História das Bolsas

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Elas ficaram conhecidas como relicários por armazenar peças preciosas durante o século XV as bolsas foram usadas para carregar complementos indispensáveis aos hábitos da época.

Certas bolsas eram usadas especialmente para carregar remédios, leques, tabaco ou escovas de cabelo.

Algumas foram desenhadas especialmente para armazenar relíquias e livros de oração, a cidade de Caen, no noroeste da França tornou-se pioneira e famosa pela alta qualidade dos sacos e pochetes que produzia.

A demanda por esse precioso item cresceu de tal maneira que sociedades especializadas na confecção desse artigo nasceram por toda Europa. Foi durante este período que apareceram os pockets, confeccionados em linho, algodão, lona e flanela no formato dos bolsos atuais, geralmente feitos em pares, ligados por fitas ou cordões para serem usados sob as saias e anáguas.

No século XVII com a evolução da moda mais bolsos foram adicionados às roupas masculinas e no caso das femininas esses bolsos foram ficando cada vez maiores e mais profundos.

Como nos dias de hoje, as mulheres do século XVII tinham o costume de carregar as coisas mais estranhas em seus bolsos: Espelhos, sais de cheiro, garrafas de bebidas, leques…

Século XVIII os bolsos femininos adquiriram tal importância que eram deixados em testamento para parentes e amigos usados igualmente por homens e mulheres, eram confeccionadas em diferentes tipos de couro.

Com a quantidade de objetos carregados pelas mulheres em seus bolsos, logo se tornou lógica a necessidade de aliviar o problema estético criados pelas protuberâncias e saliências que desfiguravam a silhueta feminina.

No final desse século os vestidos passaram a apresentar um contorno marcado na qual não havia lugar para bolsos carregados de objetos, foi para resolver esse problema que uma nova bolsa passou a ser usada: A Reticula.

As diversas maneiras com que os povos carregam os seus pertences, durante toda a história, refletem os períodos históricos com uma grande felicidade.

IDADE MÉDIA

Chamamos de Idade Média o milênio que começa por voltados dos anos 500 e se estende até cerca de 1500, isto é das invasões bárbaras e da destruição do Império do Ocidente até depois da tomada de Constantinopla.

Até o fim da Idade Média as bolsas desfrutavam de uma androgenia a parte, através de variações, tamanhos, ornamentos e capacidade interna peculiar a cada sexo. As bolsas masculinas, maiores que as femininas eram geralmente feitas de couro, peles, tecidos ornados com franjas, pingentes, bordados em fios de ouro, prata e pedrarias.

Algumas bolsas chegavam a custar mais caras do que o ouro da época. As pochetes eram pequenas e chatas, presas bem rentes a cintura. Já os sacos eram maiores e suspensos por longos cordões, muitas vezes chegando abaixo do joelho.

Certas bolsas “especiais”, tinham o objetivo de carregar itens como remédios, tabaco, rapé, chaves, leques, escovas de cabelos e algumas foram desenhadas para armazenar relíquias e livros de oração, conhecidas como bolsas relicário.

No século XV as bolsas ainda continuavam a ser usadas suspensas pelo cinto tanto por homens como por mulheres. Na versão feminina era chamada de escarelle (palavra francesa escar, que significa avarento).

Na versão masculina, estilo à bolso (um modelo retangular) e à esmoleiro (trapezoidal ou quadrada).

A prática medieval de dar esmolas deu origem a uma bolsa chamada Almoniere. Ela foi usada predominantemente nas Cruzadas, continuando no período Gótico e na Renascença.

Designada para carregar moedas de ouro, foi dada pelo clero a membros das Cruzadas. Foram confeccionadas em seda, linho, veludo ou em couro, suspensas na cintura por cinturões ou cordões.

História das BolsasBolsa em Veludo devorê-França Século XV

História das BolsasAlmoniere – Século XV

Séculos XVIII e XIX

História das Bolsas

Transportava-se o dinheiro e algumas pequenas peças preciosas em pequenos bolsos internos costurados nas roupas. Na virada do século, as roupas perderam o excesso e, assim, não comportavam mais bolsos internos, surgindo então as bolsas de tecidos bordadas à mão.

Eram as chamadas “reticulés”.

