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Revolução Industrial – Definição
A Revolução Industrial caracterizou-se pela mudança na organização social e econômica resultante da substituição das ferramentas manuais por máquinas e ferramentas elétricas e do desenvolvimento das fábricas e da produção industrial em larga escala.
A revolução industrial é definida como as mudanças na fabricação e transporte que começaram com menos coisas sendo feitas à mão, mas em vez disso feitas com máquinas em fábricas de grande escala.
A Revolução Industrial começou no século 18, quando as sociedades agrícolas se tornaram mais industrializadas e urbanas. A ferrovia transcontinental, o descaroçador de algodão, a eletricidade e outras invenções mudaram permanentemente a sociedade.
A Revolução Industrial foi um período de grande industrialização e inovação que ocorreu durante o final do século XVIII e início do século XIX.
A grande mudança tecnológica, socioeconômica e cultural do final do século XVIII e início do século XIX resultante da substituição de uma economia baseada no trabalho manual por outra dominada pela indústria e manufatura de máquinas.
A Revolução Industrial começou na Grã-Bretanha e rapidamente se espalhou pelo mundo.
A Revolução Industrial Americana, comumente chamada de Segunda Revolução Industrial, começou em algum momento entre 1820 e 1870. Este período viu a mecanização da agricultura e da manufatura têxtil, bem como uma revolução no poder, incluindo navios a vapor e ferrovias, que afetou social, cultural, e condições econômicas.
Revolução Industrial – O que foi
Durante o século XVIII, ocorreu uma das mais importantes mudanças históricas da humanidade: a Revolução Industrial.
Em História, o termo “Revolução” é comumente utilizado para caracterizar um processo histórico de ruptura com o passado. Naquele século, a Europa passaria a desenvolver uma nova forma de produção de riquezas baseada na industrialização, onde fábricas cada vez mais modernas processariam matérias primas em seu estado natural transformando-as em produto final comercializável, com destaque para a indústria têxtil (tecidos).
Antes do advento da Revolução Industrial, a economia dos países era essencialmente agrícola e voltada para a troca simples de produtos voltados para as necessidades mais básicas das pessoas, como comida, roupas, etc., tendo sido pouco ou nada modificado antes da sua venda.
Revolução Industrial
Após a Revolução Industrial, as pequenas oficinas de artesanato foram sendo aos poucos substituídas pelas fábricas em um modelo bastante similar ao que conhecemos hoje. Durante esse processo, as ferramentas que outrora serviam aos pequenos manufatureiros passaram a se tornar obsoletas frente às novas demandas de consumo, tendo sido substituídas por máquinas recém-criadas.
Para que possamos entender bem como e porque o correu a Revolução Industrial, devemos olhar com atenção para o seu local de origem, e responder a seguinte pergunta:
Por que a Revolução Industrial ocorreu primeiro na Inglaterra?
Na verdade, foi uma série de acontecimentos históricos distintos que ocorreram naquele país que, ao serem somados, possibilitaram a ocorrência da transformação dos processos produtivos.
Podemos elencar:
Aspecto econômico: Acúmulo de capitais: Entre os séculos XV e XVI a Inglaterra adquiriu enormes lucros devido ao comércio ultramarino.
Outro ponto importante para a economia inglesa foi a grande quantidade de minas de carvão e de ferro no país, elementos que se mostrariam essenciais para a obtenção de energia para as modernas máquinas industriais.
A locomotiva Trevithick
Aspecto político: Implantação precoce de um governo burguês: A burguesia inglesa já havia realizado uma série de revoluções armadas e se estabelecido sócio e politicamente no país, o que lhe permitia participar das decisões políticas de maneira que lhes beneficiasse.
Os dois maiores exemplos foram a Revolução Gloriosa (1688-1689),onde o rei católico foi retirado do governo e a Revolução Puritana (1642-1651) liderada por Oliver Cromwell que retirava grande parte do poder do rei e transferia para o parlamento.
Aspecto cultural: a religião protestante: a principal vertente protestante inglesa era o calvinismo, religião que entendia o crescimento material como um sinal divino, não condenando assim o lucro.
Além destes pontos, não podemos descartar a modernização da agricultura, que a partir do século XVI melhorou significativamente a melhoria na produção de grãos e, consequentemente, na qualidade e expectativa de vida da população inglesa.
Porém, a mudança se baseou na política dos cercamentos, que consistia no confinamento de animais e áreas de plantio para a coroa inglesa em regiões que anteriormente pertenciam a pessoas comuns. Sem terras, moradias e perspectivas no campo, os camponeses começaram a migrar em massa para as cidades, tornando-se assim mão-de- obra barata nas fábricas.
Revolução Industrial
Todo esse processo histórico passou por mudanças internas, sendo a Revolução Industrial dividida em dois momentos:
A primeira fase: entre a segunda metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX, caracterizada pela utilização do carvão e do vapor como fontes de energia e o minério de ferro como principal matéria prima.
