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Aldeias de traço medieval harmoniosamente inscritas na paisagem, portos pesqueiros com tabernas animadas por cantos marinheiros, festas de celebração da cultura celta, com danças e cantos na língua bretã. Eis um dos retratos possíveis da velha Bretanha, França, numa viagem à pátria do resistente Astérix e do mago Merlin.
Bretanha, a terra prometids dos Celtas
É sábado em Rennes, a capital histórica da Bretanha. A manhã nasceu soalheira e toda a Place des Lices, a mais bela ágora do burgo, irradia uma luminosa paleta de cores. Cedo, ao raiar da aurora, a praça encheu-se de bancas decoradas por uma variedade imensa de produtos da região.
Ao mercado semanal da Rennes acorre uma irrequieta multidão que ao fim da manhã esgota praticamente as irresistíveis iguarias oferecidas pelos feirantes: compotas e doces caseiros, pão dos mais variados cereais, mel, sumos artesanais de maçã, cidra e cerveja au blé noir, queijos, foie gras, legumes e flores, sem esquecer os célebres e deliciosos morangos de Plougastel.
Vista do Castelo de Josselin, Bretanha
Um murmúrio incessante cruza a praça e o mar de gente move-se sem pressa. Um bando de miúdos rodeia um realejo de cores vivas. As crianças reclinam os rostos para melhor se encantarem com o som das flautas invisíveis.
Do outro lado da praça, uma cena tocante pela sua singeleza ilumina-se como um retrato de íntima exatidão desta cativante Bretanha: ao lado do vermelho vivo de uma braçada de gladíolos, uma mulher de idade, vestida de azul celeste e de cabelos brancos presos por uma fita da mesma cor, canta.
No bulício da feira de Rennes, uma mulher canta, a voz incerta não esconde ser a sombra de um esplendor que o passado gastou, e na toada lida num livrinho preso entre as mãos trémulas ressoam histórias que se pressentem antigas e de infaustos amores. Toda a manhã ela canta como se estivesse só e o tempo, dócil, se tivesse suspendido.
O canto é inseparável da alma bretã. Tradição que mergulha na origem céltica da cultura popular dos bretões, o canto a solo ou a capella tem hoje um número crescente de cultivadores, como o bardo e compositor Denez Prigent, excepcional intérprete do gwerz, um canto sentido e repleto de silêncios que valorizam o dramatismo da voz.
Um “canto sagrado e luminoso”, no dizer de Prigent, cuja intensidade não deixa ninguém impassível, mesmo se não se entende uma palavra de bretão.
Memória da Resistência Bretã
Uma das mais celebradas qualidades do povo bretão resume-se numa palavra: resistência. No seu auge, por volta do séc. IX, o vasto Império Carolíngio excluía a Bretanha, que resistiu até ao séc. XVI à capitulação perante a coroa francesa.
Povoação de Rochefort-en-Terre, Bretanha, França
A leste de Rennes, o viajante encontra uma memória viva desses tempos de rebeldia: as povoações de Vitré e Fougéres, que com os seus castelos constituíam guardas avançadas da independência do ducado.
Vitré é uma das mais impressivas cidades da Bretanha no que toca ao figurino medieval. É certo que um pouco por toda a parte somos surpreendidos pela harmonia constante das povoações bretãs, com os seus telhados negros soerguendo-se por entre o verde exuberante dos bosques, e que velhas casas de tabique, de paredes tão convexas como as das casinhas dos contos de fadas, surgem amiúde ao dobrar de cada esquina.
Mas aqui em Vitré, mais do que pela imponência do castelo, somos cativados pela simplicidade das ruelas estreitas e sinuosas onde cada casa parece ter uma história para contar. São construções de várias épocas, todas exibindo pormenores insólitos; uma delas, no nº 10 da Rue d’Embas, exibe um perfil fantástico, parecendo irromper de um cenário de Tim Burton.
Em Fougéres, é também à volta do enorme castelo (admirado, diz-se, por Lawrence da Arábia) que é preciso cirandar, mergulhando num quarteirão ribeirinho e bucólico. Não se nos oferece aqui o mosaico arquitetural de Vitré, mas algumas casas, como a do nº 6 da Rue de Lusignan, uma loja medieval de fachada inteiramente esculpida em madeira, valem o passeio.
Na Rue de la Pinterie, diante do castelo, a Crêperie des Remparts quebra os trâmites ortodoxos e, além dos proverbiais e saborosos crepes, lista umas irrecusáveis sardinhas assadas. Sim, porque apesar da interioridade de Fougéres, o mar não fica longe.
