Toxoplasmose

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Toxoplasmose – Definição

toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo organismo parasita unicelular Toxoplasma gondii. Embora a maioria dos indivíduos não apresente nenhum sintoma, a doença pode ser muito grave e até fatal em fetos, recém-nascidos e indivíduos com sistema imunológico enfraquecido.

toxoplasmose é uma infecção comum que você pode pegar no cocô de gatos infectados ou na carne infectada. Geralmente é inofensivo, mas pode causar sérios problemas em algumas pessoas.

Toxoplasmose – O que é

toxoplasmose é uma infecção parasitária que geralmente não causa sintomas em pessoas saudáveis, mas pode ser grave em pessoas com sistema imunológico fraco e em bebês ainda não nascidos.

O parasita Toxoplasma gondii, o organismo por trás da toxoplasmose, é encontrado no solo e pode infectar humanos e muitas espécies de animais. É frequentemente encontrado em gatos e é eliminado nas fezes de gatos. Tocar na areia suja da caixa de areia de um gato é uma maneira comum de as pessoas contraírem o parasita.

Comer carne mal cozida ou comer acidentalmente solo contaminado são outras maneiras pelas quais as pessoas são infectadas.

Muitas pessoas que têm toxoplasmose não apresentam sintomas ou sintomas muito leves. No entanto, as mulheres que são infectadas durante a gravidez podem passar o organismo para o feto. Em um feto, o parasita pode causar toxoplasmose congênita, uma condição que pode variar de leve a grave e pode envolver problemas de desenvolvimento e retardo mental, convulsões e problemas de visão.

toxoplasmose também pode afetar muito as pessoas com sistema imunológico enfraquecido, como aquelas com AIDS ou câncer, ou aquelas que foram submetidas a um transplante de órgão ou medula óssea.

toxoplasmose pode afetar o cérebro dessas pessoas.

Este parasita é encontrado em todo o mundo. Causa infecções que podem ser agudas ou crônicas. Em cerca de 60% dos adultos saudáveis que são infectados, o organismo não causa sintomas (assintomáticos).

A maioria dos 40% restantes apresenta sintomas leves, semelhantes aos da gripe, febre baixa e fadiga que desaparecem sem intervenção em algumas semanas.

Uma vez exposta, a reinfecção não ocorre em indivíduos saudáveis. No entanto, em indivíduos imunocomprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, os sintomas podem ser graves, potencialmente fatais e recorrentes.

A infecção por T. gondii de um feto ou recém-nascido também pode causar comprometimento neurológico grave, cegueira, retardo mental e morte. Quando um feto adquire a infecção através de sua mãe, isso é chamado de toxoplasmose congênita.

Toxoplasmose – Doença


Toxoplasma gondii

É doença causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, cuja posição sistemática ainda não está satisfatoriamente estabelecida.

Seu descobrimento data do ano de 1908 em roedor africano: (Cenodactylus gondi,e no Brasil no coelho, e posteriormente em mais de 80 espécies animais,tanto domésticas quanto silvestres,inclusive em aves.

Parasitando a espécie humana foi comprovado no ano de 1914, porém só em 1923, na Checoslováquia (Jankú) realizou avaliação da doença,considerando-a particularmente perigosa para crianças ainda em fase de gestação no ventre materno.

O parasita é capaz de invadir, naturalmente, qualquer organismo animal de sangue quente (homeotermos),nos quais se multiplica em ciclo assexuado; É parasita estrito do interior da célula (intra celular), e principalmente células do sistema nervoso central, endotélios e dos músculos estriados como o são aqueles esqueléticos e do coração(miocardio); Atravessada a membrana celular da célula que irá parasitar, inicia o toxoplasma sua multiplicação de forma assexuada – sem concurso de células diferenciadas em gametas masculinos ou femininos – e após número variável de partições, a célula hospedeira, que devido seu aspeto passa a denominar-se pseudo-cisto, se rompe, deixando em liberdade os organismos resultantes dessa partição,que passam a denominar-se de zoitos, os quais rapidamente invadem novas células, prosseguindo em ciclo parasitário.

