o Reino de Portugal (1143), compartilhou a mesma língua ou o Galego-Português , com o Norte galegos (Galiza). Em 1071, o Reino de Galicia foi incorporada ao reino de Leão, mas em 1128 Afonso I de Portugal, que governou de 1139-1185, Portugal fez o reino independente da Galiza e León.
Em 1230, Leon e Galiza foram anexados à coroa de Castela, que acabou por impor castelhano como língua oficial. Isso altera permanentemente a situação linguística entre a Galiza e Portugal. Política de separação resultaria inevitavelmente distinto evolução lingüística entre a Galiza e Portugal, enquanto o Português seria incorporar elementos do árabe, o galego seria influenciado pela língua castelhana e Serra. Deve ser lembrado que a Galiza é uma língua românica , depois latim, que deu origem ao Português.
A Reconquista Cristã
Populações da Galiza, Astúrias, Castela, Navarra, Aragão, de Leão e Catalunha nunca tinha desistido antes da ocupação mourisca. Bolsões de resistência foram mantidas durante todo o norte da península. Lembre-se a batalha de Covadonga, em 722, o que permitiu que a Pelayo rei das Astúrias para o reino independente dos mouros.
Astúrias, incluindo uma parte da Galiza, Cantábria, País Basco, formaram o núcleo inicial da Reconquista (“Reconquista”), o que permitiu que os reinos cristãos da Espanha e de Portugal para empurrar os mouros no sul Península Ibérica.
Caça Mouros foi interpretada na época como uma cruzada para limpar a Península Ibérica. Em várias ocasiões, os papas chamados cavaleiros europeus para participar da cruzada na península, para lutar contra o Islã e salvar a cristandade.
Ordens militares foram fundadas para esse fim: a Ordem de Calatrava, a Ordem de Aviz, Ordem de Santiago (Ordem de Saint-Jacques-de-Espada), a Ordem de Ordem Monschau Alcántara, Ordem de São Jorge de Alfama, etc.
O advento da linguagem Português
O Português foi utilizado pela primeira vez em dois documentos: Notícia do Torto (Tors “observação”), para 1211, e D. Testamento Afonso II (“Testamento de D. Afonso II”), em 1214. ‘S política de fronteiras que é fixada permanentemente entre Portugal e Galiza gradualmente produziu os seus efeitos sobre a linguagem usada no oeste da península Ibérica. Portugal manteve-se mudo raízes galegas e sofre influências diferentes de galego.
Assim, enquanto o Norte da Galiza (galego-castelhano) começou a ser colonizado pela Espanha e emprestado pesadamente para castelhano, galego Sul ( Galego-Português ) sofre bastante a influência da língua árabe. Se muitos muçulmanos emigraram para escapar cristãos, a maioria deles teve que ficar parado.
Sul de Portugal reuniu populações muito diferentes: os cristãos do Norte e do Sul, moçárabe (Christian arabizados), mouros e judeus. Com o tempo, essas populações são culturas mistas e Galego-Português e luso-moçárabe ter derretido gradualmente. Mais tarde, quando a região estava sob a dinastia dos duques de Borgonha e da influência dos monges de Cluny (famosa abadia francesa de Borgonha), Galego do Sul emprestou uma parte do seu vocabulário francês.
O império colonial de Portugal
Em 1381, Portugal entrou em conflito com Castela, o país foi invadido pelos castelhanos, com o apoio de uma parte da nobreza Português. Foi alcançado um acordo que prevê o casamento da Infanta Beatriz de Portugal, com João I de Castela, que resultou no fim do reinado da Casa de Borgonha em Portugal.
Com a morte de D. Fernando I, em 1383, D. João I de Castela reivindicou a união das duas coroas (Portugal e Castela). Porque ele teve o apoio de alguns da nobreza Português, Castela estava em vigor para anexar Portugal, que se rebelou imediatamente. Depois de algumas grandes batalhas, o Português finalmente derrotar os castelhanos.
Depois de muita deliberação, João I (1358-1433) foi eleito rei pelas Cortes de Portugal em 1385. Foi a primeira vez que um rei foi eleito por uma assembléia em vez de simplesmente reconhecida por hereditariedade natural. João I de Portugal e foi o fundador da dinastia de Aviz, que governou Portugal até 1578. Em 1431, Portugal e Castela assinaram um tratado de paz reconhecendo a independência do reino final de Portugal.
O declínio do Império Português
No entanto, Portugal seria pequeno demais para controlar um vasto império. O declínio do império colonial Português era inevitável, dadas as limitações demográficas (apenas um milhão de habitantes), geográfica (92,391 km ²; França: 543 965 km ²) e metrópole econômica em comparação com a extensão desproporcional de seu império.
Em 4 de Agosto de 1578, o jovem rei de Portugal, Sebastião, que havia vencido o Marrocos na cabeça de um exército de cerca de 17.000 homens, desaparecidos durante a “Batalha dos Três Reis”, que teve lugar perto da cidade de Ksar el Kebir no norte de Marrocos.
Os reis eram em causa, por um lado, o exército muçulmano marroquino Sultan Abu Marwan Abd al-Malik, o caixa pilotos marroquina, artilheiros turcos e mosqueteiros da Andaluzia (castelhano) e, por outro, o exército os chamados “cristãos” por Sébastien controlada Eu e de seu aliado, o Sultão de Marrocos, Moulay Mohammed Abu Marwan arquivado por Abd al-Malik, incluindo mercenários italianos, alemães e flamengos. Por esta grande derrota, Portugal perdeu não só a sua nobreza e do exército, mas também a sua independência da Espanha e sua posição estratégica a nível mundial. 3
A República Português
Portugal teve um longo período de instabilidade política a partir da segunda década do século XIX. A má gestão das finanças públicas agravou a situação e evitar que o país avançar. A monarquia foi derrubada por um golpe militar e foi proclamada a República em 5 de Outubro de 1910.
Mas a corrente permaneceu monarquista forte, o que levou a várias tentativas de monarquia ou ditadura. Atacada pela Alemanha em suas colônias africanas, Portugal ficou do lado dos Aliados na Primeira Guerra Mundial, é de março de 1916.
Em 1926, um golpe militar derrubou o governo parlamentar para estabelecer uma ditadura que iria durar por várias décadas. Enquanto isso, o ministro das Finanças (1928), António de Oliveira Salazar (1898-1970), estabeleceu um regime de partido único, a União Nacional (União Nacional), apoiado pelo exército, a Igreja Católica e por proprietários de terras.
Este foi o início do Estado Novo (“Estado Novo”) por um plebiscito proclamou 19 março de 1933. Portanto, a nova Constituição deu-lhe plenos poderes e total controle do Estado, como Presidente do Conselho.
Localização
Portugal, oficialmente designado como República Portuguesa (Em Francês, Português República), é um país de 92,391 km ² (França: 543 965 km ²) delimitada a sul e oeste pelo Oceano Atlântico, limitado a norte ea leste pela Espanha (504 748 km ²), o único país com o qual Portugal partilha uma fronteira.
Os Açores ea Madeira são dois arquipélagos no Oceano Atlântico e erigido em “regiões autônomas” desde 1976. O arquipélago dos Açores está localizado cerca de 1500 km a oeste de Lisboa, e muito, a noroeste de Marrocos, ea 3900 km da costa leste da América do Norte.
Quanto ao arquipélago da Madeira é de 980 km de distância de Lisboa, a cerca de 660 km da África e 400 km de Gran Canaria, nas Ilhas Canárias, e 880 km de Santa Maria, a ilha mais próxima Açores.
A estrutura de divisão administrativa de Portugal é relativamente complexa.
Na verdade, o país está dividido em várias regiões (chamados Região em Português), mas eles têm duas categorias: autônomos ilha duas regiões autônomas (ilhas Açores e Madeira ) e cinco administrativos regiões continentais :
1) Região Norte,
2) Região Central,
3) Área de Lisboa,
4) Alentejo
5) Algarve.
No entanto, essas áreas não foram incluídas na Constituição, eles próprios são divididas em sub-regiões e distritos.
Nós também distinguir nomes tradicionais para designar regiões: Costa Verde, Costa de Prata, Costa de Lisboa, planícies, montanhas e no Algarve.
Mapa de Portugal
Há 18 distritos (“distritos”): Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro (Algarve), a Guarda Leiria Lisboa, Porto, Portalegre, Santarém, Setúbal Viana do Castelo Vila Real e Viseu.
Distritos cada um tem seu próprio capital e está dividido em Conselhos (“Cities”) se subdividem em freguesias (“paróquia”). No entanto, os limites das regiões continentais não são exatamente sobreposto a esses distritos. A capital de Portugal é Lisboa (Lisboa).
Finalmente, desde 1960, Portugal tem perdido todas as suas colônias no exterior em África (Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe).
Em 1975, nós também sabemos que o Indonésia tem simplesmente anexada pela força em Timor Leste estava sob administração Português, tornou-se um Estado independente, Timor Lorosae. Quanto ao pequeno enclave chinês de Macau (em Português Macau), a sua transferência para a China teve lugar em 20 de Dezembro de 1999.
Fonte: www.tlfq.ulaval.ca
Portugal
História
A história de Portugal se inicia nos primeiros séculos da era cristã. Mesmo sendo parte da Ibéria, a revolta na Lusitânia contra os romanos no século II a.C. é reividicada como uma demonstração de unidade nacional anterior à criação da nação portuguesa.
Entre 1095 e 1279, o Reino de Portugal estabelece as suas fronteiras continentais, praticamente inalteradas até hoje. Depois deste período,a monarquia se consolida mesmo com a resistência do Reino de Castela.
Localizado entre a Espanha e o mar, Portugal se lança na aventura marítima rumo à conquista de novas terras. Considerada uma das quatro quinas da Europa, junto com Inglaterra, Rússia e Turquia, os portugueses, naturalmente iniciaram sua epopéia ao redor do mundo.
