História do Distrito Federal

A criação do Distrito Federal

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A construção e a inauguração de Brasília, em 1960, como capital federal, foi um dos marcos deixados na história do Brasil pelo governo Juscelino Kubitschek (1956-1960).

Essa mudança, visando um projeto especifico, buscava ampliar a integração nacional, mas JK, no entanto, não foi o primeiro a propô-la, assim como Goiás nem sempre foi o lugar projetado para essa experiência.

História do Distrito Federal
Mauro Borges, Juscelino Kubitschek e Pedro Ludovico Teixeira, na cidade de Goiânia, em 1961

Desejo de transferência (séc. XVIII e XIX)

As primeiras capitais do Brasil, Salvador e Rio de Janeiro, tiveram como característica fundamental o fato de serem cidades litorâneas, explicado pelo modelo de ocupação e exploração empreendido pelos portugueses anteriormente no continente africano e asiático. À medida que a importância econômica da colônia aumentava para a manutenção do reino português, as incursões para o interior se tornavam mais frequentes.

A percepção da fragilidade em ter o centro administrativo próximo ao mar, no entanto, fez que muitos intelectuais e políticos portugueses discutissem a transferência da capital da colônia – e até mesmo do império – para regiões mais interiores do território.

Um dos mais importantes apoiadores desse projeto foi Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, em 1751. A transferência também era uma das bandeiras de movimentos que questionavam o domínio português, como a Inconfidência Mineira, ou de personagens que, após a independência do Brasil, desejavam o fortalecimento da unidade do país e o desenvolvimento econômico das regiões interioranas, como o Triângulo Mineiro ou o Planalto Central.

Com a primeira constituição republicana (1891), a mudança ganhou maior visibilidade e mais apoiadores, tanto que em seu 3º artigo havia determinação de posse pela União de 14.400 quilômetros quadrados na região central do país pra a futura instalação do Distrito Federal.

Comissão Cruls e as décadas seguintes

Depois da Proclamação da República em 1889, o país se encontrava imerso em um cenário de euforia com a mudança de regime e da crença no progresso e no futuro. Para definir o lugar onde se efetivaria a determinação da futura capital, em 1892, o presidente Floriano Peixoto criou uma comissão para concretizar esses estudos, chefiada pelo cientista Luis Cruls, de quem a expedição herdou o nome.

A expedição partiu de trem do Rio de Janeiro até Uberaba (estação final da Estrada de Ferro Mogiana) e dali a pé e em lombo de animais até o Planalto Central. Com pesquisadores de diversas áreas, foi feito um levantamento amplo (topográfico, climatológico, geográfico, hidrológico, zoológico etc.) da região, mapeando-se a área compreendida pelos municípios goianos de Formosa, Planaltina e Luziânia. O relatório final permitiu que fosse definida a área onde futuramente seria implantada a capital.

Uma segunda missão de estudos foi empreendida nos locais onde a implantação de uma cidade seria conveniente dentro do quadrilátero definido anteriormente.

A saída de Floriano Peixoto do governo em 1896 fez com que os trabalhos da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil fossem interrompidos. No entanto, mesmo não contando com a existência de Goiânia, os mapas nacionais já traziam o “quadrilátero Cruls” e o “Futuro Distrito Federal”.

Apesar do enfraquecimento do ímpeto mudancista, eventos isolados deixavam claro o interesse de que essa região recebesse a capital da federação.

Em 1922, nas comemorações do centenário da Independência nacional, foi lançada a pedra fundamental próximo à cidade de Planaltina.

Na década de 1940, foram retomados os estudos na região pelo governo de Dutra (1945-50) e, no segundo governo de Getúlio Vargas (1950-1954), o processo se mostrou fortalecido com o levantamento de cinco sítios para a escolha do local da nova capital. Mesmo com a morte de Vargas, o projeto avançou, mas a passos lentos, até a posse de Juscelino Kubitschek.

Governo JK

Desde seu governo como prefeito de Belo Horizonte (também projetada e implantada em 1897), Juscelino ficou conhecido pela quantidade e o ímpeto das obras que tocava, sendo chamado à época de “prefeito-furacão”. O projeto de Brasília entrou no plano de governo do então presidente como uma possibilidade de atender a demanda da época.

Mesmo não constando no plano original, ao ser questionado sobre seu interesse em cumprir a constituição durante um comício em Jataí-GO, Juscelino sentiu-se impelido a criar uma obra que garantisse a obtenção dos objetivos buscados pela sociedade brasileira na época: desenvolvimento e modernização do país.