O parasita, cuja tamanho é microscópico, portanto só visível mediante utilização de meios óticos ou eletrônicos como o próprio microscópio, tem forma semelhante à gomo de laranja, e após a multiplicação assexuada no interior celular, em poucos dias assume sua forma de resistência, denominado de cisto, no qual os parasitas persistem por anos ou mesmo toda a vida do hospedeiro.

Além do anteriormente descrito ciclo assexuado, existe também um outro ciclo, agora sexuado, e denominado de Gametogônico, que ocorre particularmente em felinos, inclusive no gato doméstico. Neste ciclo descoberto por Hutchinson em estudos quase simultâneos aos de Dubey e Frankel, ciclo que se processa em células da camada interna dos intestinos, e no qual aparecem células diferenciadas em gametas masculinos e femininos, denominadas macro e microgametas, os quais dão origem aos chamados oocistos.

Tais oocistos passando para a luz dos intestinos são eliminados juntamente com as fezes do animal hospedeiro.

Referidos oocistos para se tornarem infectantes para outros animais, sofrem processo de esporulação, dando origem cada um a dois esporocistos, os quais por sua vez dão origem cada um à quatro espozoitos.

Tais oocistos infectantes são capazes de sobreviver à digestão gástrica, ao ácido sulfúrico na concentração de 1%, ao dicromato de potássio a 2,5% e ao hipoclorito na concentração de 2,5%, e de manterem-se viáveis muitos meses em ambiente úmido e arejado.

Daí surgem os vários caminhos para o contagio humano

Possivelmente a via mais freqüente seja a ingestão de carnes cruas ou mal cozidas, o que permite a sobrevida do parasita contido nessas carnes;

Cadeia epidemiológica denominada Gametogônica, e conhecida desde 1969, conseqüente a contaminação de objetos ou mesmo alimentos ou mãos por fezes de gatos infectados;

Acidentalmente, na preparação de antígenos utilizados para provas diagnósticas da doença, ou por caçadores que se contaminam com sangue de animais doentes.

Penetrando o parasita em um organismo animal suscetível à doença, suponhamos que pela via digestiva a través de alimentos contaminados, o toxoplasma é liberado da célula que o continha e penetra em células da mucosa intestinal, nas quais se reproduz rapidamente; Nessas células em que penetrou, após várias divisões celulares, dá origem aos chamados merozoitos, os quais invadem por sua vez novas células, inclusive células de defesa do organismo, como o são os macrófagos; Estas últimas, por serem móveis e circularem junto com o sangue, levam o parasita em seu interior para os gânglios linfáticos regionais, onde o processo tem continuidade, constituindo então por via linfática e sangüínea, uma parasitemia (multiplicação do agente no sangue circulante), com conseqüente disseminação do parasita em todo organismo, e devido a predileção do mesmo por células nervosas e da musculatura estriada, ao sistema nervoso e também ao coração, além dos músculos esqueléticos.

A severidade de tal infeção dependerá, como ocorre em outras infeções, da resistência do hospedeiro assim como virulência do toxoplasma e sua quantidade relativa presente no organismo infectado.

Com a introdução do parasita no organismo hospedeiro têm início os fenômenos imunológicos, que se traduzem: primeiro, pelo aparecimento de anticorpos circulantes do tipo IgM (imuno-globulinas do tipo M) constituindo a chamada imunidade imediata; segue-se a chamada imunidade retardada, mediada por células do sistema retículo endotelial, o que provocará em caso de sucesso das defesas orgânicas, na extinção das formas zoiticas do toxoplasma.

