Pontos Turísticos do Iêmen

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Aberto ao turismo de forma amável. O Iêmen oferece um paraíso de lendas e história única.

Depois de muitos anos de divisão entre o norte, dominado pelos ingleses e o sul, baixo domínio soviético, Iêmen se reunificou em 1990, mais uma larga série de obstáculos originou em 1994, uma guerra civil.

Atualmente reina a paz, quebrada só em poucas ocasiões, e sempre na província de Marib, pelas tribos da zona, ainda que sem conseqüências fatais pois só querem realizar ações revindicatórias.

Apesar da união política dos dois setores do Iêmen, se encontram ainda duas sociedades bastantes diferentes, que se correspondem com seu passado recente mais também com duas idiossincrasias.

Também existem o Iêmen moderno e progressista cosmopolita ao lado do Iêmen que se refugia na sua tradição, no paraíso da sua paisagem cheio de contrastes e independência como são suas gentes.

A aridez das praias dos sul, onde em outros tempo se assentou a mística cidade de Moka pouco tem que ver com o verdor de outras zonas do Iêmen que os romanos batizaram como a Arábia feliz.

Os duros desertos que assolam a península se contrapõem com as terras altas verdes e férteis.

O viajante que visita Iêmen se encontra envolto numa aventura cultural e espiritual. Isolado durante séculos de influências estrangeiras, é um dos rincões do mundo que não perdeu seu encanto original.

Locais Turísticos

Dividimos o país em 4 regiões.

Iniciaremos nosso percorrido pela Região do Noroeste, partindo da capital do país.

Visitaremos, depois, a Região de Thiama ou da Costa do Mar Vermelho, até a cidade de Al-Mkha, fazendo uma incursão até Taizz.

Nos deslocaremos pela Região Sul especificamente em Aden, para finalizar pela Região Leste, visitando a mística e espetacular Shibam.

O NOROESTE

Sanaã

Sanaã, a capital do país, é considerada como uma das jóias arquitetônicas do mundo muçulmano. Situada a 2.500 metros de altitudes apresenta o típico aspecto das cidades da península arábica.

As janelas enquadradas em branco adornam os exteriores das altas e estreitas casa, com as fachadas de tijolo de argila cor ocre, protegidas por uma espécie de ralo de porta de estuco que permitem contemplar, sem ser visto desde o exterior, o espetáculo das ruas.

As vezes as janelas estão rematadas por impostas lavradas com vidrarias de alabastro. As casas se agrupam nos bairros, sem atender a nenhum planejamento especifico, entorno as aproximadamente de cinqüenta mesquitas, cujos alminares dominam a cidade.

A Cidade Antiga é uma das vistas mais imponentes da capital, sobretudo na parte leste. Muitas casas datam de 400 anos atrás e estão construídas no mesmo e único estilo de há 1000 anos.

É considerada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. As casas de Sanaã representam uma mistura de estilos e materiais Iemenesês muito particulares.

Os andares mais baixos são feitos de uma escura pedra basáltica, enquanto que os superiores se construíam a base de tijolos. Os minaretes das mesquitas se elevam por encima das torres das casas.

Abundam os Hammams, o casas de banhos e muitos deles datam da época turca. Formosos jardins privados se escondem atrás dos muros da antiga cidade.

A muralha que rodeia a cidade antiga é uma das melhores conservadas do mundo árabe. Ao sudeste da muralha se encontra, sobre uma elevação, a antiga cidadela.

Infelizmente não pode-se entrar nela já que é utilizada, em algumas ocasiões, pelas forças armadas.

Suq al-Milh ou Mercado Central, na zona de Bad al-Yaman (construído durante a domínio turco em 1870), é outro dos pontos de interesse. Conta com uma grande mesquita digna de admiração. El suq (mercado) funciona todos os dias, mas é aconselhável ir nas primeiras horas da manhã, em plena atividade ou também, o por do sol, entre as 6 e as 7 da tarde, quando a luz envolve em fantasia todo o ambiente.

Nos pequenos estantes pode-se encontrar de tudo, alimentos, especiarias, qat, cerâmica, roupa e variado artesanato. Próximo do mercado também existem alguns estabelecimentos mais modernos.

No Jambiya suq o visitante pode admirar uma série de armas brancas de complicada manufatura.

