Calmantes e Sedativos

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Calmantes e Sedativos Calmantes e Sedativos

CALMANTES E SEDATIVOS (Os Barbitúricos)

O que são?

Sedativo é o nome que se dá aos medicamentos capazes de diminuir a atividade de nosso cérebro, principalmente quando ele está num estado de excitação acima do normal. O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante. Quando um sedativo é capaz de diminuir a dor ele recebe o nome de analgésico.

Já quando o sedativo é capaz de afastar a insônia, produzindo o sono, ele é chamado de hipnótico ou sonífero.

E quando um calmante tem o poder de atuar mais sobre estados exagerados de ansiedade, ele é denominado de ansiolítico . Finalmente, existem algumas destas drogas que são capazes de acalmar o cérebro hiperexcitado dos epilépticos. São as drogas antiepilépticas, capazes de prevenir as convulsões destes doentes.

Aqui abordaremos um grupo de drogas, tipo sedativos-hipnóticos, que são chamados de barbitúricos.

Quais são seus efeitos?

Os barbitúricos são capazes de deprimir várias áreas do nosso cérebro; como conseqüência as pessoas podem ficar mais sonolentas, sentindo-se menos tensas, com uma sensação de calma e de relaxamento.

As capacidades de raciocínio e de concentração ficam também afetadas.

Com doses um pouco maiores do que as recomendadas pelos médicos, a pessoa começa a sentir-se como que embriagada (sensação mais ou menos semelhante a de tomar bebidas alcoólicas em excesso): a fala fica “pastosa”, a pessoa pode sentir dificuldade de andar direito. Quem usa estes barbitúricos tem a atenção e suas faculdades psicomotoras prejudicadas; assim sendo, fica perigoso operar máquina, dirigir automóvel, etc.

Efeitos Tóxicos

Os barbitúricos são drogas perigosas porque a dose que começa a intoxicar as pessoas está próxima da que produz os efeitos terapêuticos desejáveis. Com estas doses tóxicas começam a surgir sinais de incoordenação motora, um estado de inconsciência começa a tomar conta da pessoa, ela passa a ter dificuldade para se movimentar, o sono fica muito pesado e por fim é possível se chegar a um estado de coma. A pessoa não responde a nada, a pressão do sangue fica muito baixa e a respiração é tão lenta que pode parar. A morte ocorre exatamente por parada respiratória.

Há evidências de que os barbitúricos levam as pessoas a um estado de dependência; com o tempo a dose tem também que ser aumentada, ou seja, há o desenvolvimento de tolerância. Estes fenômenos se desenvolvem com maior rapidez quando doses iniciais grandes são usadas desde o início. Quando a pessoa está dependente dos barbitúricos e deixa de tomá-los, passa a ter a síndrome de abstinência (sintomas desagradáveis com a retirada da medicação). Esta vai desde insônia, irritação, agressividade, delírios, ansiedade, angústia, até convulsões generalizadas. A síndrome de abstinência requer obrigatoriamente tratamento médico e hospitalização, pois há perigo da pessoa vir a falecer.

Saiba um pouco mais …

Estas drogas foram descobertas no começo do século XX e diz a história que o químico europeu que fez a síntese de uma delas pela primeira vez (grande descoberta) foi comemorar em um bar.

E lá, encantou-se com a garçonete, linda moça que se chamava Bárbara. Num acesso de entusiasmo, o cientista resolveu dar ao composto o nome de barbitúrico. Os barbitúricos eram usados de forma irresponsável no Brasil. Vários remédios para dor de cabeça, além da aspirina, continham barbitúricos em suas fórmulas.

O uso abusivo que se registrou no Brasil de medicamentos como o Optalidon e o Fiorinal, levaram os laboratórios farmacêuticos a modificarem as fórmulas destes medicamentos, retirando os barbitúricos.

A lei brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas só sejam vendidos nas farmácias com a receita do médico, para posterior controle pela autoridades sanitárias.

TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS (Os Benzodiazepínicos)

O que são?

Existem medicamentos que têm a propriedade de atuar quase que exclusivamente sobre a ansiedade e tensão. Estas drogas foram chamadas de tranqüilizantes, por tranqüilizar a pessoa estressada, tensa e ansiosa. Atualmente, prefere-se designar estes tipos de medicamentos pelo nome de ansiolíticos, ou seja, que “destroem” (lise) a ansiedade.

De fato, este é o principal efeito terapêutico destes medicamentos: diminuir ou abolir a ansiedade das pessoas, sem afetar em demasia as funções psíquicas e motoras.

Antigamente o principal agente ansiolítico era uma droga chamada meprobamato que praticamente desapareceu das farmácias com a descoberta de um importante grupo de substâncias: os benzodiazepínicos.

De fato estes medicamentos estão entre os mais utilizados no mundo todo, inclusive no Brasil. Há mais de 100 remédios no nosso país à base destes benzodiazepínicos. Estes têm nomes químicos que terminam geralmente pelo sufixo pam.

Exemplos: diazepam, bromazepam, clobazam, clorazepam, estazolam, flurazepam, flunitrazepam, lorazepam, nitrazepam, etc.

A única exceção é a substância chamada clordizepóxido que também é um benzodiazepínico.

Estas substâncias são comercializadas pelos laboratórios farmacêuticos com diferentes nomes de “fantasia”, existindo assim dezenas de remédios com nomes diferentes: Noan, Valium, Aniolax, Calmociteno, Dienpax, Psicosedin, Frontal, Frisium, Kiatrium, Lexotan, Lorax, Urbanil, Somalium, etc.

Quais são seus efeitos?

Todos os benzodiazepínicos são capazes de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem estados de tensão e ansiedade. Assim, quando, devido às tensões, determinadas áreas do nosso cérebro funcionam exageradamente resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, isto é, inibem os mecanismos que estavam hiperfuncionantes e a pessoa fica mais tranqüila como que desligada do meio ambiente e dos estímulos externos.

Como conseqüência desta ação os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se caracteriza por:

1) diminuição da ansiedade 2) indução de sono 3) relaxamento muscular4) redução do estado de alerta.

O álcool potencializa a ação dos ansiolíticos, sendo que a mistura composta por álcool e ansiolíticos pode levar a pessoa ao estado de coma. Os ansiolíticos dificultam os processos de aprendizagem e memória, o que é, evidentemente, bastante prejudicial para as pessoas que habitualmente utilizam-se destas drogas.

Estas substâncias também prejudicam em parte nossas funções psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis, aumentando a probabilidade de acidentes.

Efeitos Tóxicos

Do ponto de vista orgânico ou físico os benzodiazepínicos são drogas bastante seguras, pois são necessárias grandes doses (20 a 40 vezes mais altas que as habituais) para trazer efeitos mais graves: a pessoa fica com hipotonia muscular (“mole”), dificuldade grande para ficar de pé e andar, a pressão do sangue cai bastante podendo até desmaiar.

Mas mesmo assim a pessoa dificilmente chega a entrar em coma e a morrer. Entretanto, a situação muda muito de figura se a pessoa, além de ter tomado o benzodiazepínico, também ingeriu bebida alcoólica. Nestes casos a intoxicação torna-se séria, pois há grande diminuição da atividade do cérebro podendo levar ao estado de coma.

Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos refere-se ao uso por mulheres grávidas. Suspeita-se que estas drogas tenham um poder teratogênico razoável, isto é, que possam produzir lesões ou defeitos físicos na criança por nascer. Os benzodiazepínicos quando usados por alguns meses seguidos podem levar as pessoas a um estado de dependência. Como conseqüência, sem a droga o dependente passa a sentir muita irritabilidade, insônia excessiva, sudoração, dor pelo corpo todo podendo, nos casos extremos, apresentar convulsões. Há também desenvolvimento de tolerância, embora esta não seja muito acentuada.

