Machado de Assis
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É noite medonha e escura,
Muda como o passamento
Uma só no firmamento
Trêmula estrela fulgura.
Fala aos ecos da espessura
A chorosa harpa do vento,
E num canto sonolento
Entre as árvores murmura.
Noite que assombra a memória,
Noite que os medos convida,
Erma, triste, merencória.
No entanto…minha alma olvida
Dor que se transforma em glória,
Morte que se rompe em vida
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