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( ? – 996)
Papa da Igreja Católica Romana (985-996) nascido em Roma, consagrado em agosto (985) sucessor de João XIV (983-984), o primeiro papa que iniciou um processo de canonização de um santo, o Santo Ulderico ou Ulrico de Augsburgo (995). Culto, partidário da reforma cluniacense, era filho de um sacerdote romano de nome Leão, foi eleito após a morte do antipapa Bonifácio VII e, em uma época em que prestigio do papado estava em baixa, continuou vítima do ambiente e do egoísmo do tempo. Quem mandava em Roma era João Crescêncio Nomentano, o Crescêncio II, filho de Crescêncio I, que se tornara mais poderoso que seu pai e recuperara o título de Patricio dos romanos, que correspondia ao de imperador, e inicialmente apoiou o papa. Apesar das circunstâncias o papa conseguiu impor sua autoridade em alguns conflitos de dimensão internacional, como o do arcebispado de Reims, o de Ricardo da Normandía com Etelredo II da Inglaterra. Porém com o tempo desgastou-se em Roma junto ao clero por seu descarado nepotismo. Também teve que enfrentar Crescêncio que, por sua parte, saqueava sem quaisquer constrangimentos os bens da Igleja.
Como o romano era mais poderoso, pois o papa em fuga, que se refugiou em Toscana, para escapar da perseguição vingativa de Crescêncio II. De lá pediu ajuda a regente do império germânico, Teófano, enquanto o imperador Oto III, filho de Oto II, era menor de idade. Temendo pela presença do exército germânico em Roma, Crescêncio II propôs um acordo pacificante que permitiu ao papa retornar à Roma (996). O papa de número 138 faleceu em março (996), em Roma, e foi sucedido por Gregório V (996-999) indicado por Oto III e aprovado pelos cardeais romanos. Oto III estava a caminho de Roma e encontrava-se em Rávena quando o papa morreu. Imediatamente, para não dar chances a usurpadores ou opositores, este designou como novo papa seu capelão, Bruno, filho do duque Oto de Carintia e neto de Oto I, o Grande, que tomou o nome de Gregório V. Consta deste período algumas incertezas ou questionamentos históricos. Em algumas compilações históricas, é citado como João XVI, em decorrência da divisão errônea de seu pontificado em dois períodos, com a inserção de um aparentemente inexistente João XV. Também menciona-se a existência de um antipapa de nome João XVI (993), o João Filagato. O certo é que um papa com o nome específico de João XVI não consta na maioria das listas de pontífices.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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