A segunda fase: entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX, momento no qual se desenvolveu principalmente a indústria química e as fontes de energia passaram a ser a energia elétrica e o petróleo.
Revolução Industrial
Enfim, ao implementar novas tecnologias para a fabricação de artigos o processo englobado pela Revolução Industrial alterou as formas de se produzir, comercializar e transportar mercadorias, inaugurando assim uma nova fase do capitalismo, o capitalismo industrial.
Com ele, a própria sociedade passou a se transformar, na medida em que surgiu então uma nova classe social, o operariado ou proletariado, que passaria a atuar de maneira impactante a fim de reagir contra a sua situação de exploração na sociedade.
Revolução Industrial – Período
A Revolução Industrial marcou um período de desenvolvimento na segunda metade do século 18 que transformou, em grande parte, sociedades rurais e agrárias na Europa e na América em sociedades urbanas industrializadas.
Mercadorias que antes eram cuidadosamente trabalhadas à mão começaram a ser produzidas em grandes quantidades por máquinas nas fábricas, graças à introdução de novas máquinas e técnicas em têxteis, fabricação de ferro e outras indústrias.
Alimentada pelo uso revolucionário da energia a vapor, a Revolução Industrial começou na Grã-Bretanha e se espalhou para o resto do mundo, incluindo os Estados Unidos, nas décadas de 1830 e 1940.
Os historiadores modernos frequentemente se referem a este período como a Primeira Revolução Industrial, para separá-lo de um segundo período de industrialização que ocorreu do final do século 19 ao início do século 20 e viu rápidos avanços nas indústrias siderúrgica, elétrica e automobilística.
Revolução Industrial e Tecnologia
Já foi dito que a Revolução Industrial foi a revolução mais profunda da história da humanidade, por causa de seu impacto abrangente na vida diária das pessoas.
O termo “revolução industrial” é uma frase de efeito sucinta para descrever um período histórico, começando na Grã-Bretanha do século 18, onde o ritmo das mudanças parecia acelerar.
Essa aceleração nos processos de inovação técnica gerou uma série de novas ferramentas e máquinas. Também envolveu melhorias práticas mais sutis em vários campos que afetam o trabalho, a produção e o uso de recursos. A palavra “tecnologia” (que deriva da palavra grega techne, que significa arte ou artesanato) abrange ambas as dimensões da inovação.
A revolução tecnológica e a sensação de mudança cada vez mais rápida começaram muito antes do século 18 e continuou até os dias de hoje.
Talvez o que tenha sido mais peculiar na Revolução Industrial foi a fusão da tecnologia com a indústria.
As principais invenções e inovações serviram para moldar virtualmente todos os setores existentes da atividade humana ao longo de linhas industriais, ao mesmo tempo que criaram muitas novas indústrias.
Linha do tempo da Revolução Industrial
A Revolução Industrial ocorreu desde o século XVIII até meados do século XIX, marcando um processo de aumento da manufatura e da produção que impulsionou a indústria e incentivou novas invenções e inovações.
1600 – A formação da Companhia das Índias Orientais. A sociedade anônima desempenharia mais tarde um papel vital na manutenção de um monopólio comercial que ajudava a aumentar a demanda, a produção e o lucro. A empresa ajudou a Grã-Bretanha a competir com seus vizinhos europeus e a crescer em força econômica e comercial.
1804 – A primeira viagem ferroviária de locomotiva ocorreu em fevereiro, a invenção Trevithick transportou com sucesso um trem ao longo de uma linha de bonde em Merthyr Tydfil.
1811 – O primeiro motim ludita em grande escala ocorreu em Arnold, Nottingham, resultando na destruição de máquinas.
1812 – Em resposta aos tumultos, o Parlamento aprovou uma lei tornando a destruição de máquinas industriais punível com a morte.
1813 – Em um julgamento de um dia, quatorze Luditas foram enforcados em Manchester.
1815 – O químico Cornish Sir Humphrey Davy e o engenheiro inglês George Stephenson inventaram lâmpadas de segurança para mineiros.
1816 – O engenheiro George Stephenson patenteou a locomotiva a vapor que lhe valeria o título de “Pai das Ferrovias”.
1824- A revogação da Lei de Combinação, que se acreditava ter causado irritação, descontentamento e dado origem à violência.
1825 – A primeira ferrovia de passageiros é inaugurada com a Locomoção No.1 transportando passageiros em uma linha pública.
1830- George Stephenson criou a primeira linha ferroviária pública interurbana do mundo conectando as grandes cidades do norte de Manchester e Liverpool. A potência industrial e a cidade sem litoral de Manchester agora podiam acessar rapidamente o mundo através do Porto de Liverpool. O algodão que chegava das plantações na América abastecia as fábricas têxteis de Manchester e Lancashire, com o tecido acabado devolvido a Liverpool e exportado para todo o Império Britânico.
1833- A Lei da Fábrica é aprovada para proteger as crianças menores de nove anos de trabalhar na indústria têxtil. As crianças com treze anos ou mais não podiam trabalhar mais do que sessenta e nove horas por semana.