Entrando como a meta 31 – posteriormente sendo chamada de “meta síntese” – Brasília polarizou opiniões. Em Goiás existia interesse na efetivação da transferência, apesar da oposição existente em alguns jornais, assim como no Rio de Janeiro, onde ocorria uma campanha aberta contra os defensores da “NovaCap” (nome da estatal responsável por coordenar as obras de Brasília e que, por extensão, virou uma alusão a própria cidade). Com o compromisso assumido por JK em Jataí, Brasília passou a materializar-se imediatamente, mas a cada passo político ou técnico dado, uma onda de acusações era lançada contra a iniciativa.

Construída em pouco mais de 3 anos (de outubro de 1956 a abril de 1960), Brasília tornou-se símbolo do espírito da época. Goiás, por outro lado, tornou-se a base para a construção, sendo que Planaltina, Formosa, Corumbá de Goiás, Pirenópolis e, principalmente, Anápolis tiveram suas dinâmicas modificadas, econômica e socialmente.

Fonte: www.governodegoias.go.gov.br

História do Distrito Federal

Brasília começou a existir na primeira Constituinte no Império Brasileiro, em 1823, numa proposta colocada por José Bonifácio de Andrada e Silva, argumentando quanto à necessidade da mudança da Capital para um ponto mais central do interior do país e sugerindo ainda para a cidade o próprio nome que a tornou famosa em todo o mundo.

A vocação mística de Brasília se inicia quando é incorporada à sua história a visão soft do santo italiano, São João Bosco – Dom Bosco. Ele dizia ter sonhado com uma espécie de terra prometida para uma civilização do futuro, que nasceria situada entre os paralelos 15° e 20°, às margens de um lago.

No dia 7 de Setembro de 1922 é lançada a pedra fundamental de Brasília, próxima a Planaltina. Por inspiração e iniciativa do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1956, foi criada a NOVACAP – Companhia Urbanizadora na Nova Capital, empresa pública à qual foi confiada a responsabilidade e competência para planejar e executar a construção da nova capital, na região do cerrado goiano. Tudo surge a partir do sinal da cruz traçado por Lúcio Costa, o encarregado do urbanismo da cidade.

Articulado com a equipe de Lúcio Costa, um grupo de arquitetos encabeçado por Oscar Niemeyer projetou, em curto espaço de tempo, todos os prédios públicos e grande parte dos residenciais da nova cidade.

No dia 21 de Abril de 1960, a estrutura básica da cidade está edificada, muitos prédios ainda são apenas esqueletos, mas os candangos (nome dado aos primeiros habitantes da nova cidade), liderados por seu presidente, festejam ruidosamente a inauguração da cidade, fazendo o coração do Brasil pulsar forte para dar vida à nova civilização sonhada por Dom Bosco. Nasce Brasília – a Capital da Esperança.

Ao lado os principais responsáveis pela construção de Brasília: Oscar Niemeyer, Israel Pinheiro, Lúcio Costa e Juscelino Kubitschek.

Geografia e Política regional

O Distrito Federal possui 5.801,9 km², está localizado na região Centro-Oeste e possui como limites, Planaltina de Goiás (Norte), Formosa (Nordeste e Leste), Minas gerais (Leste), Cristalina e Luziânia (Sul), Santo Antônio do Descoberto (Oeste e Sudoeste), Corumbá de Goiás (Oeste) e Padre Bernardo (Noroeste).

Suas características são: planalto de topografias suaves e vegetação de cerrados, com altitude média de 1.172 metros, clima tropical e os rios principais são o Paranoá, Preto, Santo Antônio do Descoberto e São Bartolomeu. A hora local em relação a Greenwich (Inglaterra) é de – 3 horas.

O Distrito Federal é dividido em RAs (Regiões Administrativas). O governo é chefiado pelo Governador do Distrito Federal, auxiliado pela Câmara Legislativa composta por 24 deputados distritais. No Congresso, o Distrito Federal é representado por 3 senadores e 8 deputados federais. Para cada região administrativa é nomeado um administrador. Essas regiões administrativas são formadas pela área urbana e pela da zona rural de cada uma delas.