Saint-Malo, República do Mar
Imprimir a lenda não significa para os pergaminhos de Saint-Malo nenhuma mais-valia artificial: a vida real do burgo dispensa ficções fantasistas, a sua História é atravessada pela exata notícia de feitos audaciosos, pela sólida matéria dos sonhos tornados realidade e tão firmes quanto as largas muralhas de granito da cidadela.
Mas que melhor haverá do que os fatos para reduzir toda a retórica à sua insignificância? Saint-Malo defendeu desde cedo a sua autonomia perante normandos, franceses – e bretões! Recusando vassalagem a quem quer fosse (ao tempo de Henrique IV chegaram a proclamar a República de Saint-Malo!), a gente do burgo – corsários, mercadores ou simples marinheiros – virou-se para o mar e riscou o seu próprio destino.
O porto de Le Croisic, Bretanha
Ao percorrermos o circuito das muralhas, com a luz dourada do entardecer pousando sobre o granito das casas, ocorre-nos a grande tragédia que em 1944 fendeu o coração da cidade. Acreditando que no seu interior se acolhiam altos comandos nazis, os aliados bombardearam intensamente a cidade e destruíram-na em mais de 80%.
Numa das salas do Museu de História reconstituem-se os passos da meticulosa reconstrução que se seguiu.
Haverá neste mundo terra de marinheiros em que não se beba cerveja? Assim é na velha Bretanha, de Brest a Concarneau, de Lorient ao porto de Saint-Nazaire, de Roscoff a Saint-Malo. Cervejas de todo o mundo, uni-vos!, terá sentenciado o fundador do bar «L’Aviso», na Rue du Point-du-Jour – topónimo que é quase uma premonição quando se sabe que o simpático botequim reúne suficiente matéria para completa perdição: trezentas marcas de cerveja! Nestas andanças, a errância faz-se sem bússola, mas em Saint-Malo convém fixar ao menos dois pontos de referência: o bar-restaurante «Les Voyageurs», onde uma imensa tela retrata um navio corsário em plena ação, e o bar «L’Univers», na Place Chateaubriand, cuja decoração evoca também temas marítimos.
Astérix e a Costa do Granito Rosa
Do alto dos setenta metros do Cabo Fréhel, um promontório talhado no dorso de uma falésia a pique, pode descobrir-se, sob certa luz, um mar esmeraldino. As falésias de um rosa eivado de fios vermelhos acesos pela luz poente apela uma velha lenda local: outrora, um santo irlandês deixou cair aqui uma gota de sangue.
A cor rosada, ainda tímida e pálida, é já um prenúncio da fantástica Costa do Granito Rosa, mais adiante. Em Ploumanac’h, aldeola de pescadores e pequena estação balnear, a penedia cor-de-rosa desenha as mais extravagantes formas, que os visitantes vão lendo segundo a prodigalidade da sua imaginação.
Locronan, cenário escolhido por Polanski para o filme «Tess»
Deixando para trás Lannion, chegamos a uma pequena aldeia, meia dúzia de casas austeras, lugarejo encavalitado numa colina abrupta a espreitar o estuário rodeado de bosques e, mais ao largo, a baía, que se alcança por sinuosa vereda.
Será preciso folhear algumas páginas arqueológicas para desenterrar o élan deste discreto lugar – a velha povoação gaulesa que antecedeu a atual, Le Yaudet, terá coincidido em quase tudo com a mítica aldeia de Astérix: a localização, a época e, last but not least, a moeda cunhada com a venerada imagem do javali.
Mas a Le Yaudet, antiga etapa das velhas peregrinações do «Tro Breiz», vai-se também por outras e mais visíveis razões. A capela edificada sobre as ruínas de um velho templo romano guarda uma surpresa: atrás do altar, uma singular e raríssima representação da Virgem deitada.
A Virgem e o Menino repousam sobre um leito coberto por uma colcha rendada e, aos pés da cama, S. José vela sentado. Suspensa do teto por um feixe de cordame, a maquete de um veleiro acentua ainda mais a estranheza da cena.
Os caminhdos do Tro Breiz
A expressão, em língua bretã, significa à volta da Bretanha. O Tro Breiz afirmou-se desde tempos medievos como uma grande peregrinação que seguia os passos e as catedrais consagradas aos sete santos fundadores da Bretanha.
