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Farol de Alexandria – O que é
A palavra ‘farol’ deriva de ‘Pharos’, uma ilha próxima de Alexandria, cidade portuária do Egito.
Nesta ilha, há 2.280 anos, foi erguido o Farol mais famoso da Antiguidade.
A sua construção foi um grande sucesso da tecnologia e um modelo para todos os faróis desde então.
Há notícias de que tinha 135 metros de altura, o que hoje corresponderia a um prédio de 45 andares.
O Farol de Alexandria dividia-se em três partes: a inferior, quadrada; a do meio, com oito faces e a superior, cilíndrica.
Uma rampa em caracol elevava-se até ao topo, onde, à noite, brilhava o fogo, refletido num potente espelho, formando um clarão que podia ser visto a mais de 50 quilómetros de distância.
Bem no alto, havia uma estátua de Hélio, o deus Sol, muito apropriada para uma invenção tão brilhante.
O Farol foi usado, como o sol durante o dia e o fogo à noite, para garantir que os marinheiros pudessem navegar com segurança nas águas perigosas. O farol permaneceu até 1323 DC, quando um poderoso terremoto o destruiu.
Na Idade Média, os árabes substituíram o farol por uma pequena mesquita.
Manteve-se de pé até ao século XII. Em 1477, o sultão Qa’it Bay construiu um forte a partir das suas ruínas.
Localização: Na antiga ilha de Faros, agora um promontório na cidade de Alexandria no Egito.
Dimensões: desconhecido x desconhecido x 117 m (largura x profundidade x altura)
Função da Construção: Construção Naval (há teoria que dizem que era militar também)
Civilização Construtora: Macedônica
Anos de Existência: 1750 anos
Material Predominante: Rochas
Das Sete Maravilhas da Antigüidade, somente uma tinha um uso prático além de sua arquitetura elegante: O Farol de Alexandria.
Para os navegantes, ele assegurava um retorno seguro para o Grande Porto.
Para os arquitetos, ele significava algo mais: era a mais alta construção da Terra.
E para os cientistas, era um misterioso espelho que fascinava-os mais… O espelho cuja reflexão podia ser visto mais de 50 km de distância.
Farol de Alexandria – História
Pouco depois da morte de Alexandre o Grande, seu comandante Ptolomeu Soter assumiu o poder no Egito. Ele testemunhou a fundação de Alexandria, e estabeleceu sua capital lá.
Fora da costa da cidade, fica uma pequena ilha: Faros. Seu nome, diz a lenda, é uma variação de Ilha do Faraó. A ilha era ligada com o continente através de uma represa – a Heptaestação – que dava à cidade um porto duplo. E por causa das condições perigosas de navegação e da costa pantanosa na região, a construção de um farol era necessária.
O projeto foi imaginado e iniciado por Ptolomeu Soter, mas foi completado após a sua morte, durante o reinado de seu filho Ptolomeu Filadelfus. Foi desenhado pelo arquiteto grego Sóstrato.
O monumento era dedicado aos deuses Salvadores: Ptolomeu Soter e sua esposa Berenice. Por séculos, o Farol de Alexandria foi usado para marcar o porto, advertindo os navegantes da presença dos recifes, usando fogo a noite e refletindo os raios solares durante o dia. Foi inaugurado em 270 a.C. Era sempre mostrado nas moedas gregas e romanas, assim como os monumentos famosos são retratadas nas atuais.
Tornou-se tão famoso que faros passou a significar farol.
Na Idade Média, quando os árabes conquistaram o Egito, eles admiraram Alexandria e sua riqueza.
Mas os novos governantes transferiram sua capital para o Cairo desde que eles não tinham interesses com o Mar Mediterrâneo. Transformaram o farol de Alexandria numa pequena mesquita.