O Distrito Federal é formado pelo Plano Piloto, que engloba as asas sul e norte. São áreas próximas e que formam a cidade de Brasília as regiões administrativas do lago sul, lago norte, setor sudoeste, octogonal, cruzeiro velho e cruzeiro novo. Um pouco mais distante das áreas centrais, ficam as demais regiões administrativas (antigamente chamadas de “cidades satélites”), que são cidades de pequeno e médio portes, localizadas a uma distância variável entre de 6 e 25 km do Plano Piloto.

São elas: Gama, Taguatinga, Brazlândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Ceilândia, Guará, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II e Candangolândia. Essas cidades satélites possuem administração própria, sob coordenação do Governador do Distrito Federal e da SUCAR – Secretaria de Estado de Coordenação das Administrações Regionais.

Os órgãos do governo federal, embaixadas, residências oficiais e prédios públicos federais, estão localizados no Plano Piloto, nas asa sul e norte e lago sul, em sua grande maioria. Brasília (Plano Piloto) é dividida em áreas para facilitar a concentração de empresas de um mesmo segmento, tais como: Setor Bancário, Setor Comercial, Setor Hospitalar, Setor de Diversões, Setor de Autarquias, Setor de Clubes, Setor de Embaixadas, áreas residenciais, comerciais locais, dentre outras.

As ruas e avenidas em geral são largas, bem conservadas e fluem bem o tráfego dos veículos apesar da cidade possuir a terceira maior frota de veículos dentre todas cidades brasileiras. As principais são o Eixo Monumental (divide as asas sul e norte e onde se localizam os Ministérios, Congresso Nacional e diversos órgãos do governo local e federal), Eixo Rodoviário (pista central de alta velocidade, e os eixos paralelos de menor velocidade, que atravessam a asa sul e asa norte de uma ponta a outra), a W-3 (W de oeste em inglês, “west” – avenida comercial com muitas lojas, sinais e trânsito complicado e atravessam também as asas sul e norte por completo) e a L-2 (L de leste, que atravessa a asa sul e norte na região leste, onde se concentram escolas, entidades diversas, igrejas, hospitais, etc).

O povo de Brasília

Para a construção de Brasília, vieram pessoas de várias regiões do país. Eram os pioneiros, em busca de melhores condições de vida, deslumbrados pela possibilidade de trabalho e atraídos pela proposta de uma remuneração melhor. Eles viveram na chamada “Cidade Livre”, hoje Núcleo Bandeirante e também na Vila Planalto. Muitas construções – diversas delas em madeira, são conservadas até hoje e fazem parte do patrimônio histórico da cidade.

Assim, a cidade recebeu sotaques, cultura e costumes de indivíduos que vinham de todas as regiões do Brasil, mobilizadas rapidamente para a execução deste grandioso empreendimento histórico.

A população da cidade é predominantemente jovem. Talvez por suas diferenças culturais e diversidade de costumes, esses jovens não incorporaram à sua pronúncia qualquer dos sotaques regionais trazidos de tantos locais.

Às festas, aos costumes, ao folclore, à cultura, certamente devem permanecer enraizados os regionalismos mais fortemente ensaiados aqui pelas correntes migratórias vindas de todos os pontos cardeais. O tempo e essa gente vêm definindo o que fica e o que sai de lá. Esses jovens vão, progressivamente, marcando a identidade cultural da cidade.

Sua economia

A atividade econômica mais importante da cidade é sua própria proposta inspiradora, ou seja, sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muita cautela pelo Governo do Distrito Federal.

É intenção preservar a cidade, incentivando o seu desenvolvimento de indústrias não poluentes como a indústria de softwares, de cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico.

A agricultura e avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região Geoeconômica de Brasília abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.

O Plano Piloto de Brasília hoje, possui a maior renda per capita do Brasil e a melhor média nacional de habitantes/telefone, habitantes/veículo dentre outros índices.

Seu clima

Costuma-se racionalizar a informação sobre o clima de Brasília, dizendo-se que lá existem apenas dois períodos climáticos no ano: o seco e o chuvoso, o primeiro, de abril a meados de outubro e o segundo, de meados de outubro a março. Invariavelmente, o mês mais seco do ano é agosto. O mês mais frio é julho.

No restante do ano, o clima é ameno e agradável, com temperatura média de 24 graus. Raramente a temperatura atinge 30° de máxima e 15° de mínima. O normal é oscilar entre 22 e 28 graus.

