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Uma das riquezas vegetais do Maranhão é o babaçu, apelidada de “a mina vegetal de ouro”.
O babaçu cobre terrenos ondulados da baixada maranhense.
É uma plantação que só dá dinheiro quando a primeira fase de industrialização do babaçu se desenvolve perto dos babaçuais.
A quebra do coco ainda é feita por processo manual. No trabalho nem todas as amêndoas saem perfeitas. Uma vez machucada, não resiste a viagens longas. Acaba estragando.
Por isso o ideal ainda é iniciar a industrialização nos próprios babaçuais, onde se faz a coleta.
O colhedor de babaçu carrega os coquilhos num cesto ou caçuá. Despeja-os próximo do rancho onde mora. Aí, ou então à sombra das palmeiras, começa o trabalho.
Com um macete de madeira dura ajeita o coquilho sobre uma pedra. Com o pau quebra uma noz dura. Retira as amêndoas e abandona a casca.
De cem quilos de coco quebrado obtém-se de oito a dez quilos de amêndoas.
Geralmente o trabalho é feito pelas mulheres, enquanto os maridos cuidam do arrozal.
O óleo retirado do babaçu é usado na alimentação, na fabricação de margarina, sabonetes e também em motores.
Mata dos Cocais – Palmeiras
Os cocais ou babaçuais formam extensas áreas de palmeiras situadas no Meio-Norte, principalmente no Maranhão e Piauí, aparecendo também em outros estados nordestinos (Ceará, Rio Grande do Norte) e em Tocantins.
Situada entre a floresta Amazônica e a caatinga, a mata de cocais está presente nos estados do Maranhão e do Piauí e norte do Tocantins.
No lado oeste, onde a proximidade com o clima equatorial da Amazônia torna-a mais úmida, é freqüente o babaçu: palmeiras que atingem de 15 a 20 m de altura.
Dos cocos do babaçu se extrai o óleo, muito utilizado pelas indústrias alimentícia e de cosméticos.
No lado mais seco, a leste, domina a carnaúba, que pode atingir até 20 m de altura, sendo totalmente utilizável, embora a cera seja o produto mais procurado pelo mercado.
Assim, a mata de cocais garante a sobrevivência de comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal.
A Mata dos Cocais trata-se de uma vegetação de transição entre a Floresta Amazônica úmida ao oeste, a Caatinga seca à leste e o Cerrado semi-úmido ao sul. Além do babaçu, aparece também a carnaúba, conhecida como “árvore providência”, mais freqüente a partir do Piauí em direção ao Ceará e Rio Grande do Norte. São duas extraordinárias riquezas que o Nordeste possui, mas infelizmente subaproveitadas.
Do coco de babaçu extrai-se principalmente o óleo, e da folha de carnaúba extrai-se a cera. Os maiores produtores são, respectivamente, Maranhão e Ceará.
As florestas secundárias são dominadas por grandes áreas de babaçu, que domina a paisagem – palmeira que atinge até 20m de altura, do qual se pode extrair cera, óleo utilizado pela indústria de alimentos e cosméticos e fibras, produtos que sustentam as comunidades locais – além da carnaúba, do buriti e da oiticica, que caracterizam a vegetação.
Na fronteira como o Amazonas, a mata é mais úmida e predomina a presença do babaçu, porém este encontra-se seriamente ameaçado sendo destruído em ritmo intenso pelas pastagens. No lado leste, mais seco, predomina a carnaúba, que pode atingir até 20m de altura, cujas folhas retira-se a cera empregada como lubrificante na indústria eletrônica, de perfumaria, e na fabricação de plásticos e adesivos.
Embora aproveitada, em parte, de maneira ordenada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins.
Mata dos Cocais – Planta
Mata dos Cocais
Nome Científico: Cocos nucifera L.
Família: Palmáceas
Nomes populares: Coqueiro, coqueiro-da-Índia, coco-da-baía
Origem: Muitas referências afirmam que o Cocos nucifera é originário da Índia. Há algumas referências, entretanto, que defendem a origem desconhecida desta palmeira.
