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Tricocefalíase – Definição
Infestação causada pelo nematelminto Trichuris trichiura.
Tricocefalíase – O que é
A tricocefalíase é causada por um verme nematóide denominado Trichuris trichiura e que se localiza quando no homem geralmente no ceco, colon e reto.
Seu ciclo não possui hospedeiro intermediário e a infecção ocorre pela ingestão de ovos embrionados que se desenvolvem no solo (contaminado por fezes humanas). Este desenvolvimento, após chegar ao solo, leva geralmente entre 10 e 15 dias.
Com a contaminação da água e/ou alimentos os ovos são ingeridos pelo homem e se transformam em vermes adultos no intestino.
Em aproximadamente 90 dias após a ingestão dos ovos as fêmeas começam sua postura.
Clínicamente o contaminado pode ser totalmente assintomático, apresentar sintomas digestivos leves e sem qualquer característica, ou ser mais exuberante com diarréia, enterorragia (sangramento retal) e prolapso retal, principalmente em crianças de tenra idade altamente infectadas.
Nos casos graves, com prolapso retal, os vermes podem facilmente ser identificados na mucosa retal prolabada.
O sangramento pode levar a anemia. Outros sinais e/ou sintomas são o emagrecimento, a insônia e a irritabilidade.
Laboratorialmente o diagnóstico é feito pelo exame parasitológico de fezes por um dos métodos de concentração a seguir: Lutz (Hoffman), Faust ou o de Kato-Katz.
Ainda servem para quantificar os ovos por grama de fezes.
O tratamento pode ser realizado com fármacos como o oxipirantel, o albendazol e o mebendazol.
O controle de cura é feito através do exame de fezes no 7º, 14º e 21º dias após o término do tratamento.
Alguns casos como as infestações maciças em crianças pequenas necessitam ainda de reposição de ferro e alimentação decente.
Tricocefalíase – Etiologia
Ovo de Trichocephalus trichiurus
Infestação através da ingestão de ovos contaminantes da água e de alimentos. As larvas são liberadas no intestino delgado e se desenvolvem em vermes adultos no intestino grosso. Não têm ciclo pulmonar.
Cosmopolita, com maior prevalência em países em desenvolvimento. Maior acometimento em crianças.
Tricocefalíase – Parasitose Intestinal
A tricocefalíase é a terceira parasitose intestinal mais comum em seres humanos. A contaminação por este nematódeo ocorre através da ingestão de alimentos ou mãos contaminados por seus ovos.
Os vermes se instalam e atingem a maturidade no intestino delgado, quando então migram para o ceco e o cólon ascendente. Os vermes adultos atingem cerca de 4 cm de tamanho.
A gravidade da tricocefalíase relaciona-se ao número de vermes presentes.
Pacientes severamente infestados (500-1000 vermes presentes no intestino) podem apresentar colite companhada de disenteria persistente (algumas vezes culminando com prolapso retal), prejuízo do desenvolvimento pôndero-estatural e anemia.
Felizmente, a maioria dos pacientes é assintomática.
O diagnóstico no EPF pode ser melhorado através de técnicas de concentração (p.ex.: Kato-Katz).
A tricocefalíase é facilmente erradicada com albendazol ou mebendazol, mas tratar a verminose na criança é uma tarefa fácil se comparada ao desafio de controlar a presença do parasita no ambiente.
Tricocefalíase – Tratamento
Albendazol: 400 mg por dia por 03 dias
Mebendazol : 100 mg 12/12h por 03 dias ou 500 mg em dose única
Tricocefalíase
É o parasitismo causado por um verme nematoide tricocéfalo, localizado no intestino (ceco, cólon ascendente, apêndice e a última porção do íleo)
É um parasita de evolução simples, sem migrações das formas larvárias pelo organismo.
É um verme geo-helminto, muito frequente em crianças na fase escolar.
A sintomatologia pode ser completamente assintomática, como pode também ocorrer casos graves de enterorragia e anemia graves.
Em muitos casos, os vermes podem ser facilmente identificáveis, firmemente fixados na mucosa prolabada do reto, quando ocorre o prolapso retal.
As crianças em fase escolar, ajudam na propagação da parasitose e na disseminação dos ovos, com suas fezes, como por constituir a população mas suscetível ao parasitismo, em vista de seus precários hábitos higiênicos e da falta de saneamento básico na maioria dos casos da população pobre urbana e rural.
Tricocefalíase – Sinonímia
Tricuríase
É uma doença também conhecida também pelo nome de Tricuríase.
Tricocefalíase – Incidência
Tem uma distribuição cosmopolita, com uma incidência muito frequente.
A maior prevalência e carga de vermes ocorre nas crianças em idade escolar.
A parasitose tem uma maior incidência em regiões quentes e úmidas, porque assim possibilitam mais rápido o desenvolvimento dos ovos no solo.
Agente etiológico: Verme nematóide denominado de Trichuris trichiura ou Trichocephalus trichiurus.
