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Localizado no coração da floresta Amazônica, centro da região Norte do Brasil, o Estado do Amazonas ocupa área de 1.577.820,2 km2, limitando-se ao norte com a Venezuela e o Estado de Roraima; a noroeste com a Colômbia; a leste com o Estado do Pará; a sudeste com o Estado de Mato Grosso; ao sul com o Estado de Rondônia; e a sudoeste com o Peru e o Estado do Acre. É o maior Estado do Brasil, ocupando mais de 18% da superfície do País e seu território está distribuído pelo Planalto das Guianas (ao norte) e pelas encostas do Planalto Brasileiro (ao sul).
Com baixa densidade demográfica, que corresponde a 1,4 habitantes por km2, a população do Estado do Amazonas é de 2.217.163 habitantes, dos quais 71,4 % se encontram nas áreas urbanas e 28,6 % vivem na zona rural. A população entre 0 e 14 anos de idade representa 43,8% do total; entre 15 e 59 anos responde por 52%;e as pessoas com mais de 60 anos de idade representam 4,2% da população do Estado.
As mulheres são 49,6 % da população e os homens 50,4 %. O nome “Amazonas” é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer “ruído de águas, água que retumba”.
Foi originalmente dado ao rio que banha o Estado, pelo capitão espanhol Francisco Orelhana, quando, ao descê-lo em todo o comprimento em 1541, a certa altura encontrou uma tribo de índias guerreiras, com a qual lutou. Associando-se às Amazonas do Termodonte, deu-lhes o mesmo nome.
Formação Histórica
Pelo Tratado de Tordesilhas, assinado entre Espanha e Portugal em 1494, a região Amazônica pertencia à Espanha. Desde o início do século XVII, no entanto, passou a ser alvo de incursões portuguesas.
As disputas com a Espanha terminaram com a assinatura do Tratado de Madri, em 1750, que deu a Portugal a posse definitiva da região. Em 1850, D. Pedro II criou a província do Amazonas. No início do século XX, a exploração da borracha levou grande riqueza para a região Amazônica. Com a decadência econômica que se sucedeu, em decorrênciada exploração intensiva daquele produto nas colônias inglesas e holandesas do oriente, notadamente na Malásia, o Estado passou por longo período de estagnação econômica. A partir de 1950, começou gradativamente a retomar o crescimento por meio de incentivos do Governo Federal. Esse processo culminou com a criação da Zona Franca de Manaus, em 1967, que introduziu a industrialização na região Amazônica.
O Poder Executivo do Estado do Amazonas é chefiado pelo Governador Amazonino Mendes, eleito em 1994, pelo Partido Progressista Reformador (PPR), para um mandato de quatro anos.
A Assembleia Legislativa do Estado compõe-se de 24 deputados estaduais e a representação no Congresso Nacional inclui três senadores e oito deputados federais.
Manaus
A capital do Estado é a cidade de Manaus, situada às margens do rio Negro, com população de 1.078.277 habitantes.
Constituindo-se hoje em importante centro industrial de fabricação de materiais elétricos e eletrônicos, a cidade de Manaus conheceu grande surto de desenvolvimento a partir de 1967, com a criação pelo Governo Federal, da Zona Franca de comércio e indústria em seu território.
Desde então, a capital do Estado do Amazonas vem sofrendo grandes transformações, que se refletem em todos os aspectos da vida dos habitantes locais.
Nos primeiros anos do século XX, a cidade de Manaus vivia em grande opulência, constituindo-se importante centro cultural. Os antigos senhores da borracha, que pretendiam edificar uma cidade em estilo europeu, tornaram-na conhecida como a “Paris dos Trópicos”. A paisagem arquitetônica local contribuía para confirmar o luxo e a ostentação em que viviam seus habitantes.
Reflexo desse período de prosperidade encontra-se em alguns monumentos arquitetônicos de Manaus, como o Teatro Amazonas, inaugurado em 1896 e declarado patrimônio nacional em 1965.
Construído nos estilos eclético e neo-clássico, com materiais e artistas trazidos da Europa, sua nave central, em formato de harpa, tem capacidade para 640 pessoas na plateia. Existem ainda na cidade, construções que refletem os traços da engenharia inglesa, como o dique flutuante do porto e seus edifícios adjacentes; e o Palácio da Justiça, que possui traços da arquitetura francesa.
Muitas das construções da cidade sofreram influência do estilo art nouveau, como são os casos de alguns edifícios e do Mercado Municipal.