Clima: A planta frutifica apenas em locais de clima quente.
Curiosidade: Há uma teoria muito interessante que tenta explicar a forma como esta palmeira teria se espalhado: os cocos teriam flutuado de um continente para o outro por meio das correntes oceânicas. Isso explicaria, por exemplo, a afirmação de que o coqueiro teria entrado de forma natural na região litorânea entre a Bahia e o Rio Grande do Norte.
O coqueiro é uma planta perene, uma palmeira de estipe liso que pode atingir até 25 m de altura e 30 a 50 cm de diâmetro. As folhas são largas e compridas.
NCoqueiro
Coqueiro – Fruto
O fruto é uma noz grande com uma semente recoberta por uma casca dura. No interior da casca, encontra-se a amêndoa, que é a parte comestível, com cerca de 1cm de espessura e a cavidade cheia de líquido – a deliciosa água de coco! O período entre a formação do fruto até o amadurecimento é de cerca de 12 meses.
Existem atualmente no mercado vários híbridos da espécie. Segundo informações da Embrapa Tabuleiros Costeiros, a variedade anã (Cocos nucifera ‘nana’), em razão da maior precocidade de produção, maior produção de frutos, melhor sabor da água e menor porte é a mais recomendada para exploração comercial de água de coco. Nessa variedade existem as cultivares amarela, verde e vermelha. No Brasil, a cultivar anã verde é a que predomina, sendo a escolhida para plantio pelos produtores. Essa cultivar trazida do Oriente foi introduzida no país inicialmente plantada na Bahia, em 1924, pelo então Ministro da Agricultura. O coqueiro anão verde é precoce, podendo florescer até com dois anos de idade após o plantio definido, desde que no cultivo haja aplicação da correta tecnologia.
Em função também da tecnologia aplicada, a produção de frutos pode chegar a mais de 200 frutos por pé/ano. O fruto é considerado pequeno e contém uma média de 300ml de água. O porte dessa cultivar, na idade adulta (20 a 30 anos), é de 10 a 12 m de altura e sua vida útil econômica pode chegar até a 40 anos.
Sem chuva e calor não dá!
Planta de clima tropical, o coqueiro se concentra em nosso país na zona do litoral nordestino, mas pode ser cultivado em outras regiões distantes do mar.
Para o bom desenvolvimento da planta não pode ocorrer falta de água, necessitando cerca de 2000 mm de chuvas bem distribuídas durante o ano. A temperatura média anual não deve ser inferior a 22 graus C, fator muito importante para a floração do coqueiro. Além disso, a planta não tolera ventos fortes e frios e necessita boa insolação. Quanto ao solo, deve ser leve, profundo, permeável e arejado.
O pH ideal situa-se na faixa de 6,0 a 6,5. A propagação do coqueiro se dá por meio de sementes que devem ser obtidas de plantas produtivas, de estipe reto e vigoroso; boa distribuição de copa e grande número de folhas e, é claro, livre de pragas e doenças. Os frutos escolhidos devem apresentar tamanho médio, formato arredondado e estarem perfeitamente maduros (11 a 12 meses de idade).
Coqueiro (Cocos nucifera)
Cuidados
Pelo menos dois cuidados são fundamentais para o cultivo do coqueiro: o controle de ervas daninhas e a adubação. Segundo a Coordenadoria de Assistência Técnica (Cati), o coqueiro-anão inicia a sua fase produtiva a partir do terceiro ano, mas só atinge o máximo produtivo depois do sétimo ano. A adubação é indispensável para a boa produção dos coqueiros, são necessárias quatro adubações básicas ao ano (uma a cada 3 meses) com 700 gramas de nitrocálcio e 250 gramas de cloreto de potássio por planta.
Os produtos podem ser adquiridos em lojas de produtos agropecuários. Recomenda-se aplicar anualmente 40 litros de esterco de curral, 200 g de superfosfato simples, 100 g de cloreto de potássio e 50 g de cloreto de sódio por planta. Quanto às pragas, as mais comuns são a broca do olho do coqueiro, a broca do tronco, a traça das flores e as lagartas.
