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Doença de Chagas – O que é
Doença infecciosa parasitária crônica e generalizada, transmitida ao homem por um protozoário que é encontrado nas fezes do barbeiro.
Foi diagnosticada pela primeira vez por Carlos Chagas em 1907, que descobriu o protozoário nas fezes do barbeiro, insetos hematófagos, que invadiam as casas de choupana em Minas Gerais, local onde ele estava desenvolvendo uma campanha contra a malária.
Esses insetos vivem geralmente, no interior de casas pobres que tem paredes e tetos com buracos, frestas ou rachaduras, por onde esses insetos podem esconder-se de dia, e sair à noite para picar o homem de preferência no rosto.
Popularmente são chamados de: chupança, procotó, e bicho-de-parede. Quando a doença afeta a criança na primeira infância o prognóstico é mais reservado, porque a criança pode sofrer um ataque agudo do coração como também pode acarretar alterações no sistema nervoso. Nos adultos infectados que não tiveram tratamento raramente conseguem sobreviver além dos 50 anos.
Fonte de infecção: O homem e outros animais como cão, gato, rato doméstico, morcego e outros.
Período de incubação: Em média de 3 a 14 dias.
Incidência
No Brasil a doença se encontra mais concentrada na zona rural, principalmente em casas construídas com barro pau-a-pique ou cobertas de sapé
Quanto mais ocorre precariedade das habitações maior a incidência de adquirir a doença
Os Estados de Minas Gerais, Mato Grosso, e os Estados da região Nordeste são os tem mais casos da doença
No Brasil calcula-se que existam mais de 5 milhões de pessoas infectadas
É uma doença mais disseminada na população de baixo nível sócio-econômico.
A doença de Chagas é uma infecção parasitária tropical transmitida por insetos rastejantes e sugadores de sangue (barbeiros).
Doença de Chagas – Causa
A doença de Chagas é causada pela infecção pelo parasita Trypanosoma cruzi, que é transmitido de um reservatório animal para um hospedeiro humano ou outro animal por insetos.
Trata-se de uma infecção generalizada essencialmente crônica, cujo agente etiológico é o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, habitualmente transmitido ao homem pelas fezes do inseto hematófago conhecido popularmente como “bicho-barbeiro”, “procotó”, “chupança”, “percevejo-do-mato”, “gaudércio”, etc.
A transmissão pode ser feita também pela transfusão sangüínea, placenta e pelo aleitamento materno.
A disseminação da doença está profundamente relacionada com as condições de vida da população, principalmente de habitação, e com as oportunidades econômicas e sociais que lhe são oferecidas.
É uma doença que no início, na fase aguda, pode nem ser percebida. Às vezes provoca febre baixa que dura muito tempo, dá mal estar e falta de apetite. Pode aumentar o baço e o fígado.
Em criancinhas este início pode agravar e levar à morte. Muitos anos mais tarde, quando a doença já está na fase crônica, alguns pacientes não apresentam nenhum sinal de que estão doentes. Não sentem nada.
Outros podem apresentar palpitação, falta de ar e canseira, inchação, dor no peito, tosse e tontura. Outros podem sentir ainda dificuldade na hora de engolir e mesmo dor, regurgitar, soluço, tosse, prisão de ventre e dor no abdomem.
Trypanosoma cruzi – Ciclo Evolutivo
O Trypanosoma cruzi pode ser encontrado sob três formas distintas: tripomastigota (tripanossoma), epimastigota (critídia) e amastigota (leshmânia).
No sangue circulante do homem infectado, encontra-se a forma tripomastigota e, nas células parasitadas dos tecidos musculares, do tecido nervoso, glandulares, etc., é encontrada a forma amastigota. Nessa forma, o protozoário se reproduz por cissiparidade.
O vetor biológico ou transmissor do Trypanossoma cruzi mais comum é o Triatoma infestans; porém há pelo menos uma dezena de outras espécies que, por terem hábitos domiciliares, também são hemípteros transmissores da doença de Chagas.
Vivendo nas frestas das casas de barro ou pau-a-pique, sapé, casas velhas, paiós, colchões, camas, telhados, etc., escondem-se durante o dia e à noite saem para sugar o sangue dos moradores, picando geralmente no rosto das pessoas, daí o nome popular de “barbeiro”. Dentro do intestino do inseto, são encontradas as três formas do parasita anteriormente descritas, sendo que, na porção terminal do tubo digestivo, estão as formas infectantes denominadas tripomastigotas metacíclicas.
O inseto infectado, ao sugar uma pessoa, defeca junto ao local da picada, eliminando com as fezes os protozoários causadores da doença.
