Hemorróidas

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Hemorróidas
Hemorróidas

O que são hemorróidas?

As hemorróidas são vasos sanguíneos (vasos hemorroidários) dilatados e salientes no canal retal , em redor do orificio retal (hemorróidas externas) ou dentro do orificio retal e na porção mais baixa do reto (hemorróidas internas).

Os dois tipos de hemorróidas, externas e internas, podem coexistir.

As hemorróidas internas são classificadas em quatro graus (I a IV), em função do nível de prolapso (ou seja, da exteriorização) através do orificio retal :

Hemorróidas de grau I: não prolapsam através do orificio retal

Hemorróidas de grau II: prolapsam através do orificio retal e a sua redução (ou seja, o retorno à sua posição original) é espontânea

Hemorróidas de grau III: prolapsam através do orificio retal e a sua redução só é conseguida manualmente

Hemorróidas de grau IV: estão prolapsadas através do orificio retal e a sua redução não é possível

As hemorróidas são muito frequentes; a sua prevalência é semelhante nos homens e nas mulheres e é mais elevada entre os 45 e os 65 anos.

Causas

As causas de hemorróidas são diversas.

Entre as várias causas conhecidas para as hemorróidas incluem-se:

A obstipação, associada ao esforço durante a defecação
A diarreia com expulsão contínua de fezes moles
A permanência em pé ou sentado durante períodos de tempo prolongados
A obesidade
A gestação e o parto
Predisposição hereditária

Independentemente da causa, os tecidos da parede do reto e do canal retal sofrem um estiramento importante que interfere com a sua função de suporte, favorece a dilatação dos vasos sanguíneos cujas paredes se tornam mais finas e altera a sua posição fisiológica.

Em consequência, observa-se um aumento da pressão nos vasos hemorroidários localizados na parede do reto e canal retal . Assim, os vasos debilitados e dilatados tornam-se salientes no reto e canal retal . Nestes vasos dilatados e salientes a circulação de retorno está comprometida, o que favorece ainda mais a sua dilatação, a estase venosa e a formação de coágulos.

Sintomas

A presença de hemorróidas pode estar ou não associada à manifestação de sintomas. Quando presentes, os sintomas de hemorróidas podem diferir conforme se trate de hemorróidas externas ou internas.

As hemorróidas externas são visíveis e perceptíveis como regiões duras e/ou escuras salientes em redor do orificio retal . A pele que as cobre é muito sensível, pelo que normalmente são dolorosas; quando se formam coágulos obstrutivos (trombose hemorroidária) a dor pode mesmo ser muito intensa. As lesões da pele que cobre as hemorróidas podem também resultar em hemorragia, com a presença consequente de sangue, de coloração vermelho vivo, normalmente a cobrir as fezes e/ou no papel higiénico.

As hemorróidas internas não são visíveis, excepto quando estão prolapsadas através do orificio retal . Normalmente não são dolorosas, excepto quando prolapsadas e quando coexiste trombose hemorroidária. O esforço associado à defecação e a saída das fezes podem também provocar lesões da superfície das hemorróidas internas, com uma hemorragia consequente. As hemorróidas internas de grau III e IV podem também estar associadas a incontinência fecal e à presença de um corrimento mucoso que provoca irritação e prurido retal .

Devem ser procurados cuidados médicos sempre que estejam presentes dor e hemorragia, mesmo quando se sabe (ou pensa saber!) que tais sintomas são devidos a hemorróidas. Com efeito, a presença de sangue nas fezes é um sintoma comum a diversas doenças digestivas, como por exemplo o cancro colo-retal, pelo que se torna muito importante que seja investigada por um coloproctologista ou por um cirurgião colo-retal para que seja possível realizar um diagnóstico correto e instituir um tratamento eficaz. Nesta matéria deve sempre ser evitada qualquer auto-avaliação e/ou auto-medicação.

Diagnóstico

Além da história do paciente e do exame físico, os restantes procedimentos necessários para o diagnóstico de hemorróidas variam também conforme se trate de hemorróidas externas ou internas.

O diagnóstico de hemorróidas externas pode ser realizado pela simples observação. O diagnóstico de hemorróidas internas, quando estas não estão prolapsadas, implica um toque retal, mas mesmo este pode não ser conclusivo. Nesse caso, poderá ser necessário realizar uma anuscopia, uma retoscopia, uma sigmoidoscopia ou mesmo uma colonoscopia. Alguns destes exames permitirão também eliminar a possibilidade de outras causas para os sintomas presentes, por exemplo para a presença de sangue nas fezes.

Tratamento

As crises agudas, com dor intensa e presença de saliências anais múltiplas e grandes, são em regra episódicas, independentemente da gravidade das hemorróidas e devem-se a trombose hemorroidária. Neste caso, os banhos de assento (ficar sentado em água morna durante 10 minutos), 2 ou 3 vezes por dia podem trazer algum alívio imediato. Contudo, mais frequentemente, o médico poderá optar por remover a hemorróida que contém o coágulo através de uma pequena incisão.

Esta pequena intervenção realiza-se sob anestesia local, em ambulatório, e resolve o episódio definitivamente.

Fora das crises agudas, o tratamento de hemorróidas externas de pequena dimensão, associadas a sintomas ligeiros, tem como objetivo reduzir o esforço durante a defecação, através da produção de fezes menos duras e mais moldadas. Simultaneamente o traumatismo do revestimento do canal retal passará a ser menos importante, o que reduz a probabilidade de hemorragia. O tratamento inclui assim, principalmente, alterações da dieta, com o aumento da proporção de alimentos fibrosos (frutas, legumes e cereais integrais) e de líquidos não alcoólicos. Os sintomas de irritação e prurido podem também ser aliviados com banhos de assento e medicamentos de aplicação local.

As hemorróidas sintomáticas, que não cedem com a implementação das medidas atrás referidas, bem como as hemorróidas internas, de maior dimensão, com prolapso frequente ou mesmo permanente, exigem um tratamento especial, instrumental ou cirúrgico. O tratamento instrumental, e muitas vezes também o tratamento cirúrgico, podem ser realizados em regime de ambulatório.

O tratamento instrumental das hemorróidas inclui a laqueação elástica, a esclerose e ainda outros métodos, menos praticados e menos eficazes, nomeadamente a coagulação por infravermelhos ou laser e a crioterapia.

A laqueação elástica é um tratamento com bons resultados para as hemorróidas internas de grau I a III. É aplicada uma pequena banda elástica de borracha na base da hemorróida que interrompe o aporte de sangue e provoca a sua necrose. Ao fim de alguns dias a hemorróida destaca-se, junto com o elástico; a ferida cicatriza no prazo de uma a duas semanas. É uma técnica eficaz (associada a uma taxa de cura em 80% dos casos), pouco dispendiosa, que não requer anestesia e em que as complicações são raras (estimam-se em cerca de 8%). Quando associada a alterações da dieta (aumento da ingestão de fibra) a resolução do problema a longo prazo aumenta.

No tratamento por esclerose é injetado localmente nos vasos hemorroidários um produto esclerosante que interfere com a vascularização da hemorróida e provoca a sua necrose. Usa-se principalmente em hemorróidas internas de grau I e II, em alternativa à laqueação elástica, mas a sua eficácia é inferior.

Normalmente, o tratamento cirúrgico é reservado para os pacientes em que os procedimentos instrumentais não permitiram resolver o problema (ou seja, aliviar a dor, prurido, hemorragia, formação de coágulos ou infecções associadas), para pacientes em que coexiste uma doença hemorroidária externa e interna grave ou em que a anatomia ano-retal está gravemente alterada, ou como tratamento inicial de eleição para as hemorróidas de grau IV e para pacientes com hemorróidas internas estranguladas. Os procedimentos cirúrgicos mais usados no tratamento das hemorróidas são a hemorroidectomia e a mucosectomia circular anoretal.

A hemorroidectomia consiste na remoção cirúrgica das hemorróidas; continua a ser o tratamento mais eficaz para conseguir uma cura a longo prazo. Na hemorroidectomia é removido o excesso de tecido que causa a hemorragia e o prolapso. A intervenção é realizada sob anestesia geral ou loco-regional (epidural ou raquianestesia). Pode ser necessário, conforme as circunstâncias, um curto período de internamento, que normalmente não ultrapassa as 24 horas. Obriga, também, a um período variável de inatividade. A hemorroidectomia a laser não oferece qualquer vantagem relativamente às técnicas cirúrgicas padrão; nomeadamente, ao contrário da convicção geral, não é menos dolorosa.