Quando o espelho quebrou-se, eles não colocaram nenhum outro no lugar. Em 956 d.C., um terremoto atingiu Alexandria e causou alguns estragos no Farol. Mais tarde em 1303 d.C. e em 1323 dois terremotos mais fortes deixaram uma impressão significante na estrutura. Quando o famoso viajante árabe Ibn Battuta visitou Alexandria em 1349, ele não pode entrar nas ruínas do templo ou mesmo escalar até a sua porta de entrada.
O capítulo final da história do Farol veio em 1480 d.C. quando o sultão mameluco Quaitbei decidiu fortificar a defesa de Alexandria. Ele construiu um forte medieval no mesmo local onde o Farol ficava, usando as rochas e o mármore utilizado no Farol.
Apesar da fama, o farol de Alexandria só passou a integrar a relação das Sete Maravilhas do Mundo no século VI da era cristã, pois nas relações anteriores citavam em seu lugar as muralhas da Babilônia.
Farol de Alexandria – Descrição
Das seis Maravilhas sumidas, o Farol foi o último a desaparecer. Por isso nós temos conhecimento exato de sua localização e aparência. Avaliações antigas tais como as de Strabo e Pliny, o Velho dão-nos uma breve descrição da “torre” e do revestimento de mármore branco. Eles conta-nos como o misterioso espelho podia refletir a luz a dezanas de quilômetros de distância.
A lenda diz que o espelho também era usado para detectar e queimar navios inimigoss antes deles conseguirem alcançar a costa.
Em 1166, um viajante árabe, Abou-Haggag Al-Andaloussi visitou o Farol.
Ele documentou com riquezas de informações e deu-nos uma precisa descrição da estrutura pelo qual ajudou os arqueologistas a reconstruírem o monumento.
Erguia-se de uma plataforma de pedra, composta de 3 estágios: o quadrado mais inferior tinha 60 m de altura com um núcleo cilíndrico, o do meio era oitavada com os lados medindo 18 m e uma altura de 28 m; e o terceiro era circular com 7 m de altura.
O altura total do prédio, incluindo a fundação da base, era de 117 m, equivalente a um atual edifício de 40 andares.
No alto, ardia uma fogueira de lenha ou carvão.
O núcleo interno era usado como uma haste para suspender o combustível para o fogo.
No estágio superior, o espelho refletia a luz solar durante o dia, enquanto que o fogo era usado à noite.
Uma larga rampa em espiral conduzia à parte mais alta da construção. Nos tempos antigos, uma estátua de Poseidon enfeitava o topo do prédio.
Farol de Alexandria – Ilha de Faros
Erguia-se numa das ilhas de Faros, perto de Alexandria e tinha uma torre de mármore branco de 135 metros de altura.
Era divido em três partes: a inferior (quadrada); a do meio (com oito faces); e a superior (cilíndrica).
Uma rampa em forma de caracol levava até o topo onde, à noite, brilhava o fogo refletido em um potente espelho, formando um clarão que podia ser visto a mais de 50 quilômetros de distância. No alto existia uma estátua a Hélio, o deus Sol. Em 1477, o sultão Qa’it Bay construiu um forte a partir de suas ruínas.
Era iluminado pelo fogo de lenha ou carvão. Inaugurado em 270 a.C., o farol foi destruído por um terremoto em 1375.
O arquiteto Sóstrato de Cnido levantou, na ilha de Faros, o primeiro farol do mundo.
Com cerca de 120 metros de altura e equipado com todos os instrumentos mecânicos então conhecidos para proteção da navegação era, inclusivamente, capaz de efetuar previsões meteorológicas.
A sua luz era alimentada por lenha resinosa, içada por máquinas hidráulicas que, por uma combinação de espelhos côncavos, se dizia ser visível a mais de 50 Km de distância.
Concepção artística de Pharos, o Farol de Alexandria
O farol dispunha ainda de engenhos que assinalavam a passagem do sol, a direção do vento e as horas.
Estava equipado com sinais de alarme acionados a vapor que se faziam ouvir durante o mau tempo, bem como com um elevador que permitia o acesso ao cimo da torre.