Um dos mais procurados pontos turísticos da cidade de Manaus é a Praia de Ponta Negra, situada nas margens do Rio Negro, a 13 km do centro da cidade. No período de vazante do rio, as areias avançam sobre o seu leito, formando um belo contraste com as águas escuras.
Destaca-se ainda na cidade de Manaus o extenso bosque existente na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), onde também se encontra um Jardim Botânico, rico em espécies da flora da região amazônica, além de um Jardim Zoológico onde existem diversos animais cujas espécies se encontram em extinção.
São também importantes os museus encontrados na cidade de Manaus, que revelam informações diversas sobre a história e o estilo de vida do homem da floresta. Entre os principais destacam-se o Museu do Índio, com grande acervo de objetos das nações indígenas do alto Rio Negro; o Museu de Ciências Naturais da Amazônia, onde pode ser encontrada grande variedade de insetos e animais embalsamados; o Museu do Homem do Norte, com coleções de objetos que traduzem o modo de vida, os costumes e a cultura do habitante local; e o Museu do Porto, que possui acervo de peças históricas, documentos, planos e instrumentos dos ingleses que construíram o porto, em 1904.
Economia
A economia do Estado baseia-se principalmente nas atividades de extrativismo, mineração, indústria e pesca. Os principais produtos agrícolas cultivados no estado incluem a laranja, a mandioca, o arroz e a banana.
Entre os minerais existentes, destacam-se o calcário, a gipsita e o estanho. A produção industrial recebeu significativo impulso a partir de 1967, quando foi criada a Zona Franca comercial e industrial de Manaus, com o objetivo de promover o desenvolvimento da região. Destacam-se no parque industrial do Estado, a produção de materiais elétricos e de comunicação; a indústria metalúrgica e de extração mineral; a fabricação de relógios; e a indústria alimentícia e de bebidas.
A pesca é uma das principais atividades econômicas da população amazônica e o alimento básico para o seu sustento. Existem várias espécies de peixes nos inúmeros rios da região, entre os quais se destacam o tucunaré, o dourado amazônico, o gamitana e a pescada. As piranhas, cuja carne é muito apreciada por pescadores, habitam quase todos os rios da Amazônia. No entanto, raramente encontram-se em concentrações suficientes para causar o perigo que a elas é frequentemente atribuído. O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo, é encontrado em abundância nos rios amazônicos. Podendo atingir dois metros de comprimento e pesar até 150 kg, suas escamas são utilizadas como lixas e sua carne é muito apreciada pelos habitantes da região.
O peixe-boi, uma das espécies mais exóticas da Amazônia, encontra-se em risco de extinção, por ser presa fácil de caçadores. Trata-se de um mamífero que pode alcançar até três metros de comprimento e 400 kg de peso.
Aspectos Geográficos
O relevo do Estado do Amazonas apresenta três patamares de altitude – igapós, várzeas e baixos platôs ou terra firme – definidos pelo volume de água dos rios, em função das chuvas.
Os igapós são áreas permanentemente inundadas, com vegetação adaptada a permanecer com as raízes sempre debaixo d ‘água.
As várzeas encontram-se em terreno mais elevado e são inundadas apenas na época das cheias dos rios. A seringueira é um exemplo do tipo de árvores existentes nessa área.
Os baixos platôs ou terra firme estão localizados nas partes mais elevadas e fora do alcance das cheias dos rios.
Na região norte do Estado, encontra-se o ponto mais alto do território brasileiro, o pico da Neblina, com 3.014 metros de altitude, localizado na serra de Imeri, próximo à Venezuela.
A linha do Equador atravessa o Estado, fazendo predominar o clima equatorial, caracterizado por temperaturas médias entre 24º e 26º e chuvas abundantes durante todo o ano.
A vegetação típica dessa região é a floresta equatorial
Flora e fauna
A vegetação típica do Estado é a floresta equatorial, que se divide em três tipos: matas de terra firme, matas de igapó e matas de várzea.