Durante o século XVI a demanda por bolsas cresceu de tal maneira que sociedades especializadas na confecção das mesmas começou a surgir por toda a Europa.

Durante o século XVI, as mulheres escondiam sob suas saias volumosas, seus pertences pessoais. Foi durante este período que surgiram os pockets (bolsos). Geralmente eram feitos em pares, ligados por fitas ou cordões para serem usados sob as saias e anáguas.

Confeccionados em linho, algodão, sarja e flanela, no começo foram feitos sem muita ostentação já que ficavam escondidos. As saias possuíam uma abertura em cada lado para dar acesso a estes “bolsos”.

As mulheres guardavam seus objetos pessoais neles.

Com a evolução da moda, mais e mais bolsos foram adicionados às roupas masculinas e no caso das femininas esses bolsos foram ficando cada vez maiores e mais profundos.

As mulheres do século XVII tinham o costume de carregar em seus bolsos, espelhos, sais de cheiro, garrafas de bebidas, leques, etc.

História das Bolsas

Com o apogeu da Revolução Industrial, as mulheres começam a ganhar independência e a sair mais às ruas. Surgiram assim as bolsinhas amarradas às cinturas, muitas vezes confeccionadas com o mesmo tecido da saia ou veste. Eram chamadas “Châtelaines”.

SÉCULO XIX

Durante a metade do século XIX uma pequena e graciosa bolsa foi desenvolvida como souvenir. Inspirada na Rainha Vitória, artesãos criaram jóias e acessórios com inscrições de cunho sentimental como “

Para um Amigo” , “Meu Coração é Seu”, “Minha Querida Namorada”, entre outros.

Uma pequena bolsa em forma de concha foi muito apreciada nesta época para se dar de presente. Ela também vinha com inscrições sentimentais e muitos a compravam a beira-mar.

No começo do séc. XIX as bolsas foram desenvolvidas em resposta as mudanças na indumentária feminina. As primeiras foram desenvolvidas para transportar objetos de acordo com a classe social de cada mulher, como lenços de mão, leques, cartas, cartões de visita. Desta maneira tornaram-se indispensáveis na Inglaterra e consideradas “ridicules” (ridículas) na França.

Com o progresso do século XIX, o termo francês “ridicules” passou a ser denominado “retícule”,termo este que foi usado tanto na França como na Inglaterra a partir de 1912 para designar as bolsas da época.

As primeiras retícules foram confeccionadas com o mesma cor e tecido do vestido, como o veludo e a seda, ornadas com alças de cordões ou correntes.

Muitas destas bolsas foram feitas em casa por jovens que tinham habilidades manuais.

As retícules tornaram-se essenciais no traje feminino durante o primeiro império francês, o período neoclássico entre 1804 até 1914.

As retícules do século XIX, refletiam as mudanças da moda, e com o passar dos tempos, passaram a ser adornadas com pérolas, bordados, renda, fio de seda, cetim, couro, ráfia e madrepérola.

História das BolsasReticule Turca – 1810

No começo do século XIX uma bolsa (reticule) foi usada para levar panfletos com mensagens sobre a emancipação dos negros.

Talvez, tenha sido vendida para arrecadar fundos para a “Sociedade de Senhoras Protetora dos Negros”, fundada em 1725.

As primeiras bolsas para viagem surgiram na primeira metade do século XIX. Estas eram miniaturas das malas de viagem e vinham com fechadura, chave e compartimento para a passagem.

História das BolsasBolsa de Couro para Viagem – 1890

História das Bolsas

Bolsa Alemã usada por vendedor Século XIX

Século XX

No século XX a moda deixou de ser encarada como frívola . As pessoas se convencem de que ela está ligada às modificações que atingem a sociedade em vários aspectos.

Até o século XX a Europa era o centro da moda, mas com o advento de duas guerras mundiais, muitos hábitos referentes ao vestuário se modificaram.

Os conflitos obrigam os países a desenvolverem enormemente as suas tecnologias.

No início do século, com o desenvolvimento da industrialização, a facilidade de locomoção mundial e, por conseguinte o aumento das exportações, uma grande quantidade de novas, e atraentes bolsas, passaram a ser comercializadas por todas as partes.