O século XV é marcado pelas Cruzadas e descobertas marítimas. Com as conquistas, o país se torna um império de proporções mundiais. Este avanço é interrompido com a fusão política com a Espanha de 1581 a 1640. Retomada a independência, iniciam-se as reformas que desencadeam a transformação do absolutismo em monarquia constitucional em 1826. Na mesma década o Brasil se torna independente de Portugal.
A partir do século XVII, Portugal perde o seu poderio dos séculos anteriores. O gigante terremoto de Lisboa em 1755 piorou ainda mais a situação do páis. A ocupação do país pelas tropas de Napoleão e a fuga da família real para o Brasil é um exemplo claro do poder perdido.
A República implantada em 1910, dura até o golpe de estado de 1926. Na Primeira Guerra Mundial, Portugal entra no conflito ao lado dos Aliados. O país sofre uma grave crise no período de entreguerras, o que forneceu o surgimento do “Estado Novo”, no mesmo período que governos fascistas dominavam na Europa.
Mesmo neutro na Segunda Guerra, Portugal era cortejado pelo Eixo, Salazar, assim como Vargas, entrou no conflito bélico ao lado dos Aliados apenas em 1945, quando a guera esta paticamente encerrada. No Guerra Fria, as ditaduras ibéricas eram toleradas pelos países ocidentais no combate ao bloco comunista.
Mesmo com a retirada de Salazar, a ditadura só termina em 25 de abril de 1974 com o golpe militar que derrubou Marcello Caetano, A Revolução dos Cravos. Após golpes e contra-golpes, a democracia se restabelece em Portugal, o país retoma a via do desenvolvimento, impulsionado ainda pela adesão à Comunidade Económica Européia (CEE) em 1986.
As colônias africanas foram decisivas para o fim do regime salazarista. Apoiado pela Igreja e pelo ultranacionalismo de um Portugal uno e indivisível de Lisboa ao Timor, o regime perdeu o apoio dos militares nas sucessivas guerras coloniais e da população. Após a queda do salazarismo, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau declararam sua indepêndencia.
As marcas da expansão marítima ainda persistem, o português hoje é uma das línguas mais faladas em todo o mundo. São cerca de 200 milhões de lusófonos em oito países distribuidos por cinco continentes (Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Timor-Leste e Cabo Verde), além de Macau, Goa, Damão e Diu.
Mesmo sendo um país pequeno e tendo uma população menor do que a da cidade de São Paulo, Portugal tem uma história grande de um dos grandes impérios da história.
O país tem um alto índice de desenvolvimento humano (0.896), mesmo assim, tem um dos menores desempenhos da Europa Ocidental. Portugal tem um desnível em relação ao bloco em índices de desemprego, analfabetismo e PNB.
Depois de 48 anos de ditadura, Portugal consolida a sua democracia. A constituição de 1976 reestabele os direitos e deveres básicos do estado democrático com um regime semipresidencialista. Enquanto o presidente, eleito por sufrágio universal, representa a república e é o Comandante Supremo das Forças Armadas, o Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República de acordo com o resultado das eleições para a Assembleia da República. Esta é composta por um mínimo de 230 deputados eleitos pela população com um mandato de 4 anos. O sistema português é unicameral.
Administração local portuguesa é praticamente autônoma. Exercida pelas autarquias locais, municípios e as freguesias. Elas tem um larga tradição histórica.
Portugal não tem mais colônias mas permite autonomia à Açores e Madeira. Estas Regiões autônomas, separadas do continente, têm estatutos políticos e administrativos e órgãos do Governo próprios.
Portugal foi um exemplo no combate às ditaduras latinas nos anos 70. Depois do 25 de abril, os países que viviam em regimes chamados democráticos viram a esperança das ditaduras acabarem, mesmo que lentas, graduais e seguras para seus impositores.
Desde o fim da ditadura, o país melhora a qualidade de vida aos seus cidadãos, mesmo enfrentando os problemas de imigração ilegal, desemprego e pobreza, Portugal hoje é palco de grandes eventos, como a Exposição Mundial em 1998 e, neste ano, o páis sedia a primeira edição europeia do Rock in rio e o Campeonato Europeu de Seleções, maior evento futebolístico entre seleções depois da Copa do Mundo.
Portugal é a prova de que sem as ditaduras os países melhoram. Sem o salazarismo e o franquismo, os países ibéricos estariam em situações melhores. O 25 de abril trouxe experiências negativas e frustrações, mas é inegável que se o salazarismo estivesse perdurado até os dias de hoje a hisótia seria outra, felizmente não foi.
Fonte: www.duplipensar.net
Portugal
PORTUGAL, TERRA DE MAR E DESCUBRIDORES
Portugal um país pequeno e imensamente belo que ainda muitos viajantes têm por descobrir. E, sobre tudo o mar e a costa. A influência do Atlântico domina suas terras não somente desde o ponto de vista físico, produzindo um clima temperado e estável, más também desde a mentalidade das pessoas e da história.
Os portugueses se vêem a si mesmo como um povo marinheiro e não se deve esquecer que, navegante como Vasco da Gama, foi o que abriu a rota da descoberta de África e o Novo Mundo.
As praias e o sol, são abundantes em suas terras peninsulares, se multiplicam nos edens das Ilhas Açores e Madeira, verdadeiros jardins flutuantes que estendem seus encantos terra dentro.
Mas Portugal é muito mais que mar e praia. Seu passado colonial contribuiu para por em contato a suas pessoas com elementos africanos e sul-americanos, como os “fados”, melancólicas canções características de Lisboa e Coimbra, ou o estilo manuelino, arquitetura barroca do “Descobrimento”, com influência árabe e os quais que tem como exemplo os edifícios mais notáveis do país.
É uma terra de cultura milenária povoada desde tempos imemoriais e com quase nove séculos de história como nação, construídos sobre as pegadas que deixaram durante seu passo por terras ibéricas os celtas, fenícios, gregos, romanos e árabes, cujas marcas profundas formam parte da idiossincrasia.
De norte a sul, à cada passo, pode-se ter um encontro com o passado visitando castelos, contemplando o trabalho realizado sobre pedras das catedrais, ou a suntuosidade da madeira talhada, deleitando-se com a elegância clássica dos palácios ou com uma surpreendente viagem no tempo dentro de uma muralha medieval.
Muito sol, cultura e arte a XXX raudais, mas também campo, montanha e zonas rurais.
De norte a sul, Portugal se vai mostrando com uma grande diversidade de paisagens: montanhas enigmáticas e sinuosas, planícies douradas, campos soleados moteados de alcornoques e oliveiras, dunas atlánticas que destacam sobre as vastas extensões de areia e coloridas praias cheias de luz e do aroma do mar. Todo isso oferecido ao visitante, a variedade dos múltiples contrastes que caracterizam esta pequena mas asombrosa bela nação.
De uma grande cidade, como Lisboa, cheia de todo o rebulício socio-cultural das grandes cidades de casta histórica, ao colorido das pitorescas aldeias de pedra, pasando pela imensidade do mar e as coloridas barcas de Nazaré até os caseríos de um branco imaculado festoneados de azul e ocre, misturados com roupas de cores vistosas que mantém as tradições centenarias.
Toda esta beleza está magistralmente mezclada com a simplicidade e a gentileza de um povo que recebe ao viajante com os braços abertos.
Localização Geográfica
Portugal, está situada ao extremo mais ocidental da Europa, ocupa a maior parte da fachada atlântica da Península Ibérica com uma superfície continental de 88.500 quilômetros quadrados. e uma área total de 91.676 km². (incluidas as ilhas Açores e Madeira). A característica forma retangular, têm uma longitude de norte a sul de 561 quilômetros e de leste a oeste 218 quilômetros.
Tem fronteiras, só apenas com Espanha, e estão determinadas por linhas artificiais e vários cursos fluviais: ao norte, o rio Minho, ao oeste, os rios Douro, Tejo e o Guadiana, enquanto que o Oceano Atlântico constitui o límite ocidental e meridional.
Fazendo de Portugal um dos “pequenos países” de Europa, porem, como exemplo e tendo em conta sua superfície insular, é três vezes maior que Bélgica. O país está dividido administrativamente em 11 províncias e 22 distritos, incluindo as ilhas.
Os principais rios de Portugal são Douro, Mondego, Guadiana e, sobre tudo, o Tejo, que corre desde o centro da península até o Atlântico e em cuja desembocadura forma uma amplia estuario, onde encontra-se a capital da nação, servindo de margem a dos zonas muito diferentes.
Ao norte do Tejo predomina o verde, prateado e montanhoso. A meseta peninsular descompõe-se numa série de mesetas, inclinadas para o oceano, separadas entre sí por agudos rebordes e estreitos vales. Os picos estão muito desgastadas e não sobrepassam os 1.600 m. De altitude. É na zona de rio Douro e de numerosas serras, entre as quais encontra-se a de Estrela, onde se localiza o Malhão de Estrela, que com seu 1.991 m constitui o teto do Portugal continental.
Ao sul do Tejo o relevo é mais suave e as altitudes poucas vezes superam os 400 m. É terra de amplios horizontes e planícies salpicados, excepcionalmente, de algumas ondulações destacabos, entre elas, a Serra de São Mamede.
A maior montanha de Portugal é insular e se sitúa nas ilhas Açores, onde o perfeito cone do vulcão do Pico chega aos 2.345 m. A Madeira, a pesar das reducidas dimensões, possui um aspecto abrupto que não conhecem as terras continentais, com altitudes máximas de 1.861 m.
Flora e Fauna
A posição de Portugal entre os climas atlánticos e mediterráneos explica a presença de duas áreas vegetais. A metade setentrional do país, é caracterizada por um belo e intenso verde, e a fachada marítima ocidental é domínio da vegetação atlántica.
