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Febre Amarela – O que é
A febre amarela é uma doença viral aguda causada pela picada e é transmitida por mosquitos e ocorre na África e na América do Sul. Embora uma vacina esteja disponível para prevenir a doença, a incidência da febre amarela está crescendo, especialmente na América do Sul. Muitos países ainda exigem que os visitantes sejam vacinados antes de entrar.
A febre amarela é encontrada principalmente em certas áreas da África, América Central e América do Sul. Em certas partes da América do Sul, as infecções acontecem com menos frequência.
Eles ocorrem geralmente entre trabalhadores florestais e agrícolas ou em viajantes para áreas de selva. Mas surtos recentes foram relatados dentro e ao redor das principais cidades do Brasil. Na África, as infecções ocorrem com mais frequência nas áreas tropicais da África Ocidental e Central.
A febre amarela é causada por um vírus (flavivírus). O vírus é transmitido às pessoas através da picada de um mosquito que pica durante o dia (Aedes aegypti).
A febre amarela pode ser classificada em: urbana e silvestre.
Na febre amarela urbana, o reservatório natural é o homem.
Na febre amarela silvestre, o reservatório natural é o macaco. As duas podem causar doença no homem.
No Brasil, a febre amarela pode ser adquirida em áreas silvestres e rurais de regiões como Norte e Centro-Oeste, além de parte do Sudeste, Nordeste e Sul.
Ou seja, o indivíduo entra em regiões onde exista o mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus e, conseqüentemente, sofre a possibilidade de ser picado por algum desses mosquitos já afetado pelo vírus, que possivelmente fora contraído pela picada em um ser já portador, como a espécie de bugio ou outros tipos de macacos, e, em seguida, o mosquito pica a pessoa que ainda não teve a doença e, portanto, não adquiriu defesas naturais para combater o vírus.
A febre amarela urbana é considerada erradicada no Brasil desde 1942, o que significa que grandes centros urbanos não correm o risco de propagação em massa do vírus.
Recentemente o vírus da febre amarela vem ganhando destaque na mídia brasileira, visto que vários casos vêm sendo catalogados na região Centro-Oeste, sobretudo, causando a preocupação da população em geral e providências das autoridades responsáveis pelo combate ao vírus Vírus da febre amarela – Pertence à família dos flavivirus, e o seu genoma é de RNA simples de sentido positivo (pode ser usado diretamente como um RNA para a síntese proteica).
Produz cerca de 10 proteínas, sendo 7 constituintes do seu capsídeo, e é envolvido por envelope bílipidico.
Multiplica-se no citoplasma e os virions descendentes invaginam para o retículo endoplasmático da célula-hóspede, a partir do qual são depois exocitados. Tem cerca de 50 nanómetros de diâmetro.
Muitos danos são causados pelos complexos de anticorpos produzidos. O grande número de vírus pode produzir massas de anticorpos ligados a inúmeros vírus e uns aos outros que danificam o endotélio dos vasos, levando a hemorragias.
Zonas endêmicas no Brasil
Mosquito – Aëdes aegypti
Área de endêmica da febre amarela na América do Sul (2005)
As localidades infestadas pelo Aëdes aegypti, cerca de 3600 municípios brasileiros, têm risco potencial da febre amarela.
Em Boa Vista no Estado de Roraima e em Cuiabá, no estado do Mato Grosso existe focos endêmicos nas áreas urbanas.
A maior quantidade de casos de transmissão da febre amarela no Brasil, ocorre em regiões de cerrado. Porém, em todas as regiões (zonas rurais, regiões de cerrado, florestas) existem áreas endêmicas de transmissão das infecções. Estas principalmente ocasionadas pelos mosquitos do gênero Haemagogus, e pela manutenção do ciclo dos vírus através da infecção de macacos e da transmissão transovariana no próprio mosquito.
Onde existe a possibilidade de febre amarela, existe para malária e também para a dengue e outros.
No Brasil, os casos vêm diminuindo desde 2003, contudo, em 2008, houve um aumento sensível de casos no início do ano. Em janeiro de 2009 o governo do Rio Grande do Sul confirmou a primeira morte por Febre Amarela desde 1966. O óbito ocorreu no município de Santo Ângelo. Outras cidades entraram em estado de alerta contra a doença.
Febre Amarela – Causa
Vírus – Aëdes aegypti
O vírus é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos Aedes ou Haemagogus infectados.