No entretanto, as formas císticas do Toxoplasma persistirão por muitos anos e mesmo toda a vida do hospedeiro infectado, caso o mesmo não venha a perecer do mal, ficando porém portador assintomático, com alto título de anticorpos em seu organismo. Tais cistos, multiplicando-se no interior das células de forma lenta, mantém o estímulo antigênico, e somente no caso de ocorrerem doenças intercorrentes ou medicação imunosupressora, poderão determinar reativação da toxoplasmose, com rompimento de tais cistos e extravasamento dos mesmos para o tecido pericístico vizinho. Tal rompimento de cisto foi já observado com o auxílio do oftalmoscópio, em exames oculares de portadores da doença com localização na retina, o que ocorre com relativa freqüência, determinando a chamada retinocoroidite, freqüente nos primeiros decênios de vida do indivíduo infectado.

Na toxoplasmose congênita, ou seja aquela originária de contagio do feto pela própria mãe infectada, manifestam-se com freqüência desde simples conjuntivite até microftalmia, passando por uma irite, uveite, hemorragias retinianas, opacificação dos meios líquidos do olho, retinocoroidite, etc. É no entretanto, mais freqüentemente observada esta última, conseqüente a reativação localizada imediata.

É descrita em oftalmologia, lesão dita patognomônica (típica) da doença, e que se traduz por retinopatia em forma de roseta.

Trabalhos recentes trazem a suspeita do parasita secretar toxina que é eliminada e se difunde de forma contínua, a través do sangue do hospedeiro, para todo o organismo infectado.

Tal toxina atinge maior concentra-ção quando se instalam os pseudo-cistos, e cujo efeito tem maior importância sobretudo ao órgão em que esteja localizado o referido pseudo-cisto, sobretudo no caso de ser este o cérebro. Não parece improvável que a toxina intervenha na patogenia da doença;Demonstrou-se que apenas 0,1 ml do exsudato peritoneal centrifugado, procedente de um rato infectado, injetado em outro rato sadio por via endovenosa, mata este último em poucos segundos.

A grande difusão do parasita na natureza,aliada à facilidade de sua transmissão às mais diversas espécies animais e ao homem, são favore–cidas pela peculiar biologia do mesmo: uma escassa especificidade de hospe-deiro, possibilidade de localizar-se em vários órgãos, sua eliminação em estado infectante, sua grande resistência ante os fatores externos na natureza e suas amplas possibilidades de infeção.

No cão doméstico, os sintomas tem grande semelhança com aqueles da Cinomose (virose que ataca essa espécie);São observados transtornos gástricos, cerebrais e pneumônicos; e os cães jovens (entre 2 meses e 2 anos), são também mais susceptíveis de adoecerem de forma aguda, diferentemente dos animais mais velhos, nos quais a doença, como também na cinomose, tem carater prevalentemente crônico. Nos casos manifestos, acompanham a febre, vômitos, inapetência, diarréia intensa e incoercível, emagrecimento e lassidão, decaimento do estado do animal, conjuntivite e tumefação dos gânglios linfáticos do baço e do fígado.

Na forma nervosa, como na Cinomose, contrações do tipo epileptiformes,espasmos e até paralisias são observados.

Nas formas pulmonares: bronco-pneu-monia não purulenta. Nas úlceras, encontradas em órgãos de animais que pere-ceram do mal, são encontrados ao exame microscópico o agente causal.

Em suinos a doença é encontrada prevalentemente em sua for-ma latente, no entretanto, leitões podem apresentar desde simples eczema de pele, até vertigens, debilidade, dispnéia,tremores musculares e tumefações testiculares, assim como febre alta com pneumonia, enterites e nefrites. Foram já isolados toxoplasmas no leite, carne e placenta de suínos ex-perimental e espontaneamente infectados.

O gado vacum adoece geralmente de forma latente, em poucos casos apresentando-se febre, com respiração acelerada e dispnéia, tosse, rangidos de dentes, inapetência ou decúbitos permanentes. Nesses casos, podem ser encontrados em esfregados de órgãos lesados, espécimens do parasita, que se cora de forma negativa pelo Método de Gram.