Na mucosectomia circular ano-retal (operação de Longo) é realizada uma interrupção do aporte sanguíneo ao tecido hemorroidário hipertrófico e, simultaneamente, este é reposicionado dentro do canal retal, reduzindo o seu prolapso. Esta técnica, que em casos seleccionados proporciona uma taxa de cura elevada, tem como principais vantagens permitir uma redução importante da dor no pós-operatório e diminuir apreciavelmente o período de convalescença, com um retorno mais rápido à atividade normal.

Prevenção

A prevenção das hemorróidas passa por evitar situações que aumentam a pressão ao nível dos vasos e tecidos anais. Entre as medidas mais importantes inclui-se evitar o esforço durante a defecação. Neste caso será particularmente útil aumentar a inclusão de alimentos fibrosos na dieta e de líquidos não alcoólicos.

Desta forma, será possível amolecer as fezes, aumentar o seu volume, moldá-las e facilitar a defecação. Nos casos em que o aumento da ingestão de alimentos fibrosos e de líquidos não permita conseguir este efeito, poderá ser considerada a utilização de suplementos específicos. Nas mulheres grávidas os cuidados para evitar a obstipação e o esforço durante a defecação são especialmente importantes

É também importante que a vontade de defecar não seja contrariada, ou seja, sempre que possível as fezes devem ser eliminadas logo que a vontade de o fazer é perceptível. A prática de atividade física pode também ajudar, nomeadamente por contrariar períodos de tempo prolongados em pé ou sentado.

Fonte: www.hospitaldaluz.pt

Hemorróidas

As Hemorróidas consistem em vasos sanguíneos dilatados e/ou inflamados na região próxima ao orificio retal ou ao reto. Essas podem ser resultantes do esforço repetido para evacuar que dificultou o processo de drenagem do sangue.

Tipos de hemorróidas

Podem ser de dois tipos:

Hemorróidas Internas: Localizam-se dentro do orificio retal e causam sangramento quando há evacuação, que é o sintoma mais agudo desse tipo de doença.
Hemorróidas Externas:
Localizam-se abaixo da pele ao redor do orificio retal , assemelham-se visualmente às varizes e causam dor intensa.

Fatores que contribuem para o surgimento das hemorróidas

Gravidez – virtude da pressão que o feto exerce sobre as veias da parte inferior do abdômen
Prisão de Ventre –
provoca esforço repetido na hora de evacuar
Hereditariedade
Diarréia
Sexo Retal:
pode produzir fissuras numa região muito vascularizada
Alimentação pobre em fibras e pouca ingestão de líquido

Sintomas das hemorróidas

Coceira provocada por inchaço das veias
Sangramento resultante do rompimento das veias anais
Dor ou ardor durante ou após a evacuação
Saliência palpável no orificio retal.

Tratamento para hemorróidas

O tratamento, frequentemente, consiste no aumento da ingestão de água e fibras, uso de pomadas e supositórios, ou até intervenção cirúrgica e ligadura elástica (estrangulamento da veia afetada).

Sendo que em cada caso, o médico indica o melhor tratamento para o paciente.

Fonte: www.hospitalanaliafranco.com.br

Hemorróidas

Hemorróidas: sintomas, tratamento e prevenção

As hemorróidas são dilatações nas veias do orificio retal , que geralmente não doem e tem um tratamento simples. Mas pelo fato de sua localização, passa a ser um transtorno, o que leva muita gente a sentir vergonha ao admitir que sofre deste problema.

Geralmente, os pacientes afetados são adultos e do sexo feminino. As mulheres são as mais afetadas devido ao distúrbio estar associado à gravidez e também à prisão de ventre, um problema predominantemente feminino, que também podem estar ligado a oscilações hormonais.

Os especialistas acreditam também que as crises de hemorróidas são provocadas por fatores hereditários combinados com a pressão do abdômen ou com qualquer coisa que dificulte a circulação sangüínea no local, como no caso da gravidez ou da prisão de ventre, ou qualquer alteração no ritmo intestinal.

Outros fatores também são a obesidade excessiva, as dietas pobres em fibras, já que estas facilitam no trabalho dos intestinos, e até mesmo a tosse crônica.

Fazer exercícios com a utilização excessiva de força sem moderação e feitos de forma errada, como na musculação e aeróbica, são também fatores de risco.

Mas também quem leva uma vida sedentária ou que passa o tempo todo sentado, como em profissões de digitadores e secretárias, tem também tendência a desenvolver a doença, porque cria uma pressão sobre os quadris, não movimenta a musculatura da região e não melhora a circulação sangüínea.

Sintomas

Os sintomas das hemorróidas variam de pequenos sangramentos a pequenas irritações no local, coceira e dor intensa, dependendo do tipo e da localização. O sangramento ocorre, geralmente, após a evacuação, e raramente leva a anemia ou a hemorragia aguda. Os sintomas menos comuns são a perda de muco e a sensação de evacuação incompleta.

As hemorróidas podem ser: internas, externas e mistas.

As internas são localizadas na parte profunda do orificio retal , e são classificadas em graus diferentes e se agravam com o tempo. As de primeiro grau são aquelas que apenas sangram, verificado nas fezes ou no papel higiênico. As de segundo grau sangram e saem pelo orificio retal se forem pressionadas, mas voltam normalmente ao lugar de origem. As de terceiro grau também sangram e saem pelo orificio retal , mas só retornam com ajuda. AS de quarto grau, sangram e não voltam mais ao lugar. Com exceção das de primeiro grau, todas causam dor e podem incomodar.

As externas são visualizadas mesmo sem ajuda de aparelhos, e classificam-se em não complicadas e complicadas. As não complicadas apresentam uma pequena saliência chamada plicoma. As complicadas são mais doloridas, e definem-se pela presença de um hematoma ou uma trombose (uma espécie de nódulo roxo).

Tratamento

O tratamento depende de cada tipo de hemorróida apresentada pelo paciente, que deve consultar seu médico de sua confiança para receber a melhor orientação.

As dilatações de primeiro e segundo, geralmente, são tratadas com dietas sem condimento nem álcool e ricas em fibras e líquidos. Com isso, facilita o trabalho dos intestinos, e as fezes tornam-se pastosas, não irritando as hemorróidas. Exercícios e massagens no abdômen também são indicados, porque estimulam os intestinos.

No que diz respeito à limpeza do orificio retal , recomenda-se substituir o papel higiênico por jatos de água ou papel umedecido para não irritar a região. E quando for enxugar o local, faça apenas uma leve pressão com uma toalha felpuda.

Quando há dor ou incomodo, o médico poderá receitar alguma pomada ou supositório.

Outro tratamento, quando a situação se prolonga, é a ligadura elástica, onde coloca-se um elástico na hemorróida interna, em uma área insensível à dor, levando a necrose e seu desprendimento. Pode-se também utilizar-se o raio infravermelho, como o mesmo objetivo da técnica anterior.

Os casos mais graves são eliminados através de cirurgia, a hemorroidectomia. Neste caso, necessita-se de anestesia peridural, e seu objetivo é retirar as veias dilatadas. A recuperação dura entre quinze a trinta dias, e são necessários alguns cuidados, como o uso de absorventes para reter as secreções da ferida, limpeza com água morna, uso de laxantes para facilitar a evacuação e de analgésicos.

Prevenção

Para prevenir o aparecimento das hemorróidas, ou evitar que elas se agravem, é necessário alguns cuidados especiais. Primeiramente, deve-se garantir o bom funcionamento dos intestinos com uma dieta adequada e exercícios diários.

Outro meio de prevenção é educar os intestinos a evacuar logo após as refeições. Esse é o efeito reflexo, assim que os alimentos chegam ao estômago, e as estruturas intestinais começam a se movimentar para filtrar e eliminar resíduos.

Recomenda-se também manter o peso, evitar alimentos muito fortes ou picantes, e exercícios que forcem a região do abdômen.

Com alguns cuidados básicos, como estes, que são soluções simples, evita-se uma possível cirurgia, e demonstra que as hemorróidas não são tão complicadas assim.

Fonte: psfmonteverde

Hemorróidas

SANGRAMENTO RETAL

Sangramento pelo orifício retal após uma evacuação é muito comum. Em uma pesquisa que envolveu 1.620 ingleses, 10% responderam que haviam observado esse sinal nos últimos meses. Entretanto, essa cifra está subestimada.