Todas merecem controle imediato com produtos indicados por um agrônomo.
Delícia refrescante e nutritiva
A casca do coco é relativamente fina e lisa, por baixo dela é que há uma espessa capa fibrosa que envolve uma camada muito dura, dentro da qual fica a polpa – uma massa suculenta e de cor branca.
Quando o coco está verde, essa parte é pouco desenvolvida e mole, geralmente com muita água na cavidade. À medida que o coco vai amadurecendo, a parte carnosa se torna mais consistente e a quantidade de água diminui.
A polpa pode ser consumida ao natural, ralada, ou ainda utilizada no preparo de deliciosos pratos culinários, especialmente na culinária típica nordestina. O coco é rico em proteína e vitaminas. A água é saborosa, hidratante e considerada um isotônico natural por ser rica em sais minerais. A presença do sódio e potássio em sua composição possibilita a recuperação destes minerais perdidos através da urina e, sobretudo, do suor.
Sua composição é semelhante a do soro fisiológico, o que a torna eficiente para hidratar a pele, reduzir o colesterol, combater a desidratação, enjôos e também a retenção de líquidos no organismo.
Na medicina popular a água do coco verde é usada para combater enjôo e vômitos na gravidez, combate irritações gastrointestinais e prisão de ventre. Foi também muito usada para tratamento da febre amarela.
Com o coco ralado era preparado um xarope para combater a tosse rebelde e a polpa pura é muito usada para ajudar a expelir a solitária.
Em muitas regiões do Brasil ainda é costume utilizar como um bom vermífugo para as crianças um preparado feito com coco ralado batido com água e uma pitada de sal.
Geralmente a bebida é consumida em jejum para eliminar e expelir vermes. O coco fresco, ainda fechado, pode ser conservado por dois meses. Depois de aberto, a polpa deve ser consumida no mesmo dia ou conservada em geladeira por até cinco dias.
Para saber se o coco está em condições de consumo, lá vai uma dica: bata com uma moeda na casca, se o som for estridente o coco está fresco, se o som for oco indica que o fruto não está bom para o consumo.
Mata dos Cocais – Origem da Cultura
A cultura do coqueiro (Cocos nucífera L.) é cultivada em aproximadamente 90 países, sendo típica de clima tropical. Tem origem no Sudeste Asiático.
Os maiores produtores mundiais são: Filipinas, Indonésia e Índia.
No Brasil a cultura do coqueiro, variedade gigante, chegou possivelmente, na colonização portuguesa em 1553, oriunda da ilha de Cabo Verde, que por sua vez, foram originadas de plantações Indianas, introduzidas na África.
O coqueiro, variedade anã, foi introduzido no Brasil pelos Doutores: Artur Neiva e Miguel Calmon, quando retornavam de uma viagem ao Oriente em 1921, estimulados pela precocidade na produção e facilidade de colheita dos frutos.
O CULTIVO NO BRASIL
A cultura se adaptou bem no litoral Brasileiro, sendo encontrada em áreas desde o Maranhão até o Espírito Santo.
O coqueiro pertence ao gênero Cocos e Família Palmae, sendo comumente tradada como palmeira.
Atualmente o Brasil possui em torno de 50 mil hectares implantados, com a cualtura do coqueiro anão, praticamanete em quase todos os Estados da Federação.
O maior produtor é o Estado do Espírito Santo, com aproximadamente 14 mil hectares, seguido pela Bahia, com aproximadamente 12 mil hectares e Ceará em terceiro, com 5 mil ha produzindo.
O Estado de São Paulo vem nos últimos anos substituindo as tradicionais culturas de café e laranja por coqueiro anão, devido a grande procura pela água do fruto, mundialmente conhecida como “Água de coco”, que além do sabor adocicado apresenta características isotônicas em relação ao sangue humano, não sendo necessário acrescentar nenhum eletrólito.
A água de coco envasada já pode ser encontrada no comércio na forma congelada, refrigerada, 100% natural e em embalagens “Tetra Pak”, longa vida, com 250 mm.