Em gatos, além da febre, tosse, tumefações ganglionares e mesmo encefalites, os intestinos apresentam-se ulcerados e necróticos, e nos pulmões são encontrados nódulos até do tamanho de um verme.

Em animais explorados na produção de peles como os visões, assim como em cobaias, nos quais é fácil a introdução do parasita até pela simples tomada da temperatura a través do termômetro não haver sido devidamente desinfetado, a doença se inicia por apresentarem-se os animais com a pelagem eriçada, anorexia, esgotamento, paralisias das extremidades e diarreia.

Os ratos só com dificuldade se infectam, e só experimentalmente.

Lebres e coelhos são infectados com relativa frequência, e quando doentes, apresentam-se apáticos, deixando-se capturar com facilidade. Nestes, em caso da doença generalizada, os gânglios linfáticos apresentam-se tumefeitos, assim como o baço; pulmões edematosos e hiperê-micos, e o fígado semeado por focos necróticos. Quanto aos sintomas, são os mesmos observados em cobaios e visões.

Em aves, principalmente em galinhas, pombos, faisões, patos e pavões, são dignas de nota as alterações observáveis no sistema nervoso central: estupor, apatia e permanente isolamento de suas companheiras, além de debilidade, movimentos retrógrados (andar para traz) ou circulares (andam as aves em círculo), transtornos do equilíbrio, contraturas musculares espasmódicas, caibras, e tombos ao tentarem se locomover, demonstrando encefalite. Aliam-se ainda sintomas de gastroenterite, com diarréia, e mais tarde miocardite e corioretinite.

Pelo fato de existirem nesses casos, pseudo-cistos nos ovários, há a possibilidade da passagem do parasita aos ovos das aves. Os sintomas em galinhas, lembram aqueles que se apresentam na denominada Doença de Marek, em sua forma paralítica, diferenciando-se desta pela presença no cérebro dos pseudo-cistos da toxoplasmose.

A infeção humana, quase sempre tem início após o parto, ou seja é congênita (pré-natal)para o bebe ainda em sua vida intra uterina, que se infecta pela mãe quando esta é acometida da doença durante a gestação.

A gravidez da mulher, é seguramente a situação em que mais tem sido a doença estudada, já que por sua gravidade é a situação que mais preocupa clínicos, parteiros e epidemiologistas.

A toxoplasmose é contagiosa?

As mulheres grávidas infectadas durante a gravidez podem transmitir o organismo ao feto, mas esta é a única forma de transmissão de pessoa para pessoa.

Muitas pessoas contraem toxoplasmose ao comer carne crua ou mal cozida contendo os cistos do parasita, especialmente carne de porco e cordeiro. Outros, sem saber, ingerem os ovos do parasita depois de tocar nas fezes do gato, no solo ou em qualquer coisa que tenha entrado em contato com as fezes do gato.

Os ovos podem grudar nas mãos de uma pessoa e eventualmente acabar na boca, onde podem ser engolidos.

Toxoplasmose – Tratamento

As pessoas que têm toxoplasmose, mas são saudáveis, não precisam de nenhum tratamento. No entanto, pessoas com sistema imunológico fraco, mulheres grávidas e recém-nascidos com infecção congênita são tratados com medicamentos.

Os pacientes com AIDS geralmente continuam tomando o medicamento mesmo depois que a infecção desaparece para evitar que ela volte.

Pessoas saudáveis geralmente apresentam sintomas por apenas alguns dias, se houver. Em recém-nascidos e pacientes com sistema imunológico insalubre, a doença pode durar semanas ou meses e causar incapacidade permanente.

A maioria dos indivíduos saudáveis que contraem toxoplasmose não necessita de tratamento, pois o sistema imunológico saudável é capaz de controlar a doença. Os sintomas geralmente não estão presentes.

Sintomas leves podem ser aliviados tomando medicamentos de venda livre, como acetaminofeno (Tylenol) e ibuprofeno (Motrin, Advil). Pastilhas para dor de garganta e descanso também podem aliviar os sintomas.