Possuía também um periscópio gigante, por meio do qual um vigia podia observar embarcações que se encontrassem para além do horizonte aparente.
Este farol, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foi destruído por um terremoto no século XIV.
Farol de Alexandria – Construção
O farol foi construído no século 3 aC; uma vez que Alexandre o Grande morreu logo após deixar o Egito sob a administração grega, Ptolomeu I Sóter tornou-se rei em 305 aC. Durante seu reinado,
Ptolomeu ordenou a construção do Farol. O edifício alto foi concluído durante o reinado do filho sucessor de Ptolomeu, Ptolomeu II Filadelfo.
Um total de 12 anos foram necessários para a conclusão de todo o edifício e um total de 800 talentos de prata foram usados. O Farol tinha 91 metros de altura; as únicas estruturas feitas pelo homem mais altas na época seriam as pirâmides de Gizé.
Muitas informações sobre a construção do Farol de Alexandria permanecem apenas especulações após o colapso da torre devido a um poderoso terremoto em 1323 DC.
O farol foi construído com grandes blocos de pedra de cores claras. A torre era feita de três fileiras estreitas. O primeiro era uma seção quadrada inferior com um núcleo central; a seção octogonal média; e, no topo, uma seção circular.
Farol de Alexandria
Farol de vigia construído em mármore, na ilha de Faros no golfo de Alexandria, em 270 a.C.
Tinha cerca de 122 metros de altura e foi destruído por um tremor de terra em 1375.
Farol de Alexandria
O Farol de Alexandria foi construído entre os anos de 300-280 a.C. e era considerado como uma das maiores produções da técnica da Antiguidade.
Era um farol que tinha uma base quadrada, sobre a qual erguia-se uma torre octogonal de cerca de 100 metros de altura.
Em cima, durante dia e noite, ardia um fogo que era alimentado por lenha e resina.
O farol foi destruído por um terremoto e foi em vão a procura de suas ruínas.
Alexandria no fundo do mar
O Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas da Antiguidade, foi localizado no fundo do Mar Mediterrâneo.
Não se sabia direito nem se ele tinha existido de verdade.
Mas depois de dezesseis séculos o Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas da Antiguidade, foi enfim reencontrado.
Está a oito metros de profundidade, no fundo do Mediterrâneo, no porto de Alexandria, Egito.
Cientistas localizaram outros 2 000 objetos, submersos na baía esfinges, estátuas, obeliscos e colunas, gregas e egípcias.
É o maior sítio arqueológico submarino já descoberto.
Farol de Alexandria
Diz a lenda que Homero, o autor de A Odisséia, apareceu em um sonho para Alexandre, o Grande (356 a.C – 323 a.C), o jovem general da Macedônia (região do norte da Grécia) que conquistou o Oriente, até a Índia, com apenas 25 anos.
O poeta inspirou o rei a fundar uma cidade que eternizasse sua glória. Em 331 a.C, Alexandre invadiu o Egito, proclamou-se faraó e fundou Alexandria. A cidade nasceu com grandes avenidas, teatros, museus, hipódromo e sistema de água potável, tudo construído pelo arquiteto Dinocrates de Rodes.
Com a morte de Alexandre, oito anos depois, seus generais dividiram o império. O Egito coube ao general Ptolomeu, que proclamou-se faraó e fundou uma dinastia que reinou 300 anos.
Sob os ptolomeus Alexandria virou uma encruzilhada cosmopolita do Mediterrâneo. Obeliscos, pirâmides e estátuas de todo o Egito foram transplantados para a cidade.
O acervo de literatura grega da Biblioteca de Alexandria tornou-a a mais famosa da Antigüidade.
Em 285 a.C., Ptolomeu II começou a construção do farol, na ilha de Faros, ligada ao continente por uma ponte-dique. Era um edifício monumental, o mais alto do seu tempo, com 100 metros de altura, o que corresponde a um prédio de 30 andares. Sua silhueta foi reproduzida em moedas, louças, mosaicos e em estátuas de terracota, da Líbia até o Afeganistão.
