O tempo acaba o ano, o mês e a hora (1668)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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O tempo acaba o ano, o mês e a hora,

a força, a arte, a manha, a fortaleza;

o tempo acaba a fama e a riqueza,

o tempo o mesmo tempo de si chora.

tempo busca e acaba o onde mora

qualquer ingratidão, qualquer dureza;

mas neo pode acabar minha tristeza,

enquanto não quiserdes vós, Senhora.

O tempo o claro dia torna escuro,

e o mais ledo prazer em choro triste;

o tempo a tempestade em grã bonança.

Mas de abrandar o tempo estou seguro

o peito de diamante, onde consiste

a pena e o prazer desta esperança

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

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