Tanto o macho quanto a fêmea e também os jovens (ninfas) são hematófagos e podem transmitir com as fezes o Trypanossoma cruzi. A picada é indolor ou pouco dolorida, provoca uma coceira local e vermelhidão na pele. A sucção dura, em média, de 10 a 20 minutos.
A reação normal da pessoa é coçar o local onde o inseto estava sugando seu sangue, o que provoca a entrada dos parasitas pelo orifício da picada. Se acontecer na região das pálpebras, ocorrerá um inchaço local conhecido como endema bipalpebral ou “sinal de Romaña”, ou, ainda, “chagoma”.
Outras formas de contaminação ocorrem através da transfusão sangüínea, via transplacentária (congênita), amamentação e até por acidentes de trabalho (laboratórios).
Uma vez na circulação sangüínea, os tripanossomas (tripomastigotas) são levados a vários órgãos e instalam-se principalmente no coração, onde se multiplicam na forma de asmastigotas (leishmânias).
A forma tripomastigota não é parasita e apenas usa o sangue para atingir vários órgãos do corpo. Na corrente sangüínea, poderá ser obsorvida pelo inseto transmissor quando este vier sugar o sangue da pessoa contaminada.
Como se pega doença de Chagas?
Pode-se pegar de 3 maneiras:
1º.) O bicho barbeiro que precisa de sangue para viver, tem o germe da doença de Chagas na sua barriga. Na hora que o bicho barbeiro pica uma pessoa e suga seu sangue, ele enche a barriga e faz cocô, bem pertinho do lugar da picada. O germe da doença de Chagas que estava na sua barriga sai no cocô e entra pelo buraquinho da picada. Pronto, está feita a contaminação de outra pessoa.
2º.) Uma outra forma de pegar a doença de Chagas é se uma pessoa sadia receber transfusão de sangue contaminado com o germe da doença de Chagas. Aí ela também fica doente.
3º.) Uma outra maneira de ficar chagásico é se a mãe tiver a doença de Chagas ela pode passar para o nenê ainda dentro da barriga. O germe pode passar também pelo leite materno. A chance deste jeito acontecer é bem pequena.
Histórico, características e transmissão da doença
Carlos Chagas
A doença de Chagas foi identificada pela primeira vez em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas. Essa doença, também conhecida como tripanossomíase americana, é causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, que é transmitido a animais e humanos por um inseto vetor (Triatoma infestans).
A infecção humana geralmente ocorre de duas maneiras: os parasitas nas fezes dos insetos entram no corpo por ingestão ou através da pele, ou os parasitas são passados de uma corrente sanguínea infectada para uma corrente sanguínea não infectada. Em áreas endêmicas, o contato com um inseto vetor é a fonte da maioria das infecções.
Quando insetos sugadores de sangue se alimentam de animais infectados, eles se infectam com os parasitas. Esses insetos então mordem outro animal ou humano e deixam para trás as fezes.
Essas fezes geralmente são esfregadas na ferida da mordida aberta ou nas membranas mucosas, como as encontradas nos olhos ou na boca, quando o animal ou o humano coça a área.
O parasita entra na corrente sanguínea do hospedeiro e infecta as células do tecido.
A transmissão também pode ocorrer quando o sangue de uma pessoa infectada é introduzido em uma pessoa não infectada. Tais infecções podem ocorrer durante transfusões de sangue, entre mães e bebês, durante transplantes de órgãos e por exposição a sangue em laboratórios.
A doença de Chagas é caracterizada por fases agudas e crônicas, ambas as quais podem ser assintomáticas. Embora a fase aguda tenda a ser assintomática, algumas pessoas apresentam febre, fadiga, dores no corpo, dores de cabeça, erupções cutâneas, diarreia, vômitos e perda de apetite durante essa fase. O inchaço também pode ocorrer em áreas onde o parasita entrou no corpo. O inchaço mais comum é conhecido como sinal de Romana – um inchaço da pálpebra no lado do rosto mais próximo do local de entrada do parasita. Os sintomas geralmente desaparecem, embora a infecção persista se não for tratada.
A fase crônica geralmente ocorre muitos anos após a infecção, embora algumas pessoas nunca desenvolvam essa fase crônica da doença. Os problemas crônicos mais comuns são cardíacos, incluindo coração aumentado, insuficiência cardíaca, frequência cardíaca alterada ou parada cardíaca; e efeitos intestinais, como aumento do esôfago ou cólon, que causa problemas para comer ou defecar.
Doença de Chagas – Sintomas
Na fase aguda, ocorre febre moderada, hepatomegalia discreta (grande fígado), inflamação dos gânglios linfáticos, miocardia aguda, meningoencefalite (dores na meninges), etc. É comum a diminuição dos sintomas.
As crianças apresentam uma maior taxa de letalidade variando de 2% a 7%.