Atualmente pesquisas tem sido realizada para a pasteurização da água de coco verde no próprio fruto, aumentando assim a vida útil do produto. Com a expansão novas áreas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, agricultores de regiões tradicionais, como o Ceará, Paraíba e Pernambuco estão perdendo mercado, principalmente pela distância dos centros consumidores. A alternativa encontrada pelos produtores, além do envasamento da água é a exportação para outros Países.
A primeira exportação de frutos verdes, in natura para a Europa (Itália e Inglaterra) foi realizada nos meses de agosto e setembro de 1999, o que deixou os produtores do Vale do São Francisco bastantes otimistas.
O fruto sob temperatura de 12oC, pode ser armazenado por um período de 28 dias, sem deformação da casca nem perda da qualidade da água. De posse dessa informação produtores do Vale do São Francisco, conseguiram transportar em contêinres refrigerados por via marinha, até a Europa o fruto in natura, o que tornou a operação economicamente viável. Os produtores pretendem o mercado internacional, principalmente, durante o verão do Hemisfério Norte, período em que a demanda interna se retrai em função do inverno.
O que facilitou o acesso ao mercado internacional do fruto in natura foi o desenvolvimento de um selo de qualidade, que atesta a procedência e a padronização do produto.
CULTURA DO COQUEIRO
O coqueiro (Cocos nucifera L.) é uma planta arbórea, com caule ereto, sem ramificações e com folhas terminais. Pertencendo a família Palmae (Arecaceae), uma das mais importantes famílias da classe Monocotyledoneae, que possui mais de 200 gêneros com mais de 200 espécies.
O coqueiro é uma das plantas mais úteis do mundo. Conhecida como “a árvore da vida”, ela tem um papel importante na vida das pessoas que habitam as regiões tropicais úmidas e, indiscutivelmente, tem tanta importância nos dias de hoje como em tempos passados.
Constitui-se na mais importante das culturas perenes possíveis de gerar um sistema auto-sustentavél de exploração como provam vários países do continente asiático.
INFLORESCÊNCIA
O coqueiro é uma planta monóica produzindo flores unissexuadas em uma inflorescência ramificada normalmente, de 12 a 15 inflorescência por ano em intervalos de 24 a 30 dias. Uma inflorescência paniculada, parte sempre da axila da folha e acha-se envolta por por duas espatas, que a protege. A espata inferior tem cerca de 60 cm de comprimento e a forma de cunha. Sobre ele repousa o ramo florífero.
A espata superior é cilíndrica e cobre a inflorescência. A espata superior tem o nome de buso antes de abrir e o nome de cangaço após aberta. O cacho florífero é o ingaço. O crescimento da espata dura de 3 a 4 meses. A abertura da espata faz-se longitudinalmente e em cerca de 24 horas.
A inflorescência propriamente dita, consta de um pedúnculo, subcilíndrico flexível, e raque, que leva ramos em número variável de de 15 a 30 em cada inflorescência. cada ramo, na parte basal, possui corpo arredondado, com cerca de 15 mm de diâmetro, que são os botões, de flores femininas. O número destes varia de zero a nove, conforme a variedade e o estado nutricional do coqueiro.
Nos dois terços terminais do ramo acha-se flores masculinas, em números que variam de dezenas e centenas em cada um; são alongadas, menores que as femininas. Logo que a inflorescência abre-se, desabrocham também as flores masculinas sucessivamente, a começar pela base.
A flor masculina é composta de seis pequenas lâminas amarelas; as três externas são sépalas e as três internas-meio-ambiente, pétalas. No centro da flor, montadas em pequenos filamentos, estão seis anteras, que abertas deixam escapar o pólen, elemento de fecundação da das flores femininas para formação do fruto.
A flor feminina consta de uma espécie de botão, de coloração amarelo-clara, como a flor masculina, de três brácteas duras, curtas, seis folíolos esbranquiçados e um tanto carnudos, dos quais os três externos são as sépalas e os três internos são as pétalas.
O embrião da fruta encontra-se no meio sendo de coloração branco, esférico e tenso. Este é o futuro mesocarpo. No centro e na base do mesocarpo, encontra-se o óvulo sob a forma de um corpúsculo pequenino.