Em alguns bosques de montanhas do nordeste dominam o carvalho albar ou carvalho, avelã e abedul, assim como brezos, arbustos e pedras. Há também algumas variedades de pinheiros, entre os que predomina o marítimo, que atinge grande difusão entre as planícies arenosas do litoral.
A vegetação mediterrânea, pouco frequente no norte, adquiere predominio quase absoluto ao sul do Tejo. As manifestações mais características são a azinheira, o sobreiro, o pinheiro manso é uma grande variedade de arbustos e diversas plantas aromáticas (alecrim, tomillo, espliego, etc.). Esta vegetação densa e de baixo tamanho se da, sobre tudo, nas serras da região.
Perante este hábitat os animais que fazem parte desta fauna são os mamíferos tipo coelho, lebres e outros roedores. Há uma grande variedade de pássaros e é muito rica a fauna piscícola nos rios do norte, onde abundam as trutas e salmões. Igualmente é muito variada a fauna marinha costeira, em que se destacam a sardinha e o atúm.
Nas Açores, verdadeiro jardím flotante devido as brumas, podem-se encontrar qauntidades de laurisilva, reliquias da floresta hidrófila que cubria o arquipélago antes de ser habitado. Entre as muitas espécies exóticas introduzidas destacam a criptomeria japonesa, a araucaria, as hortensias e azaleas.
Uma grande qauntidade de flores selvagens e de espécies botânicas de pequeno porte, muitas das cuais procedem da flora original. Os elementos mais atrativos da fauna terrestre são as aves marinhas e diversos pássaros, entre eles o “priolo”, espécie endémica.
Mas, igual que em Madeira, é no mar onde encontra-se a verdadeira riqueza faunística, com centenas de espécies de moluscos, peixes e grandes mamíferos como o cachalote e o golfinho.
Em Madeira, pelo seu clima menos úmido, crescem variedades de hortensias, hibiscus, jacarandás, orquídeas e o emblema das ilhas: os “pássaros do paraíso”.
História de Portugal
Portugal é um dos países mais antigos de Europa, com 9 séculos de história como nação, caracterizado por sua riqueza, complexidade e pela característica peninsular e marítima.
Período Pré-nacional
A nacionalidade portuguesa não aparece até bem entrar a Idade Media. Antes são poucas as particularidades que diferenciam a fachada ocidental da Península Ibérica do resto de culturas.
A finais do Neolítico é quando aparece o primeiro foco cultural luso com caracteres originais: as construções dolménicas, antas mamites cromuleques. Um dos mais importantes é, sem dúvida, o de Herdade de Almendres em Évora (Planicies). As pegadas rupestres mais importantes são as das margens do Tejo em Fratel, Vila Velha de Rôdão (Montanhas). Na idades do Bronze e do Ferro os celtas e íberos aportaram uma cultura pastoril e agraria a todo o território.
No litoral, fenicios, gregos e cartaginenses fundaram fábricas e exploraram as minas do mediodia portugués. Desta epoca são conhecidos como Castros, antigas populações fortificados da época pre-romana, com que especial menção a Briteiros e Sanfins, ambos na Costa Verde.
A primeira população que aparece com uma forte individualidade é o lusitano, extendido entre o Tejo meio e o Douro. Vivíam nas serras e se dedicavam à pecuária e faziam frequentes roubos aos povos agrícolas dos vales. Se extenderam para o mar e a meseta, o que incitu aos romanos (siglo II a.C.) a emprender a conquista da região.
Os territórios ao sul do Douro cayeram cedo, mas demoraram mais de um século em acabar com a resistencia ao norte do rio. Os lusitanos, segundo o historiador romano Estrabão, foram “o mais poderoso dos povos íberos, o que mais tempo resistiu aos exércitos de Roma”.
Foi 50 anos o que durou a resistencia, sempre dirigida por Viriato, quem foi assassinado após uma victoriosa campanha em 193 a.C. Dois anos depois seus homens seríam finalmente submetidos pelas legiones do Décimo Julho Bruto.
A integração no império romano foi levada a cabo na maior parte por Julio César, que em 60 a.C. estabeleceu uma capital em Olisipo (Lisboa) e importantes colônias em Ebora (Evora), Scallabis (Santarém) e Pax Julia (Béja).
A romanização acentuaria as diferenças entre as duas regiões principais: nos agrestes montes setentrionais seriam superficiais, enquanto que nas planícies e nos planaltos meridionais se enraizaria profundamente. Criaram grandes latifúndios e substituíram os cultivos tradicionais por oliveira, trigo, cevada e vinhas.
Arquitetonicamente não ficaram muitas lembranças da época, salvo alguns monumentos isolados em Évora e Coimbriga. O idioma – uma língua latina -, as caçadas e algumas pontes que ainda estão em uso são pegadas do domínio romano
Até a invasão muçulmana, a princípios do século VIII, foram os germanos quem substituiu aos romanos. Os suevos dominaram ao norte do Tejo e no resto os visigodos, que estabelecieram uma total hegemonia a finais do século VI.
Os suevos fixaram su aresidência em Braga e em Portucale (Porto), e foram convertidos ao cristianismo por São Martím de Dumio. Os visigodos, muito romanizados, acabaram por absorver o reino suevo em 585, e chegaram a controlar toda a península. Reinando sempre desde Toledo, a marca visigoda não se sentiu tão forte em Portugal.
O seu centralismo e intolerancia religiosa (foram os primeiros em perseguir os judeus), fizeram com que algumas facções das que povoavam Portugal pedissem ajuda aos muçulmanos do norte de Africa.
A chegada dos muçulmanos supôs uma nova diferença: o norte, menos influênciado, permaneceu encerrado em sí mesmo; no sul floresceu um período de alta civilização, de governantes sabios e tolerantes, poetas, geógrafos, historiadores, matemáticos e filósofos. Os árabes se assentaram preferentemente na faixa mais meridional do território, ao qual denominaram Al-Gharb (Algarve). Em torno à capital, Shelb (Silves), em meados do século IX, surgiu um forte califato independente do de Córdoba.
Dando um grande desenvolvimento à cultura e a economia do sul de Portugal: aperfeiçoaram as técnicas de rego dos romanos, introduziram a rotação dos cultivos e plantaram algodão, arroz, laranjas e limões. estabelecieram fortes vínculos comerciais com o norte de Africa, e a vida urbana experimentou um grande incremento, de modo que Lisboa, Evora, Santarém e Beja se transformaram em grandes cidades.
Formação da Nacionalidade
A Cristiandade reacionou perante o Islam e sorprendeu aos muçulmanos mais preocupados pelos seus jardins e filosofias que por resguardar las fronteiras.
Mesmo assim, a Reconquista, iniciada no século VIII, foi longa e dura: até 1.249 não saiu os últimos árabes de Faro.
No século XI, Portucale tinha a categoria de país, mas seus governantes eram designados pelos reis de León. Así, o rei Alfonso VI otorgu o trono do país a su filha bastarda Teresa, cujo filho, Alfonso Henriques, seria quem atingeria de fato independência desplazando a sua mãe do governo.
Se dedicou a reconquistar os territórios do sul e se proclamou a ele mesmo primeiro rei de Portugal, título que renconheciu Alfonso VII de Castilha -León no Tratado de Zamora em 1143.
Os monarcas que o sucederam no trono se dedicaram a terminar a reconquista e à consolidação do país. Assim Dom Dinis (1279-1325) fixou as fronteiras portuguesas pelo Tratado de Alcanhices firmado com o rei Fernando IV de Castilha, fundou a Universidade de Lisboa e criou a Ordem de Cristo para substituir do Temple.
Fernando I morreu em (1383) sem filhos homens, e sua esposa Leonor nomea rainha a sua filha Beatriz, casada com João I de Castilha. Mas a burguesia lusa se opôs ao nombramento, queriam a entronização do Maestre de Avís, João, irmão não legítimo de Fernando I.
As tropas espanholas foram derrotadas em 1385 na Batalha de Aljubarrota, o que supôs a chegada da segunda dinastía, a de Avís, na frente de Portugal. A ajuda dos ingleses na luta contra os espanhóis levaria a João I de Avís a firmar o Tratado de Windsor em 1386, no que se firma uma aliança que durará até o século XX.
Época de Descobrimentos
Firmada a paz definitiva com Castilha em 1411, João I da começo à expansão marítima de Portugal, que chegaria a ser realmente importante quando faz sua aparição o Princípe Dom Enrique “O Navegante”. O Príncipe inverteria os recursos da Ordem de Cristo em financiar os estudios marítimos, fundando uma escola de Cosmografia em Sagres.
Assim, em 1419 e 1427 se descobriram Madeira e as Açores, e exploraram Cabo Verde e a costa ocidental de Africa até Serra Leona.
Depois de um pequeno intervalo, a expansão em ultramar retomaria nova força com os reinados de João II, Manuel I e João III. Nesta época Vasco da Gama chega a Índia
(1447), abrindo uma importante rota comercial e Pedro Alvarez Cabral chega em Brasil em (1500). Como conseqüência, os portugueses aumentam tanto o poder comercial que se converte em na primeira potência internacional, com lugares estratégicos ao longo de milhares de quilômetros.
Em 1494, o Tratado de Tordesillas estabelece o reparto dos territórios descobertos entre as duas potências ibéricas. Colocou-se uma linha imaginaria ao oeste das ilhas de Cabo Verde que deixava em poder luso toda África, Oriente e o Brasil, que seria “descoberto” seis anos mais tarde.
A mediados do século XVI os portugueses dominavam o comércio internacional. Tinham estabelecido postos estratégicos em Goa, Malaca e Macao, e aos ingressos pelo comércio de especiarias se somavam os do crescente tráfico de escravos entre África ocidental, Europa e Brasil.