Nas matas de terra firme encontram-se as grandes árvores de madeira de lei da Amazônia. Em alguns locais as copas das árvores são tão grandes que impedem a passagem de até 95% da luz do sol, tornando o interior da floresta escuro, mal ventilado e úmido. Entre as principais espécies existentes nessa região encontram-se as castanheiras- do-pará, a seringueira, o guaraná e o timbó, árvore utilizada pelos índios para envenenar os peixes. As matas de igapó localizam-se nos terrenos mais baixos, próximos aos rios, mantendo-se permanentemente alagadas. Durante o período de cheia, as águas inundam as margens dos rios, avançam pela floresta e chegam quase a alcançar as copas das árvores, formando os “igapós”. Quando esse fenômeno acontece nos pequenos rios e afluentes, são denominados “igarapés”. As árvores encontradas nesse tipo de matas podem atingir 20 metros de altura, mas é comum encontrar-se árvores de dois a três metros, com ramificação baixa e densa, de difícil penetração.
Sua espécie mais famosa é a vitória-régia, conhecida como a “rainha dos lagos”. A folha da vitória-régia pode chegar a medir um metro e oitenta centímetros de diâmetro.
As bordas de suas folhas são levantadas e espinhosas, para evitar a ação destruidora dos peixes, e as raízes se fixam no fundo da água, formando um bulbo com um cordão fibroso revestido de espinhos.
A flor também se abre protegida por espinhos e muda de cor, do branco para o rosa, com o passar do tempo. O bulbo da vitória-régia é muito apreciado pelos índios e as sementes se assemelham às do milho.
No período de seca as vitórias-régias desaparecem, voltando suas sementes a germinar na estação das cheias. As matas de várzea localizam-se entre a terra firme e os igapós, variando de acordo com a proximidade dos rios. Nelas podem ser encontradas árvores de grande porte como a seringueira, as palmeiras e o jatobá.
A Floresta Amazônica concentra grande diversidade de espécies de plantas medicinais, comestíveis, oleaginosas e colorantes, muitas das quais ainda não foram investigadas em profundidade.
Suas propriedades continuam sendo estudadas em laboratórios. Acredita-se que 25% de todas as essências farmacêuticas utilizadas atualmente pela medicina tenham sido extraídas das florestas tropicais.
A variedade da flora amazônica tem como seu principal habitat as matas de igapó e terra firme. Dentre as espécies mais conhecidas de plantas medicinais extraídas da Amazônia encontram-se o guaraná, que apresenta propriedades vitalizantes, rejuvenescedoras e afrodisíacas, atuando como tônico do coração e ativando as funções cerebrais e a circulação periférica; a copaíba, que contém um azeite desinflamatório e cicatrizante, utilizada em casos de úlceras e faringites; e o urucú, que possui sementes com propriedades capazes de aumentar a pigmentação de tecidos adiposos, tornando a pele resistente e com coloração natural. Contém betacaroteno (vitamina A) e pode ser ingerido em cápsulas ou utilizado na culinária, como corante natural.
A fauna da região Amazônica também é rica e variada, incluindo felinos, roedores, aves, quelonios e primatas.
Algumas espécies encontram-se em perigo de extinção e passam a ser protegidas pelos órgãos especializados do Governo, para terem garantida a sua sobrevivência. Este é o caso do macaco uacari branco e do pequeno sagui, que apenas podem ser encontrados atualmente nos arredores da cidade de Manaus.
Rede hidrográfica
A bacia Amazônica estende-se por 3.889.489,6 km2, representando um quinto de toda a reserva de água doce do planeta.
Seus rios estão condicionados ao regime das chuvas e se constituem praticamente as únicas vias de transporte dos habitantes locais. Existem mais de 20 mil km de vias fluviais navegáveis, ligando comunidades distantes na região. O rio Amazonas é o segundo mais extenso do planeta e o primeiro em volume de água (100.000 m3). Nasce no planalto de La Raya, no Peru, com o nome de Vilcanota, passando a se chamar Solimões quando entra em território brasileiro. A partir da confluência com o rio Negro, nas proximidades da cidade de Manaus, recebe o nome de Amazonas. Dos seus 6.515 km de extensão, 3.600 correm em território brasileiro a uma velocidade de 2,5 km; hora, levando em seu leito toneladas de sedimentos arrancados das margens, o que torna a sua coloração amarelada.
Sua largura varia de quatro a cinco km, chegando a alcançar 10 km em certos locais. A profundidade média do rio Amazonas chega a quase 100 metros. Entre seus mais de sete mil afluentes, os principais são os rios Madeira (que percorre uma extensão de 3.200 km), o Xingu e o Tapajós, na margem direita; e os rios Negro, Trombetas e Jari, na margem esquerda.