Os benefícios do tratamento de mulheres que contraem toxoplasmose durante a gravidez quase sempre superam os riscos envolvidos. O tratamento é feito com antibióticos e antimicrobianos.

A transmissão da toxoplasmose da mãe para o feto pode ser prevenida ou reduzida se a mãe tomar o antibiótico espiramicina. Mais tarde na gravidez, se o feto tiver contraído a doença, o tratamento com o antibiótico pirimetamina (Daraprim, Fansidar) e ácido folínico (uma forma ativa de ácido fólico) pode ser eficaz.

Os bebês nascidos com toxoplasmose que apresentam sintomas da doença podem ser tratados com pirimetamina, a droga sulfa sulfadiazina (Microsulfon) e ácido folínico. Crianças saudáveis com mais de cinco anos geralmente não precisam de tratamento. Indivíduos infectados com sistema imunológico enfraquecido podem exigir tratamento medicamentoso vitalício para evitar que a infecção se repita.

Toxoplasmose – Prevenção

Não há drogas que possam eliminar os cistos de T. gondii em tecidos animais ou humanos.

Os seres humanos podem reduzir seus riscos de desenvolver toxoplasmose praticando as seguintes medidas: Mulheres grávidas e pessoas com sistema imunológico fraco podem tomar medidas para evitar a infecção pelo T. gondii. Primeiro, eles podem ser testados para o parasita. Se o teste for positivo, provavelmente iniciará a medicação para a infecção, mesmo que não apresente nenhum sintoma.

Se o teste for negativo, eles podem seguir algumas medidas simples para evitar serem infectados no futuro, como:

Usar luvas ao jardinar e manusear o solo para evitar a infecção de parasitas na sujeira
Usar luvas ao cozinhar ou ter alguém saudável e não grávida manusear carne crua
Cozinhar toda a carne bem, até que os sucos fiquem claros e não esteja mais rosado por dentro
Lavar todos os utensílios e tábuas de corte que entraram em contato com carne crua em água quente e sabão
Lavar as mãos com frequência, principalmente após atividades ao ar livre, depois de preparar alimentos e antes de comer

Toxoplasmose – Transmissão


Toxoplasma

O organismo que causa a toxoplasmose pode ser transmitido de quatro maneiras. A forma mais comum é através do contato com fezes de um gato infectado. Os gatos, os principais portadores do organismo, são infectados pela ingestão de roedores e pássaros infectados com T. gondii. Uma vez ingerido, o organismo se reproduz no intestino do gato, produzindo milhões de ovos conhecidos como oocistos.

Esses oocistos são excretados nas fezes do gato diariamente por aproximadamente duas semanas.

Os oocistos não são capazes de produzir infecção até aproximadamente 24 horas após serem excretados em climas quentes e por mais tempo em climas frios. No entanto, eles permanecem infectantes em água ou solo úmido por cerca de um ano. Os seres humanos são infectados quando entram em contato com e acidentalmente ingerem oocistos ao trocar a areia do gato, brincar na areia contaminada, trabalhar no jardim ou atividades similares, ou comer vegetais e frutas não lavados e irrigados com água não tratada que foi contaminada com fezes de gato.

A segunda maneira de os humanos se infectarem com o T. gondii é comendo carne crua ou mal cozida. Quando bovinos, ovinos ou outros animais se alimentam de áreas contaminadas com fezes de gatos, esses animais se tornam portadores da doença. O organismo forma cistos no músculo e no cérebro do gado. Quando os humanos comem carne infectada crua ou mal cozida, as paredes dos cistos são quebradas no trato digestivo humano e o indivíduo se torna ativamente infectado. O organismo encistado pode ser morto congelando ou cozinhando bem a carne.

A única forma de transmissão direta de pessoa para pessoa ocorre da mãe para o feto durante a gravidez.

Essa transmissão ocorre apenas se a mãe estiver no estágio agudo ou ativo da infecção quando o organismo estiver circulando no sangue da mãe.

