Pontuação

Pontuação – Sinais

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O emprego adequado dos sinais de pontuação é de fundamental importância para o sentido de uma frase.

Particularmente o emprego da vírgula requer cuidados especiais, devido à sua multiplicidade de aplicações e efeitos.

I – VÍRGULA: assinala uma pequena pausa.

1 – Usa-se entre os termos da oração:

a – Separando elementos de mesma função sintática, normalmente assindéticos:

Os livros, os cadernos, os lápis e as borrachas estão sobre a mesa.

Se a conjunção e se repete, a vírgula também deve ser repetida:

Comprou sapatos, e bolsa, e meias.

b – Assinalando a supressão do verbo:

No céu, as estrelas.

c – Separando adjuntos adverbiais antecipados, isto é,  colocados antes do verbo:

Neste momento, o pelotão se pôs em fuga.

d – Separando o aposto explicativo:

Jorge Amado, autor de Jubiabá, é um excelente romancista.

e – Separando o vocativo: Não toque nesses doces, menina!

f – Separando datas de localidades: São Paulo, 24 de setembro de 2009.

g – Separando expressões de caráter explicativo como: por exemplo, ou seja, isto é, etc.

h – Separando uma conjunção colocada no meio da oração:

Ela virá. Não se sabe, contudo, quando.

i – Separando objetos pleonásticos: O relógio, guardo-o no bolso do colete.

2 – Usa-se entre orações:  

a –  Separando as orações coordenadas assindéticas:  Pare, olhe, siga.

b – Separando as orações coordenadas sindéticas, exceto as ligadas pela conjunção e: Vá, mas volte sempre.

c – Separando as orações coordenadas sindéticas, ligadas pela conjunção e, de sujeitos diferentes: Ele foi ao Japão, e ela à Itália.

d – Separando as orações adverbiais; principalmente quando antepostas à oração principal: Quando saístes, ela chegou.

e – Separando orações adjetivas explicativas:  O homem, que é mortal, retorna ao pó.

f –  Separando as orações reduzidas adverbiais, adjetivas explicativas e substantivas apositivas: Saciada a sede, contou-nos  a aventura.

g – Separando as orações intercaladas: Cério, afirmou Antônio, que este é um caso perdido.

3 – Não se usa vírgula:

a – Entre sujeito e predicado: Os pequenos irmãos de Zulmira destruíram meu jardim.

b – Entre verbo e seus complementos: Entreguei o presente ao aniversariante.

c – Entre o nome e seus adjuntos e complementos nominais: A minha maio necessidade é de que você me compreenda.

d – Entre a oração principal e a subordinada substantiva (que não seja apositiva): Todos querem que você se saia bem no teste.

II – PONTO: Assinala o final de uma frase, uma pausa um pouco mais demorada de voz, devendo os períodos seguintes permanecer  à mesma linha  de pensamento.

A menina abriu os olhos pasmada. Suavemente avisado,  o cachorro estacou diante dela. Sua língua vibrava. Ambos se olhavam. (Clarice Lispector)

III – Ponto-final: Assinala a passagem de um grupo de idéias a outro de natureza diversa:

        A monarquia se enterrava. Revogou-se, portanto, o exílio dos Braganças, trouxeram-me para cá  os ossos do velho monarca e de sua esposa. E recebeu-se e recebeu-se a visita do Rei Alberto, a quem ofereceram festas magníficas.

         As finanças do Brasil não iam mal, permitiam despesas de vulto. Iniciaram-se então as obras contra a seca do Nordeste, que logo foram interrompidas. ( Graciliano Ramos)

IV –  Ponto de interrogação:  Usa-se nas interrogações diretas:

Fazer o quê? O vazamento se dava entre o soalho e o forro, não havia acesso possível. Onde descobrir um bombeiro em Londres, num sábado à noite? ( Fernando Sabino)

V- Ponto de exclamação: Usa-se nos enunciados de entonação exclamativa, depois de interjeições, vocativos,  apóstrofes ou verbos no imperativo:

Que bela vitória!  / Ó jovens! Lutemos!  / Oh! Meus amores!