Os estigmas acham-se na parte apical do embrião, e constam de três pequenas saliências.
A abertura das flores femininas não coincide, em geral, com a das masculinas. As flores masculinas abrem progressivamente, começando pela base,desde que a espata se abra.
Em três a cinco semanas todas as flores masculinas tem aberto e caídos. Enquanto isto, os botões das flores femininas continuam o seu desenvolvimento e mantêm-se fechadas. A fecundação nesse período é impossível.
Começa então a abertura a abertura das flores femininas. Primeiro abrem as da base. A abertura é também progressiva e dura cerca de uma semana. A fecundação deve se processar nas primeiras 24 horas que seguem a abertura da flor. depois desse período o estigma enegrece. caem as flores não fecundadas, persistindo as fecundadas, que evoluem e forma a fruta.
No coqueiro gigante, em uma mesma inflorescência, as flores masculinas abrem-se e disseminam o pólen antes que as flores femininas se tornem receptivas, sendo normal a polinização cruzada.
No anão, as flores masculinas e femininas amadurecem aproximadamente ao mesmo tempo, ocorrendo normalmente a auto-fecundação. No entanto, entre as cultivares do coqueiro anão, o nível de auto-fecundação é variável e ocorre de acordo com a variedade considerada.
O FRUTO
Coco – Fruto
O coqueiro fornece não somente alimento, água e óleo de cozinha, mas também folhas para telhados de palha, fibras para cordas, tapetes e redes, casca que pode ser usada como utensílios e ornamentos, açúcar e álcool podem ser feitos da seiva de sua inflorescência e inúmeros outros produtos elaborados de partes da planta.
O coqueiro também é, muito utilizada como planta ornamental em casas, parques e jardins. O desenvolvimento do fruto necessita de 12 meses, desde a diferenciação floral até a maturação completa.
PARTE AÉREA
A folha do coqueiro é do tipo penada, sendo constituída pelo pecíolo, que se continua pela raque, onde se prendem numerosos folíolos, podendo a folha atingir até 6 metros de comprimento.
A inflorescência é paniculada, axilar, protegida por bráctea grande, chamada espata; com flores masculinas e femininas na mesma inflorescência. O fruto é uma drupa formado por uma epiderme lisa ou epicarpo, que envolve o mesocarpo espesso e fibroso, ficando mais para o interior uma camada muito dura, o endocarpo. A semente é constituída de uma camada fina de cor marrom, o tegumento, que fica entre o endocarpo e o albúmem sólido (carne) onde fica o embrião; a cavidade interna é preenchida pelo albúmem líquido (água do coco).
SISTEMA RADICULAR
O coqueiro possui sistema radicular fasciculado, com maior concentração nos primeiros 60 centímetros e raio de 150 centímetros. Seu caule é do tipo estipe, não ramificado, muito desenvolvido e bastante resistente, não apresentando crescimento secundário.
VARIEDADES
O coqueiro é constituído de uma única espécie (Cocos nucifera), e pode ser dividido em três grupos:
Gigantes,
Intermediários (híbridos)
Anões
Cada grupo contém um número de variedades. As variedades são geralmente nomeadas de acordo com a sua suposta localidade de origem. As variedades gigantes apresentam de modo geral, fecundação cruzada; seu crescimento é rápido e fase vegetativa longa (cerca de sete anos).
As principais variedades existentes no Brasil são:
Coqueiro-Gigante
Gigante da Praia do Forte -GBrPF -Bahia
Gigante do Oeste Africano -GOA -Costa do Marfim
Gigante de Renell, -GRL p; -Taiti
Gigante da Malásia -GML p; -Malásia
Coqueiro-Anão
Amarelo-da-Malásia -AAM -Malásia<
Vermelho-da-Malásia -AVM -Malásia
Vermelho-dos Camarões -AVC -República dos Camarões
Verde do Brasil -AVeB -Rio Grande do Norte
Amarelo do Brasil -AAB -Parraíba
Vermelho do Brasil -AVB -Paraíba
ESPAÇAMENTO, COVEAMENTO & SOLOS
Os espaçamento mais recomendados são 7,5 m x 7,5 m para as variedades anãs, 8,5 m x 8,5 m para os híbridos e 9,0 m x 9,0 m para as variedades gigantes em triangulo equilátero, totalizando 205, 160 e 142 plantas por hectare As covas devem ser abertas com dimensões de 0,80 m x 0,80 m x 0,80 m.