Saiba um pouco mais …

Até recentemente era comum os médicos chamados de obesologistas, que tratam das pessoas obesas para emagrecerem, colocarem nas receitas estes benzodiazepínicos para tirar o “nervoso” produzido pelas drogas que tiram o apetite ( anfetaminas ). Atualmente a legislação não permite essa mistura.

Há um verdadeiro abuso por parte dos laboratórios nas indicações destes medicamentos para todos os tipos de ansiedades, mesmo aquelas que são normais, isto é, causadas pelas tensões da vida cotidiana. Os benzodiazepínicos são controlados pelo Ministério da Saúde, isto é, a farmácia só pode vendê-los mediante receita médica, que fica retida para posterior controle.

Fonte: www.pclq.usp.br

Calmantes e Sedativos

Sedativo é o nome que se dá aos medicamentos capazes de diminuir a atividade do cérebro, principalmente quando este fica em estado de excitação acima do normal.

O termo sedativo é sinônimo de calmante ou sedante.

Quando um sedativo é capaz de diminuir a dor, recebe o nome de analgésico. Já quando o sedativo é capaz de afastar a insônia, produzindo o sono, é chamado de hipnótico ou sonífero. E quando um calmante tem o poder de atuar mais sobre estados exagerados de ansiedade, é denominado de ansiolítico.

Finalmente, existem algumas dessas drogas capazes de acalmar o cérebro hiperexcitado dos epilépticos. São as drogas antiepilépticas, capazes de prevenir as convulsões.

As principais substâncias calmantes pertencem ao grupo dos barbitúricos. Mas existem também outras substâncias como os brometos e plantas como a valeriana e o maracujá. Os barbitúricos eram largamente utilizados como drogas sedativas até meados deste século, quando foram sendo gradualmente substituídos pelos benzodiazepínicos. Atualmente, são pouco utilizados como sedativos propriamente ditos.

São tomados via oral, quando apresentado na forma de comprimidos, cápsulas ou xaropes, ou ainda são usados por injeção intramuscular ou intravenosa, quando apresentados em forma de ampolas. As formas injetáveis são de uso restrito hospitalar.

Histórico

Os barbitúricos foram descobertos em 1864 pelo pesquisador belga Adolf von Baeyer. Aparentemente o químico europeu batizou a substância em homenagem a Sta. Bárbara. Há outra versão desta história relatando que após a descoberta o pesquisador foi comemorar em um bar e, lá se encantou com uma garçonete, linda moça que se chamava Bárbara. Em um acesso de entusiasmo, o cientista resolveu dar ao composto recém-descoberto o nome de barbitúrico.

Em 1903 é lançado o primeiro medicamento barbitúrico com o nome comercial de Veronal. Esta síntese foi realizada pelos cientistas alemães Emil Hermann Fischer e Joseph von Mering.

Em 1912 é lançado o fenobarbital com o nome comercial de Luminal, como sedativo-hipnótico.

No Brasil

Os barbitúricos eram usados de maneira até irresponsável no Brasil. Vários medicamentos para dor de cabeça, além da aspirina, continham também um barbitúrico qualquer. Assim, os antigos como Cibalena®, Veramon®, Optalidom®, Fiorinal® etc. tinham o butabarbital ou secobarbital (dois tipos de barbitúricos) em suas fórmulas.

O uso abusivo que se registrou – muita gente usando grandes quantidades, repetidamente – de medicamentos, como o Optalidon® e o Fiorinal®, levou os laboratórios farmacêuticos a modificarem suas fórmulas, retirando os barbitúricos de sua composição.

Hoje em dia existem apenas alguns produtos, usados como sedativos-hipnóticos, que ainda apresentam o barbitúrico butabarbital. Por outro lado, o fenobarbital é bastante usado no Brasil (e no mundo), pois é um ótimo remédio para os epilépticos. Finalmente, um outro barbitúrico, o tiopental, é usado por via endovenosa, por anestesistas, em cirurgias.