O mercado da prata tem uma alta reputação com aval dos altos preços que pagam os estrangeiros. Dentro de cada suq há um samsara, um edifício que serve para armazenar os produtos e também como centro para aqueles que levam para vender sua mercadoria.

Principais Mesquitas

Para os muçulmanos a preferida é a Grande Mesquita, al-jam al-Kabir. Foi construída em 630, em vida do profeta Maomé. A maioria das atuais estruturas, incluídos os minaretes, datam do século XII.

Só se permite o acesso aos muçulmanos.

A Mesquita Salah ad-Din, que se localiza na parte leste da cidade, foi construída em autêntico estilo Iemenês, enquanto que a Mesquita Qbbat Talha, na parte oeste, apresenta um estilo tipicamente turco, especialmente no desenho de suas cúpulas.

O formoso e brilhante minarete da pequena Mesquita al aqil, pode ser contemplado durante a noite dominando Suq al-Milh. La relativamente recente mesquita de estilo turco al-Mutwakil se encontra em Ali abdul Mogni.

Foi construída pelo Iman Yahaya a princípios do século XX.

Por último a Mesquita Qubbat al-Bakiliya, que se encontra na parte da antiga cidade; construída no ano 1600 e restaurada no século XIX (ambos trabalhos realizados pelos turcos), é uma bom lugar para refletir sobre esta interessante cidade.

Principais Museus

O Museu Nacional encontra-se em ali abdul Mogni, ao norte da praça de Tahrir, muito próximo a Mesquita de al-Mutwakil. Trata-se de uma construção na forma de palácio real, realizado em 1930.O museu está aberto diariamente desde a 9 da manhã até o meio-dia e pela tarde de 3 a 5, exceto às sextas-feiras, que só abre pela manhã.

Ocupa cinco andares, distribuídos em diversas salas dedicadas a antigos reinos como o de Sba, Marib, Main ou Himyar, ao passado islâmico Iemenês e a cultura folclórica Iemenesa do século XX.

O Museu Militar localiza-se ao sudoeste de Tahrir. O edifício está decorado de forma exuberante com rigoroso equipamento militar. O museu conta a história de Iêmen desde um ponto de vista sobretudo militar.

Está aberto diariamente exceto às sextas-feiras e a última quinta-feira de cada mês, de 9 da manhã até o meio-dia e de 4 a 8 pela tarde.

OS ARREDORES DA CAPITAL

Ao oeste de Sana há lugares maravilhosos que formam parte das tradicionais rotas turísticas. Apesar de que estes pequenos povoados estão situados no alto das montanhas, vale a pena atravessar esta região do país.

Se costuma fazer em caravanas formadas por carro todo terreno (vigiadas por soldados do exército).

Todo um roteiro adereçado com a típica comida árabe que é possível consumir em qualquer funuk, hotéis ou hospedarias, que a pesar de sua modéstia, oferecem garantias ao viajante.

Nesta região encontrará lugares repletos de beleza que fascinaram como são as Muralhas de barro de Amram; o belo povoado fortificado de Kohlan na ladeira de uma montanha; o sonho de Hababa, construída ao redor de uma represa de água, onde se refletem as casas medievais; a Fortaleza de Kawkaban, encravada em uma impressionante montanha de pedra de mais de 300 metros, construída para proteger a parte baixa da cidade de Shiban ou a Cordilheira do Haraz, com os picos mais altos do país.

WADI DHAHR

A apenas 15 quilômetros ao noroeste de Sana se encontra este fértil vale, repleto de verde e salpicado de pequenos povoados onde se destaca o Palácio de Pedra, instalado a 50 m. de altura sobre um imenso bloco de rocha. Se construiu em 1930 por ordem do Iman Yahya como residência veraneia e sobre as ruínas de um edifício pré-histórico que se destacava no alto desta extraordinária formação rochosa.

Não deixe de visitar nas proximidades o belo povoado de Qaryat al-Qabil, assim como percorrer os postos do pequeno mercado que se instala nas sextas-feiras.

A região esteve habitada desde tempos muito antigos e conserva numerosas covas e formações rochosas interessantes, cascatas de água, e se pergunta às crianças da região lhe indicaram onde se encontram algumas pinturas de animais e caçadores nas rochas.