Encontro das águas
A aproximadamente 10 km de Manaus, as águas escuras do rio Negro se encontram com as águas barrentas do rio Solimões, correndo lado a lado, sem se misturarem, por uma extensão de cerca de seis km, quando passam então a formar o rio Amazonas, até chegar ao oceano Atlântico.
Trata-se de um fenômeno muito apreciado por turistas, que decorre das diferenças de densidade, temperatura e velocidade de ambos os rios.
Pororoca
É o fenômeno do encontro das correntes de maré do oceano com a corrente fluvial, que ocorre na foz do rio Amazonas, onde as marés se manifestam com grande amplitude e impetuosidade.
Anavilhanas
Situado no rio Negro, o arquipélago de Anavilhanas é formado por 400 ilhas que abrigam complexo ecossistema da Amazônia.
A região está protegida por legislação federal que criou a Estação Ecológica de Anavilhanas, com área de 350 mil hectares. No período das cheias do rio Negro, metade das ilhas ficam submersas e os animais têm que se refugiar nas partes mais elevadas. Quando as águas começam a baixar, as ilhas deixam à mostra praias e canais que entrecortam toda a região como uma rede, num percurso de aproximadamente 90 km. A região de Anavilhanas encontra-se próxima ao Parque Nacional de Jaú, a maior reserva florestal da América do Sul, com 2,27 milhões de hectares, também banhada pelo rio Negro.
Parques ecológicos
Em todo o Estado do Amazonas existem vários parques nacionais ecológicos, entre os quais se destaca o Parque do Pico da Neblina, que abriga um conjunto de montanhas ocupando 2,20 milhões de hectares.
Próximo à cidade de Manaus encontra-se o Parque Ecológico de Janauary, localizado na região do rio Negro, com área de 9 mil hectares. Possui matas de terra firme, igapós e de várzea, onde os turistas podem passear de canoa, apreciando a vegetação típica dos igarapés. Contém ainda um lago, onde se encontra grande quantidade de vitórias-régias que podem ser admiradas de uma passarela rústica, construída para esse fim. O Parque de Janauary é administrado por um consórcio turístico formado por empresas do setor, com a cessão do Governo do Estado.
Turismo ecológico
É o grande atrativo dos roteiros de viagens pela Amazônia, proporcionando ao turista a oportunidade de conhecer e aprender a respeito da floresta tropical e de seus habitantes.
Seu objetivo principal é promover a interação do homem com a natureza e a valorização da rica diversidade biológica da região.
O turismo ecológico no Estado inclui programas de viagens de barco, pernoites em hotéis de selva e passeios pela floresta. Podem ter a duração de horas ou de dias, em função do interesse e disponibilidade de tempo do visitante. Os programas são sempre realizados na companhia de guias especializados em sobrevivência na selva, que são profissionais formados em cursos administrados pelo Exército Brasileiro.
Hotéis de selva
O Estado do Amazonas foi o pioneiro nesse tipo de hospedagem. Os alojamentos, conhecidos como “lodges” ou hotéis de selva, são empreendimentos construídos na margem de rios, em plena selva, flutuando sobre as águas tranquilas de um lago amazônico. Nesses lugares os visitantes podem sentir-se completamente integrados ao tipo de natureza que constitui o universo da floresta.
Os hotéis de selva são classificados de acordo com o nível de integração com o meio ambiente e as comodidades oferecidas aos hóspedes. Existem alojamentos com infraestrutura mais completa e outros mais rústicos.
Entre os hotéis de selva mais procurados por turistas que visitam a Amazônia encontram-se o Ariaú Jungle Tower e o Acajatuba Jungle Lodge, a 60 km da cidade de Manaus; o Amazon Village e o Amazon Lodge, distantes, respectivamente, 70 e 80 km de Manaus; e o Salvador Lake, situado a 18 km da cidade de Manaus. O homem que habita o Estado do Amazonas é, sem dúvida, o maior responsável pela conservação do meio ambiente da região.
Ele convive em perfeita harmonia com a selva, utilizando racionalmente a natureza para sua subsistência. Por essa razão, o Estado do Amazonas registra, até o presente, o menor índice de interferência humana na floresta nativa. A extensa vegetação que cobre o Estado pode ser apreciada pelo viajante que percorre seus rios ou sobrevoa, durante horas,a região, sem que a paisagem verde se modifique. A necessidade de promover o desenvolvimento, com a conservação do meio ambiente, induziu o Governo do Estado a estimular progressivamente o ecoturismo, importante gerador de emprego e renda, como também instrumento de conscientização da necessidade da proteção ambiental.
