Papa Paulo III

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Papa Paulo III (1468 – 1549)

Papa da igreja católica apostólica romana nascido em Canino, Estados Pontifícios, referência como o último papa do Renascimento e primeiro da Contra-Reforma, um o conjunto das medidas e reformas internas adotadas pela Igreja (1536) para se defender do avanço do protestantismo. De família nobre com tradição no serviço papal, formou-se na Universidade de Pisa, em Florença, e passou a trabalhar para o cardeal Rodrigo Borgia, mais tarde papa Alexandre VI. Sua extraordinária habilidade diplomática, garantiu-lhe uma estável carreira em Roma, onde prestou serviços relevantes aos seis papas que lhe antecederam. Foi nomeado tesoureiro da igreja (1492) e cardeal (1493), bispo de Parma (1509), padre (1519) e eleito papa (1534), com o nome de Paulo III.

Suas mudanças estruturais afetaram profundamente a Igreja Católica nos séculos seguintes. No plano social incentivou projetos de urbanização e agricultura e no militar participou de campanhas dos Estados Pontifícios. No plano político-religioso iniciou a Contra-Reforma (1536), uma reação aos movimentos protestantes, e coroada com a realização do Concílio de Trento, desenvolvido em três fases principais (1545-1563), também no pontificado de Pio IV, para assegurar a unidade de fé e a disciplina eclesiástica, fixando definitivamente o conteúdo da fé católica, praticamente reafirmando suas antigas doutrinas, inclusive confirmando o celibato clerical. Reconheceu a Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, que se tornaria em um poderoso instrumento da Contra-Reforma, e promoveu a excomunhão de Henrique VIII, da Inglaterra. Introduziu a Inquisição Romana (1542), confiando aos dominicanos a função de impô-las aos Estados italianos. A nova instituição perseguiu todos aqueles que, através do humanismo ou das teologias luterana e calvinista, contrariavam o ortodoxia católica ou cometiam heresias. Reorganizou os Tribunais da Inquisição, que viriam a funcionar também na França, Espanha e Portugal, sob o nome de Santo Ofício, julgando e condenando cristãos acusados de infidelidade, heresia, cisma, magia, poligamia, abuso dos sacramentos etc.

Criou novas ordens eclesiásticas, como a dos teatinos, capuchinhos, barbabitas, ursulinas e oratorianos. Regulou as obrigações dos bispos e confirmou a presença de Cristo na eucaristia. Criou seminários como centros de formação sacerdotal e estabeleceu a superioridade do papa sobre a assembléia conciliar. Instituiu o índice de livros proibidos, o Index Librorum Prohibitorum, composto de uma lista de livros cuja leitura era proibida aos cristãos, por comprometer a fé e os costumes católicos. Como patrono das artes, restaurou a Universidade de Roma, convenceu Michelangelo a pintar a capela Sistina, completou os planos de construção da nova basílica de São Pedro e morreu em Roma.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

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