Menção especial vale o reinado de Manuel I (1495-1521), com ele chega o máximo esplendor desta etapa da história portuguesa. A monarquia converte-se numa das mais ricas de Europa, que dentro do país cobra expressão na exuberância da arquitetura manuelina, cuja obra-mestra é o Mosteiro dos Jeronimos de Lisboa.
Más pouco depois começa a decadência das monarquias imperiais portuguesas. As finanças dos lusos as levavam geralmente os judeus, que nunca foram tão mal vistos como no resto do países cristãos. Mesmo assim, e a seu pesar, Manuel I teve que ordenar a expulsão dos mesmos devido a pressões internas, de Espanha e da Igreja, o que suponha o princípio do fim do esplendor lusitano.
João III foi sucedido pôr Dom Sebastião (1557-1578) que, empenhado numa perigosa cruzada no norte de África, é derrotado e morre na Batalha de Alcazarquivir, então a coroa vai para tio, o Cardeal Dom Enrique.
Da União Espanhola à República
Ao morrer Dom Enrique, Felipe II, que aspirava à coroa pôr ser neto de Manuel I, soube ganhar à maioria da nobreza portuguesa. Em 1581 Felipe II, rei de Espanha, foi reconhecido pelas Cortes de Tomar como Felipe I de Portugal. Era a terceira dinastia.
O domínio espanhol foi curto, 50 anos, mas suficiente para provocar o recelo de todas as outras grandes colônias incluindo sua tradicional aliada, Inglaterra, com a conseguinte perca de uma importantíssima parte do comércio que jamais se recuMasu.
Seguiram a Felipe II, Felipe III e Felipe IV. Com este último se acentuou o nacionalismo luso devido às políticas centralistas, e em 1640 uma sublevação expulsou à Vice Rainha de Portugal e proclamou como rei ao Duque de Bragança com o nome de João IV, cuja coroa ficou assegurada pela proteção que foi dada pôr Inglaterra, França e Holanda.
A aliança com os ingleses se confirmou com o matrimonio, em 1640, de Catarina de Bragança com Carlos II de Inglaterra.
A riqueza que proporcionou à coroa a descoberta de jazidas de ouro e diamantes em Brasil foi em grande parte dilapidada pela megalomania de João V, que subiu ao trono em 1706 e começou imensas obras, como a do convento de Mafra, que consumiu grandes quantidades de recursos.
Para fomentar o comércio com Inglaterra, firmou um desastroso acordo que aniquilou com a florescente industria têxtil portuguesa, ao admitir a importação dos artigos ingleses, muito mais baratos. Foi sucedido pôr seu filho, o apático José I.
Em 1755 se produziu um tremor que destruiu Lisboa, e o encarregado de reconstrui-la foi o Marquês de Pombal, primeiro ministro de José I, que aplicou duramente as idéias do despotismo ilustrado, expulsou aos jesuítas, reprimiu duramente as pretensões da nobreza e fomentou o desenvolvimento econômico.
Não contou sempre com o apoio da aristocracia, mas astuto e manipulador, soube imponer sua política. Caiu finalmente em desgraça, mas suas reformas permaneceram.
Posteriormente, Portugal teve que enfrentar-se à invasões napoleônicas entre 1807 e 1811, estancando assim os avanços propostos pelo Marquês de Pombal: o monarca, José VI, fugiu a Brasil com seus tesouros, ficando a guerra contra os franceses em mãos dos generais britânicos Beresford e Wellington.
Enquanto, Brasil se declarava reino independente, o que tecnicamente convertia Brasil em metrópoles e Portugal em metade colônia brasileira, metade protetora de Inglaterra.
Neste tempo, a única instituição que permanecia más ou menos intacta em Portugal era o exército. Assim, durante a ausência real, um grupo de militares começaram a escrever uma nova Constituição inspirada nos câmbios liberais de Espanha e Europa.
Ao regressar, o rei se viu obrigado a firma-la. Sua esposa, a rainha Carlota, e seu filho menor, Miguel, se negaram a reconhecer os avanços liberais da nova Constituição (sufrágio universal masculino, abolição dos privilégios da igreja e da nobreza), dando lugar a uma força reacionária com grande arraigo nas zonas rurais que marcariam a política dos anos seguintes.
Ao morrer João VI, em 1826, o príncipe Pedro abdicou a sua filha Maria e nomeou regente a Miguel com a condição de que jurasse uma nova carta reeditada pôr ele, menos liberal que a constituição anterior. Miguel aceitou, mas posteriormente a derrogou e voltou a suas convicções absolutistas.
Contou com o apoio do campo português, mas não das potências, França e Espanha, que apoiaram aos rebeldes liberais, que acabaram devolvendo o trono a Pedro IV.
O resto dos governos do século XIX esteve marcado pelas constantes disputas entre os partidários da constituição e os que queriam a liberal de 1822. Em 1846 a situação se agravou até o ponto de desembocar numa guerra civil entre Maria, que apoiava a carta de seu pai, e os constitucionalistas radicais. As potências estrangeiras tiveram de impor a paz, mediante a Convenção de Gramido, em 1847.
A segunda metade do século conheceu certa estabilidade graças a um sistema bipartidário, mas a coroa se encontrava quase em bancarrota e o republicanismo cobrava força, sobre tudo no exército e nas classes urbanas mais desfavorecidas. O rei Carlos I e seu primogênito foram assassinados pôr exaltados republicanos em 1908 e em 1910 a monarquia era abolida pôr uma sublevação militar.
Século XX
Em 1911 os republicanos triunfaram nas eleições para a Câmara de Deputados e a família real teve de sair para o exílio. Assim se formou o Governo provisional da Primeira República, cujo primeiro presidente oficial foi Manuel Arriaga.
Mas a implantação da República não trairia a estabilidade política consigo. O governo esteve consumido a maior parte do tempo em caos devido a imposição ditatorial de Afonso Costa, o líder do predominante Partido Democrático, que não duvidou em manipular as eleições sucessivas para manter-se no cargo.
A burocracia herdada dos tempos monárquicos, corrupta e ineficaz, se veia incapaz de levar a cabo as ações de governo que se requeriam, com o que os militares iam assumindo cada vez maiores cargos.
Dado que nem o presidente nem o primeiro ministro tinham autoridade para dissolver o parlamento, o levantamento militar – como na vizinha Espanha- se impõe como método para troca de governo, dos que tiveram 45 entre 1910 e 1926.
No último de eles -1926- o poder é assumido pôr um militar católico e monárquico, o geral Carmona, que suprimiu a constituição republicana, e perante a dúvida de como o povo receberia a restauração da monarquia, convocou em 1928 eleições nas que se apresentava como candidato único. esse mesmo ano ascendia a Ministro de Fazenda um professor de economia da Universidade de Coimbra, o Dr. Salazar, que assumiu o controle dos ingressos de todos os ministérios. Suas estritas políticas monetárias produziram uma imediata e palpável melhora da economia portuguesa que foi relevado ao posto de primeiro ministro em 1932, cargo que ocupo até 1968.
Salazar nunca adotou planteamentos ideológicos que pudessem ser considerados como fascistas, mas seus métodos sem foram: os membros do parlamento eram elegidos de um partido único, união Nacional; os “sindicatos” eram dirigidos pelos próprios empresários; a educação, estritamente controlada pelo estado, fomentava a religião católica; a censura era absoluta e até contava com uma policia política, a PIDE, controlada pela Gestapo.
Na político, Salazar logrou criar a infra-estrutura de uma economia moderna, mas os benefícios de esta não chegaram a atingir à maioria dos portugueses, e o campo ficou em grande medida abandonado.
O descontento popular era generalizado, mas não muito forte, e a caída do chamado Novo Estado português veio marcada sobre tudo pôr fatores exógenos: em seu imperialismo veemente, Salazar manteve custosas guerras coloniais fazendo com que ganhasse a repulsa internacional.
Por outro lado, as forças militares destacadas nas colônias africanas começaram a concientizar da injustiça que se estava cometendo e da necessidade de um cambio.
Salazar foi sucedido por Marcelo Caetano, que trato de prolongar o regime fazendo certas concessões à democratização do país. O descontento dos militares crescia, dando lugar ao revolucionário Movimento das Forças Armadas (MFA).
Assim, em 25 de Abril de 1974, o comandante Otelo Saraiva de Carvalho liderou um golpe militar incruento, dando passo à que se chamou Revolução dos Cravo.
Se sucederam tempos de extremada agitação política nos que os diferentes rgãos políticos -partidos, militares, sindicatos, igreja- tratavam de dilucidar qual devia ser o futuro de um país que acabava de sair de uma ditadura de mais de 40 anos. As eleições do verão de 1975 terminou com a vitória do Partido Socialista de Mário Soares que, graças ao apoio social-democráta e à estabilidade que representou a presidência do coronel Eanes, conseguiu iniciar o processo de consolidação da democracia, que chegou até nossos dias.
É neste período de revoltas e trocas, desde os 60 até a chegada das liberdades, quando se produziu a perca das muitas colônias que ainda conservava o país, sobre tudo em África: Guinea Bissau, Mozambique, Cabo Verde, Angola, etc.
Desde então até hoje Portugal tem-se convertido numa firme democracia ocidental através dos governos Mário Soares e do social-democráta Anibal Cavaco Silva. Em janeiro de 1986, Soares substituiu a Eanes na Presidência da República, convertendo-se no primeiro presidente civil em 60 anos. Pouco a poucose foi reduzindo a inflação, aumentando a taxa de crescimento e diminuindo o paro. É então quando se consegue a entrada na Comunidade Européia, o que supõe a aposta definitiva para a modernização e a já duradoura estabilidade.
Arte e Cultura de Portugal
Período Clássico
Desde a pré- história têm chegado a nossos dias importantes pegadas rupestres, como as da beira do Tejo em Fratel, Vila Velha de Ródao (Montanhas). Da Idade de Ferro são as fabulosas peças celtas que encontram-se no Museu Arqueológico de Lisboa. Da época pré-romana destaca-se os “Castros”, antigas populações fortificados celtas e, posteriormente romanos.
