Tricomoníase

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Tricomoníase – O que é

A tricomoníase é uma infecção comum, que é geralmente transmitida por contato sexual, mas em que não é impossível a contaminação através de assentos de sanita, toalhas molhadas e roupa.

Infecção do trato genito-urinário baixo e orifício retal, causada pelo Trichomonas vaginalis, um protozoário oval ou piriforme, anaeróbio, flagelado, que possui movimento contínuo rotatório.

Corresponde a cerca de 15% a 30% dos casos de corrimentos genitais em mulheres, sendo uma grande porcentagem assintomática.

A transmissão é, na maioria das vezes, sexual.

A associação com o gonococo é comum, provavelmente pela sua capacidade em fagocitá-lo. O sinergismo infeccioso com flora anaeróbia é frequente.

São as uretrites sintomáticas que tiveram resultado negativo para o gonococo. É uma infecção causada pelo Trichomonas vaginalis. Pode atingir a vulva, a uretra e a cérvice uterina, que serve de reservatório para a doença. Pode permanecer assintomática no homem e, na mulher, principalmente após a menopausa.

No homem, a incubação pode durar de 14 a 21 dias.

tricomoníase é causada por um protozoário (os menores membros unicelulares do reino animal).

Trichomonas vaginalis é quase sempre transmitido por contato sexual.

tricomoníase é principalmente uma infecção do trato vaginal e urinário das mulheres.

Uma mulher é mais suscetível à infecção logo após ter completado seu período menstrual. Os homens podem carregar o organismo sem saber, uma vez que a infecção nos homens pode causar sintomas leves ou inexistentes.

Os homens também podem apresentar corrimento uretral ou uretrite persistente.

tricomoníase está associada à transmissão do HIV e pode estar associada a resultados adversos da gravidez.

Tricomoníase – Fisiopatologia


Trichomonas vaginalis

protozoário encontra condições ótimas para a colonização no órgão genital de mulheres pós-púberes. Não há proliferação nos órgãos genitais imaturos.

Na flora vaginal normal destacam-se os bacilos de Doderlein (Lactobacillus sp) , produtores de água oxigenada e ácido lático, a partir do glicogênio das células vaginais. Estes dois produtos diminuem o pH vaginal, mecanismo importante para inibir a proliferação de microorganismos oportunistas.

Trichomonas vaginalis libera aminoácidos que rapidamente se degradam em aminas alcalinas, acarretando aumento do pH vaginal, que por sua vez, inibe a proliferação de bacilos Doderlein favorecendo a manutenção de um pH vaginal elevado, ideal para seu desenvolvimento.

Quadro Clínico e Diagnóstico

A principal manifestação de vaginite por Trichomonas é o corrimento vaginal amarelo-esverdeado e fétido após 3 a 28 dias da infecção.

O aspecto bolhoso depende da associação com o Micrococcus alcaligenes aerogenes. O quadro inflamatório é importante, e pode levar a disúria, dispareunia, polaciúria e dor abaixo do ventre.

A sintomatologia geralmente piora após a menstruação e relação sexual, devido a elevação do pH.

Ao exame físico, observa-se órgão genital feminino e colo uterino hiperemiados e edemaciados, além do conteúdo vaginal aumentado. A colpite, de natureza focal, expressa-se clinicamente pelo colo em framboesa e pelo aspecto tigróide ao teste de Schiller.

O diagnóstico é clinico e microscópico. O pH vaginal fica, em geral, em torno de 5,0 a 7,0 e o teste de aminas pode ser francamente positivo.

O exame microscópico a fresco aqui apresenta sensibilidade pouco maior que o corado, pois permite identificar a motilidade característica do agente. Ao exame corado, o protozoário revela forma ovóide, aspecto borrado e tamanho intermediário entre os leucócitos e as células epiteliais de descamação. Os polimorfonucleados são numerosos e, os lactobacilos, escassos. Eventualmente, as alterações nucleares podem ser intensas e simular alterações coilocitóticas ou displásicas, que regridem por completo após tratamento adequado.

Tricomoníase – Causa

tricomoníase é causada por um parasita protozoário flagelado chamado Trichomonas vaginalis. A cauda proporciona-lhe movimentos de progressão e movimenta-se em ambientes húmidos e quentes, especialmente dentro do órgão genital feminino, mas também na uretra masculina.

Tricomoníase – Causas e Sintomas


Trichomonas vaginalis

Como a tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível, ocorre com mais frequência em indivíduos que têm múltiplos parceiros sexuais.