Deixando Le Yaudet e seguindo a rota da peregrinação para St. Pol-de-Léon, logo se alcança a imensa baía de Saint-Michel-en-Gréve. Para a contornar, aos andarilhos não restava senão um estreito trilho entre a orla e a montanha, caminho infestado de salteadores.
Uma cruz enterrada a meio da baía passou a balizar a travessia, realizada pela calada da noite e durante a vazante. A cruz lá continua e o viajante contemporâneo pode aventurar-se na jornada, informando-se previamente sobre o horário das marés, que na Bretanha costumam ser de respeito.
Um dos muitos castelos da Bretanha abertos a visitantes
Todas as religiões são unânimes: quando chegar a hora de abandonar o mundo dos viventes, os humanos serão chamados a prestar contas dos seus atos. Na Bretanha, a fé cristã ergueu em cada canto signos de alerta, sinais da precaridade dos passos terrenos perante as infinitas veredas do além.
Só singelos crucifixos nas dobras dos caminhos, foram inventariados mais de dez mil, muitos já desaparecidos. Mas esta Bretanha mística revê-se essencialmente nos calvários, a tradução escultórica de um sentimento religioso muito forte.
Os mais interessantes (envolvidos por arcos monumentais e belas igrejas) encontram-se em Finisterra, numa área a sul de Morlaix. Há que assinalar, todavia, que o mais antigo (séc. XV), o de Notre-Dame-de-Tronoën, jaz entre as dunas e o mar, nas cercanias do cabo de Penmarc’h, parcialmente limado pela erosão dos ventos, o que lhe acentua o ar fantasmático.
O calvário de Guéhenno, perto de Josselin, não é menos admirável – com a peculiar representação do galo de S. Pedro, uma forma, afinal, de lembrar o apóstolo de memória imperfeita…
Alguns destes monumentos em granito (com quase duzentas figuras!) figurando cenas da vida de Cristo foram erguidos para esconjurar a peste de 1598. Em todos eles se repete incansavelmente o tema da Morte, personificada na figura de Ankou (palavra bretã para morte não natural), símbolo da morte e da miséria.
Na Bretanha, sob o signo da água
Estamos muito longe de Florença e do Arno, mas quem se deixou enfeitiçar um dia pelos encantos da Ponte Vecchio tem aqui na Bretanha com que desdobrar essa melancólica fraqueza por coisas anacrónicas.
Em Landerneau, outra cidade que vive sob o signo da água, encontramos uma das duas únicas pontes habitadas da Europa. A Ponte de Rohan é menos cosmopolita do que a sua congénere florentina, bem entendido.
O fascínio, aqui, vem da naturalidade com que a ponte vive o seu destino singular: numa pequena cidade de província nascida sua volta, as pessoas encontram-se sem afectação nos cafés da ponte ou passeiam-se sem pressa de uma à outra margem do Élorn.
Vista do Cabo de Raz, Bretanha
Brest respira, como se sabe, conotações literárias e marinheiras – foi também sempre sob o signo da água e da aventura que se fez a fama deste burgo que tudo deve ao mar. Uma baía desmedida, condições excepcionais de abrigo, uma tradição de construção naval, tudo se conjugou para a glória e, ao mesmo tempo, para a perdição de Brest.
Estas virtudes de dois gumes fizeram a sua fortuna mas levaram também o ocupante nazi a fixar aí uma base para submarinos. Consequência: a aviação aliada arrasou a cidade em 1944.
A sul da enseada de Brest, a península de Crozon é um santuário de paisagens quase virgens, um bordado contínuo de tons de verde – a paisagem bretã por excelência. Contornada a estreita península, eis a fantástica baía de Douarnenez, um dos maiores portos de pesca da região – com marinheiros autênticos, rudes, sujos e cansados.
E com um pouco de sorte, hélas, o viajante poderá ouvir no bar do Hotel de La Rade, entre duas cervejas, algumas canções marítimas. Ao lado, face ao Porto de Rosmeur, outros abrigos e salva-vidas: «Le Neptune», «L’Océanie», «L’Abri du Vent». Mais adiante, Le Guilvinec, Loctudy, Saint Guénolé-en-Penmarc’h repetem a mesma saga de gente simples e rude: sítios onde pulsa a saga marítima dos bretões, portos pesqueiros sem maquilhagens turísticas, retratos, por vezes, de uma Bretanha para quem a fortuna foi madrasta, que as crises não distinguem a beleza dos lugares.