Quando as pessoas com síndrome do cólon irritável, que são mais observadoras de suas fezes do que as outras pessoas, mas não têm nenhuma razão para sangrar mais pelo orifício retal, foram questionadas com a mesma pergunta, 35% responderam que tinham detectado sangue.

De onde ele vem?

Na maioria das pessoas, o sangue vem do cretal retal e há duas causas comuns. Se há dor baixa durante ou imediatamente após a passagem das fezes, então o sangue provavelmente vem de uma pequena rachadura ou esgarçamento da parede interna do cretal retal. Isto tende a acontecer quando as fezes são muito grandes ou duras. Se não houver dor, então o sangue deve vir mais provavelmente de uma hemorróida.

Uma hemorróida é o colchão retal que foi empurrado para baixo no cretal retal. É uma protuberância macia e frágil, facilmente lesada quando fezes passam por ela. Freqüentemente as pessoas com hemorróidas não sabem de sua existência, mas outras podem sentir um caroço dentro ou fora do orifício retal. Embora isso seja desconfortável, não é, necessariamente, doloroso. É também uma chateação, pois pode sujar as roupas íntimas e provocar uma coceira ao redor do orifício retal.

O sangramento de uma hemorróida interna pode ser alarmante, mas nunca traz conseqüências sérias. O sangue pode espirrar ou pingar no vaso sanitário ou simplesmente ser visto como um filete vermelho nas fezes ou no papel higiênico.

A hemorróida é causada pelo esforço na defecação, assim, é mais comum em pessoas constipadas ou que mantêm esforços prolongados devido a um reto irritável, que manda sinais falsos de que ainda há fezes dentro.

As hemorróidas pequenas curam-se espontaneamente quando a constipação é resolvida ou o esforço cessa. As maiores requerem tratamento cirúrgico. Pode ser por uma simples injeção, por uma compressão ou por remoção; neste último caso sob anestesia geral.

Quando o sangramento é sério

Em uma pequena minoria, o sangramento é causado por uma doença do cólon em um ponto mais alto do que o orifício retal. O caso mais sério é o de câncer ro reto ou do cólon inferior, mas o sangue também pode vir de pequenos tumores (chamados pólipos), de inflamação do reto (proctite) ou inflamação do cólon, imediatamente acima do reto (colite distal). Todas essas condições podem ser tratadas e a cura é mais provável se o tratamento começa cedo.

O sangramento por essas causas é menos freqüente do que o sangramento do orifício retal, e vai ser visto somente se as fezes forem examinadas com atenção. Entretanto, o importante é saber se o sangramento tem causa séria ou não, assim, o mais seguro é marcar uma consulta com o médico sem demora.

Mas há uma exceção à esta regra; se o sangramento é um evento raro, que acontece apenas quando você tem uma evacuação particularmente dolorosa, com fezes grandes e duras, então não se preocupe, deve ser apenas um ferimento agudo do cretal retal. Para as pessoas com mais de 50 anos é sensata a precaução de examinar as fezes ocasionalmente, uma vez por mês, pelo menos, para verificar se há sinais de sangue. Mas não vá se confundir com um pedaço de casca de tomate, cuja aparência é a mesma do sangue!

O que o médico vai fazer?

Algumas pessoas com queixa intestinal vão adiando as suas consultas médicas por medo. Na realidade não vai ser tão ruim como elas imaginam. Pode ser humilhante, mas não deve doer. O exame físico constará de uma palpação cuidadosa do abdômen, com você deitado de barriga para cima; o médico vai sentindo cada parte da barriga com os dedos, primeiro gentilmente, depois mais profundamente, à procura de pontos salientes ou doloridos. O médico pedirá para que você se deite sobre o lado esquerdo, com suas coxas fletidas junto à barriga, para o exame do orifício retal.

A parte externa do orifício retal é examinada primeiro, depois, com uma luva lubrificada com um gel, ele introduz gentilmente o dedo indicador direito no cretal retal, para examinar o seu interior. A esta altura, se você conseguir relaxar bem o seu orifício retal, o exame será mais confortável para você e mais fácil para o médico.

Vai ajudar também uma respiração lenta e profunda, com a boca aberta. Tendo terminado o exame do cretal retal, o médico retira o dedo e o examina à procura de sinais de sangue. Se houver fezes na luva, o médico pode fazer um borrão em um pedaço de papel e adicionar algumas gotas de uma substancia que revela sangue oculto nas fezes (a reação da uma coloração azul). Se você vem tendo sangramento, o próximo exame médico provavelmente será uma proctoscopia.

Esta consiste em uma inspeção visual do cretal retal (e do reto inferior) que na verdade deveria chamar-se anoscopia.

É realizada com o auxilio de um tubo de uns dez centímetros de comprimento e do diâmetro de um dedo de homem. Mais uma vez, se você relaxar o seu orifício retal, o tubo vai deslizar para dentro tão facilmente como o dedo, porque estará bem lubrificado e a sua extremidade de trabalho é arredondada por uma tampa removível chamada obturador. Quando esta é puxada, uma luz clara permite que o médico veja se há hemorróidas ou algum outro problema no cretal retal, o que é melhor evidenciado à medida que o instrumento é puxado para fora de você.

O tubo pode parecer frio e estranho, mas, eu repito, não deve machucar. Se isso acontecer, diga-o imediatamente e o médico interrompe o procedimento. Se mais exames forem necessários, eles poderão ser realizados com anestesia. Na mesma seqüência, o próximo exame de rotina é a sigmoidoscopia, que pode ser realizada por alguns clínicos gerais. É mais comum ser feita por um especialista em um hospital. Em princípio é a mesma coisa que a proctoscopia, mas o tubo é maior. Freqüentemente mede 25 centímetros de modo que o médico possa ver todo o reto.

Às vezes ele pode ver além, no cólon sigmóide (daí a sigmoidoscopia), mas, na maioria das vezes isso não e possível porque há uma curvatura acentuada onde o reto se liga ao sigmóide. A sigmoidoscopia e um procedimento rápido (de dois a três minutos), mas de grande valor para o médico. Durante o exame, uma certa quantidade de ar é bombeada para dentro do intestino. Muitos têm a sensação da necessidade de soltar gases durante essa manobra. Se a sensação for mais desconfortável do que isso, pode ser um sinal de que se trata de um intestino irritável.

Como isso pode ser a chave para o seu diagnóstico, se acontecer com você não deixe de mencionar ao médico. Aproveitando a sigmoidoscopia, o médico pode decidir em tirar uma pequena amostra de tecido da parede do reto – uma biópsia retal – para exame sob microscópio. Isto é feito por meio de longas pinças que são passadas ao longo do tubo. Embora a maioria das pessoas não sinta nada, aqueles com reto sensível podem sentir um beliscão.

A endoscopia por fibras ópticas (colonoscopia) é realizada em hospitais, por especialistas que usam longos instrumentos flexíveis chamados de sigmoidoscópios ou colonoscópios flexíveis. Eles permitem que o médico examine os últimos 30% e 100% do cólon, respectivamente. Se você precisar de um exame desses, receberá instruções completas antes de ser submetido. Entre elas provavelmente estará a de tomar um laxativo para limpar o cólon. Para o exame, você tomará um sedativo para se livrar de qualquer desconforto. Um outro exame e o raio-x com enema de bário. Este também envolve uma ida ao hospital e um laxativo prévio para limpeza.

Vão pedir que você se deite de lado na mesa do raio-x e um tubo lubrificado será introduzido através do seu orifício retal, o qual servirá para a administração de uma suspensão líquida de sulfato de bário que aparece no raio-x. Uma certa quantidade de ar também será insuflada e pedirão que você mude de posição várias vezes a fim de facilitar que o bário atinja todo o cólon.

Depois que as chapas de raio-x forem tiradas, o excesso de ar e de suspensão de bário serão drenados para fora. Em seguida vão pedir para que você vá ao toalete eliminar o bário que restou. Finalmente, se os seus intestinos estão lhe causando alguma preocupação, é sempre melhor ir logo ao médico de que protelar.

Não se sinta acanhado – certamente não será a primeira vez que o médico vai ouvir esse tipo de queixa.

