Passo por meus trabalhos tão isento(1595)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

PUBLICIDADE

Passo por meus trabalhos tão isento

de sentimento grande nem pequeno,

que só pola vontade com que peno

me fica Amor devendo mais tormento.

Mas vai me Amor matando tanto a tento,

temperando a triaga co veneno,

que do penar a ordem desordeno,

porque não mo consente o sofrimento.

Porém, se esta fineza o Amor sente,

e pagar me meu mal com mal pretende,

torna me com prazer como ao Sol neve.

Mas se me vês cos males tão contente,

faz se avaro da pena, porque entende

que quanto mais me paga, mais me deve

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

 

Veja também

Os Reis Magos

PUBLICIDADE Diz a Sagrada Escritura Que, quando Jesus nasceu, No céu, fulgurante e pura, Uma …

O Lobo e o Cão

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Encontraram-se na estrada Um cão e um lobo. …

O Leão e o Camundongo

Fábula de Esopo por Olavo Bilac PUBLICIDADE Um camundongo humilde e pobre Foi um dia …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site é protegido por reCAPTCHA e pelo Googlepolítica de Privacidade eTermos de serviço aplicar.