Os solos mais indicados para a cultura são os areno-argiloso, profundos, com boa drenagem.
PLANTIO
O plantio deve ser realizado no início da estação chuvosa, caso a cultura não seja irrigada, ou qualquer época com irrigação.
As mudas são colocadas no centro das covas tendo-se o cuidado de deixar sobre a parte superior da semente uma camada de terra suficiente para cobrí-la, mas sem permitir que o colo da planta fique coberto.
IRRIGAÇÃO: O coqueiro se adapta a diversos sistemas de irrigação.
Os mais recomendados são:
A irrigação localizada
No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações.
A água é aplicada no solo através de emissores, em pequena intensidade e alta frequência, para manter a umidade próximo da ideal, que é a de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizados. Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972) e, o segundo, o mais recente (1982). Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação. Um sistema completo de irrigação localizada consta de conjunto motobomba, cabeçal de controle, linhas de tubulações (de recalque, principal, secundária e lateral), válvulas e emissores (gotejadores ou microaspersores).
O conjunto motobomba é normalmente de menor potência, em virtude das pequenas alturas manométricas e das pequenas vazões do sistema. O cabeçal de controle é o cérebro do sistema.
Nele ocorrem vários processos fundamentais, tais como a filtragem da água, a mistura dos produtos para quimigação e a distribuição da água para os vários setores. É composto de filtros, válvulas, manômetros e injetor de fertilizantes.
Os filtros são de três tipos mais comuns: de areia, de tela e de disco. O de areia é usado para reter o material orgânico e partículas maiores e, por isso, é o primeiro filtro do sistema.
Sua limpeza é feita facilmente com a retrolavagem, recomendada a cada aumento de 10 a 20% da perda de carga normal do filtro, quando limpo (aproximadamente 20 kPa).
Em algumas condições especiais de qualidade da água ou mesmo em alguns sistemas de microaspersão, pode-se dispensar seu uso. O filtro de tela tem grande eficiência na retenção de pequenas partículas sólidas, como a areia fina, porém entopem facilmente com algas. A tela usada apresenta orifícios que podem variar de 0,074 mm (200 mesh ou malhas por polegada) até 0,2 mm (80 mesh).
Constitui, juntamente com o filtro de areia, o sistema de filtragem mais usado. Os filtros de discos têm forma cilíndrica e são colocados na linha, em posição horizontal.
O elemento filtrante é composto por um conjunto de pequenos anéis, com ranhuras, presos sobre um suporte central cilíndrico e perfurado.
A água é filtrada ao passar pelos pequenos condutos formados entre anéis consecutivos. A qualidade da filtragem vai depender da espessura das ranhuras.
Na maioria dos coqueirais irrigados no Brasil até a década de 80, com irrigação localizada, dava-se preferência a irrigação por gotejamento, e ainda hoje vem sendo utilizada, principalmente nos Estados da Paraíba e Ceará. Atualmente a irrigação localizada por microaspersão, vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio sistema apresenta como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de melhor adequar o perfil do bulbo úmido ao sistema radicular da cultura.
A microaspersão na cultura do coqueiro, se expande em todo o Pais, principalmente nos municípios de Petrolina-PE, Juazeiro, Anagê, Bom Jesus da Lapa-BA, Varjota, Paraibaba-CE, Norte de Minas, Platô de Neópolis-SE e São Mateus, Vila Valério e São Gabriel da Palha-ES.
A irrigação localizada: Gotejamento e Microaspersão
A cultura do coqueiro exige grande quantidade de água durante seu desenvolvimento vegetativo e fase produtiva.. A irrigação, além de favorecer o desenvolvimento da planta, contribui para a precocidade de floração, que ocorre a um (01) e oito (08) meses que a partir daí produz continuamente. O suprimento adequado de água a cultura promove aumento da produtividade e a produção de frutos durante ano inteiro.