VI – Ponto e vírgula: Sinal intermediário entre vírgula e ponto. Observa-se a tendência, entre os escritores modernos, de usar o ponto onde normalmente se usava o ponto e vírgula.

É usado geralmente:

a – Separando orações coordenadas assindéticas  de maior extensão: Creio que todos chegarão cedo; o avião decolou no horário previsto.

b – Separando, numa série, elementos que já  estão anteriormente separados por vírgulas: Encontramos na reunião: José, o presidente; Pedro, o vice;  Carlos, o primeiro secretário;  Francisco, o tesoureiro; e outros convidados.

c – Separando  orações  ligadas pelas conjunções: por conseguinte, portanto, contudo, entretanto, consequentemente: Nós não conseguimos esperar; contudo, afirmava-se que eles não demorariam.

VII – Dois pontos: Empregam-se os dois pontos:

a – Antes de uma citação: Vejamos o que nos diz Gilberto Freire: “(….) a arquitetura doméstica no Brasil está em fase de transição patriarcal para sua adaptação a circunstâncias pós-patriarcais”.

b – Antes da enumeração de uma série de itens: A dupla articulação da linguagem caracteriza-se: a) pela combinação e b) pela comutação.

c – Entre duas afirmativas, quando a segunda explica ou esclarece a primeira: Todos sabiam: ele não seria eleito.

VIII – Reticências: Usam-se reticências para:

a – Marcar uma interrupção na frase. Indicando que foram suprimidas algumas palavras: Vou contar aos senhores (…) principiou Alexandre amarrando o cigarro de palha. (G. R.)

b – Exprimir dúvida: Meu irmão, tipo sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso.  Meio burguês, metido a sensato. Noivo…  (Manoel da Fonseca)

IX – Travessão:  Marca nos diálogos, a mudança de interlocutor:

Quais são os símbolos da Pátria?
Que pátria?
Da nossa pátria, ora bolas!  (Paulo Mendes Campos)

Serve para isolar palavras ou frases, destacando-as:

Mesmo com o tempo revoltoso – chovia parava, chovia, parava outra vez… – a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado mais alguma coisa. ( Mário Palmério)

X – Parênteses:  Empregam-se os parênteses:

a – Nas indicações bibliográficas: “Sede assim qualquer coisa serena, isenta, fiel.” (MEIRELES, Cecília. Flor de poemas. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1972, p. 109)

b – Nas indicações cênicas dos textos teatrais: Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta.) (G. Figueiredo)

c – Quando se intercala num texto uma idéia ou indicação acessória: (…) e a jovem (ela tem dezenove anos) e o jovem poderia mordê-lo, morrendo de fome. (Clarice Lispector)

d – Para isolar orações intercaladas:

Estou certo que eu (se lhe ponho
Minha mão na testa alçada)
Sou eu para ela. ( Manoel Bandeira)

XI – Aspas:  São empregadas:

a – Para marcar citações: Eu vejo todo mundo cantando assim na televisão: “Salve lindo pendão da esperança, salve símbolo augusto da paz…” (José Carlos de Oliveira)

b – Para assinalar palavras ou expressões que pertençam a um nível de linguagem diferente do empregado: gírias, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, etc.: “October sigh”: Toda ela resplandece e triunfa no sossego da casa (…) (José Cardoso Pires)

c – Para dar ênfase a determinada palavra ou expressão: Ivo tentava se convencer da impossibilidade de acreditar na “ Providência Divina” (…) (Octávio de Faria)

Pontuação – Sinais Gráficos

Também conhecidos como “Sinais Gráficos”, uma vez que acompanham a grafia, servem para pontuar as frases e orações, auxiliando na comunicação de modo a lhe atribuírem entonação e significado.

1 – Vírgula: Utilizado em diferentes casos, como:

a) Separação de enunciados

Ex.: Comprei: lápis, borracha, régua e caderno

b) Separar a expressão de chamamento; o vocativo {pessoa a quem se destina o pedido expresso}

Ex.: Joana, traga-me um café.
Não faça isso, meu filho.

c) Separa expressões explicativas, retificativa tipo: isto é, por exemplo, a saber, ou seja, como vê, aliás,

Ex.: Siga para o Sr. Jairo, isto é, o diretor.

d) Separar localidade da data.

