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De clima tropical, com temperaturas estáveis e alto índice de pluviosidade, está assentado sobre cinco formações rochosas: as ilhas de Santa Bárbara, Siriba, Redonda, Sueste e Guarita, formadas há 50 milhões de anos.
No litoral sul da Bahia, a 70 km da costa, o arquipélago dos Abrolhos foi o primeiro Parque Nacional Marinho a ser constituído.
Dispostas em arco, por serem provavelmente restos da borda de uma cratera vulcânica, essas formações rochosas abrigam um dos maiores, mais raros e exuberantes recifes de coral do Atlântico Sul, o que levou à criação do Parque. De composição peculiar, esses corais impressionam por sua forma excêntrica e variedade de cores, destacando-se o coral cérebro (Mussimilla brasiliensis).
O arquipélago também é rico em aves, que o utilizam como ponto de apoio em suas migrações ou mesmo para procriação, já que encontram ai grande número de peixes para sua alimentação. Pelos costões abruptos, grutas ou descampados, as espécies mais freqüentes são o benedito (Anous minutus), atobá-mascarado-de-piloto (Sula dactylatra), atobá-marrom (Sula leocogaster), grazina (Phaethon aethereus), fragata (Fregata magnificens) e trinta-réis-das-rocas (Sterna fuscata).
Na luta pela sobrevivência, essas espécies compartilham cenários diferentes. Com sua plumagem cor de fuligem escura e testa branca, o benedito esconde os ovos e filhotes nas pequenas grutas da ilha da Guarita.
O piloto, de corpo recoberto de penas brancas e olhos ornados de branco e amarelo, prefere a ilha Siriba, enquanto a grazina, inteiramente branca – com exceção do bico, olhos e patas, que são escuros -, limita-se à ilha de Santa Bárbara.
Os lagartos (Tropidurus torquatos) são observados nos horários mais quentes. As tartarugas-marinhas, verde (Chelonia mydas) e cabeçuda (Caretta caretta), sobem às praias para a desova. Mamíferos aquáticos, como as baleias-jubarte (Megaptera novaenghae) – grande atrativo para os visitantes – aparecem de junho a dezembro para ter filhotes. Há também nas águas próximas diversas variedades de moluscos e crustáceos.
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos dispõe de um centro de visitantes, com maior fluxo de turistas no verão, e o acesso a ele é feito a partir das cidades de Caravelas e Alcobaça – 6 horas em traineiras ou escunas e cerca de 2 horas em lanchas.
Abrolhos possui a maior biodiversidade marinha do Oceano Atlântico Sul, com pelo menos 20 espécies de corais, incluindo 6 espécies endêmicas do Brasil.
Os seus únicos recifes de “chapeirão” consistem em pináculos em forma de cogumelos com 5 a 25 m de altura e 20 a 300 m no topo e albergam leques de corais-de-fogo e botões redondos de corais-cérebro.
Abrolhos é o lar da maior população reprodutora de baleias jubarte do Atlântico Sul, muitas espécies de golfinhos e pelo menos três espécies de tartarugas marinhas ameaçadas.
Além de seu ecossistema único de recifes de corais, o parque protege manguezais e prados de ervas marinhas ao redor das ilhas.
O arquipélago dos Abrolhos é também um importante local de nidificação de aves marinhas, incluindo a ave-de-bico-vermelho, atobás e a magnífica fragata.
O nome Abrolhos vem da frase “abra os olhos”, que em português significa “mantenha os olhos abertos”. Esta expressão é atribuída a Américo Vespucio, que visitou o arquipélago em 1503.
Consciente dos perigos que os recifes de coral representavam para os navios, teve a prudência de deixar um aviso aos futuros navegadores. Felizmente, as águas cristalinas do Abrolho permitem a observação da fauna e flora encontradas abaixo da superfície.
Na estação seca, de maio a setembro, a visibilidade chega a 20 metros, e com temperatura da água de aproximadamente 24°C o ano todo, não é à toa que Abrolhos é um destino popular para mergulhadores.
Uma embarcação que naufragou algum tempo depois dos dias de Vespucio, o cargueiro italiano “Rosalina”, apresenta uma atração particular.
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos – Dados
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
Data de criação: 6 de abril de 1.983, pelo decreto federal nº. 88.218.
Localização: Litoral Sul da Bahia, na altura dos municípios de Alcobaça e Caravelas.
Área: 91.300 hectares
Perímetro: 157 km
Clima: tropical, quente úmido.