Segundo o geógrafo grego Estrabão, (58 a.C.- 25 d.C) o farol era todo de mármore o que os blocos de granito encontrados no fundo do mar desmentem.
Tinha três partes: a base era uma torre quadrada, em cima havia uma torre octagonal e, no alto dessa, uma redonda onde ficava o fogo sinalizador. No topo, uma estátua, que podia ser de Zeus, o pai dos deuses, ou de Poseidon, deus do mar.
O farol tinha elevador hidráulico, para levar o combustível até o alto. Sua luz, provavelmente ampliada por algum tipo de refletor, era vista a 100 quilômetros.
Na primeira torre, havia uma grande inscrição, em grego, bem pouco modesta: Sostrate de Cnide dedicou este monumento ao Deus Salvador. Sostrate foi o arquiteto do edifício.
A última rainha ptolomaica foi Cleópatra, que amou o imperador Júlio César e o general romano Marco Antonio em Alexandria. Mas em 30 a.C. o imperador Otávio invadiu a cidade, Cleópatra suicidou-se e Alexandria virou possessão romana. Na era cristã, a cidade foi um importante centro de debates religiosos.
No ano 365, uma sucessão de terremotos derrubou o andar superior do farol, elevou o nível do mar e desmoronou muitos palácios. Uma guerra civil destruiu a Biblioteca no final do século III. Em 641, os árabes reconquistaram o Egito e fundaram uma nova capital, Fusat, hoje Cairo.
Em 1217, partes do farol ainda estavam de pé. O historiador árabe Ibn Jubayr dizia que no interior o espetáculo é extraordinário; escadas e corredores são tão grandes, as peças são tão largas, que quem percorre as galerias frequentemente se perde.
Em 1325, quando visitou Alexandria, o viajante Ibn Battuta lamentou os terremotos: Uma fachada desmoronou.
O farol está em tão mal estado que foi impossível chegar até a sua porta. No século XIV, outro tremor finalmente derrubou o que restava.
Em 1365, o governador de Alexandria entupiu a entrada da baía com blocos de pedra para impedir ataques navais do rei de Chipre. Para defender o porto do mar agitado também foram construídos quebra-mares, possivelmente sobre vestígios da Antigüidade. Mas em 1477, a construção do forte Kait Bey pelos turcos otomanos, bem em cima das ruínas do farol, paradoxalmente preservou a costa em frente, convertendo-a em área militar. Durante cinco séculos, os vestígios do passado submerso ficaram protegidos.
A primeira descoberta importante foi feita só em 1961, pelo egípcio Kemal Abu el-Saadat, pioneiro da arqueologia submarina. Ele achou, no fundo, perto do forte, a cabeça monumental de uma estátua da deusa Ísis, hoje no Museu Marítimo de Alexandria. Entre 1968 e 1975, uma missão da Unesco fez um relatório pormenorizado sobre o sítio submerso.
Em 1992, o cientista submarino Franck Goddio passou um pente fino na baía: com a ajuda de um magnetômetro imerso n’água, vasculhou o fundo do mar medindo a ressonância magnética nuclear do relevo marinho, detectando mudanças de frequência produzidas por objetos extraordinários como grandes blocos de pedra.
O resultado foi espetacular: foram localizados 2 mil objetos em uma área de 2,25 hectares, a 8 metros de profundidade, ao pé do forte; e, do outro lado da baía, a 6 metros de profundidade, cobertas por 3 metros de lodo, surgiram as ruínas da cidade antiga. Alexandria ressuscitou.
Em 1994, o Serviço de Antiguidades Egípcias convocou o Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) da França e o Instituto Francês de Arqueologia Oriental para ajudarem nas pesquisas.
O arqueólogo Jean-Yves Empereur, diretor de Pesquisa do CNRS, fundou o Centro de Estudos Alexandrinos na cidade.