A ocidente, o Cabo de Raz vigia a passagem de frágeis barcaças oscilando ao vaivém da ondulação imprevisível. Ali, de rosto virado ao quadrante de onde sopram todos os temporais, uma Nossa Senhora dos Náufragos vela pela fortuna dos marinheiros.
Folias Intercélticas
Em Lorient, berço da Companhia das Índias no séc. XVII, transcendem-se as atmosferas burguesas e requintadas de Pont-Aven – cidadezinha que a aura de Gauguin ajudou a saturar de artistas e de galerias. A vida quotidiana tem aqui um permanente sabor a sal; num dos seus cinco portos, Keroman, o alvoroço dos rituais matinais dos leilões é intraduzível e a azáfama não se quebra um instante que seja – metade do peixe consumido em França é pescado na Bretanha.
Lorient tem uma obsessão pela memória, fato que na Bretanha, afinal, não é propriamente uma excentricidade. Mas Lorient, reduzida a cinzas em 1943 pelo efeito de milhares de bombas incendiárias, indaga minuciosamente as brumas do passado, mesmo quando o que há a desenterrar são sinais de fogo, signos de um tempo terrível. No museu da cidade, uma espécie de instantâneo em três dimensões: uma maquete das ruínas da cidade ferida.
Lorient cultiva também um fulgor de festa, a grande folia do Festival Intercéltico, manifestação anual que atrai à cidade, em Agosto, gente não só da Bretanha mas igualmente da Irlanda, País de Gales, Escócia, Astúrias, Galiza, Ilha de Man, etc. – o espaço mítico da civilização celta.
O que faz toda esta gente na maior festou-noz do planeta? Canta, dança e bebe – cidra, evidentemente! -, e há ainda tempo para o desporto e para a poesia. Enfim, uma espécie de olímpíadas da cultura celta!
Nantes, uma porta para o mundo
Um dos museus da cidade de Nantes evoca a personalidade e os feitos (escritos) de um dos seus mais ilustres nativos: Júlio Verne. O museu não chega a surpreender verdadeiramente, pelo menos tanto como a fantástica obra literária do autor das «Vinte Mil Léguas Submarinas».
Sem menosprezar outros filhos de Nantes (lembremos apenas Jacques Demy, um dos mais originais cineastas franceses), que outro personagem poderia representar uma cidade de onde partiram, entre os séculos XVI e XIX, navios para o mundo inteiro?
Fachada de casa rural da Bretanha, França
Em Nantes, o passado e o presente cruzam-se em contínuo diálogo. Os canais drenados ou cobertos por ocasião de uma revolução urbanística há cem anos deram lugar a largas e bem arborizadas avenidas que correm em torno de quarteirões assinalados por toponímia reveladora do passado.
O Cours des Cinquante Otages é exemplar quanto a uma arrojada e bem sucedida intervenção contemporânea ao nível do mobiliário urbano. A um canto desta ampla alameda (cujo nome recorda um episódio negro que enlutou o burgo durante a II Grande Guerra) ergue-se uma escultura de um azul vivo, violento e cru, solidária evocação das vítimas da guerra da Bósnia.
A histórica vocação marítima e aventureira de Nantes transmutou-se hoje num espírito de abertura cultural à diversidade do mundo. Não por acaso, afinal, aqui se recebem todos os anos cinematografias que a massificação e o monolitismo do mercado da Sétima Arte recusam – é o Festival de Cinema dos Três Continentes, uma mostra de filmes da Ásia, África e América que se afirma, significativamente, fiel a um verdadeiro – e familiar – espírito de descoberta.
Fonte: www.almadeviajante.com
Bretanha
A Bretanha é uma região da França com fortes e antigas tradições. Ela foi colonizada por migrantes da Grã-Bretanha descontentes com o regime romano dos séculos 5 e 6. Os bretões se mantiveram fora do domínio francês até 1532 e ainda mantém as crenças e costumes dos celtas, antigos habitantes da França. As casas seguem um estilo próprio sendo construídas a base de pedras.
Nossa visita à Bretanha começou por um lugar mágico e encantado denominado de Pays de Brocéliande. É uma das áreas mais místicas e legendárias da França. Trata-se de uma floresta que hoje abrange cerca de 7.000 hectares, onde se acredita que os Cavaleiros da Távola Redonda e o Rei Artur vagavam errantes a procura de um Castelo Mágico Invisível. Este local é conhecido como Fôret de Paimpont ou Fôret de Brocéliande. São muitos os locais a serem visitados, mas infelizmente só conseguimos encontrar 3 deles…
Em primeiro lugar, a Tumba do Mago Merlin, um local dos antigos celtas, datado de 4000 ou 5000 anos, construído em função de correntes cósmicas. Acredita-se que o Mago Merlin foi enterrado neste local. São muitos os presentes que os visitantes deixam para ele.