Pontos centrais

Sangramento pelo orifício retal é comum, mas só raramente indica um problema sério. As causas mais comuns são ferimentos no cretal retal e hemorróidas.
Para estar seguro, a não ser que o sangramento tenha sido um evento único, consulte um médico o mais rápido possível.
Examine suas fezes regularmente para verificar a presença de sangue.

Seu médico vai examiná-lo por fora e por dentro. O exame interno não é doloroso, mesmo que o médico tenha de usar um instrumento (proctoscópio) para ver melhor. Os especialistas nos hospitais poderão examiná-lo com instrumentos mais longos (sigmoidoscópios e colonoscópios) Esses procedimentos também não devem causar dor. Às vezes vai ser preciso fazer um enema contrastado com bário.

Fonte: www.hcpa.ufrgs.br

Hemorróidas

SANGRAMENTO RETAL

É normal?

Não é normal que o indivíduo elimine sangue, pouco ou muito, pelo orifício retal, seja durante a evacuação ou fora dela.

Fuga e sentimento de vergonha

O que se sabe e se comprova, no trato com pacientes, é que estes relutam por algum tempo em procurar o médico para esclarecer a causa deste sangramento e realizar o tratamento necessário.

Uma das causas mais prováveis desta fuga é o pudor que a maioria das pessoas têm de expor ao médico determinadas áreas do corpo. Associa-se, ainda, o receio do tratamento das hemorróidas.

Como é o tratamento?

Os métodos de tratamento, cirúrgico ou não, foram aperfeiçoados de tal modo que já se pode afirmar, com segurança, que não existe o desconforto de anos anteriores. Um alto percentual de portadores de sangramento retal deixa de ir em busca de diagnóstico pelo receio de um tratamento que a tradição gravou como doloroso ou demorado, o que no presente já não é verdadeiro.

No caso da doença hemorroidária, o tratamento tem se desenvolvido a tal ponto que a terapêutica cirúrgica é reservada, em geral, para os quadros mais avançados da doença.

Qual a causa da doença?

O sangramento retal é causado por hemorróidas ou pela ocorrência de outras doenças menos ou mais graves, entre as quais as patologias do orifício retal; patologias do reto; patologias do intestino grosso. Todas elas podem ser de origem benigna ou maligna.

Sangramento retal é sinônimo de hemorróidas?

Não. É importante saber que o sangramento não é sinônimo de hemorróidas e de que nem todas as hemorróidas necessitam de tratamento cirúrgico ou apresentam sangramento.

Outras doenças podem causar sangramento?

Existem outras afecções que provocam sangramento retal: existe na configuração do orifício retal uma região chamada de zona denteada (linha pectínea), onde são encontradas algumas formações diferenciadas: as criptas e as papilas anais. Processos patológicos, como infecções, podem se instalar nessas estruturas, causando dor e provocando pequenos sangramentos.

Estas infecções podem evoluir, localizando-se em glândulas que existem nesta área e determinando a formação de um abcesso retal, com dor intensa. Sua drenagem espontânea provoca eliminação de secreção purulenta que muitas vezes é acompanhada de sangramento.

O reto é a última porção do intestino grosso antes de chegar ao orifício retal. Existem patologias do reto, tais como processos inflamatórios ou pequenas massas (pólipos), que podem determinar sangramento retal.

Estas duas doenças são bons exemplos de patologias que necessitam de exames especializados, a serem realizados, geralmente, em ambulatório; para chegar a estes diagnósticos, é necessário utilizar instrumental adequado que permita visualizar tais afecções.

É necessário fazer exames especiais?

Para as patologias inflamatórias do reto, assim como para os pólipos, uma vez confirmada a sua existência, o paciente precisa submeter-se a uma investigação mais detalhada. Nessas duas situações, é necessário realizar-se um exame endoscópico chamado colonoscopia.

Como tratar?

As doenças inflamatórias, inicialmente, são de tratamento clínico. Este tratamento depende do tipo de inflamação, extensão do comprometimento do intestino grosso e eventuais complicações, como por exemplo um estreitamento do intestino. Em qualquer caso, é necessário o exame laboratorial de material a ser colhido na colonoscopia.

A outra patologia citada, o pólipo, pode ser único ou múltiplo. Quando se apresentar apenas um ou em pequeno número, eles são retirados durante o exame endoscópico. Neste caso, a endoscopia serve não somente para fim diagnóstico como também terapêutico, resolvendo-se o problema até se conhecer o resultado do exame laboratorial.

Pode se tornar mais grave?

É importante saber que estas duas patologias citadas são inicialmente benignas mas podem, em uma fase mais adiantada, se tornarem malignas. Esta é uma das razões pela qual o diagnóstico deve ser procurado sempre que houver os primeiros sinais de sangramento retal.

Como todas outras doenças, estas também são tratadas de forma bem mais eficaz se o diagnóstico for precoce.

Câncer do intestino grosso

O câncer do intestino grosso também pode, em algumas situações, mostrar sinais de existência através da eliminação de sangue pelo orifício retal, durante a evacuação ou fora dela. É uma doença bastante freqüente e, se tratada precocemente, tem um alto índice de cura.

Procure um médico

Ao surgir um quadro como o sangramento retal, o paciente deverá procurar esclarecer logo sua causa (só será urgente se o sangramento for abundante). O diagnóstico na fase inicial, via de regra, levará a um tratamento clínico ou cirúrgico com melhores resultados. O indivíduo que tenha um sangramento retal não deverá comparar seu caso com o que aconteceu com conhecidos, amigos ou familiares. Cada situação é diferente, com causas específicas que somente poderão ser determinadas pelo exame realizado pelo médico.

Além disso, nem toda a igualdade de patologia determina a mesma evolução terapêutica e menos ainda o mesmo prognóstico. Os resultados são sempre individuais e não coletivos.

Fonte: www.medicinal.com.br

Hemorróidas

A doença hemorroidária é uma das queixas mais comuns da nossa civilização ocidental. Acredita-se que perto de 50% dos indivíduos acima de 50 anos já experimentaram algum tipo de queixa relacionada com a doença hemorroidária. O problema pode ocorrer em qualquer idade e afetar ambos os sexos.

O que são Hemorróidas?

Hemorróidas são dilatações de vasos sangüíneos que se situam na porção mais inferior do reto e no canal retal , chamadas de veias hemorroidárias.

Dependendo de sua localização, elas pode causar vários sintomas com intensidade variável.

Existem dois tipos de hemorróidas: internas (loca- lizadas “dentro do canal retal ” ) e externas ( “em volta do orifício retal “).

As internas ainda se classificam em graus; de acordo com a sua característica em “sair através do orifício retal “(prolapso) ou não e dificuldade em retorna-la ao seu local de origem(redução). Assim sendo podem ser classificadas em 1º (sem prolapso), 2º (redução espontânea), 3º (redução manual) e 4º (sem redução). Os sintomas irão depender da sua localização.

Quais os sintomas das hemorróidas?

Os sintomas das hemorróidas irão depender de sua localização. Se forem externas ocasionarão sintomas como dor, ardor, prurido(coceira) e “caroços” no orifício retal . As internas causam sintomas de sangramento e prolapso às evacuações e dificilmente doem.

Quais são as causas das hemorróidas?

As causas da doença hemorroidária são várias. Fatores alimentares, hereditários, higiênicos, gravidez e relacionado ao hábito intestinal do indivíduo, principalmente desvios para o lado da constipação intestinal (dificuldade para defecar com fezes ressecadas).

Todas as Hemorróidas necessitam de cirurgia?

Não. Apenas as hemorróidas em graus avançados e com sintomas intensos e freqüentes necessitarão de cirurgia. Se tratadas logo no início dos sintomas, a maioria não necessitará de cirurgia. Nestes casos tratamentos ambulatoriais como esclerose, ligadura elástica ou infravermelho ou a simples regularização do hábito intestinal e a higienização adequada da região retal após a evacuação (lavar com água, sabão neutro e secar) evitando-se o uso do “papel higiênico”, poderão ser suficientes para controlar a doença. A cirurgia, em geral, só será necessária para 10 à 20% dos casos.

Todo sangramento pelo orifício retal é devido à hemorróidas?

Não. Praticamente todas as doenças do reto e orifício retal podem sangrar em algum momento. Fissuras anais, fístulas, pólipos retais, inflamação no intestino, e principalmente, o câncer do reto, sangram da mesma maneira que as hemorróidas, e o diagnóstico diferencial, só poderá ser feito após um exame proctológico completo.

As Hemorróidas podem se transformar em câncer?