SHIBAM

Não se deve confundi-lo com o Shibam do Leste. Se trata de um pequeno povoado com um passado tranqüilo que deixou escrito em suas pedras, mesquitas e outras antigas construções, o passado as antigas civilizações. Subindo às colinas se localiza o que serviu em seus dias como fortaleza da cidade Kawkaban.

THILLA (Thula)

Ao norte de Shibam se encontra este velho e misterioso povoado, um dos mais conservados nas terras altas. Suas casas, elevando-se como torres de pedra ao pé da montanha, a dupla muralha de pedra e os excelentes aquedutos muito bem conservados fazem deste uma parada obrigatória do viajante,.

AL-MAHWIT

Esta pequena província oferece ao visitante a possibilidade de explorar suas montanhas salpicadas de aldeias e povoados, um lugar interessante para realizar excursões à pé.

MANAKHA

Esta localidade se encontra no centro de uma bela e fértil região. As terras desta zona são ideais para o cultivo graças às águas da chuva.

Um passeio à pé através das montanhas lhe porá em contato com povoados e aldeias tais como: Al-khutayb e Hajjara, suspensos no alto das colinas como orgulhosas fortalezas.

HAJJA

Esta cidade é uma moderna capital de província que se destaca no alto da montanha. Apesar de seu aspecto moderno, a cidadela construída pelos turcos no alto da cidade, dá mostra de sua idade.

Na cidade em si não há muito que ver, mas a estrada de Hajja lhe levará ao coração das terras altas de Iêmen, uma viagem que vale a pena realizar.

O trecho que vai de Amran à Hajja oferece umas vistas espetaculares. A estrade se eleva a uma altitude de 2.800 m através de passagens montanhosas muito altas.

Depois desce serpenteando até chegar a Wadi Sharas, situado a 1000 m acima do nível do mar.

Ao norte da província de Hajja se encontra uma das mais famosas cidades fortaleza de Iêmen, Shihara. Situada a 2.600 m de altitude foi um lugar inacessível para muitos conquistadores, entre eles os turcos.

A cidade conta com 23 depósitos de água e uma ponte de pedra construída no século XVII, sobre uma profunda garganta de 300 m que comunica à cidade esparzidas pelos altos picos da montanha.

SADA

É a província situada mais ao norte do Iêmen. O mais impressionante da cidade é a Grande Mesquita de Sada, construída no século XII. O Iman Yahya, fundador do Zaydismo foi enterrado aqui com outros onze sacerdotes muçulmanos baixo doze cúpulas. A entrada aos não muçulmanos não é permitida.

Também não pode-se entrar na fortaleza situada na colina central da cidade, que é utilizada por instituições governamentais.

As muralhas da cidade permanecem quase intactas e parte delas foram restauradas. De especial interesse é a porta norte, Bab Najran. As casas de Sada são exemplos da característica arquitetura zabur, todas elas construídas sobre capas de argila. Dentro da cidade o mais impressionante é o mercado do domingo.

MARIB

A capital do antigo Reino de Saba é o ponto arquitetônico mais destacável de Iêmen. Seus limites resultam tão imprecisos como a antigüidade de sua história.

Os imemoráveis domínios da rainha de Saba são o lar das tribos beduínas. Vale a pena, sobretudo, percorrer sua região deserta, de beleza acolhedora, e as ruínas arqueológicas situadas, no que supostamente, foram os territórios da mítica rainha que enamorou a Salomão.

Ainda restam os restos dos famosos Templos de Saba, cinco pilares do Templo da Lua, Àrsh Bilqis, ou o trono de Bilqis, que se mantém erguidos desde o século VI antes de Cristo; Mahram Bilqis, o templo de Bilqis quase sepultado pela areias do deserto.

A misteriosa cidade de Marib, cujas casas estão clandestinamente habitadas, conserva o mesmo estado à centenas de anos. A 35 quilômetros se encontram as ruínas de Baraqish, uma visita que não pode deixar de fazer.

Não se esqueça de levar lembranças de fósseis, moedas, jóias e toda classe de antigüidades a baixo preço, que lhe mostraram numerosos vendedores ao longo do caminho.