A febre amarela é encontrada em alguns países da África e América Central e do Sul.
Qualquer pessoa pode ter febre amarela, mas as pessoas mais velhas têm um risco maior de infecção grave.
Se uma pessoa for picada por um mosquito infectado, os sintomas geralmente se desenvolvem 3 a 6 dias depois.
Febre Amarela – Diagnóstico
Como os sintomas da febre amarela são bastante parecidos com os da dengue e da malária, o diagnóstico preciso é indispensável e deve ser confirmado por exames laboratoriais específicos, a fim de evitar o risco de epidemia em áreas urbanas, onde o vírus pode ser transmitido pelo mosquito da dengue.
Febre Amarela – Sintomas
Os principais sintomas da febre amarela – febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor muscular muito forte, cansaço, calafrios, vômito e diarreia aparecem, em geral, de três a seis dias após a picada (período de incubação). Aproximadamente metade dos casos da doença evolui bem.
Alguns podem apresentar, além dos já citados, sintomas graves como icterícia, hemorragias, comprometimento dos rins (anúria), fígado (hepatite e coma hepático), pulmão e problemas cardíacos que podem levar à morte. Uma vez recuperado, o paciente não apresenta sequelas.
Febre Amarela – Tratamento
O tratamento dependerá de seus sintomas, idade e saúde geral. Também dependerá de quão grave é a condição.
Não há medicamento específico para a febre amarela, portanto, o tratamento visa controlar seus sintomas. Isso inclui descanso e muitos líquidos.
Você também pode precisar tomar remédios para ajudar a aliviar a febre e a dor. Você não deve tomar aspirina ou medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, como ibuprofeno ou naproxeno.
Estes podem aumentar o risco de sangramento.
Você deve se proteger dos mosquitos durante a doença. Isso pode significar ficar dentro de casa ou sob um mosquiteiro. Isso ajudará a evitar que você passe a doença para outras pessoas.
A febre amarela é tratada sintomaticamente, ou seja, são administrados líquidos e transfusões de sangue ou apenas plaquetas caso sejam necessárias. A diálise poderá ser necessária caso haja insuficiência renal.
Os AINE como o ácido acetilsalicílico (aspirina) são desaconselhados, porque aumentam o risco de hemorragias, já que têm atividade antiplaquetar.
Se você tiver sintomas mais graves, pode ser necessário ir ao hospital para monitoramento e tratamento de seus sintomas até se sentir melhor.
Febre Amarela – Prevenção
A maneira mais eficaz de prevenir a infecção pelo vírus da febre amarela é evitar ser picado por mosquitos em países onde a febre amarela está presente.
A prevenção da febre amarela se dá através do combate ao mosquito e de vacinação.
As pessoas que tiveram febre amarela desenvolvem imunidade ao longo da vida.
Não ser picado por mosquitos é outra parte importante da prevenção da febre amarela.
Para evitar picadas de mosquito:
Fique dentro de casa ao anoitecer e ao amanhecer, quando os mosquitos são mais ativos. Os mosquitos que transmitem a febre amarela estão ativos o dia todo
Fique em um quarto com tela ou ar condicionado, ou durma sob um mosquiteiro tratado com permetrina
Use calçados cobertos do lado de fora e roupas soltas e de cor clara que cubram seu corpo
Aplique repelente de mosquitos contendo DEET (dietiltoluamida). Use com moderação em crianças e evite suas mãos, olhos e boca. Se estiver grávida, consulte o seu médico primeiro
Pulverize repelente de mosquitos em suas roupas
Use sprays de insetos de piretro ou tapetes de vaporização dentro
Queimar bobinas de mosquito quando estiver ao ar livre
Remova locais de reprodução de mosquitos, como quaisquer recipientes com água estagnada, ao redor da casa
A vacinação também é uma proteção eficaz contra a febre amarela. A maioria das pessoas precisa de apenas 1 vacina para proteção ao longo da vida. Algumas pessoas podem considerar um reforço, como aquelas que vão para áreas onde há surtos em andamento e já se passaram 10 anos ou mais desde que foram vacinadas pela última vez. Crianças com mais de 9 meses podem tomar a vacina.
É importante obter sua vacina contra febre amarela em uma clínica aprovada. Você precisa dele pelo menos 10 dias antes de viajar para o país.
Você receberá um certificado internacional de vacinação contra febre amarela. Você pode precisar mostrar isso para entrar em outros países depois de ter estado em uma área infectada pela febre amarela.