Não. Mas os sintomas das hemorróidas, principalmente a presença de sangramento, podem ser muito parecidos aos apresentados por pacientes com câncer do orifício retal ou do reto.

Como é a cirurgia para hemorróidas?

A cirurgia para hemorróidas, como já dito anteriormente, só está reservada para os casos mais avançados e consiste na retirada dos vasos hemorroidários doentes. Geralmente e na grande maioria das vezes não é necessário anestesia geral e com internação hospitalar não superior à 24 horas. A dor pós-operatória é bem controlada com analgésicos potentes. O repouso nos primeiros dias é importante e a alimentação normal é iniciada cerca de 6 horas após a cirurgia. O tempo de cicatrização e de volta às atividades usuais é obtido após 2 à 3 semanas de pós-operatório.

As hemorróidas podem voltar após uma cirurgia?

O retorno de sintomas devidos à hemorróidas após a sua remoção não é comum. Algumas vezes o doente apresenta outras doenças ano-retais com sintomas semelhantes à hemorróidas e acredita que sua doença retornou. Nestes casos, só um especialista poderá esclarecer ao doente, após um exame apropriado.

Como saber se tenho hemorróidas?

Se você apresentar quaisquer destes ou outros sintomas já mencionados, o único modo de saber com certeza será consultando um especialista e fazendo um exame proctológico completo. Jamais procure opiniões de pessoas não habilitadas como farmacêuticos, vizinhos ou parentes. A demora em procurar um médico poderá retardar o seu tratamento ou mesmo o diagnóstico de uma outra doença mais grave.

Quem é o proctologista (Colo-proctologista)?

É um cirurgião que se especializou no diagnóstico e tratamento das doenças do cólon, reto e orifício retal .

Fonte: www.hub.unb.br

Hemorróidas

Doença relativamente comum que afeta mais da metade da população acima dos 30 anos de idade, cuja expressão mais ordinária é o sangramento ou o prolapso.

As HEMORRÓIDAS são dilatações varicosas das veias anais e retais que  compõem os plexos veno-arteriolar chamados de plexos hemorroidários. O alargamento dos vasos desses plexos e a frouxidão,  conseqüente,do tecido que o sustenta forma os tufos ou mamilos hemorroidários.

Há dois tipos de hemorróidas: internas e externas.

Essa classificação é feita de acordo com a localização das hemorróidas.

As  HEMORRÓIDAS EXTERNAS são as  que se desenvolvem para fora do orifício retal , ao redor dele, e é recoberta pelo epitélio de transição entre a pele perianal e o revestimento do canal retal . O que caracteriza o epitélio nessa região é sua inervação sensitiva. Ou seja, a pele nesse local é muito sensível.

Em geral, as hemorróidas externas se expressam por   uma complicação  muito peculiar que a é  trombose (formação de coágulo sangüíneo dentro dos vasos  hemorroidários.

Esse  fenômeno é  acompanhado de edema, razão pela qual  a alteração é sentida como um “caroço” endurecido e muito doloroso, imediatamente para fora do orifício retal . Via de regra, a hemorróida  externa  não sangra, a  menos que  haja  ruptura da pele.

AS  HEMORRÓIDAS INTERNAS se  localizam para dentro do canal retal , na parte terminal do reto. Sangramento indolor e prolapso são as manifestações mais comuns das hemorróidas internas.

No entanto, dor muito forte pode surgir quando elas saem para fora do orifício retal e, estranguladas, não podem voltar para dentro do reto. Nessa situação a dor é intensa,  seja devido a trombose ou ao edema.

AS HEMORRÓIDAS NÃO TÊM CAUSA CONHECIDA.

Admiti-se que a postura ereta do homem tenha contribuído para o aparecimento de hemorróidas na espécie.

Outros fatores associados, e que também são contribuintes, são:

  • idade,
  • constipação intestinal ou diarréia crônica,
  • gravidez, hereditariedade,
  • uso excessivo de laxativos ou lavagens intestinais,
  • esforço durante o momento da evacuação e tempo excessivo na privada.

Qualquer que seja a causa, há perda de elasticidade com frouxidão dos tecidos que sustentam os plexos hemorroidários provocando dilatação das veias, adelgaçamento de suas paredes com fácil rompimento e hemorragia. A  evolução desse processo facilita a protusão dos mamilos, caracterizando os prolapsos das hemorróidas.

A procidência ou prolapso*, maior ou menor dos mamilos hemorroidários enseja a classificação das hemorróidas em graus:

Grau I – quando os mamilos, durante o esforço defecatório não saem pelo canal retal

Grau II – quando os mamilos aparecem fora do canal retal e retornam espontaneamente, cessado o esforço

Grau III – quando ao mamilos saem e permanecem para fora, cessado o esforço. Nesses casos são necessárias as manobras digitais para que os mamilos sejam recolocados para dentro do reto

Grau IV – e quando os mamilos descem espontaneamente independente de esforço ou não para evacuá-los.

OS SINAIS E SINTOMAS mais comum da doença hemorroidária são:

  • sangramento durante as evacuações,
  • prolapso* – graus I. II. III, IV
  • prurido na região perianal,
  • dor,
  • sensação de incômodo no canal retal .

HEMORRÓIDAS E CÂNCER

Não há nenhuma relação entre HEMORRÓIDAS e CÂNCER.

No entanto, os sinais e sintomas de hemorróidas são muitos semelhantes ao do CÂNCER do reto, particularmente o sangramento.

Por isso, jamais se deve imputar às hemorróidas qualquer tipo de sangramento retal . O paciente com sangramento retal , antes de  se automedicar ou aceitar orientação, sem ser examinado, deve procurar um médico especialmente treinado no diagnóstico e tratamento das doenças do reto e dos cólons. Nesses  casos, ver um proctologista é a conduta mais correta.

TRATAMENTO

O TRATAMENTO das hemorróidas depende exclusivamente dos sintomas. Se são leves, eles podem ser aliviados com mu dança do hábito intestinal,principalmente dirigidos no sentido de melhorar as evacuações. Isso pode ser conseguido aumentando a ingestão de fibras e líquidos na dieta para proporcionar evacuações mais suaves, de fezes menos consistentes, com  me nos esforço, o  que diminui  a pressão sobre as  hemorróidas.

Banhos  de assento com água quente também  são aliviadores.

Nos casos em  que essas medidas falham, o melhor é procurar o cirurgião especialista na área. Hemorróidas maiores ou mais sintomáticas, exigem tratamento mais agressivo, que podem ser feitos com:

  • Ligadura elástica: esse procedimento funciona bem para certos graus do desenvolvimento hemorroidário. Mamilos bem individualizados e não muito grandes podem ser tratados com esse procedimento.
  • Injeção esclerosante: pequenos mamilos internos, que não prolapsam, mas  que sangram com  muita facilidade, podem ser esclerosados. O método pode ser feito no consultório e é praticamente indolor.
  • Hemorroidectomia: – operação para remover as hemorróidas – constitui-se no melhor tipo de tratamento das hemorróidas porque remove permanentemente a doença.

Esta indicado:

Quando há trombose hemorroidária freqüente bullet
Quando a ligadura falhou no tratamento bullet
Quando a procidência é mantida (não redutível) bullet
Quando há hemorragia persistente, ou muito freqüente.

Esse procedimento deve ser feito com o paciente internado (a internação pode ser mínima, como nas chamadas cirurgias am bulatoriais – o paciente interna na hora da cirurgia e sai, no mesmo dia, assim que se recupera do efeito da anestesia, em   geral 4 a 6 horas depois de sua aplicação).

Outro tipo de excisão cirúrgica é com o LASER.

Esse método se  difundiu, popularmente,  mas não oferece nenhuma vantagem ao paciente quando comparado com os métodos cirúrgicos convencionais. Ao contrário, é muito  caro e não é, como se pensa,  menos doloroso.

Existem outros métodos que incluem o grampeamento circular, a crioterapia e a coagulação com infravermelho. Nenhum desses procedimentos, exceto o grampeamento circular, tem ganho aceitação plena por não ter trazido vantagens para o paciente.

Fonte: www.inst-medicina.com.br

Hemorróidas

Correspondem as veias canal retal e reto.

Existem em maior ou menor grau em todas as pessoas, sendo a maioria assintomática.

A tendência atual, em Coloproctologia, é a de considerar como portadores da Doença Hemorroidária as pessoas em que a dilatação varicosa destas veias é o suficiente para provocar algum sintoma.