As bolsas tornaram-se um acessório indispensável ao mundo fashion, com novos e diferentes modelos surgindo à cada estação, especialmente desenhadas para ocasiões especiais e, mesmo, para específicas horas do dia

No início de 1900, as mulheres começaram a ter uma participação mais ativa na vida diária das famílias. Ainda que muitas das compras fossem entregues e pagas à domicílio, começam a surgir grandes bolsas de couro, conhecidas como “bolsas de compra”. A invenção do automóvel e a facilidade das viagens de trem foram responsáveis pelo surgimento das bolsas de viagem. Feitas de couro, em uma variação das bolsas de compras, estas eram feitas para acompanhar os viajantes e não eram entregues aos carregadores.

Desde o início do século, a bolsa já era tratada como um acessório obrigatório, tendo já se transformado em um importante bem de consumo.

Traz formas e materiais variados e sofistica-se o seu processo de confecção. O design se aprimora e cria-se compartimentos para moedas, cartões de visita, canetas, perfumes, etc.

As bolsas de couro “lézard” ou crocodilo, eram as mais chiques. Para a noite, usava-se a de prata e até mesmo de ouro!

Em 1929, Coco Chanel faz uma bolsa para se usar a tiracolo.

História das Bolsas

O período é de revoluções nas convenções sociais, na moda e no design.

A mulher se torna mais ativa, vai ao trabalho de bicicleta e, inspirado na profissão de “carteiro”, Louis Vitton cria esse modelo de bolsa.

Cada vez mais as mulheres têm a necessidade de carregar mais objetos consigo mesmas e de uma maneira mais prática e confortável.

História das Bolsas

Novamente em 1932, Louis Vitton cria a bolsa “Noé”, a pedido de um produtor de champagne que pretendia carregar cinco garrafas na mesma bolsa.

No anos 50, 60 e 70, os materiais alternativos passam da rigidez para a liberdade.

Os conglomerados do “luxo” começam a se formar, expondo suas grifes nos designs das bolsas.

Fendi, Dior, Prada, Biba, Chanel e outras impondo suas logomarcas nos anos 90.

História das Bolsas

Anos 2000, a moda sintetiza-se em “be yourself”, refletindo a personalidade de quem usa esse acessório.

O importante é ter a bolsa certa, no lugar certo e saber como carregá-la.

A bolsa traz grafismos, o símbolo de identificação entre as tribos.

História das Bolsas

As bolsas do “status” são objetos de um jogo não declarado, mas as associações poderosas são unidas, como o automóvel do Benz, ou a bolsa Hermes, Louis Vitton, Chanel, Gucci, Karl Lagerfeld e Christian Dior entre outros que fazem esse tipo de bolsa ser o parceiro desse game.

História das Bolsas – Considerações Históricas

Não existe na história, referências de como seria a primeira bolsa.

Mas desde o início dos tempos a comunicação já estava enraizada na vida humana e os povos primitivos já retratavam uma série de símbolos através das pinturas rupestres (pinturas em rochas).

Esses povos registraram através dos desenhos seus costumes.

Foram achados pinturas com imagens femininas com bolsa penduradas no braço.

Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo com a necessidade de obter alimentos. Como já haviam descoberto que a pele dos animais servia para a proteção do corpo, podem ter desenvolvido também um sistema de receptáculos para carregar e proteger suas caças.

História das BolsasPintura Alemã – retrata dois personagens com Alforjes

Uma das primeiras citações sobre bolsa feminina, encontra-se na Bíblia, no livro de Isaías, capítulo 3:16, que diz: “Naquele dia tirará o Senhor os seus enfeites: os anéis dos artelhos, as toucas, os colares em forma de meia-lua, os brincos, os braceletes, os vestidos, os diademas, as cadeias dos artelhos, os cintos, os amuletos, as caixinhas de perfumes, os mantos, os xales, as bolsas, os espelhos as capinhas de linho e as tiaras. (Essa palavras foram escritas entre os anos de 750 a.C.)

O Alforje- era um saco de couro que podia ser usado na cintura, nos ombros ou na sela dos animais.

Foi a bolsa utilizada principalmente pelos homens para carregar alimentos ou dinheiro durante a Idade Antiga.

Fonte: www.neusamodas.com.br/pt.shvoong.com/www.wmulher.com.br/www.sinacouro.org.br/www.sinacouro.org.br

 

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