Ex.: Belém, 23 de maio de 2000.

e) Separa nome da rua do número da casa.

Ex.: Rua da Orquídea, n° 61.

f) Separar todas as conjunções coordenativas {mas; porém; contudo; entretanto; no entanto; todavia; pois; por conseguinte; segundo; com exceção de [e] e [nem]}

Ex: Fui, mas não comprei nada.
Vimos a ti, todavia por obrigação.

g) Separar aposto {palavra que serve como apelido, alcunho do ser em questão}

Ex.: Ana, a baixinha, estava te procurando.

h) Separar orações adjetivas explicativas.

Ex.: Jaime que é o melhor aluno da 5ª série, está doente.

i) Separar elementos paralelos de um provérbio.

Ex: Tal pai, tal filho

j) Depois do {sim} e do {não} usados nas respostas.

Ex: Sim, irei ao baile.

2 – Ponto-e-vírgula:

Marca pausa menor que o ponto e maior que a vírgula.

Usados comumente em:

a) Separação de artigos de leis.

Ex.: Não matarás;
Não desobedecerás a pai e mãe;

b) Separar frases que denotem sentido oposto

Ex.: O remédio cura; o veneno mata.

c) Separar nomes de mesmo sentido, e independentes. [sinonímia]

Ex.: Preto: crioulo; negro; escuro; moreno; mestiço; africano

3 -Dois Pontos:

É usado antes de enumeração.
Ex:
Vi tudo: dança, suor e cerveja.

Antes de exemplos.

Ex: São acentuadas: José; médico e lâmpada.

4 – Ponto de Interrogação:

Utilizado nas orações interrogativas diretas.
Ex:
Aonde você vai?

5 – Ponto de Exclamação:

Utilizado em finais de frases exclamativas.
Ex:
Como isso é lindo!
Utilizado nas interjeições e locuções interjetivas.
Ex:
Oh! Que belo dia!

6 – Parênteses:

Tem como função:

a) Intercalar um comentário do texto: “O primeiro beijo (convém sabê-lo) não é dado com a boca, mas com os olhos”.
b) Separar indicações bibliográficas: Ex
: “A vida se resulta num turbilhão de coisas boas, mas todos sabem que também se inclui no montante, a morte”.(Heraldo Meirelles, Pensamentos, p.12, Belém –Pará, 1999).

7 – Aspas:

a) Utilizadas no fim e no começo de citações alheias.

Ex: “Se casamento não fosse um negócio, não precisaria de testemunha”.

b) Para indicar estrangeirismo; neologismo; gíria.

Ex: Estamos no “hall” do hotel.

“Falô, bicho!”.

c) Para indicar casos de ironia

Ex: Mas que “gracinha”. Quantos zeros no boletim!

8 – Travessão:

Usado no discurso direto, indicando a fala do personagem.

Ex: — Aonde você vai?

— Para um lugar tranqüilo.

9 – Reticências:

Usados para indicar suspensão ou interrupção de pensamento voluntário ou involuntário.

Ex: Você é um f…
A vida é amor, sonho, mentira…

10 – Ponto:

Utilizado para determinar o fim de um período, comumente chamado de [seguida, parágrafo, final].

Seguida: Quando há uma continuidade do mesmo assunto ou tema.

Ex: Maria gostava de mingau. Ela preferia com canela.

Parágrafo: Quando há mudança de assunto; tempo; localidade.

Ex: O elefante é um paquiderme.

O homem é um primata.

Final: Quando encerra, termina a escrita.

Ex: Era só o que tinha pra falar.

Pontuação – Tipo

Aspas

Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois delas, se encerram apenas uma parte da proposição; quando, porém, as aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, a respectiva notação fica abrangida por elas.