Etiopatogenia

As hemorróidas se formam com a congestão e a hipertrofia progressivas das veias hemrroidárias. O esforço evacuatório promove a congestão das veias hemorroidárias, que rapidamente se esvaziam após a passagem das fezes.

Como conseqüência da constipação intestinal, o esforço prolongado para a defecação mantém estas veias para fora do orifício retal , agravando e acelerando o desenvolvimento das hemorróidas; também ocorre durante a gravidez e nos halterofilistas pelo aumento da pressão intra-abdominal.

A hereditariedade é um fator importante na gênese das hemorróidas, sendo comum observar o relato de vários casos em uma mesma família.

Classificação

Internas – estão localizadas dentro do canal retal e são revestidas por mucosa.

Externas – estão localizadas fora do canal retal e são revestidas pela pele.

Mistas – associação das internas e externas.

As hemorróidas internas são classificadas em:

1º grau – hemorróidas internas que ao evacuar e aos esforços físicos sangram sem exteriorizar-se pelo orifício retal .

2º grau – hemorróidas internas que ao evacuar e aos esforços físicos sangram e exteriorizam-se pelo orifício retal e retornam espontaneamente para o interior do orifício retal cessando os esforços.

3º grau – hemorróidas internas que ao evacuar e aos esforços físicos sangram e exteriorizam-se pelo orifício retal , necessitando da redução digital para o interior do orifício retal .

4º grau – hemorróidas internas que estão permanentemente exteriorizadas sem a possibilidade de ser recolocados para o interior do orifício retal .

Quadro clínico

Externas

Trombose hemorroidária externa – normalmente é o sinal que leva o paciente ao médico – é o aparecimento súbito de um nódulo, de tamanho variável, em torno do orifício retal provocando uma dor de forte intensidade que melhora progressivamente até o 3º ou 4º dia, a partir dos quais o paciente só se sente incomodado e ocasionalmente, ocorre necrose da pele que o recobre redundando em sangramento perianal, que invariavelmente é acompanhado de diminuição da dor local.

Normalmente, a crise hemorroidária externa surge, em indivíduos predispostos, após grande esforço físico ou evacuatório (fezes ressecadas ou diarreicas).

Internas

Seu principal sintoma é o sangramento que caracteristicamente ocorre durante e após a defecação, em geral de fezes sólidas ou ressecadas.

O sangue pode recobrir as fezes ou gotejar continuamente após sua saída e quando repetitivo pode ser causa de anemia. A exteriorização pelo orifício retal pode ou não ocorrer, ver a classificação.

Em geral, não se acompanha de dor, mas ocasionalmente, podem, após apresentarem prolapso, ser aprisionadas pelo orifício retal e evoluírem para o pseudo-estrangulamento hemorroidário (ou prolapso com trombose hemorroidária interna), afecção extremamente dolorosa e incapacitante.

Com o prolapso costuma ocorrer o acúmulo de secreção mucosa com resíduos fecais que suja o orifício retal e pode manchar as roupas íntimas ou ser causa de coceira retal .

Mistas

Apresentam os sintomas das internas e externas.

Tratamento

Quando sintomáticas indica-se algum tratamento além do clínico, pela tendência à piora progressiva.

Clínico

Basicamente trata-se a constipação intestinal ou diarréia. Os preparados de uso tópico parecem conferir algum alívio sintomático permitindo a programação do tratamento proposto.

A trombose hemorroidária externa

Responde bem ao emprego de antiinflamatórios não hormonais associadas a banhos de assento em água morna e pomadas que auxiliam à absorção do trombo.

Trombectomia (exérese cirúrgica do trombo) é uma ótima opção pela simplicidade e rápida resolução do processo.

Ligadura de hemorróidas com anel elástico

Até três mamilos hemorroidários podem ser tratados numa única consulta, com muito pouco desconforto. Um anel elástico de borracha é disparado sobre a base da hemorróida, de forma a estrangulá-lo e assim evoluirá para a necrose e se destacará, sendo eliminado, juntamente com o anel elástico dentro de 7 a 10 dias.

É o tratamento atual de eleição para hemorróidas de 1° e 2º grau, que, com o seu advento, só são operadas em 20% dos casos.

Tratamento esclerosante

Consiste na injeção de soluções esclerosantes nas hemorróidas o que provoca, ao cabo de alguns dias, a esclerose e a fixação do tecido residual. Atualmente o tratamento esclerosante é indicado para hemorróidas de 1º grau que sangram.

Cirúrgico

A hemorroidectomia é o tratamento mais eficaz no que diz respeito ao desaparecimento dos sintomas hemorroidários. Não fossem o desconforto pós-operatório (dor, produção de secreções anais fétidas, retenção urinária) e as complicações que envolvem a adoção desta forma de terapia ela seria seguramente mais empregada do que é atualmente.

Na técnica aberta

A mais consagrada e atualmente utilizada, as feridas resultantes da exérese das hemorróidas são deixadas abertas para cicatrizar por segunda intenção o ocorre geralmente em 30 a 45 dias.

Na técnica fechada, as hemorróidas são retiradas e a pele e a mucosa do canal retal são reaproximadas com um chuleio contíneo de fio absorvível sintético pouco reativo e quando não ocorre deiscência cicatrizam por completo em 7 dias.

Em qualquer técnica retira-se no máximo os três mamilos hemorroidários principais, tendo-se o cuidado de se deixar pontes cutaneo-mucosas interpostas entre as feridas, com no mínimo 1 cm de largura, para evitar a estenose retal pós-operatória.

CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS

Pseudoestrangulamento Hemorroidário: O prolapso hemorroidário interno com trombose é uma afecção dramática tanto no sentido visual, quanto no sentido sintomático, para o paciente por ele acometido, que repentinamente é acometido de intensa dor retal e saída profusa de secreção serossangüínea oriunda dos mamilos prolapsados e trombosados.

Se o paciente puder contar com o concurso de um coloproctologista experiente, deverá ser encaminhado para uma hemorroidectomia aberta de emergência.

Caso contrário, é melhor que o processo seja “esfriado” (antiinflamatório oral, calor úmido local, repouso, amolecimento das fezes e eventualmente antibióticos em pessoas imunodeprimidas) com a melhora o paciente poderá ser operado em 72 a 96 h ou programado para mais tarde.

Prognóstico

Hemorróidas excisadas adequadamente por uma das técnicas de hemorroidectomia convencional não retornam. Outras hemorróidas, no entanto, podem vir a se formar com o passar dos anos, à semelhança das originais.

É bom que isto seja explicado ao paciente, pois o mesmo deve ser orientado a instituir os hábitos que diminuem a tendência à formação de hemorróidas e que foram citados acima.

É bem verdade, que não poderemos retirar a tendência inata do paciente ao desenvolvimento da doença hemorroidária ou desaconselhar uma gravidez numa paciente em idade fértil, mas devem ser aconselhados a evitar a constipação, a controlar a diarréia, a instituir um hábito intestinal saudável e a evitar atividades e atitudes que sabidamente são formadoras de hemorróidas (halterofilismo, ficar na posição de cócoras por períodos prolongados de tempo, etc).

Fonte: derival.santos.vilabol.uol.com.br

Hemorróidas

Hemorróida é uma das mais freqüentes e desconfortáveis desordens. São raramente sérias, mas podem esconder um sério problema como o câncer de reto.

Portanto a hemorróida requer um diagnóstico e tratamento apropriado. Hemorróidas são veias dilatadas que ocorrem dentro e em volta do orifício retal e reto.

Elas podem ser externas (fora do orifício retal) ou internas podendo exteriorizar-se para fora do orifício retal. Em ambos os casos as hemorróidas podem ser sentidas e vistas como uma pequena bexiga. As hemorróidas internas também podem permanecer dentro do reto e não serem sentidas ou percebidas.

QUAIS SÃO AS CAUSAS DA HEMORRÓIDA?

O fator comum das hemorróidas depende da posição do corpo, em que todo o sangue acima do reto exerce uma pressão na área retal ou retal.

Outras condições que contribuem são: intestino preso, diarréia, gravidez, obesidade, e especialmente esforço freqüente no momento da evacuação. Porém alguns pacientes não têm nenhuma das condições acima e não desenvolvem a hemorróida.

QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES?

As hemorróidas podem produzir muito desconforto, mas nenhum problema sério. – trombose e dor: um coágulo de sangue dentro da hemorróida pode causar dor severa necessitando de atenção médica imediata.

