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Nas serras abrangidas pelo Parque Nacional de Pacaás Novos, entre elas a dos Uopiane, dos Pacaás Novos e Moreira Cabral, nascem os principais rios do estado de Rondônia, Jamari, Machado, Jacy-Paraná, além de numerosos igarapés.
Extensão da chapada dos Parecis, a Serra dos Pacaás Novos é um grande maciço residual, composto sobretudo de relevos tabulares esculpidos em sedimentos pré-cambrianos.
Já a Serra dos Uopianes – também de relevo tabular, porém mais baixa – representa um suave caimento de superfície em direção ao rio Cautario, que limita o Parque ao sul.
A floresta amazônica densa ocorre em manchas e caracteriza-se pela presença de espécies como o patauá (Oecarpus batava), seringueira (Hevea brasiliensis) e ipê-amarelo (Tabebuia seratifolia).
Na floresta amazônica aberta predominam a castanheira (Bertholetia excelsa), babaçu (Orbygnia martiana) e amarelão (Apuleia moralis). E, dos contatos entre a savana e a floresta, são representativas a mandioqueira-do-campo (Qualea refusa), faveira (Vatairea sp) e lixeira (Salvertia sp).
Ocorrem ainda vastas áreas de cerrado, em suas diversas formas, onde os arbustos mais encontrados são a quaruba-do-campo (Vochysya spp), periquiteira (Laerthia procera), sucupira-do-campo (Bowdichia sp) e ipê (Tabebuia sp), além de samambaias (Pteridium sp) no tapete graminoso.
Bem representada, a fauna do Parque conserva belos exemplares de papagaias, tucanos, araçaris e diversas variedades de araras, entre as quais a arara-azul (Anadorhynchus hyacinthinus), ameaçada de extinção.
Dos mamíferos, podem-se destacar a onça-pintada (Panthera onca), macaco-da-noite (Aotus trivirgatus), bugio (Alouatta sp), tatu-canastra (Priodontes giganteus), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e cachorro-do-mato-de-orelhas-curtas (Atelacynus microtis).
O clima do Parque é seco e freqüentemente invadido por anticiclones polares, que podem provocar queda súbita de temperatura. A média anual entretanto, mantém-se em torno de 25ºC, ocorrendo o período de maior precipitação nos meses de novembro a março. O Parque abriga também importante patrimônio cultural indígena, representado pelas tribos uru-eu-wau-wau e uru-pa-in.
Parque Nacional de Pacaás Novas – Dados
Parque Nacional de Pacaás Novas
Data de criação: 21 de setembro de 1.979, pelo decreto federal nº. 84.019.
Localização: Rondônia, abrangendo os municípios de Guajará-Mirim, Presidente Médici, Costa Marques e Ouro Preto do Oeste.
Área: 765.801 hectares
Perímetro: 650 km
Clima: tropical, quente úmido, com três meses secos.
Temperaturas: média anual de 24 a 26ºC, máxima absoluta de 36 a 38ºC e mínima absoluta de 0 a 4ºC.
Chuvas: Entre 2000 e 2250 mm anuais.
Relevo: tabular e montanhoso.
Parque Nacional de Pacaás Novas – Brasil
Parque Nacional de Pacaás Novas
O Parque Nacional de Pacaás Novos é um parque nacional no estado de Rondônia, Brasil.
O parque contém uma cadeia de montanhas com o mesmo nome.
Proteger áreas onde se encontram duas espécies raras da família Podocarpeae (Podocarpus raspiliosii e Podocarpus sellovii) de ocorrência restrita na Amazônia.
Além de proteger uma amostra representativa do ecossistema de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica.
DECRETO E DATA DE CRIAÇÃO: Foi criado pelo Decreto n° 84.019 de 21 de setembro de 1979.
ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS
O Parque abriga importante patrimônio cultural indígena, representado hoje pelas tribos Uru-Eu-Wau-Wau e Uru-Pa-In.
Em relatos do Marechal Rondon há referências aos índios Cawahib ou Caguarip, auto denominação dos ocupantes dessa área, apelidados pelos Oro-Uari de Uru-Eu-Wau-Wau, “Os Que Tocam Taboca”.
O nome Pacaás Novos teve origem com os seringueiros que ao caçarem na região encontravam muitas pacas na beira do igarapé (rio).
ÁREA, LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Parque Nacional de Pacaás Novas
O parque fica no bioma amazônico.
O parque abrange partes dos municípios de Alvorada d’Oeste, Campo Novo de Rondônia, Governador Jorge Teixeira, Guajará-Mirim, Mirante da Serra e Nova Mamoré no estado de Rondônia.
Possui uma área com 764.801 ha e 650 Km de perímetro. Está localizado no estado de Rondônia.
O acesso pode ser feito por via aérea, terrestre e fluvial.
Por via terrestre, saindo de Porto Velho, segue-se pela BR-364 até Ariquemes, num percurso de 205 Km, daí segue-se à direita pela BR-421por mais 50 Km até Montenegro e em frente, mais 60 Km até Campo Novo.
De Campo Novo até o Parque são mais 40 Km.
O parque abrange parte dos municípios de Alvorada d’Oeste, Campo Novo de Rondônia, Governador Jorge Teixeira, Guajará-Mirim, Mirante da Serra e Nova Mamoré no estado de Rondônia.
O parque leva o nome do rio Pacaás Novos, que nasce nas montanhas Pacaás Novos, a oeste do parque, e flui para o sudoeste através da Reserva Extrativista Rio Pacaás Novos para se juntar ao rio Mamoré, ao sul de Guajará-Mirim. A oeste o parque é contíguo ao Parque Estadual Guajará-Mirim.
CLIMA
A região enquadra-se no domínio do clima quente úmido com 2 a 3 meses secos, do tipo equatorial. Tem período chuvoso de novembro a março, quando se concentra 70% da precipitação anual que é de 2.000 a 2.250 mm.
O inverno (junho, julho e agosto) corresponde a estação seca.
A precipitação anual média é de 764 milímetros. As temperaturas variam de 5 a 37°C com média de 25°C. As altitudes variam de 100 a 1.230 metros.
O Pico Tracoá é o ponto mais alto do parque e do estado a 1.230 metros.
RELEVO
Aparentemente a bacia sedimentar do Amazonas apresenta-se como uma grande planície de topografia homogênea, mas a suavidade de suas formas mascara estruturas geológicas complexas.
Há o domínio de bacias sedimentares, contido entre estruturas de escudos cristalinos.
VEGETAÇÃO
É representada por um grande mosaico.
Encontram-se aí extensas áreas de Cerrado, que se distribuem principalmente nas suas partes mais altas; áreas de formações florestais que se encontram nos vales ou encostas, e ainda, grandes áreas de contato cerrado/floresta.
FAUNA
O Parque apresenta uma fauna muito diversificada.
É possível verificar elementos faunísticos característicos das províncias de domínio Amazônico e do Cerrado, uma vez que esta área pertence a uma zona de transição.
USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
Cerca de dois terços do Parque coincide com a área interditada pela FUNAI, ocupada pelas tribos Uru-eu-wau-wau e Uru-pa-in.
Estudos sobre esses grupos estão sendo realizados objetivando a delimitação da área por eles utilizada, não existindo ainda nenhuma conclusão a respeito.
BENEFÍCIOS INDIRETOS E DIRETOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO
O Parque apresenta vários aspectos paisagísticos que podem exercer grande atração.
Dentre eles destacam-se as características do relevo, da vegetação e da drenagem, além da flora e da fauna típicas daquela região.
Fonte: paginas.terra.com.br/www.brasilturismo.com
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