Sua vida e o turismo

A qualidade de vida da população de Brasília, situa-se dentro dos mais avançados padrões de excelência. Certamente, por ser sede político e administrativa da República, Brasília está dotada de infra-estrutura básicas como segurança, assistência à saúde, escolas e transportes, em nível de eficiência encontrado em poucos locais do país. Possui um moderno aeroporto internacional – 3ª cidade do país em movimento de tráfego aéreo -, metrô, uma enorme frota de ônibus urbano e transporte rodoviário para todo o país.

O trânsito já foi mais fácil, mas ainda permite se deslocar de grandes distâncias em poucos minutos, que fazem com que a gente da cidade adquira certos costumes pouco peculiares a outras populações de grandes centros.

Em 2007 atingiu a incrível marca de um milhão de veículos emplacados. A renda per capita atingiu R$ 14.405,00 ao ano – mais que o dobro da média nacional – e acima de 1/5 da população possui renda média mensal acima de US$ 1,350.00 (2007).

Os parques da cidade e da água mineral (32.000 hectares), são locais de grande concentração de pessoas de todas as classes, principalmente nos finais de semana e nos feriados prolongados.

Diversas atividades físicas e culturais são desenvolvidos no Parque da Cidade – um dos maiores do mundo. Também há opções ao redor da cidade, como é o caso do Salto do Itiquira, perto de Formosa-GO, e Pirenópolis-GO, cidade histórica distante duas horas de carro de Brasília.

Outro hábito muito peculiar aos habitantes da cidade é o das recepções aos amigos, realizadas em recinto doméstico ou em clubes sociais e esportivos. A cidade possui clubes de alto nível, geralmente à beira do Lago Paranoá, proporcionando inúmeras opções esportivas e de lazer para as famílias. A cidade possui a 3ª maior frota registrada de lanchas, barcos e embarcações náuticas em geral de todo o país.

Brasília possui também no Plano Piloto – Lagos Sul e Norte -, a maior concentração brasileira e quem sabe mundial, de piscinas em casas de alto padrão de qualidade, também ao redor do Lago Paranoá. Pistas modernas, bem conservadas e limpas cercam toda a cidade.

Outros destaques também são os monumentos e prédios públicos, de formas modernas e arrojadas e as construções históricas, como o Catetinho – primeira residência oficial do presidente da república.

Como atrativos também se destacam a Torre de TV com vista panorâmica para toda a cidade, feiras de artesanatos, o autódromo internacional Nélson Piquet com grandes atividades esportivas nacionais e internacionais, a Ermida Dom Bosco, Igreja Dom Bosco, Catedral, Jardim Botânico e o Jardim Zoológico.

A cidade possui excepcional infra-estrutura hoteleira, a maioria hotéis e flats de 4 e 5 estrelas – a maior concentração nacional, quantidade adequada de táxis, empresas de turismo, locadoras de veículos e passeios turísticos de helicóptero.

Entretanto, como toda cidade grande, existem também favelas, grandes concentrações de áreas com população de baixa renda, principalmente no entorno. O turista que se dirige à cidade de carro, percebe logo isso nas imediações da cidade.

Isso, em razão de promessas políticas de governadores do Distrito Federal, que incentivaram o êxodo de outras regiões para a cidade o que acabou causando o aumento do desemprego e da violência. Para combater isso, Brasília possui a mais moderna frota de veículos de fiscalização de trânsito e segurança pública do país e também proporcionalmente a maior quantidade de homens policiais civis e militares nas ruas, apesar da concentração se dar principalmente no plano piloto.

Sua arquitetura

Patrimônio Cultural da Humanidade. Este é o título maior conferido à arquitetura de Brasília, pela Organização das Nações Unidas – ONU. Lúcio Costa, seu projetista urbanístico, e Oscar Niemeyer, o arquiteto das mais importantes edificações de Brasília, conseguiram a harmonia plena entre volumes, espaços e formas.

A linha do horizonte foi preservada como característica do relevo natural e a cidade é apenas cortada no azul degradê do seu céu. Os extensos gramados verdes e os jardins coloridos são o tom natural conferindo às edificações, que parecem não ter peso sobre o solo.

As linhas arquitetônicas adotadas para as fachadas e colunas de sustentação dos prédios são de beleza ímpar. As fachadas envidraçadas dos modernos edifícios comerciais, espelham a cidade, multiplicando o reflexo das belas imagens arquitetônicas como um sonho futurista.

Fonte: sites.google.com

História do Distrito Federal

A criação do Distrito Federal como sede da República Federativa é idéia que surgiu nos EUA, como forma de evitar rivalidades entre o norte e o sul do país. Foi criado, então, o distrito de Colúmbia, que não é nem Estado e nem Município.