A legislação brasileira exige que todos os medicamentos que contenham barbitúricos em suas fórmulas sejam vendidos nas farmácias somente com a receita do médico, para posterior controle pelas autoridades sanitárias.

Mecanismo de ação

O mecanismo de ação dos barbitúricos é semelhante ao dos Benzodiazepínicos, atuam aumentando a atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico – GABA, que induz a inibição do Sistema Nervoso Central (SNC), causando a sedação.

Possuem, portanto, ação depressora do SNC, levando a diminuição do metabolismo cerebral, do consumo de oxigênio, do fluxo sanguíneo cerebral, com conseqüente diminuição da pressão intracraniana, efeito benéfico em determinadas situações clínicas.

Os barbitúricos são metabolizados no fígado, promovendo a indução enzimática, levando a tolerância e interferindo com a ação de outras drogas que dependem do sistema microssomal para a sua metabolização.

Efeitos no organismo

Os barbitúricos são capazes de deprimir várias áreas do cérebro; como conseqüência, as pessoas podem ficar mais sonolentas, sentindo-se menos tensas, com sensação de calma e relaxamento. As capacidades de raciocínio e de concentração ficam também afetadas.

Com doses um pouco maiores que as recomendadas pelos médicos, a pessoa começa a sentir-se como que embriagada (sensação mais ou menos semelhante à de tomar bebidas alcoólicas em excesso), a fala fica “pastosa” e a pessoa pode sentir-se com dificuldade de andar direito.

Consequências Negativas

Essas substâncias são perigosas porque a dose que começa a intoxicar está próxima da que produz os efeitos terapêuticos desejáveis. Com essas doses tóxicas, começam a surgir sinais de incoordenação motora, um estado de inconsciência começa a tomar conta da pessoa, ela passa a ter dificuldade para se movimentar, o sono fica muito pesado e, por fim, pode entrar em estado de coma. A pessoa não responde a nada, a pressão do sangue fica muito baixa e a respiração é tão lenta que pode parar. A morte ocorre exatamente por parada respiratória.

É muito importante saber que esses efeitos tóxicos ficam muito mais intensos se ela ingerir álcool ou outras drogas sedativas. Às vezes, intoxicação séria pode ocorrer por esse motivo.

Uso na gravidez

Outro aspecto importante quanto aos efeitos tóxicos refere-se ao uso dessas substâncias por mulheres grávidas. Essas drogas têm potencial teratogênico (capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez), além de provocarem sinais de abstinência (como dificuldades respiratórias, irritabilidade, distúrbios do sono e dificuldade de alimentação) em recém-nascidos de mães que fizeram uso durante a gravidez.

Dependência e tolerância

Existem muitas evidências de que os barbitúricos levam as pessoas a um estado de dependência; com o tempo, a dose tem também de ser aumentada, ou seja, há desenvolvimento de tolerância. Esses fenômenos se desenvolvem com maior rapidez quando doses grandes são usadas desde o início.

Quando a pessoa está dependente dos barbitúricos e deixa de tomá-los, passa a ter a síndrome de abstinência, cujos sintomas vão desde insônia rebelde, irritação, agressividade, delírios, ansiedade, angústia, até convulsões generalizadas. A síndrome de abstinência requer obrigatoriamente tratamento médico e hospitalização, pois há risco de a pessoa vir a falecer.

Consumo no Brasil

Segundo o II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil – estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país, realizado em 2005 pela Secretaria Nacional Antidrogas em parceria com o Cebrid/Unifesp e que envolveu 7.939 pessoas, entre 12 e 65 anos – revelou que a estimativa de uso sem receita médica de Barbitúricos é de menos de 1%, sendo citados produtos, tais como: Gardenal®, Pentotal® e Comital®.