“Aí temos a lei”, dizia o Florentino. “Mas quem as há de segurar? Ninguém.” (RUI BARBOSA) “Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela Claridade imortal, que tôda a luz resume!” “Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” (MACHADO DE ASSIS)

Parênteses

Quando uma pausa coincide com o início da construção parentética, o respectivo sinal de pontuação deve ficar depois dos parênteses; mas, estando a proposição ou a frase inteira encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente notação:

“Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, êste suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida.” (RUI BARBOSA)

“A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento.” (CARLOS DE LAET)

Travessão

Emprega-se o travessão, e não o hífen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, pelo assim dizer, uma cadeia na frase:

O trajeto Mauá–Cascadura; a estrada de ferro Rio–Petrópolis; a linha aérea Brasil–Argentina; o percurso Barcas–Tijuca, etc.

Ponto-final

Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se coloca o ponto-final adiante do ponto abreviativo, pois êste, quando coincide com aquêle, tem dupla serventia.

Ex.:“O ponto abreviativo põe-se depois das palavras indicadas abreviadamente por suas iniciais ou por algumas das letras com que se representam: v.g.: V. S.a, Il.mo, Ex.a, etc.” (Dr. ERNESTO CARNEIRO RIBEIRO)

Sinais de Pontuação – Vírgula

A vírgula nas intercalações

Essa tua voz esganiçada, por exemplo, é insuportável…
E esse teu nariz, se tu queres saber, está além das medidas…
Ele se julgava um herói, quero dizer, uma espécie de super-homem.
O rapaz ficou cansado, ou melhor, dormiu sobre os livros…
Falou durante duas horas; ninguém, contudo, o entendeu.
Marilda, a elegante secretária, deu-se mal com os computadores.
Expedito, funcionário preguiçoso, corre o risco de ser demitido.
Roberval, rapaz de sorte, conquistava todos os prêmios…
Ele, apesar das manias, não era um mau funcionário.

Vírgula separando termos independentes

Viu o príncipe encantado,
ficou deslumbrada,
apaixonou-se perdidamente,
decepcionou-se,
chorou….
Trabalhou duro,
prosperou; o vizinho, porém, preguiçoso, imprevidente, fracassou…

Vírgula separando adjuntos e orações subordinadas adverbiais

Adjuntos Adverbiais

.De repente, a vimos, ao longe, entre as nuvens… Era uma bruxa sinistra, montada num cabo de vassoura

Para vencer a crise, ele trabalhava até altas horas da noite, embora fosse muito grande o cansaço. orações adverbiais
Esperemos que o galho não se parta. Antes da conjunção integrante não se usa vírgula.

Vírgula indicando inversões, elipses e separando topônimos e numerais

Aos que vivem com mau-humor, tudo lhes desagrada. inversão
Para vencer a crise, ele trabalhava até altas horas da noite, embora fosse muito grande o cansaço. orações adverbiais
O crocodilo o devorará, se ele cair? oração adverbial Esperemos que o galho não se parta. Antes da conjunção integrante não se usa vírgula.

Vírgula indicando inversões, elipses e separando topônimos e numerais

Aos que vivem com mau-humor, tudo lhes desagrada. inversão
Na balança, uns curtem tristeza; outros, alegria. elipse do verbo

Vírgula antes da conjunção E

Preparou-se, estudou com muito empenho, e a professora o reprovou.
Começou na firma como humilde contínuo, trabalhou com empenho, recebeu sucessivas promoções, e conseguiu o posto de diretor administrativo.
“E esperou meia hora, e esperou uma hora, e duas horas, e ele não veio…” (Fernando Sabino)
E indaga, e investiga, e vira, e revira, e torna a procurar, mas nada acha…

Ponto e vírgula

Observe a modulação da voz, indicada pela linha sob a frase:

Pontuação

Ler em voz alta, mostrando pela modulação especial da voz, as pausas diferentes que distinguem a vírgula, o ponto e vírgula e o ponto final:

1. “Finalmente, vão os bons para o céu; os maus, para o inferno.” (Vieira)

2. Lendo-os com atenção, sente-se que Vieira, ainda falando o céu, tinha os olhos nos seus ouvintes; Bernardes, ainda falando das criaturas, estava absorto no Criador.” (A. F. de Castilho)

Dois pontos

Muito formal, a diretora da firma insistiu: V. Sa. está praticamente falido, sem garantias, não pode solicitar empréstimo…

Calor insuportável: tudo seco, parado e morto.