1834 – A Lei dos Pobres foi aprovada para criar asilos para os necessitados.
1839 – James Nasmyth inventa o martelo a vapor, construído para atender à necessidade de moldar grandes componentes de ferro e aço.
1842 – Uma lei aplicada aos mineiros, proibindo crianças menores de dez anos, bem como mulheres, de trabalharem na clandestinidade.
1844- A lei declara que crianças menores de oito anos estão proibidas de trabalhar. No mesmo ano, Friedrich Engels publica suas observações sobre o impacto da revolução industrial em “The Condition of the Working Class in England” (A condição da classe trabalhadora na Inglaterra).
1847 – Nova lei estabelecendo jornada de trabalho limitada de mulheres e crianças em fábricas têxteis a dez horas por dia.
1848 – O impacto da industrialização e criação de cidades leva a uma epidemia de cólera em cidades da Grã-Bretanha.
1851 –A migração rural para a urbana resulta em mais da metade da população da Grã-Bretanha que agora reside nas cidades.
1852 – A empresa de construção naval britânica Palmer Brothers & Co é inaugurada em Jarrow. No mesmo ano, é lançado o primeiro ferro-parafuso mineiro, o John Bowes.
1860 – O primeiro navio de guerra de ferro, HMS Warrior é lançado.
1867 – A Lei da Fábrica é estendida para incluir todos os locais de trabalho que empregam mais de cinquenta trabalhadores.
1868 – O TUC (Congresso dos Sindicatos) é formado.
1870 – Ato de Educação de Forster, que dá os primeiros passos provisórios para fazer cumprir a escolaridade obrigatória.
1875 – Uma nova lei proibia os meninos de escalar chaminés para limpá-las.
1912 – A indústria da Grã-Bretanha atinge seu auge, com a indústria têxtil produzindo cerca de 8 bilhões de metros de tecido.
1914 – A Primeira Guerra Mundial muda o centro industrial, com os mercados estrangeiros criando suas próprias indústrias manufatureiras. A era de ouro da indústria britânica chegou ao fim.
A sequência de eventos colocou a Grã-Bretanha como um jogador importante no cenário global de comércio e manufatura, permitindo que se tornasse uma nação comercial líder, bem como marcando um grande ponto de viragem na história social e econômica da Grã-Bretanha.
Revolução Industrial – Resumo
A frase “Revolução Industrial” é aplicada a um período de aproximadamente 1750 a 1900 e se refere às grandes convulsões sociais e econômicas decorrentes da mudança de uma economia basicamente agrícola para uma manufatureira.
Foi precedido por uma revolução na agricultura, com a invenção da semeadora Tull que agilizou o plantio; o movimento de cerco, no qual grandes proprietários de terras cercavam áreas antes comuns para seu próprio uso agrícola; e a descoberta de que a rotação de safras significava que deixar a terra pousar periodicamente não era mais necessário.
Muitos ex-trabalhadores agrícolas foram forçados a deixar as terras e ir para as cidades por causa desses empreendimentos.
As invenções na indústria têxtil são vistas como o início da Revolução Industrial. O ‘spinning jenny’, a ‘lançadeira voadora’ e a máquina a vapor para movê-los, levaram a grandes aumentos na velocidade com que o algodão poderia ser fiado em fios e o fio tecido em tecido. Visto que o maquinário era tão grande e caro, eles exigiam um significativo investimento de capital e uma fábrica para abrigá-los, tornando a fiação e a tecelagem uma ocupação que não poderia mais ser exercida em casa, em uma casa de campo.
Os teares elétricos deslocaram muitos trabalhadores, o que levou brevemente à ascensão dos luditas, seguidores do “general” Ned Ludd, que invadiram fábricas e destruíram os teares.
Mas os avanços tecnológicos vieram para ficar.
A Revolução Industrial ocorreu primeiro na Inglaterra e se espalhou pela Europa e pelas colônias britânicas na América. Em nenhum lugar a transição foi indolor. Antes produtores independentes de mercadorias, agora trabalhavam em empresas impessoais e frequentemente exploradoras. Essa nova classe ficou conhecida como ‘a classe trabalhadora’, que tinha pouco poder até o início do século XX, quando os sindicatos e a negociação coletiva restabeleceram o equilíbrio entre capital e trabalho.
A Revolução Industrial foi o início de uma longa consolidação populacional nas cidades e fora do campo, que se prolongou até os dias atuais. Agora, com a onipresença da Internet e das redes de comunicação, as forças que exigiam a consolidação populacional estão começando a perder seu poder.
Com a automação da manufatura e o surgimento da informação como um produto, muitos veem a Revolução da Informação, atualmente em andamento, como uma revolução social e econômica que rivaliza ou supera a Revolução Industrial.
Fonte: Vinicius Carlos da Silva/www.history.com/www.nationalgeographic.org/Jessica Brain (www.historic-uk.com)/iowaculture.gov
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