A cultura do coqueiro adapta-se bem a diversos métodos de irrigação, dentre eles a irrigação por sulcos, a aspersão convencional e a irrigação localizada.
No método de irrigação localizada, a quantidade de água necessária a cultura é fornecida individualmente a cada planta, sobre uma área limitada da zona radicular, através de redes de tubulações.
A água é aplicada em pequena intensidade, e alta frequência para manter a umidade do solo na região explorada pelas raízes próxima à umidade de capacidade de campo, de modo que as perdas por percolação e por escoamento superficial sejam minimizadas.
Atualmente, a irrigação localizada vem sendo utilizada em grande escala, em razão das vantagens que o próprio método apresenta, como aumento da eficiência do uso da água e nutrientes, além de maior economia de mão-de-obra, água e energia, pois, molha somente parte da superfície do solo. Os sistemas de irrigação por gotejamento e microaspersão são os mais difundidos, sendo, o primeiro o mais antigo no Brasil (1972), e o segundo, o mais recente (1982). Diferem entre si quanto ao sistema de aplicação.
No sistema por gotejamento, os gotejadores normalmente trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, cujas vazões variam de e 2 a 16 l.h-1, sendo mais comum na cultura do coqueiro, gotejadores com 4 l.h-1, dependendo do espaçamento entre gotejadores
Os gotejadores são mais sensíveis ao entupimento, e proporcionam uma maior concentração do sistema radicular do coqueiro.
No caso da microaspersão no cultivo do coqueiro, os microaspersores normalmente também trabalham com pressões de serviço de 10 a 30 mca, atingindo vazões entre 20 a 100 l.h-1, sendo mais comum microaspersores com 30 a 50 l.h-1. Eles são menos sensíveis ao entupimento quando comparados aos gotejadores.
Na irrigação por gotejamento, deve-se usar no mínimo dois (02) gotejadores por planta, enquanto na irrigação por microaspersão usa-se apenas um (01) microaspersor por cova.
Na opção por microaspersão ou gotejamento, deve-se levar em consideração o tipo de solo, a quantidade e qualidade da água a ser utilizada. Se a água for escassa, e de baixa qualidade principalmente quanto à salinidade, com possibilidade de promover salinização, e se o solo for de textura média a argilosa deve-se dar preferência ao gotejamento, por proporcionar melhor volume de solo umedecido e menor incidência danoso dos efeitos da salinidade no solo e na cultura. Nos solos arenosos, a microaspersão seria a mais recomendada, pois propiciará maior volume de solo molhado, neste tipo de solo, pois a água penetra e se move com maior velocidade, sendo necessário uma área de umedecimento maior, beneficiando o sistema radicular do coqueiro.
Nas regiões com pouca possibilidade de salinização e independente do tipo de solo, como é o caso das zonas litorâneas, cerrados, etc, o mais recomendado seria a microaspersão.
Deve-se levar em consideração na momento de optar por um ou outro sistema localizado, a qualidade da água de irrigação.
Água com alto teor de sais e matéria orgânica, pode ao longo do tempo promover obstruções nos gotejadores ou microaspersores.
Aspersão convencional
Neste método a água é aplicada na forma de chuva artificial com fracionamento do jato d água, originando gotas que espalham pelo ar e atingem o solo.
É um sistema pressurizado e sua distribuição envolve tubulações com derivações que conduzem a água até os aspersores que direcionam o jato e auxiliam seu fracionamento. os sistemas de irrigação por aspersão convencional é bastante utilizado, sendo que no extremo sul da Bahia estão usando, canhões e autopropopelidos em pomares novos em formação e início de produção.
A irrigação por superfície através de sulcos, respectivamente na ordem de maior adequação à cultura e economia d’água.
Este sistema consiste na distribuição de água às áreas irrigadas utilizando a própria superfície do solo para escoamento gravitacional, durante o tempo necessário para que a água, infiltrada ao longo do sulco, seja suficiente para umedecer o solo da zona radicular efetiva da cultura.