Na fase crônica, ocorre o comprometimento do coração e do sistema digestivo. A duração depende de vários fatores, desde idade e estado nutricional do paciente até os intrínsecos dos parasitas.
Os sintomas mais importantes são a cadiomegalia (coração grande), o megaesôfago (esôfago grande) e o megacólon (cólon grande).
Doença de Chagas – Tratamento e Prevenção
Doença de Chagas
A doença de Chagas pode ser efetivamente tratada com medicação durante os estágios agudos da infecção. Os medicamentos mais usados para tratar a doença de Chagas são o benzonidazol e o nifurtimox.
Estes são medicamentos antiparasitários destinados a matar o parasita. No entanto, eles são tóxicos e devem ser tomados sob supervisão médica, pois podem causar efeitos colaterais adversos.
A quimioterapia também pode ser usada na tentativa de remover o parasita, embora esse tratamento não seja 100% eficaz.
O tratamento nas fases crônicas da doença de Chagas concentra-se no controle dos efeitos da doença, como complicações cardíacas e intestinais. Isso pode incluir a inserção de um marcapasso, para controlar o ritmo cardíaco e prevenir a insuficiência cardíaca crônica; ou cirurgia em órgãos aumentados, como esôfago ou cólon. Às vezes, os transplantes de órgãos também são realizados para substituir órgãos danificados.
Como não há vacina ou medicamento disponível para prevenir a infecção, os esforços de prevenção se concentram na prevenção da transmissão do parasita. Em termos de infecção transmitida por vetores, evitar áreas rurais nas quais a doença provavelmente existe ou tratar casas, roupas e corpos com repelentes de insetos pode impedir o contato com um vetor.
Alimentos contaminados com fezes também podem transportar o parasita. Portanto, o manuseio e preparação cuidadosos dos alimentos, além de saber se os insetos estiveram próximos aos alimentos, podem prevenir a infecção.
A transmissão sanguínea da doença de Chagas também pode ocorrer. Portanto, procedimentos médicos, como transfusões de sangue e transplantes de órgãos, exigem triagem rigorosa para evitar a transmissão do parasita. Além disso, as mães infectadas com a doença de Chagas podem potencialmente passar o parasita para seus bebês durante a amamentação, se a pele ao redor do mamilo estiver rompida. Evitar a amamentação quando os mamilos estão com a pele rompida pode prevenir a infecção.
Doença de Chagas – Tratamento
Específico: Tratamento medicamentoso indicado pelo médico para a fase aguda; para a fase crônica a maioria dos medicamentos mostrou-se ineficaz, ocorrendo recidivas espontâneas das alterações clínicas
Sintomático: Conforme os sintomas e intercorrências apresentadas para a fase crônica.
Doença de Chagas – Transmissão
Barbeiro
Pela fezes do barbeiro. Depois que pica e suga o sangue humano, o barbeiro contamina o local da picada com suas dejeções, as fezes contaminadas pelos protozoários penetram no organismo pelo local da picada, principalmente quando o indivíduo coça o local por causa da irritação, ocasionando uma porta de entrada para o protozoário. A porta de entrada pode ser a pele ou os parasitas podem penetrar pela conjuntiva do olho caso a pessoa coce o olho com os dedos contaminados pelas fezes do barbeiro
Por transfusão de sangue caso o banco de sangue não faça os testes exigidos por lei
A transmissão pode ser também congênita, caso a mãe esteja infectada, ela pode transmitir a doença para criança ou pelo sangue durante a gravidez ou pelo leite materno após a gravidez.
Doença de Chagas – Profilaxia
Nas regiões endêmicas, a primeira medida de combate à tripanossomíase americana seria a aplicação de inseticidas nos buracos e frestas das casas, onde se abrigam os vetores. No entanto, a solução definitiva seria a construção de habitações decentes, higiênicas. Outra medida profilática importante é o combate aos reservatórios naturais (animais nos quais são encontrados os protozoários parasitas) e precaução com as doações de sangue.
Miocardite crônica, evolutiva e fibrosante
Cardiomegalia grave (aumento do coração)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Megacólon
Megaesôfago
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
Meningoencefalite (recém-nascidos e crianças pequenas)
Embora as pesquisas estejam avançadas, não há tratamento eficaz.
Todo medicamento só deve ser consumido mediante a prescrição médica!
Doença de Chagas – Complicações
Miocardite crônica, evolutiva e fibrosante
Cardiomegalia grave (aumento do coração)
Acidente Vascular Encefálico (AVE)
Megacólon
Megaesôfago
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC)
Meningoencefalite (recém-nascidos e crianças pequenas).
Fonte: www.freewebs.com/www.dac.uem.br/www.encyclopedia.com/www.tropaseniorcarcara.hpg.com.br/cursoaeon.com.br