Mapa da Amazônia Legal
A Amazônia Legal (AML) é constituída por nove estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Rondônia, Roraima e parcialmente pelo estado do Maranhão a oeste do meridiano de 44º GRw), que ocupam 60% do território brasileiro, abriga 12% da população do país, mas participa tão somente com 5,3% do PIB nacional. Segundo estudo da FGV, em 1995 a renda per capita da AML foi de U$ 1.201,00, bem abaixo da metade da média nacional que foi de U$ 3.028,00.
O Território
O Território da Cidadania Portal Da Amazônia – MT abrange uma área de 111.167,50 Km² e é composto por 16 municípios: Alta Floresta, Apiacás, Carlinda, Colíder, Guarantã do Norte, Marcelândia, Matupá, Nova Bandeirantes, Nova Santa Helena, Nova Canaã do Norte, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Terra Nova do Norte, Nova Guarita, Nova Monte verde e Novo Mundo.
A população total do território é de 262.537 habitantes, dos quais 89.245 vivem na área rural, o que corresponde a 33,99% do total. Possui 20.062 agricultores familiares, 20.647 famílias assentadas e 8 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,74.
Embora venha perdendo posição para os estados do Maranhão e Amazonas, o estado do Pará ainda apresenta o maior PIB da região (25%), seguido do Amazonas (24%), Maranhão (22%) e Mato Grosso (11%).
Os demais estados perfazem juntos 18%.
Estados da Amazônia – Acre
Situado no extremo oeste da Região Norte, o Acre faz fronteira com o Peru e a Bolívia. O transporte e a comunicação são precários. Há poucas estradas – apenas 5,5% pavimentadas – e nenhuma ferrovia.
A maior parte da população vive à beira-rio e os barcos são seus principais meios de locomoção.
Entre as obras consideradas prioritárias está a recuperação da BR 364, que liga os principais pólos econômicos: a região do Alto Purus, com sede na capital, Rio Branco; e a do Alto Juruá, centralizada em Cruzeiro do Sul.
Todo o território era originariamente coberto pela floresta Amazônica, rica em seringueiras, das quais se extrai a borracha. No século passado, no auge da exploração dos seringais, os nordestinos foram os principais colonizadores do estado.
Desse povoamento ficaram marcas na culinária – em pratos como bobó de camarão, vatapá e carne-de-sol com macaxeira. Já o pirarucu de casaca e a rabada ao tucupi vêm da herança indígena.
Também são importantes economicamente a pesca e as lavouras de subsistência. A pequena indústria limita-se a serrarias e engenhos de açúcar.
Estados da Amazônia – Amapá
O Estado do Amapá está localizado no estremo Norte do Brasil, quase que inteiramente no hemisfério Norte. Por suas características geo-físicas, sociais, políticas e econômicas, faz parte da vasta região Amazônica ou região Norte do Brasil.
A configuração do mapa do estado é de um losango imperfeito, tendo suas vértices dirigidos para os pontos cardeais. A linha do Equador passa ao sul do estado, na cidade de Macapá.
A cidade de Macapá é a capital do Estado, fica localizada ao sul e é banhada pelo braço norte do rio Amazonas.
O Estado do Amapá é banhado a leste pelo Oceano Atlântico e o rio Amazonas. O seu litoral com 242 Km de extensão, vai do Cabo Orange ao Cabo Norte, isto é, da foz do rio Oiapoque a foz do rio Amazonas.
Com uma área de 143.453 Km². É maior que muitos países do mundo bem como de algumas unidades brasileiras.
Estados da Amazônia – Amazonas
Localizado na Região Norte e cortado pela linha do Equador, o Amazonas é quase inteiramente coberto pela floresta Amazônica. Lá estão 33% das reservas florestais da Terra e a maior diversidade biológica do planeta. Além do rio Amazonas, o estado abriga os dois maiores arquipélagos fluviais do mundo – Mariuá e Anavilhanas. A natureza, no entanto, não é o único atrativo. Na capital, Manaus, há marcos arquitetônicos do período áureo da borracha, com destaque para o Teatro Amazonas – construído no final do século passado com materiais nobres de várias partes do mundo.
O Amazonas tem baixa densidade demográfica e a maior parte da população vive beira-rio. Em áreas periodicamente alagadas é comum a construção de casas sobre palafitas.
O estado tem o maior número de índios do país – 27,5% do total.