Logo ao lado é possível visitar a Fonte da Juventude, cuja água acredita-se apresentar poderes para curar doenças crônicas. Em épocas passadas, os antigos celtas construíram neste local um hospital e uma escola.
Mas o mais emocionante foi visitar o Carvalho da Guilhotina (Chêne à Guillotin) que é o maior carvalho da França, com 9,65 metros de circunferência, 20 metros de altura e uma idade de aproximadamente 1.000 anos. Recebe este nome estranho porque diz a lenda que os fugitivos da Revolução Francesa se abrigavam nele para fugir da guilhotina.
Conforme a lenda que é contada em uma de nossas páginas: O GUI, para os celtas e seus sacerdotes denominados de druidas, o carvalho era uma árvore sagrada. No nosso livro da Alliance Française havia uma figura (vide na página O GUI) que mostrava o ritual que os celtas faziam no início do ano novo (que eles chamavam de Reveillon).
Um druida subia em um carvalho para retirar-lhe um visgo “gui” que se encontrava aderido ao seu caule. Esta colheita era feita com uma faca de ouro e o “gui” era distribuído à população como um símbolo de prosperidade e saúde.
Coincidência ou não, aquela mancha branca apareceu no negativo somente desta foto e observe que ela está localizada no topo do carvalho. Só pode ser um druida iluminado que estava ali no momento da foto. (Observação: nós tiramos 237 fotos e apenas esta saiu manchada…).
Depois de termos recebido os bons fluidos do nosso druida encantado que estava no carvalho mágico, fomos conhecer a cidade-fortaleza de Fougères.
Fougères é uma pequena e simpática cidade com todas as características bretãs: casas em pedras, feiras livres com muita venda de frutos do mar, principalmente ostras (huîtres), um dos principais produtos das fazendas de maricultura.
O grande charme da cidade está nas suas muralhas da fortaleza que abriga o castelo de Fougères. Para melhor avistá-la e necessário chegar à igreja de São Leonardo datada do século 16.
Por um lindo e gelado jardim atrás da igreja, é possível avistar a fortaleza de Fougères, construída entre os séculos 11 e 15. A fortaleza apresenta, além do Castelo, 13 torres que reforçam as muralhas, cuja espessura é de 3 metros!!!
Partindo de Fougères, fomos visitar um dos importantes monumentos nacionais da frança: o Mont Saint-Michel.
Na verdade, o Mont Saint-Michel não se encontra na região da Bretanha, mas sim na Normandia. No entanto, ele combina muito mais com o estilo bretão, e portanto, tomamos a liberdade de mantê-lo aqui na página da Bretanha.
Trata-se de um santuário, construído ao longo dos séculos, sobre uma ilha, que fica sujeita às altas e baixas das marés. Ela é unida ao continente por esta passarela de asfalto que fica livre (ou quase livre) da inundação no período de maré alta.
Neste dia que fomos, a maré alta se iniciaria às 19:00 horas e todos os veículos eram advertidos para deixarem o estacionamento antes deste horário. (nesta região da França a diferença de marés pode atingir até 50 metros!!!)
Diz a lenda que uma noite, em 708, o Arcanjo Miguel apareceu para o bispo Aubert da cidade de Avranches e o instruiu a erguer uma igreja na ilha próxima à cidade. No topo da abadia, se encontra uma estátua dourada do Arcanjo Miguel que foi recentemente restaurada e recolocada no topo da igreja com o auxílio de um helicóptero.
A Abadia é composta por 3 níveis:
O nível inferior era destinado aos soldados e peregrinos (peregrinos estes denominados de miquelots e que atualmente chegam a cerca de 850 mil a cada ano)…
Nível intermediário destinado aos nobres
Nível da igreja (mais alto) onde os monges viviam
Do outro lado da baía se encontra a cidade de Avranches, onde vivia o bispo Aubert.
Na Igreja de Saint-Gervais de Avranches que se encontra uma importante relíquia. Ao aparecer para o bispo Aubert, o arcanjo Miguel tocou com um dedo a sua cabeça. A marca do dedo do anjo ficou registrada no crânio do bispo, que pode ser vista devido a um impressionante “furo”.
Fonte: www.cwb.matrix.com.br
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