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Classificação do Lixo – Definição
Resíduo é um produto ou substância que não é mais adequado para o uso pretendido. Enquanto nos ecossistemas naturais os resíduos (ou seja, oxigênio, dióxido de carbono e matéria orgânica morta) são usados como alimento ou reagente, os resíduos resultantes das atividades humanas são muitas vezes altamente resilientes e levam muito tempo para se decompor.
Para legisladores e governos, definir e classificar os resíduos com base nos riscos relacionados ao meio ambiente e à saúde humana é, portanto, importante para fornecer uma gestão de resíduos adequada e eficaz.
Para o produtor ou detentor, avaliar se um material é ou não um resíduo é importante para identificar se as regras de resíduos devem ser seguidas.
As definições também são relevantes na coleta e análise de dados de resíduos, bem como nas obrigações de relatórios nacionais e internacionais.
Resíduos foram definidos na maioria dos países e geralmente estão vinculados ao conceito de descarte.
No nível mais detalhado, uma notável variedade de definições e abordagens de classificação são usadas globalmente. Materiais e substâncias que são direcionados para reciclagem ou reutilização são muitas vezes (mas nem sempre) considerados como resíduos, uma vez que o produtor ou detentor os descarta e eles só deixarão de ser resíduos se determinados procedimentos forem concluídos e documentados.
A definição de resíduos às vezes também pode ser uma decisão caso a caso. Por exemplo, os subprodutos industriais podem, em certas condições, ser considerados não resíduos. O regulamento nacional de resíduos é o principal ponto de referência a este respeito.
A classificação de resíduos significa estabelecer se os resíduos são perigosos com base na natureza de suas propriedades físicas, de saúde e ambientais perigosas; e o nível de gravidade do perigo representado.
Classificação do Lixo – Processo
Classificação do Lixo
A classificação é o processo de identificação e descrição de resíduos industriais. Se você cria, gerencia ou controla resíduos industriais, deve classificá-los.
A classificação ajuda você a gerenciar os riscos de danos à saúde humana e ao meio ambiente de resíduos. Também pode ajudá-lo a cumprir suas obrigações sob o dever ambiental geral.
O processo de classificação ajuda a identificar seus resíduos.
A classificação de resíduos ajuda você a:
Determinar quais direitos de resíduos se aplicam
Passar informações relevantes ao longo da cadeia de abastecimento de resíduos para que as pessoas que recebem resíduos possam gerenciar os riscos
Determinar um local legal para levar os resíduos para recuperação de recursos (reciclagem ou reprocessamento de resíduos ou recuperação de energia a partir de resíduos), reutilização ou eliminação.
Um expedidor credenciado pode ajudá-lo a classificar seus resíduos. Trabalhar com um expedidor credenciado é opcional.
Classificação do Lixo – Resíduos
Classificação do Lixo
Sociedades industriais avançadas produzem enormes quantidades de resíduos. As pessoas o reconhecem quando o veem, mas o desperdício não admite qualquer definição estritamente física. Além disso, o que em um ponto é desperdício pode, em outro, ser facilmente um recurso. Exemplos incluem escavações arqueológicas em lixões arcaicos, criações artísticas de usinas de cogeração de objetos trouvés e centros de reciclagem.
Independentemente de como os resíduos sejam definidos e medidos, é seguro dizer que nunca antes os humanos produziram e jogaram fora tanto quanto no início do século XXI.
A produção em massa por meio da industrialização, embalagens extensas (para facilitar tanto o transporte quanto as vendas) e a rápida obsolescência (seja planejada ou como efeito acidental do progresso tecnológico) em uma economia de livre mercado, impulsionando a compulsão de fazer coisas e consumi-las, formaram um mundo em que os artefatos são produzidos, consumidos e descartados em uma extensão historicamente sem precedentes.
De fato, há uma tendência de que a vida útil dos produtos duráveis seja encurtada para a dos consumíveis e que os estoques de recursos naturais não renováveis sejam consumidos da mesma forma que os fluxos de produção renovável, o que alguns críticos atribuem à incapacidade das forças do livre mercado para distingui-los.
Dada a dimensão do fenômeno e seus potenciais efeitos danosos à saúde pública, ao meio ambiente e às gerações futuras, o lixo é um dos problemas fundamentais enfrentados pela sociedade tecnocientífica e de consumo.
Classificação do Lixo – Meio Ambiente
De forma simples podemos classificar o lixo como seco ou molhado, orgânico ou inorgânico, como veremos a seguir:
O LIXO SECO: É composto pelos papéis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, isopor, parafina, cerâmicas, porcelanas, espumas, cortiças e etc.
LIXO MOLHADO : É aquele composto por restos de comida, alimentos estragados, cascas e bagaços de vegetais, etc.
O LIXO ORGÂNICO: É composto por toda matéria orgânica descartada, como os restos de alimentos, borra de café, folhas e galhos de árvores, pelos de animais, cabelo humano, papel, madeira, tecidos, etc.
