Ferido sem ter cura parecia (1598)

Sonetos de Luís Vaz de Camões

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O Ferido sem ter cura perecia

o forte e duro Télefo temido,

por aquele que n’água foi metido,

a quem ferro nenhum cortar podia.

Ao Apolíneo Oráculo pedia

conselho para ser restituído;

respondeu que tornasse a ser ferido

por quem o já ferira, e sararia.

Assi, Senhora, quer minha ventura

que, ferido de ver vos, claramente

com vos tornar a ver Amor me cura.

Mas é tão doce vossa fermosura,

que fico como hidrópico doente,

que co beber lhe cresce mor secura

Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br

 

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