Hemorragia: a hemorróida interna quando sangra apresenta sangramento no momento da evacuação vermelho vivo e indolor.
Coceira e irritação:
a hemorróida externa pode provocar coceira, especialmente se a área está úmida e irritada.

HEMORROIDA CAUSA CÂNCER?

Hemorróida não desenvolve câncer. Entretanto a hemorróida e o câncer ambos podem causar hemorragia retal. Na verdade muitas desordens podem causar hemorragia retal. Quando a hemorragia retal ocorre acima dos 30 anos, e especialmente naqueles com mais de 50 anos, deve ser considerado um problema sério e um diagnóstico correto deve ser feito.

TRATAMENTO

Na hemorróida interna o tratamento depende do grau da intensidade:

Grau I: Não há exteriorização da hemorróida com ou sem sangramento.
Grau II:
A hemorróida exterioriza-se no momento da evacuação, mas retorna para dentro do reto espontaneamente.
Grau III:
Há exteriorização da hemorróida e há necessidade de empurrar com a mão para dentro do reto.
Grau IV:
Permanece constantemente exteriorizada.

No 1º e 2º graus, utiliza-se a fotocoagulação infravermelho não necessitando de anestesia ou internação.

No 3º grau – ligadura elástica – é um método simples que é usado um pequeno anel de borracha estrangulando a base da veia dilatada. A circulação sanguínea é interrompida e a hemorróida cai de 5 a 7 dias. Também é realizada sem anestesia e sem internação.

No 4º grau a indicação é cirúrgica. Podendo ser realizada com anestesia local ou regional (raque ou peridural).

TRATAMENTO CONSERVADOR

1- Manter a região retal limpa, usando sabonete e enxugando suavemente após cada evacuação.
2-
Manter o orifício retal e a hemorróida o mais seca possível, usando talco e um tecido macio para absorver a umidade.
3-
Comer alimentos ricos em fibras e cereais. Ambos retêm água no bolo fecal produzindo fezes de consistência suave sendo mais fáceis de passar e reduz a tendência para desenvolver hemorróidas.
4-
Evite esforço no momento da evacuação.
5-
Quando estiver com trombose e dor, fazer banho de assento com água quente por 10 a 20 min, 2 a 4 vezes diariamente para desinflamar a área e aliviar a dor.

TRATAMENTO DE HEMORRÓIDAS

Existe dois tipos de hemorróidas: internas e externas.

As externas são aquelas localizadas sob a pele da região retal, ou seja, são visíveis a simples inspeção.

As internas estão dentro do cretal retal, portanto visíveis apenas com exame interno do reto, com um aparelho chamado pássarocópio.

Como as hemorróidas externas estão sob a pele, qualquer anormalidade a pessoa sente dor, coceira ou queimação.

As internas localizam-se acima do encontro do intestino com a pele da região retal. Neste local não há praticamente terminação nervosa para dor.

Portanto a hemorróida não dói quando não há complicações.

A hemorróida externa o tratamento costumeiramente é feito com anestesia local, sem necessidade de internação.

A hemorróida interna depende do seu grau de intensidade:

Primeiro grau: eventualmente ou constantemente sangra no momento da evacuação.
Segundo grau:
primeiro grau+saída da hemorróida (“bexiguinha”) que regride espontaneamente
Terceiro grau:
segundo grau+a hemorróida só volta para dentro com ajuda dos dedos.
Quarto grau:
a hemorróida não volta mesmo tentando empurrar para dentro do reto.

No primeiro e segundo grau, o tratamento é feito com aparelho emissor de raio-infravermelho. Este raio provoca a coagulação e posterior cicatrização e diminuição das hemorróidas.

O tratamento é sem anestesia e realizado no consultório. A hemorróida no terceiro grau a terapêutica consiste na ligadura elástica. A ligadura elástica é a colocação de um elástico para estrangular a hemorróida. Também é realizada sem anestesia. Costuma incomodar mais que a foto-coagulação. No quarto grau apenas a cirurgia é o tratamento adequado.

Nota importante: não se iluda que todo sangramento retal é hemorróida! Procure seu médico para melhor orientação.

PREVENÇÃO

Comer fibra, cereais ou usar medicamentos aumentando o volume do conteúdo fecal. – Quando tiver vontade de evacuar, procure não demorar para fazer.
Exercícios físicos podem ajudar o funcionamento do intestino.
Tomar bastante líquidos e comer regularmente nos horários programados.

RESUMO

Hemorróidas são uma desordem comum freqüentemente resolvidas pela própria pessoa ou com tratamento mínimo.

Tipicamente o tratamento é simples e efetivo, embora ocasionalmente a cirurgia é necessária.

A hemorróida pode esconder um problema sério como o câncer de reto e intestino e portanto deve ser avaliado e diagnosticado adequadamente.

Fonte: www.gastroweb.com.br

Hemorróidas

São tecidos edemaciados que contêm veias e que estão localizados nas paredes do reto e do orifício retal.

As hemorróidas podem inflamar, desenvolver um coágulo sangüíneo (trombo), sangrar ou podem tornar-se dilatadas e protuberantes.

As hemorróidas que permanecem no orifício retal são denominadas hemorróidas internas e aquelas que se projetam para fora do orifício retal são denominadas hemorróidas externas. Elas podem ser decorrentes do esforço repetido para evacuar e a constipação pode fazer com que o esforço seja maior.

As hepatopatias (doenças do fígado) aumentam a pressão sangüínea na veia porta e, algumas vezes, acarretam a formação de hemorróidas.

Sintomas e Diagnóstico

Pode ocorrer sangramento, comumente após uma evacuação, produzindo fezes com estrias de sangue ou manchando o papel higiênico.

O sangue pode tornar a água do vaso sanitário vermelha. Entretanto, a quantidade de sangue normalmente é pequena e as hemorróidas raramente acarretam uma perda sangüínea importante ou anemia.

Quando elas protruem do orifício retal podem ter que ser reduzidas (colocadas no lugar) delicadamente com um dedo ou elas podem reduzir espontaneamente.

Uma hemorróida pode aumentar de volume e ficar dolorida quando a sua superfície é friccionada com vigor ou quando ocorre a formação de um coágulo sangüíneo em seu interior. Menos comumente, as hemorróidas podem secretar muco e produzem uma sensação de que o reto não foi totalmente esvaziado.

O prurido (coceira) retal não é um sintoma de hemorróidas, mas ele pode ocorrer devido à dificuldade de limpeza da região. O médico pode diagnosticar imediatamente as hemorróidas dolorosas e aumentadas de volume através do exame retal e retal. A anoscopia e a sigmoidoscopia auxiliam o médico a definir se o indivíduo apresenta uma condição mais grave como, por exemplo, um tumor.

Tratamento

Normalmente, as hemorróidas não exigem tratamento, exceto quando produzem sintomas.

O uso de emolientes fecais ou de psílio pode aliviar a constipação e o esforço para evacuar que a acompanha.

As hemorróidas sangrantes são tratadas com uma injeção de uma substância que produz obstrução das veias com tecido cicatricial. Este procedimento é denominado escleroterapia. As hemorróidas internas de grande volume e as que não respondem à escleroterapia são ligadas com faixas elásticas.

O procedimento, chamado ligadura elástica, acarreta a atrofia da hemorróida e seu desprendimento sem dor.

O tratamento é aplicado a apenas uma hemorróida por vez, com intervalos de duas ou mais semanas. Podem ser necessários três a seis tratamentos.

As hemorróidas também podem ser destruídas com a utilização de um laser (destruição a laser), de raios infravermelhos (fotocoagulação por infravermelho) ou de corrente elétrica (eletrocoagulação). Se outros tratamentos falharem, pode ser realizada uma cirurgia.

Quando uma hemorróida com um coágulo sangüíneo causa dor, ela é tratada com banhos de assento quentes (banhos no qual o indivíduo senta na água aquecida), pomadas anestésicas de uso local ou compressas de hamamélis. A dor e o edema normalmente diminuem após um breve período e os coágulos desaparecem em quatro a seis semanas.

Alternativamente, o médico pode seccionar a veia e remover o coágulo, em uma tentativa de aliviar rapidamente a dor.

Fonte: www.msd-brazil.com

Hemorróidas

A doença hemorroidária é a dilatação anormal das veias do canal retal. Esta dilatação ocorre, provavelmente, por um aumento do fluxo sangüíneo da região, e pela perda da fixação destas veias à parede do canal retal.