Finalmente o esperado pelas crianças: Papai Noel chegou. Trouxe tudo: bonecas, carrinhos, bolas, jogos de todos os tipos.

Travessão

“- Agora, o melhor – falou Fred, entusiasmado – vem por aí. – O quê? – perguntou a garota. – A correnteza nos está levando para a ilha.” (Ernst Hemingway)

“Bem feliz quem ali pode nest’hora Sentir deste painel a majestade!… Embaixo – o mar… em cima – o firmamento… E no mar e no céu – a imensidade!” (Castro Alves)

Pontuação – Sinal

Parênteses

Este sinal () é usado em orações intercaladas e incidentes: “Corri ao ilustre ateniense, para levantá-lo, mas (com dor o digo) era tarde: estava morto, morto pela segunda vez.” (Machado de Assis, Uma visita de Alcibíades.) O acordo de 1943 diz que o sinal de pontuação deve marcar-se depois dos parênteses, sempre que a pausa coincidir com o início da oração incidente. Mas quando a frase inteira ou qualquer unidade se achar encerrada pelos parênteses, coloca-se dentro destes a pontuação competente. Portanto, não há simultaneamente pontos-finais antes e depois dos parênteses. Havendo um ponto antes, o seguinte virá antes do segundo parêntese.

Pontuação com ETC.

Etc. é abreviatura da expressão latina et cetera (ou caetera) que significa ‘e outras coisas’, ‘e outros’, ‘e assim por diante’: Comprou livros, revistas, etc.

Pontuação nos títulos e cabeçalhos

Todos os cabeçalhos e títulos são encerrados por pontos-finais. Não há uniformidade quando ao uso desta pontuação, mas é de bom tom seguir o que determina a ortografia oficial vigente. Isso embora muita gente considere mais estético não pontuar títulos. Em jornalismo, por exemplo, não se usa a pontuação de titulação.

Ponto de exclamação

Quase sempre desnecessário em texto jornalístico. Só deve ser usado em declarações enfáticas, e sempre entre aspas.

Ponto-e-vírgula

Indica pausa maior que a vírgula e menor que o ponto.

Emprega-se nos seguintes casos:

A) para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si: a represa está poluída; os peixes estão mortos.

B) para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já tem elementos separados por vírgula: o resultado final foi o seguinte: 20 deputados votaram a favor da emenda; 39, contra.

C) para separar os diversos itens de uma enumeração, principalmente quando há vírgulas em seu interior: Compareceram ao evento: Herbert de Souza, o Betinho, cientista social; Paulo Santos, historiador; Marcos Tavares, economista, e Antônio Rocha, cientista político.

Travessão

O travessão (-) não passa de um hífen prolongado e tem os seguintes empregos:

1) liga palavras ou grupos de palavras que formam encadeamentos vocabulares: O percurso Rio – São Paulo. A estrada de ferro Rio Grande do Sul – São Paulo.
2)
substitui parênteses, vírgulas e dois pontos em alguns casos: “…vendo naquela paz de claustro católico como um recanto da pátria recuperada – o abrigo e a consolação – rolaram-me das pálpebras duas lágrimas mudas.” (Eça de Queiroz, O Mandarim.)
3)
indica dialogação, mudança de interlocutor: “Imagino Irene entrando no céu: – Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: – Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.” (Manuel Bandeira, Irene no Céu.)
4)
evita a repetição de um termo já mencionado: Assis (Joaquim Maria Machado de -)
5)
dá ênfase e realce à palavra ou pensamento que segue: “Só há um caminho para a conquista da natureza, dos homens, de si mesmo: – saber. Não há outro meio de o conseguir: – querer. (Afrânio Peixoto)

Vírgulas

Como as pessoas erram demais neste ponto, vamos repetir aqui as regras gerais já deixadas na redação do GAB-COM.