Tricocefalíase – Características do verme
O verme adulto tem o comprimento entre 3 a 5 cm aproximadamente.
Possui morfologia característica que lhe valeu o nome de tricocéfalo: uma porção anterior filiforme que penetra na mucosa do intestino, fixando-o firmemente, e uma porção posterior, mais grossa, que contém os órgãos reprodutores; tem a forma de chicote.
Evolui sem hospedeiro intermediário
Após a fertilização, as fêmeas depõem os ovos bastante característicos (proeminências polares transparentes, brancas, dispostas como bolhas de ar entre as duas cascas e com uma única célula germinativa no seu interior), que são eliminados junto com as fezes, porém ainda não infectantes.
Fonte de infecção: O homem infectado.
Tricocefalíase – Habitat
A principal localização dos vermes adultos fica no ceco e apêndice. excepcionalmente, são encontrados no íleo terminal.
Nas infecções maciças distribuem-se por toda a extensão do cólon até o reto. Podem ser vistos a olho nu, aderidos a mucosa retal.
Tricocefalíase – Ciclo vital
Enquanto os ovos permanecem no intestino do hospedeiro, eles não formam embrião. Ao alcançarem o meio externo forma-se no seu interior, uma larva que no entanto não abandona a casca.
Os ovos embrionados, são ingeridos pelo homem, e sem efetuar qualquer migração, as larvas libertadas pela eclose dos ovos, sofrem todas as mutações dentro do intestino humano, dando origem aos vermes adultos, quando se fixam à mucosa cecal através de suas extremidades afiladas. Cerca de 90 dias após a ingestão dos ovos, as fêmeas iniciam a postura.
Tricocefalíase – Patogenia
O estudo da patogenia tem por objetivo mostrar e identificar as lesões que os vermes podem provocar no organismo humano.
As lesões intestinais variam desde simples erosões até ulcerações múltiplas e de graus diversos. Ulcerações de zonas mais vascularizadas do intestino podem originar enterorragias maciças.
O tricocéfalo deve ser considerado patogênico para a criança. Sua patogenicidade depende de vários fatores, como a intensidade da infecção, o estado geral e a idade da criança.
Transmissão: Transmissão passiva: a transmissão se dá através da ingestão de água ou de alimentos contaminados pelos ovos ou embriões do Trichuris trichiura.
Tricocefalíase – Sinais e sintomas
Em adultos e em crianças maiores e bem nutridas, com poucos vermes, a Tricocefalíase pode mostrar-se assintomática e ser diagnosticada ao exame rotineiro de fezes pelo encontro ocasional de ovos.
Nas crianças menores e com infecção intensa, ela se torna clinicamente manifesta, apresentando um ou vários dos seguintes sintomas ou síndromes:
Cefaleia
Palidez
Dor abdominal
Diarreia
Melena
Tenesmo
Disenteria
Perda do apetite
Emagrecimento
Crises de urticária
Insônia
Apatia
Irritabilidade
Nervosismo
Depois de alguns meses, os sintomas se agravam, podendo ocorrer:
Síndrome diarreica
A diarreia é crônica, geralmente com evacuações líquidas ou pastosas e com a presença de alimentos mal digeridos são acompanhadas de cólicas intestinais e de indefinida sensação de desconforto e distensão abdominal.
Pode durar meses ou anos, com repercussão no estado geral e no desenvolvimento pondo-estatural da criança; no intervalo entre as crises, há completa normalização da exoneração ou constipação intestinal.Síndrome disentérica
A disenteria caracteriza-se por evacuações mucossanguinolentas e tenesmo anorretal,
A disenteria também constitui uma importante causa de enterorragia na criança pequena. Muco e sangue podem aparecer com as evacuações normais ou no intervalo dela, às vezes sob a forma de estrias de sangue. Tenesmo anorretal também é um sintoma constante nessa síndrome.
Contudo, o mais comum é a eliminação de grande quantidade de sangue, verdadeira enterorragia que, quando maciça, é constituída de sangue rutilante que aparece independentemente do ato de defecação.
A diarréia, juntamente com a disenteria, as evacuações sanguinolentas e tenesmo completam a síndrome disentérica.Síndrome anêmica
Devido às frequentes e repetidas enterorragias, com perda grave de sangue, alteração na absorção de ferro, a anemia pode durar muito tempo e causar graves consequências no desenvolvimento da criança.
O tricocéfalo subtrai do hospedeiro 0,005 cm3 de sangue por verme e por dia. Em crianças com anterior deficiência de ferro, carga de 800 vermes adultos pode associar-se a anemia hipocrômica.
Tricocefalíase – Prolapso retal
A mucosa retal prolabada apresenta-se edemaciada e às vezes ulcerada e hemorrágica, e repleta de vermes a ela aderidos.
Pólipos retais também podem aparecer devido a essa parasitose.
Em casos raros, pode acontecer ataques epileptiformes, vertigens e cefaleia.