Na América Latina vários países como a Argentina, o México, a Venezuela e o Brasil seguiram este exemplo.

No séc. XIX o antigo DF (Rio de Janeiro) era um município da província de mesmo nome. A partir de 1834 foi desmembrado da aludida província para constituir o chamado “Município Neutro”, sede da corte e do governo central. O Rio foi capital única do Brasil desde 1765 até 1961.

Mas foi em 1891 que se transformou em DF, enquanto o Rio de Janeiro passou a ser Estado-Membro. Rui Barbosa dizia que o DF era um “semi-Estado” ou um “quase-Estado”. Em 21.04.60, concretizando uma idéia lançada já na CF 1891, a Capital foi transferida para o Planalto Central. O antigo DF passou a constituir um novo Estado, o Estado da Guanabara, tendo a cidade do Rio de Janeiro como Capital.

A Capital do Estado do Rio de Janeiro, por sua vez, era Niterói. O primeiro governador da Guanabara foi Carlos Lacerda. Em 1975 ocorreu a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, preservando-se o nome “Rio de Janeiro” e estabelecendo a cidade do Rio como Capital.

O atual DF tem 5.814 Km2 e uma população de aproximadamente 1.800.000 habitantes. É composto pela cidade de Brasília e mais 18 regiões administrativas, entre elas Ceilândia, Taguatinga, Samambaia e Planaltina.

Raul de Mello Franco Jr.

Fonte: www.raul.pro.br

História do Distrito Federal

Em 1883, na cidade italiana de Turim, o padre salesiano João Bosco teve um sonho profético: a capital do Brasil seria construída entre os paralelos 15 e 20.

E em 21 de abril de 1960 seu sonho foi concretizado com a inauguração de Brasília no chamado Planalto Central. O Planalto Central que, como disse o compositor Antônio Carlos Jobim – o Tom Jobim, seria o “herdeiro” de todas as culturas, de todas as raças, com um sabor todo próprio”.

Não foi por acaso que aquele pedaço de Brasil surgiu nos sonhos de Dom Bosco. Nem por acaso se tornou versos do compositor. Seus palácios, parques, jardins e um verde inigualável estão hoje preservados e declarados Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

Muito mais do que palácios, esculturas e capital do poder, Brasília vai-se tornando uma descoberta mágica pela Natureza que oferece em seus arredores, numa região que se chama de “entorno”. Seu cerrado, com árvores retorcidas e secas, esconde cachoeiras, grutas, lagoas, piscinas naturais, cavernas, cristais e caminhadas por trilhas que surpreendem com espécies raras da fauna e da flora. Infelizmente, muitas já ameaçadas de extinção.

Entre as 60 mil espécies animais destacam-se a onça-pintada, a suçuarana, o veado-campeiro, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra. A rica e bela fauna compõe-se de espécies como a palmeira-buriti, as buganvílias com sua cores lilás, branca, vermelha e rosa, as mais variadas orquídeas. Muitas delas estão hoje preservadas em unidades de conservação. Na verdade, 42% do território do Distrito Federal são formados por áreas de proteção ambiental.

Estrangeiros e brasileiros, turistas e brasilienses, não importa. Conhecer os arredores de Brasília é uma opção de lazer ou de estudos cada vez mais procurada.

Para isso, basta se aventurar e encontrar momentos de paz e encantamento.

E para todos há uma exigência: não depredar a Natureza. Outra é ter disposição para escalar pedreiras e andar a pé por lugares acidentados. O roteiro lista 40 lugares que são inesquecíveis.

Quem nasce em Brasília é “candango” ou “brasiliense”. O termo “brasiliense” costuma também ser usado para significar quem mora na cidade, quer tenha nascido nela ou não.

Mais Historia de Brasília

A idéia de fixar o governo do Brasil no interior existe desde 1810. Desde aquela época, a preocupação era com a segurança nacional. A capital deveria ficar longe dos portos e de áreas de mais fácil acesso de possíveis invasores. Em 1891, o artigo 3º, da Constituição promulgada naquele ano determinava uma área de 14 mil quilômetros quadrados seria demarcada no Planalto Central, para onde seria transferida a futura capital do País.

Dando prosseguimento à determinação do artigo, em 1892, uma expedição da Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil seguiu para o interior e construíram quatro marcos na região. Foi a chamada Missão Cruls, em homenagem ao seu líder, o astrônomo Luís Cruls.