Estima-se que cerca de um terço das mulheres com infecções ativas transmitam a infecção ao feto. As mulheres que foram infectadas seis meses ou mais antes da concepção não transmitem a infecção para o feto, porque o organismo tornou-se dormente (inativo) e formou cistos de paredes espessas nos músculos e outros tecidos do corpo. A reativação da infecção em indivíduos saudáveis é extremamente rara.

As mulheres que dão à luz uma criança infectada não transmitem a infecção ao feto durante as gestações subsequentes, a menos que sejam imunocomprometidas (por exemplo, com AIDS) e a infecção se repita.

Finalmente, os indivíduos também podem ser infectados por meio de transplante de sangue e órgãos de uma pessoa infectada.

Toxoplasmose – Causas e Sintomas


Toxoplasmose

Na maioria dos casos de infecção animal e humana, a toxoplasmose não causa nenhum sintoma. A única evidência de infecção é a detecção de anticorpos no sangue contra o parasita da toxoplasmose.

Nos fetos, a gravidade da infecção depende do momento da transmissão. Os fetos que adquirem a infecção durante o primeiro trimestre de gravidez muitas vezes são natimortos ou morrem logo após o nascimento.

Os fetos que adquirem a infecção no final da gravidez geralmente não apresentam sintomas ao nascer.

Infecções graves levam a distúrbios convulsivos, distúrbios neurológicos, tônus muscular anormal, surdez, cegueira parcial ou completa causada por uma condição chamada coriorretinite e retardo mental.

Essas condições podem não estar presentes no nascimento, especialmente se a infecção ocorreu no final da gravidez. Déficits de visão, especialmente, tendem a aparecer mais tarde na vida.

As crianças pequenas podem adquirir toxoplasmose da mesma forma que os adultos. No entanto, os sintomas e complicações quando a doença é adquirida após o nascimento tendem a ser muito mais leves do que na toxoplasmose congênita.

Crianças e adultos com sistema imunológico enfraquecido têm um alto risco de desenvolver sintomas graves, incluindo toxoplasmose cerebral, inflamação do cérebro (encefalite), fraqueza ou dormência unilateral, alterações de humor e personalidade, distúrbios da visão, espasmos musculares e fortes dores de cabeça . Se não tratada, a toxoplasmose cerebral pode levar ao coma e à morte.

Toxoplasmose – Diagnóstico

diagnóstico de toxoplasmose é feito com base em sinais clínicos e resultados laboratoriais de apoio, incluindo visualização do organismo em tecido corporal ou isolamento em animais.

Os exames de sangue para toxoplasmose são projetados para detectar quantidades aumentadas de uma proteína ou anticorpo produzido em resposta à infecção por T. gondii.

Os níveis de anticorpos podem ser elevados por anos, no entanto, mesmo quando a doença está em estado latente. A amniocentese (amostragem do líquido amniótico) entre 20 e 24 semanas de gestação pode detectar toxoplasmose no feto.

Toxoplasmose – Prognóstico

prognóstico é ruim quando a toxoplasmose congênita é adquirida durante os primeiros três meses de gravidez.

As crianças afetadas morrem na infância ou sofrem danos no sistema nervoso central que podem resultar em retardo físico e mental.

A infecção no final da gravidez geralmente resulta em apenas sintomas leves, se houver. O prognóstico para toxoplasmose adquirida em adultos com sistema imunológico forte é excelente.

A doença geralmente desaparece sozinha após várias semanas. No entanto, o prognóstico para pacientes imunodeficientes não é tão positivo. Esses pacientes geralmente recidivam quando o tratamento é interrompido.

A doença pode ser fatal para todos os pacientes imunocomprometidos, especialmente indivíduos com AIDS, e particularmente se não for tratada.

Fonte: www.nhs.uk/Carmello Liberato Thadei/enfermagem.online.vilabol.uol.com.br/www.encyclopedia.com/www.betterhealth.vic.gov.au/www.laboratoriocremasco.com.br

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