Da ocupação romana, que se integra sobre tudo no sul, nos chegam, entre outros muitos, os importantes restos do Templo de Évora (Planícies), as ruínas de Milreu, cuja coleção de objetos está exposta no Museu Príncipe Dom Henrique em Faro (Algarve), o criptopórtico do Museu Machado de Castro (Coimbra) e o emprazamento romano de Conimbriga (Costa de Prata).
A invasão muçulmana, embora extensa, deixou, mais que obras concretas, influências estilísticas que chegaram até nossos dias (azulejos, estilo manuelino, etc.). Os primeiros observadores de arte cristã chegaram com os suevos e visigodos.
Da Idade Media ao Manuelismo
A Idade Media, românica e gótica, muito francesa em sua inspiração experimentou influências santongenses, auverhenses, languedosianas, e posteriormente dos cistercienses. O românico se da sobre tudo no norte (Montanhas).
Desta época encontramos a Catedral de Coimbra e a de Lisboa, ambas com características de fortaleza medieval. Também o mosteiro de Alcobaca (Costa de Prata), que com sua planta quadrada cisterciense é um dos monumentos góticos mais importantes.
Junta a ele, o mosteiro de Santa Maria da Vitória em Batalha (Costa de Prata), cujo estilo gótico termina pôr render-se ao incipiente Manuelino. estes dois últimos são reconhecidos pela UNESCO como patrimônio mundial da Humanidade.
Menção especial vale o Castelo de São Jorge. Seu nome vem da época de João I (século XIV), mas antes de isto era conhecido como o Castelo de Lisboa. Cada monarca foi trocando e acomodando a seu gosto, mas não se sabe com certeza quando apareceu esta fortaleza.
Outras edificações medievais, a maioria com caráter de fortaleza, importantes são o Castelo e muralhas de Óbidos (Costa da Prata), Marvão e Monsaraz (Planícies), Belmonte (Montanhas) e Mértola, centro de investigação da presença árabe.
O Manuelino é o estilo português pôr excelência, que atravessa as fronteiras para Brasil. Sua denominação procede do rei Manuel o Afortunado (1495-1521). O arquiteto francês Boytac foi quem o iniciou na igreja de Setúbal, pondo colunas acanaladas em lugar dos rígidos pilares góticos.
Nele se observa claramente a influência dos “Descobrimentos”, reproduzindo com todo luxo de detalhes centos de motivos sobre o tema e chegando ao delírio escultórico. Não afeta às estruturas clássicas, senão que pretende enobrece-las dando -las um novo aspecto.
Além do mosteiro de Santa Maria da Vitória em Batalha e a igreja de Setúbal, aparecem, dignos de qualquer mirada, a famosa janela do Convento de Cristo em Tomar (Costa da Prata), o grande mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, a Torre de Belém e, combinado com os conhecidos azulejos, o Palácio Nacional de Sintra, cidade monumental por excelência (Costa de Lisboa). Sua influência chegaria a todo o país, incluídas as Açores e Madeira.
Outra menção especial vale uma tradição arquitetônica lusa que aparece na Idade Media, os azulejos. De diversas cores e, ainda alguns, pintados a mão, uns mostram motivos ornamentais e outros reproduzem episódios, histórias ou a vida de santos.
Foram utilizados em arquiteturas e decorações desde o medieval até nossos dias, passando por todos os estilos, são de clara influência árabe. Como exemplo, é interessante visitar o Museu Nacional do Azulejo, que encontra-se nos claustros da magnífica igreja de Madre de Deus, em Lisboa.
O Barroco
O Renascimento luso está muito influenciado pela insistência da exuberância manuelina. Existem formosas igrejas renascentistas como a Capela de Conceição de Tomar (Costa de Prata), ou mineiristas como a Igreja de São Vicente de Flora (Lisboa).
Mas o estilo predominante em todo o país, inclusive nas ilhas, é o barroco e sua transição ao rococó. O símbolo do barroco é Mafra (Costa de Lisboa), onde se associa a ostentação do palácio e do convento.
É impossível não sucumbir perfeição dos altares de prata, as esculturas, os originais painéis de azulejos e os objetos de talha dourada, de onde sobressai o altar maior da igreja de São Bento da Vitoria, em Porto.
Outras obras barrocas são o Bom Jesus de Braga (Costa Verde) – na região de maior densidade de monumentos religiosos -, o Palácio da Bolsa em Porto, o Palácio da Vila (Sintra), as igrejas dos Clérigos ou de São Francisco em Porto e o Palácio de Queluz (Lisboa), que com seus formosos jardins e habitações pode ser considerado como um dos melhores exemplos europeus do rococó. São inumeráveis os palácios e obras religiosas deste estilo.
Para os amantes da arte, Portugal oferece uma longa lista de museus nacionais, regionais e fundações, abarcando desde núcleos arqueológicos até centros de patrimônio industrial de nossos dias, nos que se mostram não só a história e a arte local, senão também a inspiração artística lusa nascida como conseqüência dos freqüentes contatos com outros povos. Ademais, neles encontramos a versão pictórica e escultórica de todas as tendências desenvolvidas, e inclusive mostras da arte dos azulejos.
Música e Touros
Para fechar o apartado artístico é necessário fazer menção da música, em sua vertente mais popular, o Fado. Sem ele seria difícil compreender a forma de ser e sentir do povo português, questão que constitui uma das missões fundamentais da arte. É o reflexo de pessoas lutadoras e apaixonadas, que expressam os maus momentos vividos com o canto.
Sua origem se remonta -comentam- às canções dos escravos africanos, embora dado o intenso intercâmbio de Portugal com outras culturas através do mar, as influências se multiplicam. Trás a perca do império após a revolução dos clavais, e de algum modo reforçando o estereotipo, o fado veio representar o sentimento de frustração e fatalismo que segundo eles mesmos define aos portugueses.
Existem basicamente dos versões de fados: o que se escuta nos bairros lisboetas de Mouraria e Alfama, e que têm um alto conteúdo pessoal e sentimental; e da zona de Coimbra, mais didática, como foi imposto pelo passado universitário da cidade.
A cantante de fados mais conhecida é sem dúvida Amália Rodrigues, que é relativamente fácil escutar em algum de seus numerosos recitais em Lisboa. Também atua freqüentemente em Espanha, especialmente em Huelva e Sevilha. Outras grandes figuras tradicionais são Alberto Prado, José de Camara, Castro Rodrigo e José Afonso.
A ele pode-se considerar sem nenhum gênero de dúvidas o pai da música popular moderna portuguesa. Uma viagem de estudante por Angola mostrou a verdade do assunto colonial português, influindo notavelmente na consciência social que acabaria denotando suas composições. Seus primeiros discos foram coleções de fados compostas com Luis Góis, mas a partir dos sessenta quando começou a compor letras consideradas subversivas pelo regime de Salazar, pelo que foi censurado e a muitas vezes perseguido pela policia secreta do ditador. Ele dedicou grande parte de sua vida contra o fascismo através da canção e a ação social.
Depois da revolução seguiu compondo, tanto canções como música para cinema e teatro, e chegou a editar mais de 20 discos. José Afonso morreu em 1987.
Outro aspecto inseparável da cultura lusa é sua particular festa dos touros. A importância e antigüidade desta atividade criou um tipo especial de criador de gado, o campesino, um tipo de homem severo, com roupas características e que vive sobre seu cavalo. Profundamente enraizada, incluindo touradas com largadas em plena cidade, nas que se manifestam bravura e destreza, arte e coragem. Mas nelas não se mata ao toro, simplesmente se faz um jogo de força muito elegante e característico, antes se desenvolve um belo espetáculo de rejoneo e se colocam bandeiras desde o cavalo, todo ele adornado com vestimentas do século XVIII.
Depois aparecem os “forcados”, que com destreza leva o toro ao solo.
O grande centro taurino de Portugal é Ribatejo e seus arredores e a temporada vai de abril a outubro.
Literatura
A narrativa portuguesa têm dado e segue dando uma enorme quantidade de talentos através de cuja literatura podemos chegar a entender um pouco melhor o caráter do país vizinho.
Fernando Pessoa é provavelmente a figura cume das letras lusas. Escritor e poeta morreu em 1933, têm como obra destacada “O livro do desassossego”, publicada na Espanha por Seix Barral. Nela se narra, com uma extraordinária prosa poética, a vida cotidiana de uma personalidade literária fictícia criada por Pessoa. A través desta obra pode-se chegar a compreender a sensibilidade literária e social do escritor.
Eça de Queiroz é o novelista português por excelência, autor de várias grandes novelas do século passado.
Os críticos lhe atribuem a introdução no país da novela realista.
Entre suas melhores obras estão: “A relíquia”, “O mistério da estrada de Sintra”,”O primo Basilio” e “O crime do pai Amaro”. Estas estão publicadas na Espanha por Bruguera.
Luis de Camões é o grande poeta épico de Portugal. Em sua obra “Os Lusíadas” Camões descreve a travessia de nove meses que levou a Vasco da Gama a abrir a rota marítima com a Índia através do Cabo de Boa Esperança.
José Saramago, literato, historiador e social e politico, é provavelmente o autor mais reconhecido, admirado e convidado em Espanha. Sua obra literária está carregada de um forte compromisso social, e é um grande entendedor das profundidades do ser ibérico, não somente em português. Entre as obras mais destacadas figuram “Memorial do Convento”, “A bolsa de pedra” e “História do cerco de Lisboa”. Estão publicadas na Espanha por Seix Barral.
A lista de destacados poderia ser interminável, mas não pode-se deixar de mencionar a Miguel Torga (“Contos da montanha”), José Cardoso Pires (“A balada da praia dos cães”), Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa (“Novas cartas portuguesas: as três Marias”), e João de Melo (“Gente feliz com lágrimas”).