Em sete meses, vários geólogos, médicos, botânicos, entre outros percorreram mais de 4 mil quilômetros pesquisando minuciosamente a fauna, flora, recursos naturais, topografia, etc. A área pesquisada e demarcada foi batizada com o nome de Quadrilátero Cruls. O resultado da expedição foi entregue em 1894, um relatório contendo todas as informações da região.

Entretanto, somente em 1946 fora tomadas novas atitudes em relação à transferência da Capital. Na Constituição promulgada naquele ano estava previsto que um novo estudo sobre região fosse feito. Em 1948 o presidente Eurico Gaspar Dutra nomeou a Comissão Poli Coelho, que, depois de dois anos, chegaram à conclusão de que a área demarcada pela Missão Cruls era a ideal para a nova capital. Em 1955, o presidente Café Filho delimitou uma área de 50 mil quilômetros quadrados, onde hoje é o atual Distrito Federal.

No ano seguinte, o presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira começou o processo de instalação da Nova Capital e viajou pela primeira vez ao Planalto Central. Depois de um concurso, a equipe do urbanista Lúcio Costa e o grupo de arquitetos encabeçados por Oscar Niemeyer ganhou carta livre para projetar Brasília.

Em pouco tempo já estavam prontos os desenhos de todos os prédios públicos e grande parte dos residenciais. Já Lúcio Costa, partiu do traçado de dois eixos, cruzando-se em ângulo reto, como uma cruz para criar o projeto urbanístico brasiliense. Os dois eixos foram chamados de Rodoviário e Monumental.

O Eixo Rodoviário, que cortaria as áreas residenciais do Plano Piloto, foi levemente arqueado para dar à cruz a forma de um avião, nascendo, assim, a Asa Norte e Asa Sul. Enquanto o Eixo Monumental, com 16 quilômetros de extensão, seria destinado para as autarquias e monumentos.

Ele foi dividido da seguinte maneira, no lado leste prédios públicos e palácios do governo, no centro a Rodoviária e a Torre de TV; e no lado oeste os prédios do Governo do Distrito Federal.

No dia 21 de abril de 1960 foi inaugurada a nova capital do Brasil e nascia uma das cidades mais místicas e belas de todo o mundo. A mística em torno da capital surgiu ainda no século XIX, quando Dom Bosco profetizou que surgiria uma nova civilização entre os paralelos 15 e 20. Outras várias profecias, lendas e crenças surgiram com o nascimento de Brasília.

Há quem diga que a região do Distrito Federal é propício para a aterrizagem de discos voadores e contato com extra-terrestres. Esse lado mágico de Brasília fez surgir algumas comunidade não ortodoxas no Distrito Federal. A Cidade Eclética e o Vale do Amanhecer têm autonomia para viver ao seu modo, conforme suas próprias crenças.

Com a inauguração e a promessa de um futuro melhor, em meio a uma analogia de um oásis no deserto, a migração para o Distrito Federal foi inevitável. Logo surgiram cidades dormitórios em torno do Plano Piloto que foram batizadas de satélites. Recentemente, manobras políticas resultaram em uma nova migração em massa para o Distrito Federal.

O inchaço urbano foi tanto, que Brasília já possui uma área metropolitana sem ainda ter desenvolvido um pólo industrial local. O planejamento urbanístico de Lúcio Costa, previa 500 mil habitantes no ano 2000. Em janeiro deste ano, chegamos a 2 milhões de habitantes, quatro vezes mais que o planejado.

O nome Brasília já vem de longa data.

Foi sugerido em 1823 por José Bonifácio, em memorial encaminhado à Assembléia Geral Constituinte do Império. 150 anos depois do chanceler Veloso de Oliveira ter apresentado a idéia ao príncipe-regente. Desde 1987, a Unesco reconhece Brasília como Patrimônio Histórico e Universal da Humanidade.

Referências:

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Sigla BSB. Skyscanner. Página visitada em 26 de maio de 2009.
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Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008. 5,0 5,1 5,2 Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2007. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de dezembro de 2009). Página visitada em 16 de dezembro de 2009.
Administração pública é responsável por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios brasileiros. IBGE (16 de dezembro de 2009).
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Dicionário Priberian.
Dicionário de Folclore para Estudantes.
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12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 12,5 Consultor editorial: . Pesquisas: Cláudia Gutemberg, Marcelo Araújo, Leocádio Guimarães, Rodrigo Ledo.. Brasília… Em 300 questões (em Português). Local de publicação: Edições Dédalo, 2002.
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Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

História do Distrito Federal

BRASÍLIA/DF

Capital do Distrito Federal e do Brasil.