Fonte: www.obid.senad.gov.br

Calmantes e Sedativos

O QUE SÃO OS … CALMANTES?

São drogas ou medicamentos que deprimem o sistema nervoso central, causando desde sonolência até inconsciência. São mais conhecidos por diminuírem o nervosismo (ansiedade) e provocar sono. Neste grupo estão os benzodiazepínicos (p.ex.: diazepam), os barbitúricos e até o álcool.

PARA QUE SÃO USADOS?

Os principais efeitos são diminuição da ansiedade e da agitação e aumento do sono. Os benzodiazepínicos têm efeito calmante (ansiolítico e sedativo), hipnótico (produz sono), relaxante muscular e anticonvulsivante. São mais receitados em casos de ansiedade extrema ou falta de sono patológica (insônia). Fenobarbital, um barbitúrico, também é utilizado em alguns tipos de epilepsia.

QUAIS SÃO OS EFEITOS INDESEJADOS (COLATERAIS)?

Os benzodiazepínicos provocam sonolência e diminuem a coordenação motora e dificultam movimentos finos. Por isso, aumentam os riscos de acidentes.

Também diminuem a memória e aumentam o apetite. Misturar com bebidas alcoólicas, ou seja, usar ao mesmo tempo, aumenta o risco de acidentes de trânsito.

Doses muito altas ou a mistura com bebidas alcoólicas podem levar à intoxicação severa, com inconsciência e morte.

EXISTE ALGUM CALAMANTE QUE TORNA A PESSOA DEPENDENTE?

O uso prolongado (por mais de um mês) de qualquer calmante, pode ocasionar dependência. Existem pessoas que têm maior risco de se tornarem dependentes, como os alcoolistas e as crianças. Por isso, a utilização destes remédios deve ser sempre indicada e acompanhada por um médico e deve durar, no máximo, poucas semanas.

O QUE OCORRE QUANDO UMA PESSOA PÁRA DE USAR O REMÉDIO DEPOIS DE USÁ-LO POR MUITO TEMPO?

Ocorre síndrome de abstinência ( sintomas de retirada de droga) que pode ser leve ou bastante severa. O indivíduo pode sentir-se muito ansioso, agitado, e sem conseguir dormir (insônia). Pode ter tremores, tonturas, dores de cabeça e cãimbras. Sente náuseas, podendo vomitar, e pode apresentar diarréia. Um sintoma muito grave é a convulsão (ataques). Os sintomas podem durar de 5 a 20 dias, sendo que a ansiedade pode durar muito mais.

Não é aconselhável que o dependente pare bruscamente de usar estes calmantes. E preciso procurar um local para tratamento.

EXISTE ALGUM CALMANTE QUE É USADO NA GRAVIDEZ? QUAIS OS PROBLEMAS QUE PODEM CAUSAR TANTO NA MÃE QUANTO NA CRIANÇA?

Não existe nenhum calmante que possa ser utilizado na gravidez. Se isso for feito, a criança sofre risco de ter problemas ao nascer. Por exemplo, nascer com malformações, com depressão do sistema nervoso (fica muito sonolento, mamando pouco, com musculatura flácida, corpo amolecido) ou com sinais de dependência ao medicamento usado pela mãe.

O MÉDICO ME RECEITOU UM CALMANTE. DEVO USAR? POR QUANTO TEMPO? CORRO RISCO DE ME TORNAR DEPENDENTE?

Receitar calmantes tem indicação precisa e as recomendações de seu médico de confiança devem ser seguidas. Estes remédios não devem ser usados por mais de um mês. Seguindo as instruções do médico e usando a medicação por menos do que este período não há risco de dependência. A chance de dependência aumenta com o tempo de uso e da dose de medicação.