TIHAMA, A COSTA DO MAR VERMELHO

A terceira parte do país vive nesta região, a mais importante economicamente falando. Quase a metade da produção agrícola provém daqui. O clima da região é forte, quente e úmido, exacerbado por fortes ventos de areia. O interesse que oferece este lugar ao viajante é, sobretudo, sua espetacular arquitetura.

AL-HUDAYDA

Al-Hudayda é a maior localidade da região. Uma jovem cidade que foi assolada por várias guerras. A parte velha, próxima da área do antigo mercado, está composta pelos típicos bairros turcos.

Dominando o Mar Vermelho se estendem as antigas casas da costa, com suas varandas e janelas de madeira decoradas com ossos brancos e suas cúpulas ressaltando sobre os telhados.

Do mar chegam à estas cidades numerosas espécies de pescado. Ainda pode-se ver muitos pescadores que utilizam tradicionais barcos de madeira para seu trabalho.

Em direção ao interior e como sucede em todos os povoados, é aconselhável visitar nas sextas-feiras o mercado de Bayt af-Faqit, o mais popular dos mercados semanais do país. Nele pode-se comprar qualquer dos produtos típicos da agricultura da região.

ZABID

A 37 quilômetros ao sul, se encontra Zabid, uma cidade que conta com um fascinante passado. Data do ano 820 e nelas se fundou uma universidade islâmica que atraiu numerosos estudantes.

Somente há que dizer que durante os dias da universidade havia 236 mesquitas. Através dos séculos muitas delas desapareceram. As cúpulas de suas mesquitas incluindo as da Grande Mesquita al-Ashar, não são muito altas.

Dentro dos muros da cidadela, às aforas da cidades, se encontra a Mesquita Iskandar, que tem um mirante de 60 metros de altura. Nas proximidades há outra mesquita interessante de origem turca, a Mesquita de Mustafa Pasha e que conta com uma dúzia de cúpulas. Outro monumento importante é o Palácio Nasr, construído em 1800 e que é hoje utilizado pelo governo.

Em seus muros há uma relação da história de Zabid.

AL-MAKHA

Mais em direção ao sul se localiza um pequeno porto de comércio de café ideal para os românticos, Al-Makha. Vale a pena visitar nas proximidades a Mesquita de Ash-Shadhli (com mais de 500 anos), cujo estilo arquitetônico guarda uma clara influência Zabidí. Meio sepultados pelas areias restam ainda na região as ruínas das antigas cidades da época gloriosa do comércio do café.

TAIZZ E SEUS ARREDORES

Taizz está situada a uma altitude de 1.400 m ao pé do majestoso Monte Sabir. A parte mais vital da cidade antiga é a área do mercado.

A Mesquita de al-Kabir domina a cidade e foi construída entre os séculos XIII e XIV.

Outra interessante mesquita é a de al-Muyabiya construída no século XVI pelos turcos. Tem várias cúpulas (20) mas nenhum mirante. O antigo palácio do Iman Ahmad é hoje o Museu Nacional. Não se esqueça, se dispõe de tempo, uma visita ao Palácio de Salah, convertido hoje em museu.

Em Hujjariya, muito próximo de Taizz existe uma mesquita de 500 anos, a Mesquita Branca de Yifrus. Em al-Janad se encontra outra bonita mesquita.

Um bom lugar para deter-se se viaja à Taizz desde Sana é a localidade de Ibb.

Nas proximidades também se encontra uma cidade pequena com uma grande história, Jibla. Uma vez ali não se vá sem visitar a Mesquita da rainha Arwa, que com um pouco de sorte lhe permitiram visitar o interior.

Não muito distante e se dispõe de tempo, lhe aconselhamos aproximar-se à pequena mesquita Qubbat Bayt az-Zum.

A REGIÃO DO SUL

A aridez das praias do sul contrasta com o verde das águas do Golfo de Aden. Em outros tempos se assentou sobre suas areias a mítica cidade de Moka, cultivadora de uma planta muito particular, o café.

A cortina de areia, comum na região, permite entrever as casas vazias e em ruínas com suas paredes sustentadas por madeiras e os pórticos das janelas arrancados ou já podres.