Gastronomia de Portugal
A cozinha portuguesa é excelente, econômica e abundante, ademais, está acompanhada de caldos muito saborosos e a estandardização ainda não tem se imposto.
Na Costa Azul (o de Lisboa) podemos distinguir dos variantes gastronômicas: o litoral, onde predominam os pratos de peixe e frutos do mar, e no interior com a característica gastronomia alentejana.
O peixe guisado à marinheira e as angulas guisadas, a sopa de peixe e a sopa de tamboril com poleos, espécie de marisco, e os jureles assados são algumas das especialidades mais conhecidas.
Na zona alentejana não se deve esquecer as migas com carne de porco, a espécie de sopa de alho alentejana, o coelho frito ou o pé de porco ao forno. Em confeitaria destacam as pinhonatas da região de Alcácer, os doces de laranja de Setúbal e as pêras cozidas em vinho moscatel de Palmela. Sem esquecer o queijo de ovelha de Aceitão e os vinhos de Palmela, que possuem fama internacional.
Na Costa de Prata é típica a lagosta suada, as apetitosas caldeiradas, angulas ao escabeche, sardinhas assadas e peixe fresco de Peniche. Em carnes, o leitão da Barriada (cochinillo assado), ou o frango na púcara (pollo cozinhado na olla de barro).
Os vinhos mais conhecidos são os de Bucaso ou Bairrada. Como sobremesa podemos tomar os doces de ovos de Aveiro, ou as cavacas de Caldas da Rainha.
Na Costa Verde pode-se começar com um caldo verde (sopa de repollo e salchichas), seguido de peixe fresco e de um prato de tripas de porco. O pudding de arroz e o pão de ló (bizcocho) com Porto, um dos melhores vinhos nacionais, são alguns dos possíveis sobremesas. Para acompanhar sua comida pode-se provar o fresco e ligeiramente espumoso vinho verde.
Nas Planícies, em outono é digna de ser visitada a Feiras Gastronômicas de Santarém, onde encontrará especialidades trazidas de todas as partes do país. Nesta região, para degustar a fundo o exotismo da cozinha portuguesa, se deve provar o porco com mariscos.
Ali poderemos provar diferentes tipos de salchichas, lombo de porco e a caça, assim como os famosos bolos monásticos feitos com ovos. O queijo de Serpa e seu delicioso pão, regado com os vinhos tintos de Cartaxo e Almeirim, Redondo, Reguengos ou Vidigueira são excelentes acompanhamentos.
No Algarve uma das especialidades mais conhecidas é a “cataplana de mariscos”, cozidos numa panela especial, outra, as sardinhas assadas. Todo o podemos acompanhar com doces de amêndoas e figos e os magníficos vinhos de Lagos, Lagoa e Tavira.
Nas Montanhas deve-se provar as “Alheiras de Mirandela” (salchichas de frango), o “presunto” (jamóm curado) de Chaves e o conhecido queijo da Serra. Este queijo de montanha se faz com a leite de cabra e de ovelha; é gorduroso, untuoso, que se consume principalmente entre outubro e maio. Além do famoso vinho do porto, deve saborear os vinhos maduros do Dão.
Em Madeira pode-se degustar um prato de carne servido num espeto de laurel ou um filete de atum com cereais fritos, o peixe espada, mariscos, bogavante, não esquecendo um bolo de caco e mel e um cálice do famoso vinho da ilha.
Nas Açores a cozinha é muito variada.
É aconselhável provar um “cozido das furnas” (cozido feito com o calor do fogo) ou o “alcatra à moda de Terceira” (prato de carne) sem esquecer os peixes e os saborosos mariscos: lagosta, percebes, “cavaco”, “cracas”, etc.
São vários os queijos da região, o saboroso queijo da Ilha do Pico ou o da Ilha de São Jorge. Para terminar, nomear as doces e deliciosas pinhas da Ilha de São Miguel e os vinhos de Pico e “verdelho”.
Vinhos Portugueses
Os vinhos portugueses merecemum apartado especial. São conhecidos em todo o mundo pela sua ampla gama e excelente qualidade de caldos, que refletem a variedade de seus microclimas.
No noroeste, região do conhecido e refrescante “vinho verde”, um bom vinho de mesa que acompanha muito bem aos mariscos e cujas vinhas se cultivam segundo o método tradicional “suspendidas” e apoiadas em pérgolas, ao leste, o Rio Douro marca uma das zonas vinícolas mais antigas do país, onde se produz o mundialmente famoso Porto, vinho rico e forte quando é jovem (“blends”, feitos com sabias combinações), e suave e sedoso quando envelhece, o conhecido “vintage”. O Porto repousa em Vila Nova de Gaia, localidade que vale a pena ser visitada para degustar, grátis, os caldos. Também se produzem nas cercanias do Douro vinhos branco e tintos.
Na região do Dão (entre Coimbra, Viseu e Guarda), ao sul do rio, se produz o melhor vinho de mesa do país: vinhos tintos e fortes que são o acompanhamento ideal para uma boa comida típica.
As zonas rurais próximos a Lisboa elaboram alguns dos vinhos lusos mais conhecidos. Em Bucelas se produz um branco rico e suave e em Colares, perante a proximidade da costa, as vinhas crescem em terreno arenoso matizando os sabores.
No sul destacam os vinhos de Setúbal, vinho forte e doce e os de Serra Arrábida, bons amigos dos mariscos. Em Planícies, sobressaem Borda, Redondo, Vidigueira, Portalegre, Évora, Moura e Reguengos, caracterizados pelo calor do sul. Os vinhos do Algarve, quase todos tintos, são em geral suaves e aromáticos.
Não é possível esquecer-se dos importantes caldos de Madeira. O clima e o solo vulcânico proporcionam condições únicas para a produção de vinhos fortes e ricos, entre os que destacam o malvasia, doce, vermelho, escuro e perfumado; o boal, doce, mas mais seco e leve; o verdelho, semi-seco, pode servir para acompanhar toda uma comida; e o sercial, seco, ambarino e forte, é o perfeito madeira de aperitivo.
Nas Açores, o vinho aperitivo de Pico, o verdelho de Biscoitos e o “vinho de cheiro” dominam a mesa. Também é comum a aguardente.
Compras em Portugal
Falar de Portugal é falar de artesanato, uma artesanato rico, variado e de qualidade. Se dá em todas as províncias e, tanto nos mercados como nas ferias, encontram-se mostras de artes e ofícios tradicionais, feitas da mesma forma em que se faziam no passado: a mão, com perfeição e rigor.
O bordado encontra-se por todas partes, mas podemos destacar o Minho, em Viana do Castelo (Costa Verde), Barcelos, Peniche (Costa de Prata) ou Trofa.
Também nos arquipélagos de Açores e Madeira bordam, tecem e fazem ponto em pequenas cooperativas. As colchas de Castelo Branco (Montanhas), usadas a freqüentemente para decorar paredes, estão bordadas com desenhos de seda.
Em ponto encontramos jaquetas, jérseis e gorros (gorro pontiagudo de lã, com orelhas, típico dos marinheiros em Madeira) como especialidades de Nazaré e Funchal (Madeira).
Os famosos tapetes de Arraiolos (Planícies) exibem motivos baseados em modelos orientais que se remontam ao século XVII e a fábrica de Portalegre é conhecida em todo o mundo pelos seus tapetes murais firmados por famosos pintores.
A cesteria, que além do vime utiliza palma, palha de centeio e fios, se desenvolve principalmente em Algarve, Beira Alta, Madeira e Açores. Podemos encontrar cestos, esteiras trançadas ou canastras nos que se empregam métodos centenários.
Nas ilhas também achamos objetos de cortiça, de fibra de banana, de corda, de marcenaria, de raiz de hortênsia, de escamas de peixes, delicados trabalhos em pequenos pedaços de figueira e obras de arte gravadas em dentes e mandíbulas de cachalote.
Por todo Portugal encontra-se uma grande variedade de objetos de cerâmica e porcelana, de uso prático, decorativos e representativos da artesanato popular.
Vale a pena citar a porcelaneria de Barcelos (Costa Verde), de exemplo universal é o famoso galo; a Costa da Prata, com a fabricação de louça figurativa, porcelana fina (Vista Alegre) e um cristal de brancura excepcional; em Montanhas é famosa a porcelaneria “negra” de Bisalhães; as miniaturas de Mafra (Costa de Lisboa); as pequenas esculturas de cores de Estremoz (Planícies); os objetos de barro incrustado de pedrinhas de mármore de Nice e a louça pintada de Redondo (Planícies) ou de varandas no Algarve. Nas ilhas Açores são famosas as tradicionais louças azules e brancas e os encaixes delicados.
No relativo a arte da joalheria e objetos de metais preciosos, se fabricam, sobre tudo, na Costa Verde (Gondomar, perto de Porto e Viana do Castelo). Segundo seus materiais os preços podem chegar a ser muito elevados.
O Minho é o lugar para procurar objetos de madeira talhada (Braga ou Barcelos). Se trata-se de peças grandes, como as cangas de bois esculpidas com adornos de flores, os preços costumam ser elevados. Como contrapartida pode-se encomendar o que se deseje a base de paciência e dinheiro. Mas também se talham objetos de menor tamanho e mais acessíveis ao bolso.
Principais Mercados
Há muitas lojas especializadas no mercado de “souvenirs”, mas o melhor é visitar um mercado semanal que reúne numa feira uma multidão de vendedores.
Porto: O da Praça de Lisboa (todos os dias). O de Rua Sá da Bandeira (detrás de Correios) e os de Calcada de Vandoma e Alameda das Fontainhas (aos sábados)
Barcelos (Costa Verde): A Feira de Barcelos é uma das maiores e mais importantes da Europa (quinta-feira)
Lisboa: Mercado de Praça do Chile (de segunda a sábado). Mercado de Praça de Espanha (todos os dias, exceto os domingos) e praça do Aeroporto (domingos pela manhã).