CUIDADOS NECESSÁRIOS NO USO DE CALMANTES E HIPNÓTICOS

Estas drogas podem produzir dependência, se usadas em grande quantidade e por muito tempo. Por isto, só podem ser vendidas quando apresenta uma receita médica (tipo azul). Não use os remédios indicados para os vizinhos, parentes ou amigos. Não dê o remédio que foi receitado para você aos seus vizinhos, parentes ou amigos. Siga corretamente as instruções de seu médico. Caso você tenha compreendido bem as instruções do médico, pergunte tantas vezes quantas forem necessárias para que você possa usar o remédio corretamente. Não use remédios vencidos. Não acumule muita quantidade de remédios em casa. Não troque as embalagens dos medicamentos. Manter longe do alcance das crianças ou de pessoas com doenças psiquiátricas. Se o remédio for tomado em dose alta, por acidente, ou por alguém que não deveria tomar, dirija-se imediatamente ao serviço de urgência e leve o nome do remédio.

Fonte: psicoativas.ufcspa.edu.br

Calmantes e Sedativos

Tranquilizantes, Ansiolíticos, Hipnóticos, Benzodiazepínicos

Também conhecidos como “Tarja Preta”

Não pense “que azar que eu preciso tomar um remédio”. Pense “que bom que existe um remédio para melhorar minha vida”.

São usados para estados de ansiedade, agitação, stress, insônia, TPM, Epilepsia, irritabilidade, somatizações, úlceras, gastrites, colites, doenças do coração, como potencializadores de anestésicos e de analgésicos, Síndrome do Pânico, Depressão, etc.

Você já deve ter notado que quase todos acabam com “zepam”. Isso é porque quase todos são derivados do Valium (Diazepam). Este é o grupo dos Benzodiazepínicos (BZD). O fato de serem derivados da mesma substância porém, não quer dizer que todos tenham o mesmo efeito.

Alguns provocam mais relaxamento muscular, outros mais relaxamento psíquico. Alguns provocam mais sono, quase todos tem ação antiepiléptica.

As pessoas se preocupam com razão em desenvolver dependência. Realmente, os Tranqüilizantes podem produzir dependência, mas depois de muito tempo de uso. Não é como cigarro, que você começa a fumar e nunca mais para.

Portanto, as doses que seu médico prescrever, pelo prazo que ele mandar você tomar, não vão transformar você num dependente.

Pense nisso:

Uma pessoa está sobrecarregada por problemas: sua casa está em reforma, seu novo chefe está exigindo demais, seus filhos precisam de ajuda nas lições.

O que é mais sensato ?

Que essa pessoa tome um tranqüilizante e durma bem à noite de modo que tenha energia e paz de espírito para administrar tantos problemas ou que passe noites em claro pensando nos problemas, perca a concentração, passe o dia irritada, ou ainda que tenha uma úlcera ou um infarto ?

Se uma pessoa abusar um Tranqüilizante, ela terá o efeito oposto ao desejado:

Dependência física e psíquica. Tolerância. Desinteresse sexual Depressão. Má qualidade do sono. Cansaço e falta de energia durante o dia. Déficit de memória recente e concentração.

Exemplos (ordem alfabética do nome químico):

Nome Comercial Nome Químico
Apraz, Frontal Alprazolam
Lexotan, Brozepax,Somalium Bromazepan
Frisium Clobazam
Rivotril Clonazepam
Psicosedin, Librium Clordiazepóxido
Olcadil Cloxazolam
Valium, Diazepam, Dienpax Diazepam
Dalmadorm Flurazepam
Rohypnol Funitrazepam
Lorax Lorazepam
Dormonid Midazolam
Imovane, Neurolil Zopiclone
Lioram, Stilnox Zolpidem

Fonte: www.mentalhelp.com

Calmantes e Sedativos

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Sedativos e Hipnóticos não Barbitúricos

Incluem-se nesse grupo agentes, que em certos casos, substituíram os barbitúricos, ou que apesar de terem uso restrito ainda são utilizados na medicina atual.