É o que resta das magníficas vilas de fábricas que comerciantes árabes e europeus levantaram junto ao mar. A prosperidade de Moka, nome que dá passo também a uma denominação que chegou até nossos dias, veio abaixo quando o grão de café foi sacado de contrabando e para ser plantado no Brasil e Java e quando os ingleses fizeram de Aden o porto mas ativo entre Ásia e África.

De Aden a Mukaya se estende a costa arenosa que se perde no infinito deserto. O sol é abrasador e o ar é úmido.

Um dos lugares mais antigos da legendária cidade portuária de Aden, no golfo do mesmo nome, é o Tanque de Aden em jabal Shamsan. Próximo dali está o Museu Etnográfico rodeado de jardins, aberto diariamente de 8 a 13.00 h. No velho palácio de um sultão se encontra o Museu Nacional, que guarda numerosos tesouros fruto das escavações feitas na região.

Uma das mesquitas mais antigas de Aden é al-Aidrus.

A REGIÃO LESTE

Caminho das vastas mesetas de Rub al Khali nos adentramos no Leste. Avançando mais em direção ao deserto chegamos à Região de Hadramut, repleta de restos arqueológicos que demonstram seu antigo esplendor.

Podemos fazer uma visita a Shabwa, a antiga capital da província, que desde o século III d.C. agoniza no deserto.

Desde ali podemos seguir até a costa e chegar à cidade de Al-Mukalla, um porto de mar centro de pesca importante. Na baía se encontra o Museu da cidade.

Se pode ver também algumas mesquitas interessantes como ar-Radwdha e a Mesquita de Ùmar, assim como a fortaleza de Husn al-Ghuwayzi.

SHIBAM

Nos remontamos de novo em direção ao interior, seguindo sempre para o Leste para ver uma miragem que ficará para sempre em nossa lembrança da cidade dos arranha-céus do deserto, Shibam, capital do Reino de Hadramut desde as destruições de Shabwa. É um retângulo amuralhado quase perfeito, formado por 433 edifícios de até 30 metros de altura, uma miragem de arranha-céus de barro de até oito andares em meio de um mar de areia.

O Wadi Hadramut, um dos rios mais quentes do país quando chove (geralmente em maio e agosto) e portador de grande riqueza, se transforma, durante a maior parte do ano, num gigantesco sulco de areia de mais de 600 metros de largura e que ao entardecer se converte em lugar de encontro para os habitantes da antiga Shibam e os de Sahil Shibam, o povoado que surgiu recentemente em outra margem.

Como todas as cidades de Iêmen, Shibam se levanta com o sol, aproximadamente às cinco da manhã, e com ele se deita, umas doze horas depois. As restrições de energia elétrica, vigentes em todo país, faz que a partir das sete da noite a cidade suma em uma profunda escuridão na qual somente permanece iluminada as janelas daqueles que têm um gerador.

Shibam nasceu no século III antes de Cristo, e ainda que daquela época não restam vestígios, é considerada uma das poucas cidades históricas do mundo árabe que se conserva tal como foi concebida, é dizer, como uma quadra de arranha-céus desde cujos telhados pode-se controlar um amplo horizonte, e tão próximos entre eles como para criar um movimento de ar e sombra suficiente para resistir o calor equatorial que assola a região.

Os edifícios originais foram desgastados por sua composição muitas vezes ao longo dos séculos, mas cada vez são reconstruídos com o mesmo barro ancestral.

Na atualidade, o mais antigo tem aproximadamente três séculos, enquanto que a Mesquita da Sexta-Feira, a maior das cinco que há em Shibam, segue intacta desde 753 (se encontra muito próxima da única porta que dá acesso a cidade).

OUTROS

O maior deserto da península arábiga é o Wadi Hadhramawt, que se estende 160 quilômetros de leste a oeste. Não deixe a região sem visitar Sayun, a cidade das palmeiras que se encontra o Palácio do Sultão, a Tumba de Habshi e a Mesquita de al-Haddade entre outros monumentos interessantes; Tarim, um bonito lugar dominado por elevados minaretes de suas mesquitas, entre elas a de al-Muhdar. O palácio próximo a ela, Sayyid Umar bin Shaykl-Qafy, é digno de ver.

Também ali se encontra a Biblioteca Al-Afqah, que guarda uma interessante herança espiritual dos maestros do Islam.