População e Costumes de Portugal
A vila continental de Portugal se acerca aos 11 milhões de habitantes. Ao que há que acrescenta-se uns 500 mil que vivem nos arquipélagos, Açores e Madeira.
A densidade media é de algo mais de 100 habitantes por quilômetros quadrados, equiparável à da França e bastante maior que a de Espanha. Os núcleos mais importantes são, a capital, Lisboa, com perto de 1 milhão de habitantes, e Porto, que ronda os 500 mil.
São quantidades muito apreciáveis si temos em conta o tamanho do país. Ademais, se estima que quase 3 milhões de portugueses vivem no estrangeiro, sobre tudo em Europa central. Assim, Paris é a segunda “cidade lusa” com mais de 500 mil emigrantes.
Mais de um terço das vila é rural e vive em grande quantidade de vilas e aldeias agrupadas, apertadamente, em torno à igreja. Mas nos últimos decênios o êxodo rural a contribuído a desenvolver várias cidades como Setúbal, Lisboa ou Porto.
A maior parte dos habitantes são de origem celtibero, por vezes com algo de sangue estrangeira, como árabe, flamenca ou bretã. Estes são os casos de algumas aldeias das Açores, com nomes como Flamingo ou Bretanha.
Os portugueses, homens e mulheres, são trabalhadores, honestos, amáveis e discretos. Crêem em superstições e são fervorosamente religiosos – católicos-, mas sem chegar ao fanatismo. Embora há vilas interiores, o rasgo que mais os define é sua caráter marítimo e vivificante, presente ao longo de sua história.
São amantes da ordem, da limpeza, com um profundo sentido da família e do respeito às tradições. Sentem, a sua vez, o gosto pelas festas, sejam religiosas ou não, assim como pelo exuberante.
Mas também são um povo de coloridas e apaixonadas contradições, o que lhes leva ao sentimento da “saudade”, melancolia contemplativa que parece ter sua origem no fatalismo oriental herdado da ocupação muçulmana.
Relacionado com esse sentir está o Fado, que é a forma tipicamente portuguesa das músicas poéticas mais antigas de inspiração tradicional. Sua linguaje resulta da influência de poesias occitanas, provenzais, um sentimento profundo que têm cruzado os séculos para cultivar a “saudade”.
O Fado se canta por todos os rincões de Portugal, mas existem dos cidades fadistas por excelência: Lisboa, com um canto mais tradicional e Coimbra, onde toma uma vertente intelectual.
Como rasgo essencial do folclore luso é necessário falar da dança. Não trata-se de um folclore estereotipado e representado, senão sentido e com afã de festejar, de expressar o mais publicamente possível em procissões e romarias.
Qualquer pretexto serve para sacar do baú as lembranças, o belo traje provincial, as alhajas, as cintas ou os tocados. Não trata-se de nada aparatoso, nem de montagem teatral, tudo é simples e natural.
Em definitiva, o povo português é um povo de sentimentos variados e apaixonados como a vida mesma, e cuja hospitalidade convida a conviver entre suas gentes para poder desfrutar com eles. Têm algo de mediterrâneos, algo de ibéricos, algo de europeus, algo de marinheiros, mas em realidade nada disso os define, tão só são portugueses.
Entretenimento e Festividades de Portugal
Portugal oferece uma ampla e variada oferta de entretenimentos. O aficionado à arqueologia e aos monumentos pode ver satisfeitos seus desejos visitando as citanias do Minho, principalmente as de Viana do Castelo, os patrogrifos do Onterio Maior, os megalitos em Évora e Conimbriga com suas vilas romanas entre outros. São interessantes também as cidades medievais como Bragança.
O amante dos touros pode presenciar as touradas que têm lugar, sobre tudo, entre Páscoa e outubro. As praças mas famosas estão situadas em Lisboa, Santarém e Porto.
O retorno da pesca é um espetáculo muito concorrido em zonas que não dispõem de porto, pois os pescadores arrastam as embarcações até a praia, algumas vezes com suas próprias mãos, e outras vezes com ajuda de com bois ou de um trator. É a principal atração de Nazaré, Espinho e Figueira da Foz.
O aficionado ao esporte e à natureza pode praticar a marcha em lugares como o Parque Nacional de Peneda-Geres, nas ladeiras de Madeira, na Serra de Estela ou pode também, optar pela ascensão ao vulcão Pico em Açores.
Para extasiar-se com a visão da natureza e descobrir seus cheiros, nada melhor que passear pelo Parque Natural das Serras de ar e Candeeiros, admirar a paisagem protegida da Serra de Acor e o Parque Nacional de Peneda-Geres.
As alternativas existentes para o amante do esporte são muito numerosas, sobre tudo para os esportes náuticos. Nas baías ou no interior dos estuários as condições para a prática de vela, windsurf e esqui aquático são ótimas. Podemos sinalar as lagoas de Melides, Santo André e Albufeira, as represas de Pego do Altar e Vale de Gaio. Nestes lugares também pode-se praticar pesca esportiva.
O Atlântico, ao longo de seu variado litoral, dispõe de infinitas oportunidades para realizar esqui aquático, vela, mergulho submarino, surf e pesca. Neste último, pode-se optar entre pesca de mar e de rio. Há mais de quarenta clubes e mais de duzentas variedades de peixes como salmões, sábalos, robalos, trutas, barbos, etc.
Mas si se deseja desfrutar do golf, Portugal é uma das Mecas deste esporte. Dispõe de 33 excelentes campos para escolher. A maioria são de competição e desenhados por expertos internacionais. Em eles pode-se apreciar os bonitos greens, vistas sobre o mar, praias, bosques e ensolarado clima. Destacam-se Tróia e Aroeira.
Outro dos esportes que pode-se praticar é o tênis pois, por todo o país, magníficas instalações como as de Vilamoura, Vale do Lobo, Carvoeira, Tróia e Lisboa. Em Estoril encontra-se o sofisticado Tênis Clube de Estoril.
Também pode-se conhecer a beleza dos campos de Portugal e sua litoral através de meios de transporte como o cavalo e a bicicleta. Há cavalariças ao longo de toda a costa, com variedade de cavalos, desde os angloárabes e o famoso lusitano até pôneis para crianças e principiantes.
Para passear e ir em bicicleta pode-se escolher desde a movimentação da cosmopolita Lisboa às praias douradas do Algarve, as vistas verdes da Costa Verde, a tranqüila beleza do vale do Douro, a região do Minho, as planícies do Alentejo e os encantos de Madeira e Açores.
Relacionado também com os cavalos, pode contemplar-se no rosado palácio rococó de Queluz uma deslumbrante exibição de arte eqüestre, realizada por expertos cavaleiros, ataviados com trajes do século XVIII. e, por último, em Cascais, Lisboa, cavaleiros que jogam ao pólo montados sobre rápidos pôneis argentinos.
Por o que se refere às ilhas, Madeira é o paraíso dos desportistas. Podem realizar-se excursões à montanha ou ao longo das “levadas”, praticar a natação nas grandes piscinas dos hotéis, nas enseadas da ilha e na imensa praia de Porto Santo, além de poder praticar a vela ou o surf, com o mar geralmente em calma e com vento assegurado. Os aficionados à pesca submarina devem acudir s ilhas Desertas ou às Selvagens. Com respeito à pesca de altitude, Madeira têm vários recordes de capturas de tubarão azul, peixe espada e atum.
Nas Açores destacam os esportes náuticos. A observação submarina oferece tesouros em toda a ilha. Também pode praticar-se a caça menor (coelho) em Pico e Terceira ou bem, contemplar seus vale s, precipícios, pequenas ilhas e lagoas.
Desejando-se algo mais tranqüilo, há uma grande oferta de balneários e termais ao longo do país. Castelo de Vide, têm a água que cura a diabetes, hipertensão e pertubações biliares e intestinais. As termais de Fadagosa, em Nice, são para o reumatismo e doenças ginecológicas.
As termais de Cabeco de Vide, em Fronteira, para dermatites e vias respiratórias e, finalmente, as Termas de Monte da Pedra, em Crato, se aconselham para enfermidades de pele e metabolismo.
Festividades
Durante todo o ano se dão múltiplas e variadas festas e romarias em Portugal, ainda um país rural e tradicional. As principais celebrações de caráter nacional são em Semana Santa, nas que destaca a de Braga e a Véspera de São João, sobressaindo a de Porto (23-24 de junho).
Além das conhecidas em todo o mundo, como festas oficiais -com ou sem celebração- existem as seguintes: 25 de abril, Comemoração da Revolução de 1974, 10 de junho, Dia de Camões e das Comunidades, 15 de agosto, a Assunção, 5 de outubro, Dia da República, 1 de dezembro, Independência de Espanha.
No mês de janeiro, encontramos, o 20 de janeiro, a Festa das Fogaceiras em Santa Maria da Feira, que conta com um dos castelos mais formosos de Portugal.
Já em fevereiro, os dias 2 e 3 celebram-se em Évora as Feiras de Pucarinhos (louça regional) com procissões, e a véspera da quarta-feira de cinza, em Loulé-Portimao, Carnaval e Festa das amendoeiras. O segundo e quarto domingo de quaresma, em Graça e Mafra (Costa de Lisboa), se desenvolvem as procissões do Senhor dos Passos e a dos Terceiros, com barcas na água.
Em março, o dia 25 em Aveiro (Costa da Prata), pode-se acudir à marinheira festa dos barcos “moliceiros”.
Com a chegada da Semana Santa, entramos num dos períodos mais intensos das festas religiosas lusas. Destacam-se as imponentes festas de Braga, cidade de muitos monumentos de grandeza medieval. Suas procissões percorrem as muralhas, a catedral românica e os pontos mais grandiosos da cidade.