O protozoário é passado para um indivíduo por contato com os fluidos corporais de um parceiro sexual infectado. Muitas vezes ocorre simultaneamente com outras doenças sexualmente transmissíveis, especialmente gonorreia.

Nas mulheres, os sintomas da tricomoníase incluem um odor vaginal desagradável e um corrimento pesado, espumoso e amarelo da vagina. A área genital (vulva) costuma coçar muito e frequentemente há dor ao urinar ou durante a relação sexual. Os lábios (lábios) da vagina, a própria vagina e o colo do útero (o segmento mais baixo e estreito do útero que se estende até a parte superior da vagina) ficarão vermelhos e irritados. As mulheres também podem sentir desconforto abdominal inferior.

Nos homens, pode não haver nenhum sintoma. Alguns homens notam uma pequena quantidade de secreção amarelada do pênis, geralmente na primeira hora da manhã. Pode haver algum desconforto leve ao urinar, dor ou sensibilidade testicular ou dor abdominal inferior. Alguns homens infectados com tricomoníase apresentam uretrite persistente.

O uso de antibióticos é um fator que contribui para a tricomoníase recorrente em algumas mulheres porque os antibióticos afetam o equilíbrio das bactérias na vagina, permitindo que organismos como o T. vaginalis se multipliquem mais rapidamente.

Tricomoníase – Diagnóstico

O diagnóstico é feito facilmente através da coleta de uma amostra da secreção da vagina da mulher ou da abertura do pênis do homem. A amostra é colocada em uma lâmina e vista ao microscópio. Os protozoários, que são capazes de se movimentar, são facilmente visualizados.

tricomoníase tende a ser subdiagnosticada em homens devido à relativa leveza dos sintomas em homens e testes diagnósticos insuficientemente sensíveis. A recente introdução da amplificação de DNA, no entanto, indica que a incidência de tricomoníase em homens é muito maior do que se pensava anteriormente.

Tricomoníase – Tratamento


Trichomonas vaginalis

A terapia específica consiste no emprego dos nitroimidazólicos, tópico e sistemático. Prefere-se o uso oral pela maior biodisponibilidade da droga e por ser a infecção não apenas genital, como também uretral e vesical; daí a necessidade de terapêutica sistêmica. Empregam-se os derivados 5-nitroimidazólicos tópicos, dos quais os mais eficazes são o metronidazol, o tinidazol, o ornidazol e o secnidazol, na dose de 2,0 gramas, pôr via oral, em uma única dose. O parceiro deve ser igualmente tratado, sendo este na maioria das vezes assintomático. A resistência aos imidazólicos é relativa e dose-dependente, bastando, em geral, repetir o tratamento. Como medidas terapêuticas coadjuvantes, indica-se a acidificação do meio vaginal e a embrocação com mercurocromo, na fase aguda e na gravidez.

Na gestação, aconselha-se clotrimazol tópico, de eficácia moderada (cura em 40-60% dos casos). Porém deve ser contra-indicada no primeiro trimestre e evitada no segundo e terceiro trimestres.. Na nutriz, pode ser empregado esta medicação ou os derivados nitroimidazólicos, tendo-se o cuidado, no último caso de interromper a amamentação por 24 horas.

A uretrite não gonocócica é transmitida pelo contato sexual. Nas mulheres, é raro aparecer sintomas. Caso a uretrite não seja tratada em alguns dos parceiros, a infecção poderá retornar. Os homens, caso permaneçam sem tratamento, podem adquirir a Doença Inflamatória Pélvica.

Tricomoníase -Transmissão

A tricomoníase é geralmente transmitida durante a relação vaginal: as mulheres podem infectar os homens e vice-versa.

As mulheres também podem infectar outras mulheres se os seus órgãos sexuais estiverem em contato muito próximo. Finalmente, como o parasita da tricomoníase pode sobreviver algumas horas fora do organismo humano se ele encontra um local quente e húmido, ele pode, em casos raros, ser contraído em sanitas, roupas ou toalhas.

Tricomoníase – Prevenção

Todas as doenças sexualmente transmissíveis podem ser prevenidas usando proteção adequada durante a relação sexual.

Formas eficazes de proteção incluem preservativos masculinos e femininos.

Outras medidas preventivas são semelhantes às de outras formas de vaginite, incluindo usar roupas largas de algodão e não usar duchas, desodorantes vaginais ou sprays.

Fonte: www2.hu-berlin.de/www.drashirleydecampos.com.br/www.encyclopedia.com/www.dstfacil.hpg.ig.com.br/my.clevelandclinic.org

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