Os sintomas da doença hemorroidária são algumas das queixas mais comuns da civilização moderna, e acredita-se que pelo menos 50% dos indivíduos com idade acima dos 50 anos já tenha experimentado algum sintoma relacionado a hemorróida durante a vida.

Anatomia

O canal retal apresenta três mamilos hemorroidários, que são plexos venosos (conjunto de veias), responsáveis pela drenagem do sangue da região retal. Estes mamilos também têm como função proteger o canal retal de algum trauma durante a evacuação, trabalhando como um amortecedor. Além disso, os mamilos são responsáveis por 15 a 20% da continência fecal, já que ocupam um espaço importante no canal retal.

A dilatação das veias destes mamilos é conhecida como hemorróida.

Tipos de Hemorróidas

As hemorróidas são classificadas de duas formas: quanto a sua localização (interna ou externa) e quanto ao seu grau (1º, 2º, 3º e 4º graus).

As hemorróidas externas são aquelas que surgem do plexo hemorroidário inferior, ou seja, estão localizadas fora do canal retal. Estas hemorróidas apresentam como sintoma mais comum a dor, geralmente causada por ulceração ou trombose (formação de um coágulo dentro das veias).

As hemorróidas internas são aquelas que surgem do plexo hemorroidário superior, ou seja, ocorrem dentro do canal retal. Este tipo de hemorróida tem como sintomas principais o sangramento às evacuações, o prolapso hemorroidário (saída dos mamilos para fora do canal retal no momento da evacuação), ulceração e trombose.

A classificação quanto ao grau da hemorróida é utilizada apenas para as hemorróidas internas, já que se relaciona ao prolapso hemorroidário. No entanto, esta classificação é extremamente importante, pois é nela que se baseia o tipo de tratamento que será realizado, sendo este clínico, ambulatorial ou cirúrgico.

No Grau I, o paciente apresenta um aumento no número e tamanho das veias hemorroidárias, mas não há prolapso.
No Grau II,
os mamilos hemorroidários se apresentam fora do canal retal no momento da evacuação, mas retornam espontaneamente para o dentro do canal retal.
No Grau III,
também ocorre o prolapso hemorroidário, mas este necessita de ajuda manual para o seu retorno para o canal retal.
O Grau IV
apresenta um prolapso hemorroidário permanente e irredutível, o que traz extremo desconforto ao paciente.

De acordo com esta classificação, defino a conduta a ser tomada em meus pacientes. Para os pacientes com hemorróida grau I, adoto tratamento clínico. Para os pacientes com graus II e III, utilizo procedimentos ambulatoriais, ou seja, realizados no próprio consultório no momento da consulta médica. Apenas no grau IV, há uma indicação formal de cirurgia. Sendo assim, tenho como rotina, sempre tentar oferecer um tratamento menos agressivo aos meus pacientes, deixando a cirurgia como a última opção (com exceção do Grau IV, em que esta é uma regra).

Exame

O exame proctológico consiste de três passos: inspeção, toque retal e anuscopia. A inspeção retal é a observação externa do orifício retal, e esta permite a visualização das hemorróidas externas, assim como das hemorróidas internas prolapsadas. O toque retal tem como objetivo a avaliação da musculatura do orifício retal, denominada esfíncter retal, além da avaliação de lesões do canal retal. A anuscopia é um exame importante em que se introduz um aparelho (anuscópio) no orifício retal para a observação interna do canal retal, e é realizado em poucos segundos e sem dor quando procedido por médico habilitado.

A colonoscopia (endoscopia do intestino grosso) não é indicada para a avaliação da doença hemorroidária. No entanto, em pacientes com mais de 50 anos e/ou queixa de sangramento retal, principalmente em famílias com história de câncer do intestino grosso, a colonoscopia deve ser realizada, independente do diagnóstico de hemorróida. A presença de hemorróida não exclui a possibilidade de câncer de intestino, e é por isso que todas as pessoas com sangramento retal devem procurar um médico, já que este é o profissional capaz de oferecer o diagnóstico e tratamento adequados.

Sintomas

Os sintomas mais comuns das hemorróidas internas são o sangramento, o prolapso e a dor. O sangramento está associado à evacuação, não misturado às fezes e cor vermelho “vivo”. O prolapso hemorroidário, que é a saída dos mamilos hemorroidários no momento da evacuação, foi descrito detalhadamente na Classificação. A dor é um sintoma menos comum na hemorróida interna, e em geral está associado a trombose e a gangrena.

As hemorróidas externas apresentam como principais sintomas a dor e o abaulamento, principalmente, quando associados à trombose. Este abaulamento se caracteriza por uma nodulação azulada ou vinhosa, e dolorosa ao toque. Dependendo do tamanho desta trombose externa, ela poderá ser tratada clinicamente ou com excisão (ressecção) local.

Tratamento Clínico

O tratamento clínico consiste de cuidados locais a orientação com a dieta. Deve-se sempre lembrar que o tratamento dever ser prescrito por médico, após avaliação individual de cada caso. Localmente, o paciente deverá realizar higiene retal somente com água, sem a utilização de papel higiênico, banhos de assento com água morna para que haja um efeito anti-inflamatório, e utilizar pomadas analgésicas e anestésicas. Nos casos com dor retal forte, os analgésicos por via oral também podem ser utilizados.

A dieta deverá ser rica em fibras, para que as fezes se tornem mais pastosas, e desta forma, traumatizem menos a região retal.

Tratamento Ambulatorial

O tratamento ambulatorial consiste na resolução do quadro hemorroidário no consultório médico. Este tipo de tratamento traz como vantagens a comodidade de não necessitar de internação hospitalar, a rapidez com que os procedimentos são realizados, os bons resultados, e a ausência da dor pós-operatória.

Existem várias formas de tratamento ambulatorial para hemorróidas internas: ligadura elástica, escleroterapia (injeção de substância esclerosante), crioterapia (congelamento da hemorróida), coagulação infravermelha.

Em meu consultório utilizo a ligadura elástica como método de escolha, já que este é o procedimento ambulatorial mais aceito na literatura médica mundial para o tratamento do sangramento e do prolapso hemorroidários (graus I, II e III), além de ser mais efetivo e apresentar menor número de complicações do que os outros métodos ambulatoriais citados. A ligadura elástica consiste na aplicação de um elástico na região dos mamilos hemorroidários, causando assim, a necrose e fixação deste mamilo. Os resultados com a ligadura elástica são tão positivos, que há uma redução em 80% das indicações de cirurgia, ou seja, a cada dez pacientes, oito se beneficiarão da ligadura elástica.

Segundo a literatura médica e a minha experiência pessoal, o índice de satisfação dos pacientes com a ligadura elástica é de 90%, sendo que a chance de cura em uma única aplicação é de 60 a 70%. O método tem esta grande aceitação por evitar a cirurgia, ser curativo, não necessitar de anestesia e ser eficiente.

Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico é realizado em Centro Cirúrgico, e o procedimento é realizado sob anestesia. O tratamento cirúrgico consiste na ressecção do mamilos hemorroidários, e está indicado nas hemorróidas internas Grau IV, nos casos em que as hemorróidas internas estão associadas às externas, nos casos que evoluem com trombose hemorroidária (devido a dor intensa). Alguns casos em que os procedimentos ambulatoriais não se mostraram efetivos também devem ser submetidos a tratamento cirúrgico.

A cirurgia pode ser realizada de duas maneiras, a técnica convencional ou a técnica com grampeador mecânico. Na técnica convencional, os mamilos hemorroidários são ressecados, e os vasos que causavam o sangramento suturados (ligados). Na técnica com grampeador mecânico, a hemorróida é fixada no canal retal (hemorroidopexia), mas não há ressecção dos mamilos.

A técnica convencional tem como vantagens poder ser aplicada em qualquer tipo de hemorróida, e ser o método mais efetivo no tratamento da doença. No entanto tem como desvantagem a dor no período pós-operatório. A técnica com grampeador mecânico tem como principal vantagem causar pouca dor no período pós-operatório, e como desvantagem ser restrita a alguns casos selecionados.

No pós-operatório o paciente realiza banhos de assento, utiliza pomadas analgésicas/anestésicas, recebe analgésicos potentes e faz dieta rica em fibras.

Fonte: www.drfernandovalerio.com.br

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