Em Barcelos, do 2 ao 5 de maio, podemos assistir à Festa da Cruz, com danças folclóricas, procissões e, sobre tudo, mercado e mercadinhos. Esta cidade do norte do país têm um dos mercados maiores e importantes da Europa, que hoje é quase permanente.
Visitado por mais de 4 milhões de peregrinos anualmente, o Santuário de Fátima vive intensamente a fé católica. Ao ar livre as cerimonias liturgicas mais importantes começam na noite do 12 de maio com a inolvidável procissão das velas, onde milhares de pessoas iluminam o recinto. Culminam o dia 13, com a emotiva procissão do Adeus.
Em Lisboa, nos bairros típicos como Alafama e Mouraria, as Festas de Santo Antônio se iniciam ao anoitecer do 12 de junho e se prolongam até a madrugada do 13, lotando a cidade as Marchas Populares com música, vistosos trajes, bailes populares e sardinhas asadas.
As festas de São João celebram-se do 23 ao 24 de junho, com especial significação em Porto e Braga, onde as multidões, entre fogueiras, percorrem as ruas em ambiente de alegria. São Pedro festeja-se em todo Portugal o 29 de junho, sendo muito significativa a celebração em Montijo, com uma procissão sobre o Tejo que provêem da Idade Media. Neste mês também celebra-se em muitos lugares, especialmente em Penhafiel, o Corpus Christi.
O primeiro fim de semana do mês de julho, em Vila Franca de Xira, começam as festas do “Jaleco vermelho” ou Festas do Colete Encarnado, na qual há encierro dos touros, touradas, comida ao ar livre e danças folclóricas. Estas data também são de festa na histórica cidade de Coimbra, com as Festas da Rainha Santa em homenagem a Santa Isabel, rainha portuguesa do século XIII e em Ança, a curiosa romaria de S. Tomé e S. Tiago, com desfile de cavaleiros medievais.
Agosto é um mês de festas em todo Portugal, celebrando-se sobre tudo, no dia 15, a Assunção. Há desfiles, procissões e ferias quase em cada povoado e cidade como as de Sines (Costa de Lisboa), com sua procissão marítima; a romaria de São Mamede; Viana do Castelo, com as festas da Virgem da Agonia, nas que brilham iluminações mágicas e fogos artificiais; Guimarães, com seu desfile de gigantes, ferias e corridas do primeiro domingo de mês; Castro Marim (Algarve), que entre o 15 e o 17 celebra suas famosas Festas da Senhora dos Mártires, que inclui feria anual de artesanato e, por último, a Feira de cavalos em Vila Viçosa a mediados de mês.
Na região de Montanhas, para o sul, onde se produz o vinho do porto, se levanta, dominando a singular cidade de Lamego, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, imponente construção barroca do século XVIII que acolhe, no dia 8 de setembro, a famosa Procissão e Romaria do Triunfo. A mediados deste mês também encontramos em Nazaré (Costa de Prata) sua marinheira Festa do Sito, com os mais famosos e característicos trajes folclóricos.
Durante o segundo domingo de outubro, em Santarém, se desenvolve a Festa da Piedade, interessante por suas corridas de touros. No dia 13 e 14 do mês se produz a segunda peregrinação anual a Fátima. A sua vez, o 9 deste mês, em Machico (Madeira) encontramos a marinheira Romaria do Cristo dos Milagres.
No se deve esquecer a arte eqüestre e as corridas de touros à portuguesa. Para desfrutar podemos acudir à Feira de São Martím de Golega (Planícies), festa de apresentação anual de cavalos.
No dia 8 de dezembro, em Vila Viçosa, se desenvolve a grandiosa procissão ao Santuário de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal. e, por último, o 31 deste mês em Funchal (Madeira) podemos observar sobre o mar os fogos artificiais das Festas de São Silvestre.
Transportes em Portugal
Avião
PGA-PORTUGALIA AIRLINES, primeira companhia aérea privada de Portugal, oferece vôos diários desde os principais aeroportos espanhóis (Madrid, Barcelona, Bilbao, grande Canária, Palma de Mallorca, Tenerife e Valência), às três cidades mais importantes de Portugal (Lisboa, Porto e Faro).
Além dos vôos referidos, PGA-PORTUGALIA AIRLINES oferece vôos internos em Portugal entre Lisboa, Porto e Faro, assim como vôos diretos desde estas cidades a algumas das principais capitais européias.
PGA-PORTUGALIA AIRLINES opera todas suas rotas com modernos aviões, a reação, oferecendo a bordo um esmerado serviço de qualidade distribuído em duas classes: Private Clube e Turista.
O aeroporto Internacional Lisboeta de Portela encontra-se a 20 minutos do centro, podendo chegar-se em taxi ou em ônibus (com uma periodicidade de 15 minutos. Linhas 90, 44, 45). Em Porto, situado a 13 quilômetros. Ao norte da cidade acha-se o aeroporto de Pedras Rubras.
Existe um serviço de ônibus (56) que o enlaça com a Praça de Lisboa. O aeroporto Internacional de Faro encontra-se a 6 quilômetros do centro da cidade, ao qual pode-se chegar em ônibus, trens ou em taxi, dispõe, ademais, de agências de aluguel de veículos.
Barco
É uma bonita maneira de entrar em Portugal, através dos transportadores que o comunicam com Espanha: o que enlaça Ayamonte (Huelva) com Vila Real de Santo Antônio, cruzando o Guadiana ou o que une Goiám (Pontevedra) com Vila Nova de Cerveira, cruzando o Minho.
Desde Lisboa se enlaça, através do Tejo, com os povoados situados enfrente: Barreiro, Montijo, etc. E finalmente, desde Setúbal, cruzando o Sado, chega-se em transportador a Tróia. Há um serviço bastante confiável que une Funchal com Porto Santo, assim como outros barcos que fazem o circuito das principais ilhas das Açores.
Trens
Todos os Comboios do país são da CP, Companhia Ferroviária Portuguesa. Há expressos Lisboa-Porto (Porto), que vão por Coimbra, Lisboa-Algarve (Comboios alfa) e Comboios regionais (interurbanos e regionais) que unem as diferentes zonas de Portugal.
A maioria dos Comboios são regionais, que param em quase todas as estações e dispõem de 1ª. e 2ª. classe. Têm a tarifa mais baixa e neles pode-se usar o Inter-Rail e EuroRail. Os interurbanos são o doble de rápidos e de caros. Porém, o serviço mais rápido, luxuoso e caro é o dos Comboios alfa. Nestes dos últimos deve-se pagar um suplemento si se viaja com passe ferroviário.
É conveniente chegar com antecedência para reservar assento, dado as longas filas que se formam. Em toda a rede CP pode-se utilizar passagens turísticos por uma quantidade global válidos para 7, 14 ou 21 dias, o que permite viajar a tarifas reduzidas.
Os maiores de 65 anos dispõem de descontos especiais com a “cartão dourado”. Também é preciso advertir que as estações, freqüentemente, distam vários quilômetros da vila correspondente e não sempre existem transporte entre ambas.
Para mais informação dirigir-se a Caminhos de Ferro Portugueses (CP), Direção Comercial, Estação de Santa Apolonia. Tel. 386-41-81.
Ônibus
É o meio mais rápido, em especial para viagens curtas e pouco correntes. A maioria das longas distâncias estão cobertas por ônibus expressos e linhas regulares que fazem continuas paragens.
A empresa estatal Rodoviária Nacional (RN), reconhecível pela cor laranja, recorria até faz pouco todas as rotas de Portugal chegando até aos vales mais escondidos. É rápida e confortável.
Porém, na atualidade se estão privatizando as linhas e dividendo por regiões e embora tenha-se mantido uma rede nacional de expressos, funcionam já muitas companhias privadas. A sede da Rodoviária Nacional está situada em Lisboa, Av. Fontes Perina No. 33. Tel. 353-88-46.
Carro
Embora têm a vantagem de proporcionar liberdade de movimento a qualquer hora, há que ter em conta que a gasolina é bastante cara. Por outro lado, deve-se ter em conta que a maneira de conduzir dos lusos é muito arbitraria, pelo que é conveniente conduzir por estradas pouco transitadas, muito embora não estejam em muito bom estado.
A circulação é pela direita, é obrigatório o cinturão e a velocidade máxima permitida nas cidades é de 50 km/h nas estradas principais e autopistas 90 e 120 quilômetros respectivamente. As autopistas de Portugal são de pedágio.
As estações de serviço estão abertas desde as 7:00 até as 20:00 h e em autopistas durante as 24 h. Em caso de averia pode-se pedir ajuda ao Automóvel Clube de Portugal, que têm acordos recíprocos com outras associações.
Existem empresas de aluguel de automóveis em todas as cidades importantes e nos aeroportos internacionais. Para alugar é necessário acreditar a identidade e ter uma carteira de motorista válida. A carta verde é imprescindível e não pode-se alugar a menores de 21 anos.
Transporte Publico
Nas cidades existe um bom serviço de ônibus urbanos, podendo-se pagar o bilhete ao condutor. Em Lisboa e Porto podem-se adquirir bônus turísticos especiais (de 4ou 7 dias) nos quiosques da companhia (Lisboa), do metro de Lisboa ou da STCP (Porto), abertos desde as 8:00 às 22:00 h.
Com eles pode-se utilizar, sem limite, ônibus, elétricos, metro e funiculares, assim como o elevador de Santa Justa.
Em Lisboa vale a pena fazer uso dos bondes, que passam cada 10 ou 15 minutos ou bem pegar o metropolitano, que dispõe de linhas muito úteis. As estações mais centrais são as de Praça dos Restauradores e Rossio.
Taxis
Há muitos e são muito econômicos, sempre que não se passam os limites da cidade. Levam taxímetro e a luz verde significa que estão ocupados. Podemos encontrar-los de cor verde-negro, mas se estão mudando ao bege.
Fonte: www.rumbo.com.br
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