Temperaturas: média anual de 22 a 24ºC, máxima absoluta de 36 a 38ºC e mínima absoluta de 8 a 12ºC.
Chuvas: Entre 1750 e 2000 mm anuais.
Relevo: ocidentado.
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos – Brasil
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos é um parque nacional que foi estabelecido em 1983 cobrindo a maior parte da área do Arquipélago de Abrolhos no estado da Bahia, Brasil.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Conservar amostras de ecossistema marinho excepcionalmente rico em recifes, algas e ictiofauna e proteger espécies ameaçadas de extinção, principalmente as tartarugas marinhas, Baleias-jubarte, coral cérebro, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos.
DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO
Foi Criado pelo Decreto n.º 88.218 de 06 de abril de 1983.
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
A unidade era anteriormente uma área de pesca.
Nela existe um antigo farol da marinha, mas ocorria grande número de naufrágios devido as dificuldade de navegação entre os corais existentes no arquipélago.
Antigas referências reportadas de historiadores, relatam que navegantes portugueses recebiam a advertência “Abram os Olhos” pelo perigo de se navegar por lá. Daí vem o nome Abrolhos, arquipélago que sempre foi ponto de referência para os navegantes.
ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Possui uma área de 88.249 ha.
Está localizando no litoral sul da Bahia.
O acesso pode ser feito de lancha (2,5 horas), de traineira (4 horas) ou de escuna (6 horas), partindo-se de Caravelas, que fica a 33 milhas náuticas do Parque.
A cidade mais próxima da unidade é Caravelas que fica a uma distância de 950 Km da capital do estado, da qual o acesso pode ser feito através da BR-101/BA-101.
Existem cinco ilhas no arquipélago de Abrolhos, mas apenas uma delas, Siriba, está aberta à visitação. Uma trilha de 1.600 metros percorre esta ilha.
A Ilha Santa Bárbara está fora dos limites do parque. Está sob a jurisdição da marinha, que mantém ali um farol de navegação. As outras ilhas são Ilha Guarita, Ilha Redonda, Ilha Sueste.
O parque também inclui o Parcel dos Abrolhos, onde podem ser observadas formações de corais típicas da região, e o recife de Timbebas em frente à cidade de Alcobaça
CLIMA
O clima é determinado por massas de ar que dominam as estações do ano.
A época mais tranquila é de janeiro a março, período das calmarias.
A temperatura varia de 24,4 a 27 graus.
Quando houver previsão de vento sul, desaconselha-se totalmente a visita ao Parque.
QUE VER E FAZER (ATRAÇÕES ESPECIAIS)/ÉPOCA IDEAL PARA VISITAÇÃO
Parque Nacional Marinho dos Abrolhos
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos apresenta excelentes área para mergulho autônomo e livre, pois as formações de corais abrigam grande diversidade de fauna marinha.
Nas ilhas, a atração fica pôr conta das aves nidificando nas formações rochosas.
Diversas embarcações oferecem passeio de um dia ou mais à unidade.
A partir de Julho, inicia a temporada das baleias Jubarte.
RELEVO
O Parque Nacional Marinho de Abrolhos é constituído de três ilhas de formação vulcânica dispostas em semicírculos e uma ilhota ao norte.
A ilha guarita tem 100 m de extensão e 13 m de altura, a ilha Siriba possui 3 ha, a ilha redonda apresenta 400 m de diâmetro e 36 m de altura, e a ilhota Sueste tem 10 ha e 15 m de altura.
VEGETAÇÃO
O ambiente insular é dominado por vegetação de pequeno porte, basicamente por gramíneas e herbáceas, com ocorrência de algumas espécies exóticas.
São encontrados alguns coqueiros nas ilhas, introduzidos por antigos moradores.
FAUNA
Há grande diversidade da fauna marinha, com inúmeras espécies de peixes, moluscos, corais, esponjas etc.
Para a fauna terrestre destaca-se as aves que se reproduzem nas ilhas: atobás, trinta-reis, fragata, grazina e o benedito, principalmente.
A Baleia-jubarte e as tartarugas-marinhas procuram o parque para se reproduzirem.
USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
Excesso de turistas e mergulhadores tem causado destruição aos corais e modificado as características da água.
A navegação constante também traz poluição e risco de acidentes.
Além disso, muitos pescadores buscam a região para exercerem suas atividades sem controle.
BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO
Áreas de reprodução de peixes protegida; pontos de lazer e mergulho e renda para a população do entorno (Caravelas, Alcobaça e Prado) que trabalham com atividades de turismo.
Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com/marine-conservation.org
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