Esses compostos foram introduzidos devido à necessidade de sedativos e hipnóticos “não barbitúricos”. No entanto, tornaram-se drogas de significante uso abusivo.

As drogas que podem ser assim classificadas são: benzodiazepínicos, paraldeídos e brometos.

Benzodiazepínicos

1. Alguns Exemplos de Benzodiazepínicos disponíveis:

Nome genérico Nome comercial
Clordiazepóxido Librium
Diazepam Valium
Clonazepam Rivotril
Lorazepam Lorax

2. O que os benzodiazepínicos fazem no organismo?

As drogas desse grupo promovem a ligação do ácido (a-aminobutírico (GABA), principal neurotransmissor inibidor, à receptores na membrana dos neurônios.

Com isso permitem um aumento de correntes iônicas através dos canais de cloreto, inibindo a atividade neuronal.Os benzodiazepínicos tem um efeito sedativo-hipnótico dependo da dose utilizada.

Como o aumento progressivo da dose os efeitos são: sono, inconsciência, anestesia cirúrgica, coma e por fim a depressão fatal da regulação respiratória e cardio-vascular. O coma só ocorre em doses muito elevadas, e a ocorrência de depressão respiratória fatal é muito difícil. Ainda em doses terapêuticas os benzodiazepínicos têm a capacidade de dilatar os vasos coronarianos, já em doses altas pode também bloquear a transmissão neuromuscular.

3. Efeitos indesejados dos benzodiazepínicos

Os efeitos indesejados que ocorrem mesmo com o uso de doses terapêuticas são: graus variados de tonteira, lassitude, tempo de reação aumentado, falta de coordenação motora, comprometimento das funções mental e motora, confusão, amnésia anterógrada, e alterações nos padrões de sono.

Outros efeitos colaterais que podem ocorrer são: fraqueza, cefaléia, turvação visual, vertigem, náuseas e vômitos, desconforto epigástrico e diarréia, dores articulares, torácica e incontinência urinária.

4. Tolerância e Dependência aos benzodiazepínicos

A tolerância ocorre de modo diferente para os vários efeitos. A ação ansiolítica parece não sofrer tolerância, mas isto ocorre rapidamente para as ações sedativas ou hipnóticas. Essa tolerância parece ser tanto funcional como metabólica. O desenvolvimento da dependência ocorre devido ao uso crônico de benzodiazepínicos e sua magnitude é dependente da dose utilizada.

A síndrome de abstinência caracteriza-se por: insônia, ansiedade e alucinações.

5. Benzodiazepínicos e a Gravidez

A mulher grávida ou que planeja engravidar deve saber que os benzodiazepínicos podem afetar o bebê. O uso desses medicamentos durante a gravidez podem fazer com que o recém-nascido apresente sinais de abstinência. Os benzodiazepínicos também podem ser passados através do leite materno, por isso seu uso na gravidez deve ser cuidadoso. O uso de benzodiazepínicos só deve ser suspendido sob orientação médica.

Paraldeído

O paraldeído é um líquido incolor, com forte odor e gosto desagradável. Após a ingestão, o paraldeído é um hipnótico eficaz e de ação rápida. Devido à sua ação anticonvulsivante e de limitar a excitação motora, ele pode ser utilizado em convulsões do estado epiléptico, do tétano, e na abstinência de usuários crônicos de álcool e barbitúricos.

O abuso de paraldeído é raro, devido ao seu gosto e odor.

A superdosagem caracteriza-se por: depressão grave do sistema nervoso central, respiração rápida e difícil, acidose, gastrite hemorrágica, hepatite tóxica, nefrose e edema pulmonar. A síndrome de abstinência lembra a do alcoolismo, incluindo “delirium tremens” e alucinação.

Brometos

O uso de brometos como sedativo não é mais justificável, devida a existência de outras drogas e a possível intoxicação que podem causar.