Devemos usar vírgulas para:

1 – Separar palavras da mesma classe.

Exemplo: “A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal”.

2 – Para separar vocativos.

Exemplo: “Minha filha, não seja precipitada.”

3 – Para separar apostos.

Exemplo: “Brasília, Capital da República, foi fundada em 1960.”

4 – Para separar palavras e expressões explicativas, retificativas ou continuativas.

Exemplos: “Gastamos R$ 1 mil, isto é, tudo o que tínhamos”. “Ela não pôde vir, ou melhor, não quis vir”. “Quer dizer que você, então, não mais verá o Festival de Monólogos?”

5 – Para separar orações coordenadas assindéticas.

Exemplo: “O tempo não pára no porto, não apita na curva, não espera ninguém.”

6 – Antes de todas as conjunções coordenativas, menos e e nem aditivas (o e, quando equivale a mas, exige anteposição de vírgula).

Exemplos: “Eu queria falar, mas não conseguia”. “Cumprimos nossa obrigação, logo nada temos a temer” . “Não chore, que será pior.”

7 – Depois do elemento coordenativo e correlativo de não só.

Exemplo: “Lars Grael não só pediu, mas exigiu Justiça.”

8 – Para separar todas as conjunções adversativas e conclusivas no meio da frase.

Exemplo: “Estou triste; não estou, porém, decepcionado.”

9 – Antes da conjunção e, quando os sujeitos forem diferentes.

Exemplo: “O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.” No caso, “homem” é sujeito de “vendeu”, e “mulher” é sujeito de “protestou”.

10 – Antes de e e nem repetidos.

Exemplos: “Ele chegou, e gritou, e esbravejou, e esperneou, e morreu.” Ela não é lindíssima, nem elegante, nem inteligente, nem educada, mas é a mais nova loura do Tcham.”

11 – Para separar o nome da localidade, nas datas.

Exemplo: “Vitória, 5 de junho de 2000.”

12 – Depois de qualquer termo da oração que apareça fora do seu lugar normal.

Exemplo: “As laranjas, você chegou a comprar?”

13 – Para separar qualquer oração que venha antes ou no meio da principal.

Exemplos: “Quando o prefeito voltar, avise-nos imediatamente”. “O artista que ficou satisfeito com a sua obra, faltou à vocação”.

14 – Para separar orações adverbiais explicativas.

Exemplo: “Vitória, que é Capital do Espírito Santo, é conhecida como Cidade Presépio.”

15 – Para separar adjuntos adverbiais longos.

Exemplo: “ Depois de algumas semanas de trabalho árduo, voltamos para casa.”

16 – Para separar todas as palavras repetidas e também indicar omissão de verbos facilmente subentendidos.

Exemplos: “Mulheres, mulheres, mulheres, quantas mulheres?” Ou então: “Carmen ficou alegre; eu, muito triste.”

Sinal e Utilização

Ponto (.)

Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo e nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.); marca uma pausa absoluta

Vírgula (,)

Marca uma pequena pausa.

É usada para separar: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as coordenadas assindéticas não ligadas por conjunções; as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porém.

Ponto e vírgula (;)

Sinal intermédio entre o ponto e a vírgula que indica que a frase não está finalizada.

Usa-se: em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.

Dois pontos (:)

Marcam uma pausa e anunciam: uma citação; uma fala; uma enumeração; um esclarecimento; uma síntese

Ponto de interrogação (?)

Usa-se no final de uma frase interrogativa directa e indica uma pergunta

Ponto de exclamação (!)

Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia e surpresa

Reticências (…)

Marcam uma interrupção na frase indicando que o sentido da oração ficou incompleto

Aspas (“…”)

Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão

Parênteses (…)

Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto

Parágrafo (§)

Constitui cada uma das secções de frases de um escrito; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.

Travessão (-)

Marca o início e o fim das falas, no diálogo para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Substitui os parênteses.

Fonte: linguaeliteratura.kit.net/www.academia.org.br/www.hildebrando.com.br/www.priberam.pt

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