Raízes indígenas e nordestinas transparecem na culinária da região, que tem no peixe a base de seus principais pratos, como a moqueca com postas de tucunaré ou surubim.
Uma mistura do bumba-meu-boi do Nordeste com lendas indígenas marca o Festival Folclórico de Parintins, em que a disputa entre os bois Garantido e Caprichoso faz a maior festa popular da Região Norte.
A Zona Franca de Manaus, criada para estimular o desenvolvimento industrial na região, é fundamental para a economia, mas deverá ser extinta em 2013, por força da Constituição.
A pesca e o extrativismo mantêm-se como atividades importantes: são coletados a castanha-do-pará, a borracha o guaraná, a goma e a piaçava. A partir de 1994, a chegada de madeireiras asiáticas à região – acusadas de não cumprir a legislação sobre exploração sustentada, que prevê a reposição das espécies retiradas – preocupa ambientalistas de todo o país.
Estados da Amazônia – Pará
Situado no norte do Brasil, predomina no estado o clima quente e úmido, típico das regiões equatoriais. Na capital, Belém as chuvas são tão frequentes que seus habitantes costumam marcar encontros para antes ou depois delas.
Os colonizadores portugueses deixaram como herança a mais importante festa religiosa do estado. Todo mês de outubro, 1,5 milhão de pessoas participam, em Belém, da procissão do Círio de Nazaré.
A devoção a Nossa Senhora de Nazaré, introduzida pelos jesuítas, é reforçada pela lenda segundo a qual uma imagem milagrosa da santa teria sido encontrada onde hoje está a Basílica de Nazaré.
A natureza é a atração da ilha de Marajó, que abriga também os maiores rebanhos de búfalo do país. A influência indígena se faz sentir na cerâmica marajoara, que tem como principal característica o desenho geométrico em vermelho e preto. São igualmente indígenas os ingredientes dos pratos mais tradicionais do estado, como o tucupi e o tacacá, feitos com a folha da mandioca fervida muitas vezes para eliminar o veneno.
Ao redor de Marajó acontece o encontro do rio Amazonas com o oceano Atlântico. O rio Tocantins, que desemboca no oeste da ilha, alimenta as turbinas da hidrelétrica Tucuruí, usina que fornece energia para a extração de minério de ferro da serra do Carajás. Além de enormes jazidas de ferro, o estado possui reservas de cobre, manganês, bauxita e ouro.
Estados da Amazônia – Rondônia
Rondônia fica na Região Norte, na fronteira com Amazonas, Mato Grosso e Bolívia. Dois terços de sua área são cobertos pela floresta Amazônica. O cerrado é a vegetação do topo dos pontos mais altos do estado – a chapada dos Parecis e a serra dos Pacaás, onde há um parque nacional. O clima predominante é o equatorial, com chuvas abundantes e temperatura média anual de 26°C.
A capital, Porto Velho, nasce a partir de núcleos populacionais que se formam em torno das instalações da ferrovia Madeira-Mamoré. Concluída em 1912 e várias vezes paralisada, a ferrovia é desativada definitivamente em 1972. Apenas um trecho de 7 km continua em funcionamento para atender ao turismo.
Até a década de 60, a economia se resume à extração de borracha e de castanha-do-pará.
A abertura de estradas em comunicação com o centro e o sul do país favorece a produção agropecuária e a indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita leva Rondônia a viver grande crescimento populacional.
Estados da Amazônia – Roraima
Ao norte de Roraima, na serra do Pacaraima, estão situados o ponto extremo norte do país – na nascente do rio Ailã, no monte Caburaí – e o ponto culminante do estado, o monte Roraima, que é também o marco fronteiriço com a Guiana e a Venezuela. Cortada ao sul pela Linha do Equador, a região possui temperatura elevada o ano inteiro. No período das secas, o nível das águas do rio Branco, o principal, forma praias de águas límpidas.
Roraima é o estado de menor população no Brasil e também o que registra a menor densidade demográfica. Mas detém a terceira maior população indígena do país – cerca de 14% do total do estado -, que ocupa mais da metade do território. Sua influência se revela na culinária à base de peixes e nos produtos artesanais.
Com a abertura da Perimetral Norte, em 1983, recebe vários migrantes, principalmente nordestinos, à procura de jazidas minerais e áreas cultiváveis. A extração de madeira, ouro, diamante e a pecuária são as principais atividades econômicas.
Fonte: dc.itamaraty.gov.br/www.exercito.gov.br/www.territoriosdacidadania.gov.br
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