Localizada no planalto Central, com altitude média de 1.172m. A economia da cidade se baseia no comércio, serviços, administração pública, agricultura e indústria.

Quando Salvador ainda era a capital do Brasil (1578-1763) já se falava das vantagens de se mudar a capital para o interior. Em 1891, a primeira Constituição republicana reservou a área para a futura demarcação, mas somente em 1956, com a eleição de Juscelino Kubitschek, teve início a construção de Brasília. Oscar Niemeyer foi designado diretor de arquitetura e urbanismo da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que abriu concurso para a escolha do plano-piloto, vencido por Lúcio Costa.

Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960 e em 1987 foi declarada patrimônio histórico da humanidade pela Unesco.

Mais História

Diferentemente do que muitos pensam, Brasília tem suas origens muito antes do início da construção da capital nos idos de 1956.A primeira idéia de localizar no sertão do Brasil a sede do governo deu-se no século XVIII e é atribuída ao marquês de Pombal.Os inconfidentes mineiros, em 1789, incluíram a transferência da capital para o interior como um dos objetivos de seu movimento.

Depois da independência, na sessão da Assembléia Geral Constituinte do Império de 7 de junho de 1823, o deputado Antônio Ferreira França leu memorial de José Bonifácio de Andrada e Silva, onde este propunha a instalação da capital na recémcriada comarca de Paracatu do Príncipe. O nome seria Brasília ou Petrópole.

A partir de 1839, passou-se a imaginar a construção de uma cidade no Planalto Central entre os rios São Francisco, Maranhão ou Tocantins. A Constituição de 1891 estabeleceu a mudança da Capital, fato este ratificado pela Constituição de 1934. Na Assembléia Nacional Constituinte, em 1946, as opiniões se dividiram quanto ao local da nova capital.

O deputado Juscelino Kubitschek defendeu a localidade de Pontal, no Triângulo Mineiro, como mais favorável para a instalação do novo Distrito Federal; o deputado Artur Bernardes sugeriu que se repetisse simplesmente o texto da constituição de 1891; já o deputado João Café Filho opinou a favor de Goiânia. Por fim, a Constituição de 18 de setembro de 1946 determinou que a capital fosse transferida para o Planalto Central Posteriormente, no primeiro comício de sua campanha eleitoral, em Jataí/GO, no dia 4 de abril de 1955, o candidato a Presidente da República Juscelino Kubitschek, quando interpelado em praça pública se de fato efetuaria a mudança da capital, respondeu que cumpriria a constituição.

Em 15 de março de 1956, já empossado, Kubitschek assinou a Mensagem de Anápolis polis, lançando as bases da Companhia Urbanizadora da Nova Capital, Novacap, transformada na Lei nº 2.874, de 19 de setembro de 1956, cujo artigo 33 sacramentou o nome Brasília. para a futura capital.

O engenheiro Israel Pinheiro foi nomeado como o primeiro presidente da Novacap, dando início aos trabalhos de terraplenagem em 3 de novembro de 1956. Em 31/12/56, antes do início da construção do Plano Piloto, ficou pronta a Ermida Dom Bosco, às margens do Lago Paranoá, exatamente na passagem do paralelo de 15º.

As grandes máquinas acionadas pelos candangos, trabalhadores vindos espontaneamente de todos os pontos do país, sobretudo do Nordeste, começaram a tornar realidade o plano piloto elaborado por Lúcio Costa e executado por Oscar Niemeyer.

Antes mesmo da inauguração de Brasília, Israel Pinheiro foi nomeado Prefeito da Capital, em 17 de abril de 1960. Em 21 de abril de 1960, com a inauguração de Brasília pelo Presidente da República JUSCELINO KUBITSCHEK, e encerrou se a pré-história da nova capital brasileira. Com o desenrolar dos anos, foram nomeados Prefeitos os Srs. Ivo de Magalhães, Plínio Cantanhede e Wadjô Gomide.

O primeiro Governador do Distrito Federal, foi Hélio Prates, seguido por Elmo Serejo Farias, Aimé Lamaison, José Ornelas, José Aparecido e Joaquim Roriz, todos indicados e nomeados pelo Presidente da República. Em novembro de 1986, houve pela primeira vez eleições na capital, mas apenas para a Assembléia Nacional Constituinte com a eleição de 8(oito) Deputados Federais e 3(três) Senadores. Em 1987, a Comissão de Sistematização da Assembléia Nacional Constituinte aprovou a autonomia política do Distrito Federal.