O LIXO INORGÂNICO
É composto por matéria inorgânica como os metais e os materiais sintéticos, por exemplo.
Uma classificação mais detalhada do lixo pode ser feita quanto à sua tipologia, suas características físicas, químicas e biológicas.
Quanto à sua TIPOLOGIA o lixo pode ser de origem urbana, agrícola ou especial.
O LIXO URBANO pode ser:
DOMICILIAR: É formado pelos resíduos sólidos produzidos pelas atividades residenciais e apresenta em torno de 60% de composição orgânica e o restante formado por embalagens plásticas, latas, vidros, papéis, etc.
COMERCIAL : Varia de acordo com a atividade desenvolvida no estabelecimento de origem. No caso de bares, restaurantes e hotéis predomina o lixo de origem orgânica enquanto os escritórios geram lixo onde predomina o papel.
PÚBLICO: É aquele resultante das atividades de limpeza de vias e logradouros públicos e é composto por papéis, terra, folhas, etc.
LIXO AGRÍCOLA
É aquele composto pelos resíduos das atividades agropecuárias.
Embalagens de adubos, defensivos agrícolas, restos de ração, restos de colheita, estrume, etc.. Atenção especial deve ser dada as embalagens de defensivos agrícolas que merecem um tratamento adequado.
Também o estrume produzido em atividades de criação intensiva devem merecer o devido tratamento devido ao grande volume de produção.
LIXO ESPECIAL : Apresenta características especiais, passa a merecer, por tanto, atenção diferenciada no seu acondicionamento, transporte, manipulação e disposição. São eles os resíduos industriais, os gerados pela construção civil, os de serviços de saúde, os lixos radioativos, os de portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários.
O LIXO INDUSTRIAL: É aquele composto pelos resíduos sólidos produzidos nos processos industriais e suas características dependem diretamente do tipo de indústria e do tipo de processo utilizado.
Porém nem sempre todo o resíduo produzido numa indústria é lixo. Ao contrário, podem ser sub-produtos que servirão de matéria prima para outros processos industriais.
Noutros casos a natureza dos resíduos produzidos por algumas indústrias, como padarias e confecções por exemplo, são de natureza idêntica à do lixo domiciliar, porém produzidos em maior escola.
Os resíduos industrias que são lixo e merecem tratamento especial são aqueles que oferecem qualquer risco ao meio ambiente e à saúde da população, resultantes da atividade industrial ou do tratamento de seus efluentes (GLOSSÁRIO), líquidos e gasosos.
O LIXO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE : É proveniente dos hospitais, centros cirúrgicos, ambulatórios, postos médicos, consultórios médicos e odontológicos, clínicas, farmácias e laboratórios.
Eles podem ser:
Resíduos infectantes ou lixo séptico: sangue e hemoderivados, animais utilizados em experimentações, bem como os materiais que tenham entrado em contato com os mesmos, excreções, secreções e líquidos orgânicos, meios de cultura, tecidos, órgãos, fetos, peças anatômicas, filtros de gases aspirados de áreas contaminadas, resíduos advindos de áreas de isolamento, de laboratórios de análises clínicas, de unidades de atendimento ambulatorial, resíduos de sanitários de unidades de internações de enfermaria, etc.
Resíduos comuns: Resíduos de atividades administrativas, dos serviços de varrição e limpeza, restos de alimentos que não tiveram contato com os pacientes, etc.
Rejeitos radioativos
Materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia.
Os resíduos infectantes compõem um pequeno percentual do lixo dos serviços de saúde, mas por oferecerem periculosidade real ou potencial à saúde humana recomenda-se sua esterilização (autoclavagem ou incineração) antes da disposição final. Os que trazem elementos cortantes ou perfurantes, capazes de promover qualquer lesões, como agulhas, bisturis e ampolas, devem ser previamente acondicionados em recipientes rígidos estanques e vedados. Os resíduos comuns, que não oferecem qualquer risco, podem receber a mesma destinação do lixo domiciliar.
LIXO RADIOATIVO
É formado por rejeitos radioativos provenientes dos serviços de saúde e das atividades industriais e é matéria regida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN. (LINK)
O lixo proveniente de PORTOS, AEROPORTOS, TERMINAIS FERROVIÁRIOS E RODOVIÁIRIAS deve merecer cuidados especiais, o que é justificável como medida de controle e prevenção da introdução de agentes causadores de doenças ou epidemias.
Quanto as CARACTERÍSTICAS FÍSICAS o lixo deve ser analisado quanto:
Composição gravimétrica: Traduz o percentual de cada componente (papel, vidro, metais, etc.) em relação ao peso total do lixo
Peso específico: É o peso dos resíduos em função do volume por eles ocupados, expresso em kg;/m³. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações
Teor de umidade: Esta característica tem influência decisiva, principalmente nos processos de tratamento e destinação do lixo. Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas
Compressividade: Também conhecida como grau de compactação, indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada. A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão equivalente a 4 kg/cm2. Tais valores são utilizados para dimensionamento de equipamentos compactadores.