Febre Amarela – Transmissão
A febre amarela é um vírus transmitido por picadas de mosquito. Você não pode obtê-lo de contato próximo com alguém que o possui.
Os mosquitos que espalham a infecção são encontrados em vilas, cidades e áreas rurais. Eles picam principalmente durante o dia.
Os mosquitos também podem espalhar outras doenças graves, como malária e dengue.
Se você estiver viajando para uma área onde a febre amarela é encontrada, tente evitar ser picado, mesmo que tenha sido vacinado.
Você pode fazer isso usando mosquiteiros, vestindo roupas que cobrem seus braços e pernas e usando repelente de insetos contendo 30% a 50% DEET (dietiltoluamida).
Febre Amarela – Vacinação
Existe vacina eficaz contra a febre amarela, que deve ser renovada a cada dez anos. Nas áreas de risco, a vacinação deve ser feita a partir dos seis meses de vida. De maneira geral, a partir dos nove meses, a vacina deveria ser recomendada para as demais pessoas, uma vez que existe a possibilidade de novos surtos da doença caso uma pessoa infectada pela febre amarela silvestre retorne para regiões mais povoadas onde exista o mosquito Aedes aegypti.
A vacinação é recomendada, especialmente, aos viajantes que se dirigem para localidades, como zonas de florestas e cerrados, e deve ser tomada dez dias antes da viagem para que o organismo possa produzir os anticorpos necessários. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.
Febre Amarela – História
Mosquito – Aëdes aegypti
A febre amarela afetou os espanhóis quando se estabeleceram nas Caraíbas, como em Cuba e na ilha de Santo Domingo e noutras regiões da América, matando muitos. Colombo terá sido obrigado a mudar a sua capital na ilha de Santo Domingo porque o local inicial tinha grande número de mosquitos transmissores que infectaram com a doença e mataram uma proporção considerável dos colonos.
Durante a revolução dos escravos na então colónia francesa de Santo Domingo, nos primeiros anos do século XIX, Napoleão Bonaparte enviou 40.000 tropas para assegurar a posse da colónia à França.
As tropas no entanto foram dizimadas por uma epidemia de febre amarela e a revolução triunfou, fundando o Haiti.
A perda de tantos soldados fez Napoleão desistir dos seus sonhos coloniais na América do Norte.
A primeira tentativa de construção do Canal do Panamá, pelos franceses no século XIX, fracassaram devido às epidemias de febre amarela. A segunda tentantiva, pelos EUA, só resultou graças às novas técnicas de erradicação de mosquitos e à vacina recentemente desenvolvida.
A referência à febre amarela no Brasil data de 1685 com a ocorrência de surto em Olinda, Recife e interior de Pernambuco. Um ano depois atinge a população de Salvador, segundo o historiador Odair Franco.
A febre amarela foi reintroduzida em 1849, (primeira grande epidemia ocorrida na capital do Império, Rio de Janeiro) – História da febre amarela no Brasil por Jaime Larry Benchimol, Casa de Oswaldo Cruz, fevereiro de 1894, quando um navio americano chegou a Salvador, procedente de New Orleans e Havana, infectando os portos e se espalhando por todo o litoral brasileiro.
Em 1895, um navio italiano (Lombardia) é acometido de febre amarela ao visitar o Rio de Janeiro onde quase não existia esgoto e a infra-estrutura sanitária era extremamente precária desde o recolhimento do lixo ao abastecimento de água até o comércio de alimentos nas ruas, sem nenhuma condição de higiene e a população em geral vivia em cortiços: a entrada de um deles era decorada com cabeças de suíno, surgindo daí a expressão cabeça de porco. O Brasil “turístico” era, então, considerado perigoso por conta das enfermidades infecciosas.
As agências de viagem na Europa operavam direto para Buenos Aires, sem escala, privando o Brasil do transporte marítimo e da exportação do café.
Uma intrincada rede de acontecimentos afeta o país, a partir desse cenário: a cafeicultura era prejudicada a mão-de-obra era emigrante e vulnerável à febre amarela; não havia como pagar a dívida externa sobretudo contraída com bancos ingleses.
Uma grande epidemia de febre amarela matou mais de 3% da população da cidade brasileira de Campinas no verão do ano de 1889.
Fonte: www.urmc.rochester.edu/www.exercito.gov.br/www.nhs.uk/www.healthdirect.gov.au/www.cdc.gov/media.wired.com