Observação
A diarréia pode ser causada pelo exagero do peristaltismo devido à irritação da parede intestinal pelos vermes a ela aderidos, a disenteria pela ação traumática do parasito com produção de ulcerações no cólon, pela secreção mucosa devida à irritação e pelo constante estímulo causando contrações espasmódicas do esfíncter retal, motivo do tenesmo.
O quadro clínico é mais evidente nos parasitados com mais de 5.000 ovos por grama de fezes. O prolapso retal é mais observado quando ocorre a infecção maciça, isto é, quando a carga parasitária é acima de 5.000 ovos por grama de fezes.
Tricocefalíase – Diagnóstico
Identificação dos ovos ao exame protoparasitológico de fezes. Visualização dos vermes presos à mucosa no caso de prolapso retal. Hemograma normal ou anemia e eosinofilia discretas.
Anamnese
Exame físico
Exame clínico
Exames laboratoriais
Exames parasitológicos
Exame de Retossigmoidoscópia
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial deve se feito para que a Tricocefalíase não seja confundida com outras patologias com quadro clínico semelhante.
Através dos exames clínico, físico, laboratoriais e estudos radiológicos o médico pode excluir essas doenças, até chegar ao diagnóstico correto.
As doenças que podem ser confundidas com a Tricocefalíase são as seguintes:
Deve ser feito com a maioria das parasitoses intestinais, principalmente com a Amebíase e Ancilostomíase.
Com outras patologias que causam enterorragias.
Com outras patologias que causam prolapso retal.
Tricocefalíase – Tratamento
Objetivo: Erradicação da parasitose e da produção de ovos.
Específico: existe tratamento medicamentoso para essa parasitose.
Sintomático: conforme os sintomas apresentados e suas intercorrências.
Medidas de suporte de hidratação.
Medicação antidiarréica, sob prescrição médica.
Medicação antianêmica, sob prescrição médica.
Pode ser necessário enema de retenção, precedido de lavagem intestinal; o enema deve ser aplicado lentamente, empregando volume para que o cólon e o ceco fiquem cheios; a retenção do enema é mantida durante meia hora.
Dietoterapia específica deve ser implementada, com suplementos proteícos e vitamínicos.
Casos graves de enterorragia, pode ser necessário a transfusão de sangue.
Controle de cura: No 7°, 14° e 21° dias após o último dia da medicação, realiza-se exame parasitológico de fezes mediante método qualitativo e quantitativos.
Considera-se curada da parasitose se os três exames forem negativos. O prognóstico é de regra bom, exceto nas intensas infecções das crianças de tenra idade, com enterorragia maciça.
Tricocefalíase – Prognóstico
Infecções leves ou moderadas: bom prognóstico mesmo sem tratamento específico.
Já as graves, com anemia grave e prolapso retal, depende da conduta adotada. Sem tratamento evolui p êxito letal.
Tricocefalíase – Prevenção
Medidas sanitárias
Programas de Saúde eficiente para a erradicação das parasitoses intestinais.
Muitos casos em uma determinada região ou área, devem ser informados a Vigilância Epidemiológica para que sejam tomadas as medidas preventivas necessárias.
Inquérito epidemiológico para descoberta dos reservatórios da infecção.
Saneamento básico eficiente.
Melhoria do estado nutricional das populações mais carentes do país.
Campanha preventiva para a população de regiões endêmicas.
Educação sanitária da população.
Participação da comunidade na execução de programas.
Proibição de uso de fezes como adubo.
Campanhas para divulgar métodos de higiene para a população mais carente.
Intervenção do governo no ciclo vicioso pobreza-doença, que tem as suas bases estruturais fora das áreas médica e biológica.
Melhoras das condições sanitárias da população socioeconômica mais baixa, pois a doença tem um índice elevado nessas populações.
Instalação de Postos de Saúde em áreas carentes.
Medidas Gerais
Evitar construir fossas próximas a fontes de água.
Evitar fontes de água que possam ser contaminadas com excrementos de animais.
Manter sanitários limpos.
Evitar que as crianças entrem em contato íntimo com solo contaminado.
Lavar bem os vegetais antes de consumi-los
Medidas Individuais
Não defecar nem jogar fezes no chão.
Não andar descalço.
Crianças devem estar sempre vestidas.
Lavar bem as roupas íntimas e de cama.
Ter cuidados básicos de higiene pessoal.
Crianças devem estar sempre com as unhas aparadas.
Usar instalações sanitárias adequadas.
Lavar as mãos antes de alimentar-se.
Lavar os vegetais com água potável ou fervida.
Deixar os vegetais crus que serão utilizados em salada durante 15 minutos em água com vinagre, suficiente para cobrir os vegetais.
Proteger os alimentos das moscas.
Ter uma alimentação saudável e correta conforme as necessidades da idade.
Lavar as mãos depois de ir ao banheiro.
Fonte: www.geocities.com/www.espacorealmedico.com.br/phar-mecum.com.br/www.doutorbusca.com.br/universidadenet.com