Este sistema prevalece em quase todas as áreas de agricultura irrigada do mundo e também no Brasil, tendo sido o primeiro sistema de irrigação usado na cultura do coqueiro.
Para a cultura do coqueiro, geralmente utiliza-se um (01) a dois (02) sulcos por fileira de planta, o que resulta no molhamento de 30 a 80% da superfície total da área irrigada, diminuindo assim as perdas por evaporação, permitindo ainda realizar os tratos culturais e colheita durante e após a irrigação. Quanto a forma geométrica, a mais comum é “V”, com 15 a 20 cm de profundidade e 25 a 30 cm de largura, na parte superior, que normalmente conduz uma vazão inferior a 2 l/s.
Este sistema de irrigação é comum na região de Souza-PB, Juazeiro-BA, Petrolina-PE, Pentecoste e Lima Campos-CE, em áreas de pequenos produtores localizadas em perímetros irrigados.
PRODUÇÃO: Os frutos são grandes, em número de 50 a 80 por planta/ano geralmente, variedades gigantes, e 150 a 240 frutos/planta/ano nas variedades anãs. Os frutos se prestam tanto para o consumo “in natura” como para a produção de copra para a indústria, pois, possuem endocarpo espesso e firme.
Mata dos Cocais – Resumo
A mata dos cocais ocorre nos estados do Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte, sendo constituída por palmeiras, principalmente babaçu e carnaúba, ocorrendo também o buriti e a oiticica.
Apresenta-se na transição entre a Amazônia e a região Nordeste, entre os climas equatorial, semi-árido e tropical, passando a vegetação de florestal amazônica – mata dos cocais – mata atlântica.
Localizada entre a Amazônia e a caatinga, esta mata tem rápido crescimento e por isso tem também sobrevivido ao desmatamento que vem sofrendo devido à importância econômica que o babaçu e a carnaúba possuem e à ampliação das áreas de pastos.
Da carnaúba se extrai a cera e do babaçu o óleo, destinado à indústria de produtos de limpeza (sabões) e de cosméticos, fibras e glicerina entre outros. Do buriti fabrica-se doce. O babaçu domina o ambiente na mata dos cocais e, por se desenvolver mais rápido, está livre da competição com outras espécies.
Carnaúba
Babaçu
Riscos
Embora aproveitada, em parte, de maneira ordenada por projetos comunitários sustentáveis, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pecuária.
São florestas secundárias, isto é, cresceram após o desmatamento.
Características
Mata dos Cocais
No lado oeste, onde a proximidade com o clima equatorial da Amazônia a torna mais úmida, é predominante a presença do babaçu, palmeiras que atingem 15 a 20m de altura, de onde é extraído um óleo utilizado pela indústria de alimentos e cosméticos.
No lado leste, mais seco, predomina a carnaúba, que pode atingir até 20m de altura, cujas folhas retira-se a cera empregada como lubrificante na indústria eletrônica, de perfumaria, e na fabricação de plásticos e adesivos. Embora aproveitada, em parte, de maneira ordenada por várias comunidades extrativistas que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal, a Mata de Cocais também é seriamente ameaçada pela ampliação das áreas de pasto para a pecuária, principalmente no Maranhão e no norte do Tocantins. Essa área ocupa menos de 3% da área total do Brasil.
O babaçu domina o ambiente e está sendo destruído em ritmo intenso pelas pastagens, mas pode sobreviver pela velocidade com que se reproduz e pelos produtos que são extraídos dele (cera, óleo, fibras, glicerina etc.), de alto valor para a sobrevivência da população local.
Utilidade
Dos cocos do babaçu é extraído o óleo, muito utilizado pelas indústrias alimentícia e de cosméticos; da carnaúba, a cera é o produto mais procurado pelo mercado. Assim, a Mata de Cocais garante a sobrevivência de comunidades extrativistas, que exercem suas atividades sem prejudicar essa formação vegetal.
Fonte: www.geocities.com/www.terrabrasileira.net/www.mikewood.com.br/www.biobras.org.br
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