Ma´rib

Antiga capital do Reino de Saba, é o melhor sítio arqueológico do país. No século VIII a.C, uma represa de 16m foi criada aqui e por 1000 anos abasteceu os campos com irrigação.

No século II d.C., o império caiu, e a cidade se desintegrou.

Em 1986, após a descoberta de petróleo, a cidade foi restaurada, e pode se ver as construções com pequenas janelas, algumas com inscrições feitas na pedra.

Ruínas de vários templos podem ser vistas na região, em especial o Templo de Bilqis, de 400 a.C.

Sanaa

Possui a maioria dos edifícios construídos com uma técnica secular, usando uma mistura de barro, pedras e gesso, e com torres geométricas.

A cidade se tornou um museu à céu aberto.

O Palácio da Rocha, Dar Al Hajjar, fica num vale verdejante no meio do deserto e desponta na paisagem circundante.

A cidade de Áden

Áden está edificada sobre o topo de um vulcão inativo numa ilha perto da costa. Com o passar dos anos, a ilha tornou-se ligada ao continente. No lado leste a cidade limita-se com a Baía Holkat, um porto natural, que em tempos antigos costumava ser um importante porto por onde passavam produtos valiosos como incenso e mirra. Do século 16 ao 19, a cidade foi dominada pelos turcos, que foram substituídos pelos britânicos em 1839.

Depois da independência em 1967, seguiu-se um período de dificuldade econômica. Pragas de ratos, epidemias e rebeliões populares ocorriam regularmente.

A situação melhorou vagarosamente só depois da unificação com o Iêmen do Norte em 1990. Durante a curta guerra civil de 1994, Áden foi duramente atingida. O aeroporto foi destruído e irromperam doenças, matando muitas pessoas. Durante os conflitos, os soldados iemenitas atacaram e destruíram a Igreja Sagrada Família, que tinha 139 anos.

A população (cerca de 600 mil habitantes) de Áden é muito variada. A maioria dos iemenitas pertence a várias seitas muçulmanas xiítas. Uma pequena minoria é zoroastriana. Devido ao comércio internacional, pessoas da Indonésia, Quênia, Etiópia, Sudão, Tanzânia e Egito estabeleceram-se na cidade.

Muitos trabalhadores europeus ocidentais vieram trabalhar no porto e um grande número de somalis estão abrigados em campos de refugiados nas vizinhanças de Áden.

Existe uma notável diferença no número de homens e mulheres. Devido às guerras e ao trabalho migratório, existe cerca do dobro de mulheres em relação aos homens que vivem na cidade.

Áden é a única cidade iemenita onde existem e funcionam templos. A Igreja de Cristo (anglicana) foi construída nos anos de 1860 pelos britânicos no distrito de Tawahi.

O edifício foi transformado num clube de esportes marítimos depois da independência, mas voltou a ser igreja em 1993 e abriu em 1996. Até recentemente os cristãos estrangeiros, que trabalhavam em Áden, freqüentavam cultos todas as semanas. No Dia de Ano Novo de 2001, explodiu uma poderosa bomba no templo. Ninguém se feriu, mas a igreja ficou seriamente danificada.

Anexa à Igreja de Cristo há uma clínica onde voluntários prestam serviços médicos.

Além desta igreja protestante, umas poucas igrejas católicas romanas estão operando na cidade.

No cemitério cristão de Áden pode ser encontrada a tumba do evangelista Ion Keith Falconer. O escocês Falconer viajou para o Iêmen pela primeira vez em 1885.

Em seu relatório de viagem ele mencionou que a população de Áden era formada principalmente por muçulmanos árabes e africanos e uns poucos judeus.

Ele apresentou um plano para estabelecer uma escola, um orfanato e um hospital ao xeique otomano, no interior de Áden, e um ano depois assumiu a tarefa de realizar o projeto, arcando ele próprio com a parte mais difícil do custo do projeto.

Em dezembro de 1886 ele chegou ao Iêmen e em maio do ano seguinte, esse missionário pioneiro morreu de febre, com apenas 30 anos de idade. O seu projeto quase não foi feito, mas o seu trabalho inspirou muitos outros a seguirem seus passos e conscientizarem os cristãos do Ocidente do enorme campo missionário que existia naquela parte do mundo.

Fonte: www.rumbo.com.br/www.geomade.com.br

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