PUBLICIDADE
Os versos são da autoria de Andrei Muresanu (1816-1863), poeta de factura romântica e jornalista, um verdadeiro tribuno da Revolução de 1848.
A música foi composta por Anton Pann (1796-1854), poeta e etnógrafo, grande erudito e autor de manuais de música.
O poema “Clamor” de Andrei Muresanu, redigido e publicado durante a Revolução de 1848, foi musicado em alguns dias, pois foi cantado pela primeira vez no dia 29 de junho de 1848 na cidade de Râmnicu Vâlcea (na Valáquia a revolução eclodiu em 11 de junho).
Este poema tornar-se-á hino sob o títlo “Desperta, ó, romeno ! ” e merecerá a glória reconhecida devido à mensagem enérgica que transmite.
A partir de 1848 “Desperta, ó, romeno !” tornou-se muito popular entre os romenos, inculcando-lhes coragem em momentos de encruzilhada, durante a Guerra de Independência e bem assim durante a primeira e a segunda guerra mundiais.
Nos momentos de crise, quando depois do golpe de estado a Romênia voltou as armas contra a Alemanha hitleriana, participando na guerra ao lado dos aliados, este hino transmitido pela Rádio Nacional sustentou moralmente todo o país. O mesmo aconteceu em 22 de Dezembro de 1989 quando da revolução anticomunista.
O hino invadiu as ruas com as multidões, inculcando coragem e unindo as almas num sentir nobre. Assim, a instituição dele como hino nacional impôs-se por si só.
A mensagem do hino “Desperta, ó, romeno !” é ao mesmo tempo social, porque impõe um permanente estado de vigilância que assegure a transição para um novo mundo, e nacional, porque associa este “despertar” à tradição histórica.
O hino inclui este sublime “agora ou jamais”, presente em todos os hinos nacionais, desde o “paion” com que os gregos ganharam em Maratona e Salamina, até à Marselhesa da Revolução francesa.
A invocação do destino nacional é o cimo mais alto que pode alcançar um povo no seu vôo para a divinidade. Este “agora ou jamais”, concentra as energias vitais numa mobilização máxima.
O hino nacional da Romênia tem algumas estrofes, das quais as primeiras quatro são cantadas em ocasiões festivas.
Letra
Desteapta-te, Romane!
Desteapta-te, romane, din somnul cel de moarte,
In care te-adancira barbarii de tirani!
Acum ori niciodata croieste-ti alta soarte,
La care sa se-nchine si cruzii tai dusmani!
Acum ori niciodata sa dam dovezi in lume
Ca-n aste mani mai curge un sange de roman,
Si ca-n a noastre piepturi pastram cu fala-un nume
Triumfator in lupte, un nume de Traian!
Priviti, marete umbre, Mihai, Stefan, Corvine,
Romana natiune, ai vostri stranepoti,
Cu bratele armate, cu focul vostru-n vine,
“Viata-n libertate ori moarte!” striga toti.
Preoti, cu crucea-n frunte! caci oastea e crestina,
Deviza-i libertate si scopul ei preasfant,
Murim mai bine-n lupta, cu glorie deplina,
Decat sa fim sclavi iarasi in vechiul nost’ pamant!
Tradução
DESPERTA, Ó, ROMENO !
Desperta, ó, romeno, deste sono de morte
Em que te mergulharam os bárbaros tiranos !
Agora ou nunca toma nas mãos a tua sorte
À qual se curvem mesmo teus rivais desumanos
Agora ou nunca demos as provas para o mundo
Que em nossas veias corre um sangue do romano
Que em nosso peito o rogulho mantemos bem profundo
Triunfador na luta, um nome de Trajano!
Olhai, vultos grandiosos, Mihai, Stefan, Corvinus,
A romena nação dos vossos descendentes,
No braço armado a fogo dos vossos paladinos,
“Independência ou Morte !” bradamos veementes.
A sacra cruz à frente, nossa arma e nossa história,
Divisa é a liberdade que um santo sonho encerra:
Melhor morrer na luta, mas cobertos de glória,
Que outras vez ser escravos em nossa própria terra!
Hino Nacional da Romênia
Fonte: www.rumbo.com.br
Redes Sociais