Os sinais de intoxicação são: vermelhidão na pele (“rash” cutâneo), depressão do sistema nervoso central, delírio ou alucinações, e sinal de Babinski presente.

Como a excreção do íon brometo é feita pelo rim, alguns diuréticos e sais podem aumentar sua excreção.

Fonte: www.universitario.com.br

Calmantes e Sedativos

CALMANTES SEDATIVOS, SINTÉTICOS E LÍCITOS

Calmantes e Sedativos Calmantes e Sedativos

Os calmantes são substâncias lícitas de indicação médica.

Há duas classes principais:

Barbitúricos Benzodiazepínicos (BDZ).

Os primeiros são utilizados como anestésicos e para o tratamento (fenobarbital).

Já os segundos são utlizados ansiedade e episódios de insônia.

Os BDZ são comuns em nosso meio e por isso esta seção será totalmente dedicada a eles.

As pessoas começam a tomá-los por indicação médica ou por intermédio de alguém da família ou amigos que os utilizam. O uso indevido destes medicamentos atinge especialmente as mulheres em idade escolar, período em que sintomas depressivos e ansiosos aparecem com mais freqüência.

Os calmantes os aliviam inicialmente, mas o estabelecimento da dependência, os fazem ressurgir com mais intensidade do que antes, associados aos sintomas de desconforto da abstinência.

BDZ MAIS COMUNS

ALPRAZOLAM: Apraz, Frontal BROMAZEPAM: Lexotan CLORDIAZEPÓXIDO: Psicosedin CLONAZEPAM: Rivotril CLOXAZOLAM: Olcadil DIAZEPAM: Valium FLUNITRAZEPAM: Rohypnol FLURAZEPAM: Dalmadorm LORAZEPAM: Lorax MIDAZOLAM: Dormonid NITRAZEPAM: Sonebom

EFEITOS AGUDOS

A redução da ansiedade é o efeito procurado por aqueles que utilizam BDZ. No entanto, qualquer modo de consumo traz como efeitos colaterais algum prejuízo da atenção e da memória. Isso pode piorar o desempenho na escola e no trabalho, bem como expor os usuários a acidentes automobilísticos ou no manuseio de equipamentos.

O uso abusivo pode levar a intoxicações agudas, que vão da sonolência e incoordenação motora à confusão mental, coma e, raramente, parada respiratória.

DEPENDÊNCIA

Há dois de usuários de BDZ:

1] aqueles que os utilizam em doses terapêuticas, sem nenhum ou poucos prejuízos em suas funções; e 2] os que consomem calmantes em grandes quantidades e de maneira compulsiva. O primeiro grupo costuma apresentar sintomas de abstinência psíquicos, que podem resultar, por exemplo, na piora do rendimento escolar. Já o segundo, pode apresentar sintomas físicos e sérias complicações.

DANOS À SAÚDE

O consumo por muitos anos de BDZ pode causar danos à cognição, em especial à memória, algumas vezes de modo definitivo. Aqueles que o utilizam abusivamente estão ainda mais expostos. Além disso, boa parte dos usuários psiquiátricas (depressão e ansiedade).

Deste modo, é fundamental detectar os que fazem o uso indevido de BDZ e encaminhá-los para tratamento.

INTOXICAÇÃO AGUDA POR BENZODIAZEPÍNICOS

Sedação Marcha instável Tonturas Visão embaçada Fala pastosa Piora da atenção Fadiga Hipotensão Insuficiência respiratória Coma

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA POR BENZODIAZEPÍNICOS

SINTOMAS PSÍQUICOS

Insônia Desconcentração Prejuízo da memória Mal-estar psíquico Irritabilidade Inquietação / Agitação

SINTOMAS FÍSICOS

Tremores Suor excessivo Palpitações Náuseas / Vômitos Sintomas gripais Dores de cabeça Dores musculares

COMPLICAÇÕES

Convulsões Desorientação no tempo e no espaço Alucinações

Fonte: www.uniad.org.br

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