Quanto as CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS o lixo pode ser analisado de acordo com:
O poder calorífico que é a quantidade de calor liberada durante a combustão de 1 kg de lixo, sob condições controladas;
O potencial de hidrogênio (pH) que indica o teor de acidez ou alcalinidade do material;
A reação carbono/nitrogênio (C/N) que indica a degradabilidade e o grau de decomposição da fração orgânica do lixo;
E o teor de matéria orgânica que representa a quantidade, em peso seco, de matéria orgânica contida na massa do lixo. Compreende tanto matéria orgânica putrescível (restos de alimento, animais mortos, etc.) como não putrescível (papel, madeira, tecidos, etc.).
As CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS são determinadas pelo estudo da população microbiana e dos agentes patogênicos presentes no lixo.
Classificação do Lixo – Formas
Classificação do Lixo
São várias as formas de classificar o lixo.
Por Exemplo:
1. Por sua natureza física:
Este tipo de classificação é usado, para facilitar a escolha do tipo de embalagem e o tipo de transporte usado na coleta do lixo.
Seco – papeis, plásticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras,Cerâmicas, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro. isopor, lâmpadas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças.
Molhado – restos de comidas, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc…
2. Por sua composição química:
Orgânico – é composto de pó de café e chá, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim.
Inorgânico- composto por produtos manufaturados como plásticos, vidros, borrachas, tecidos, metais, alumínio, tecidos, isopor, lâmpadas, velas, parafina, cerâmicas, porcelana, espumas, cortiças, etc.
3. Pela sua origem:
Domiciliar: Aquele originado da vida diária das residências, constituído por restos de alimentos (tais como, cascas de frutas, verduras, etc.), produtos deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens. Pode conter alguns resíduos tóxicos.
Comercial: Aquele originado dos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como, supermercados, estabelecimentos bancários, lojas, bares, restaurantes, etc.
O lixo destes estabelecimentos e serviços tem uma quantidade de papel, plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários e usuários, tais como papéis toalha, guardanapos, papel higiênico, etc.
Público e de Serviços de Saúde: Aquele originado dos serviços de limpeza urbana, incluindo todos os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de plantas, limpeza de feiras livres, etc.. constituído por restos de vegetais diversos, embalagens etc.
Hospitalar: Descartados por hospitais, farmácias, clínicas veterinárias, (algodão, seringas, agulhas, restos de remédios, luvas, pedaços de corpos, curativos, sangue coagulado, órgãos e tecidos removidos, meios de cultura e animais utilizados em testes, resina sintética, filmes fotográficos de raio X). Em função de suas características merece um cuidado especial em seu acondicionamento, manipulação e disposição final. Deve ser incinerado e os resíduos levados para aterro sanitário.
Resíduos assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpezas gerais (pós, cinzas, etc.), e outros materiais que não entram em contato direto com pacientes ou com resíduos sépticos anteriormente descritos, são considerados como domiciliares.
Portos, Aeroportos, Terminais Rodoviários e Ferroviários: Constituem resíduos sépticos, ou seja, que contêm ou potencialmente podem conter germes patogênicos. Basicamente originam-se de material de higiene pessoal e restos de alimentos, que podem hospedar doenças de outras cidades, estados e países.
Industrial: Aquele originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como, metalúrgica, química, petroquímica, papelaria, alimentícia, etc.
O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esses tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial envenenamento.
Radioativo: São resíduos provenientes da atividade nuclear (resíduos de atividades com urânio, césio, tório, radônio, cobalto). Esses resíduos permanecem em atividades por milhares de anos, e seu tratamento e disposição final obedecerão às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN
Espacial (lixo cósmico): Pedaços de satélites, foguetes, tanques de combustível, parafusos, ferramentas, luvas perdidas por astronautas, etc.
Agrícola: Resíduos sólidos das atividades agrícolas e pecuárias, como embalagens de adubos, defensivos agrícolas, ração, restos de colheita, etc.Em várias regiões do mundo estes resíduos já constituem uma preocupação crescente, destacando-se as enormes quantidades de esterco animal geradas nas fazendas de pecuária intensiva. Também as embalagens de agroquímicos diversos, em geral altamente tóxicos, têm sido alvo de legislação específica, definindo os cuidados no seu destino final e, por vezes, co-responsabilizando a própria indústria fabricante desses produtos.
Entulho: Resíduos da construção civil: demolições e restos de obras, solos de escavações. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.
Fonte: www.geocities.com/www.lixo.com.br/www.pontoterra.org.br/sisu.ut.ee/www.epa.vic.gov.au
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