Ainda em 1987, outra boa notícia: Brasília foi declarada pela UNESCO Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Em 1988, com a promulgação da Constituição, ficaram estabelecidas, em seu artigo 32, as eleições diretas para Governador, Vice – Governador e 24 (vinte e quatro) Deputados Distritais, estes tiveram como primeira atribuição a elaboração da Lei Orgânica do Distrito Federal, promulgada em 1993 e publicada no Diário Oficial do Distrito Federal DODF de 09/06/93.

Na primeira eleição direta para Governador do Distrito Federal foi eleito o Sr. Joaquim Roriz, que já havia governado o Distrito Federal no período de 20/09/88 a 12/03/90. Atualmente o Distrito Federal encontra-se plenamente consolidado, tendo deixado de ser meramente uma cidade administrativa e se tornado um atuante partícipe na vida federativa, com forte presença na área de prestação de serviços e comércio, que representa cerca de 90% do Produto Interno Bruto . PIB do DF, ficando a Indústria com uma participação de 9,5% e 0,5% de participação para a Agricultura.

Aquela cidade inaugurada em abril de 1960 e que muitos acreditavam que não duraria 5 anos, hoje conta com 221.157 habitantes(excluídos Lagos Norte e Sul), tendo sido superada, em termos populacionais, por Ceilândia, que é a mais populosa, com um total de 370.048 habitantes, e por Taguatinga, com 240.041 habitantes.

Hoje o Distrito Federal conta com cerca de 2.043.000 de habitantes. O Núcleo Bandeirante, formado em 1956 com o nome de Cidade Livre, destinado a abrigar os primeiros Candangos, era para deixar de existir após a inauguração de Brasília, no entanto, consolidou-se de tal forma que se tornou uma cidade-satélite.

Além destas citadas, o Distrito Federal conta ainda com as seguintes Regiões Administrativas: Samambaia, Gama, Recanto das Emas, Sobradinho, Planaltina, Brazlândia, Paranoá, São Sebastião, Candangolândia, Núcleo Bandeirante, Cruzeiro, Lago Sul, Lago Norte, Guará, Santa Maria e Riacho Fundo.

Curiosamente, Planaltina e Brazlândia, apesar de existirem bem antes da construção da nova Capital, fundadas, respectivamente, em 1859 e 1932, tornaram-se cidades-satélites do Distrito Federal. Oficialmente, Taguatinga é a cidade-satélite mais antiga criada como tal, implantada em 05 de junho de 1958, seguida por Sobradinho, em 13/05/60; Gama, em 12/10/60; Guará, em 21/04/69 e Ceilândia, em 27/03/71, cujo nome deriva da sigla CEI. Campanha de Erradicação de Invasões.

Em 12 de setembro de 1981, foi inaugurado em Brasília o Memorial JK, que abriga os restos mortais do ex-presidente Juscelino Kubitschek, falecido em 22 de agosto de 1976, sua biblioteca particular, objetos pessoais e variado acervo a ele relacionado.

Para finalizar esta breve história, trazemos abaixo uma famosa frase de Juscelino Kubitschek, datada de 02 de outubro de 1956, tal como se encontra em um monumento na Praça dos Três Poderes:

“Deste planalto central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.

Capital: Brasília
Área (km²): 5.801,937
Número de Municípios: 1
População Estimada (2005): 2.333.108

Fonte: www.soleis.com.br

História do Distrito Federal

Fotos do Distrito Federal

História do Distrito Federal
Vista aérea da construção de prédios do Palácio do Planalto em Brasília, Distrito Federal, no final da década de 50

História do Distrito Federal
Fachada do Palácio da Alvorada em construção em 1958

História do Distrito Federal
Vista aérea de 1965 do local onde foram construídos os prédios onde se instalariam os Ministérios na cidade de Brasília.
A capital do Brasil foi inaugurada em 21 de abril de 1960

História do Distrito Federal
O Congresso e a Esplanada dos Ministérios

História do Distrito Federal
Construção do prédio do Congresso Nacional. Brasília, 1958


Congresso Nacional em Construção

História do Distrito Federal
Candangos a caminho do canteiro de obras

História do Distrito Federal
Croqui original do Plano Piloto

Fonte: www.geocities.com

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