Em 1995, com o apoio da companhia de petróleo Elf-Aquitaine e da produtora cinematográfica Gedeon, foi iniciado o trabalho de escavação e identificação de cada pedra com 30 mergulhadores, egípcios e franceses.
As primeiras peças recuperadas foram transportadas para terra firme em outubro passado.
No fundo da baía de Alexandria a confusão é grande. Há blocos esculpidos, paralepípedos com inscrições, pedaços de colunas, obeliscos, estátuas colossais e doze esfinges. Mas são de épocas diferentes.
O que pertence ao farol? O que provêm dos quebra-mares construídos durante séculos?
Pode se distinguir três ordens no caos. A primeira é constituída por um alinhamento de grandes blocos de pedra, de 10 metros de comprimento, que parecem quebrados, como se tivessem despencado de uma grande altura, e dispostos perpendicularmente à costa, quase que enfileirados. São, sem dúvida, os restos do farol desabado. A segunda ordem é formada por colinas, montes de pedras a 4 metros de profundidade, que parecem ter vindo de um mesmo monumento desmoronado. E, finalmente, há uma terceira ordem, inteiramente confusa, de pedaços dispostos segundo uma lógica aleatória.
Os estilos também variam. Há colunas da época helenística e pedaços de obeliscos egípcios usados e reutilizados com séculos de intervalo. É o que prova uma cruz cristã gravada sobre um capitel (parte superior de uma pilastra) em forma de papiro. Muitas esculturas foram trazidas de Heliópolis, a cidade consagrada ao deus Sol, a 230 quilômetros de Alexandria.
Há peças com hieróglifos da época do faraó Sesóstris III (1880 a.C.), de Ramsés II (1280 a.C.), de Seti I, pai de Ramsés, e de Pisamético II (590 a.C).
Segundo Jean-Yves Empereur, pode-se imaginar que muitas pertenceram a monumentos erguidos antes dos terremotos que sacudiram a região, depois do século IV.
Mas também há outros elementos que podem vir de escombros jogados no mar, talvez intencionamente, para reforçar os quebra-mares. Mesmo com toda essa incerteza, quando o material for classificado, a história de Alexandria será outra.
Farol de Alexandria – Altura
Com seu brilho intenso que podia ser visto a 50 km, o Farol de Alexandria foi durante séculos a mais alta construção habitáveldo planeta.
Uma obra digna daqueles que o ergueram, o não menos brilhante povo do império de Alexandre, o Grande.
Capital da sofisticação, a Alexandria do século IV esbanjava obras esplêndidas, à altura de seu fundador, o imperador Alexandre, o Grande.
O Farol de Alexandria causou tamanha impressão que o nome da ilha onde ele estava instalado, Farol, passou a designar as construções que iluminam o caminho das embarcações no mar.
Erguido durante o governo do sucessor de Alexandre, Ptolomeu II, em 280 a.C., foi o maior farol de todos os tempos.
Cidade sobre o mar
O farol era uma verdadeira cidade, habitada pelos trabalhadores que o mantinham aceso e pelos soldados que o protegiam.
Os suprimentos de água e comida chegavam por uma passarela que ligava a ilha ao continente. A água potável ficava armazenada num reservatório subterrâneo.
Na parte inferior da construção, uma estrebaria abrigava os animais que carregavam a madeira necessária para alimentar a chama do farol.
Rampas conduziam até a câmara da fogueira que não tinha paredes externas, permitindo a circulação de ar para manter as tochas acesas. Coroando a obra, uma estátua de Zeus, o todo poderoso deus grego.
No século XIV, um violento terremoto derrubou o farol depois de mais de 1.500 anos de vida útil.
Nos anos de 1990, a equipe do arqueólogo francês Jean Yves Empereur encontrou rochas no fundo do mar que podem ter pertencido à construção. É a ciência moderna trazendo à tona um passado glorioso.
Alexandre, o Grande
Ele foi de fato um “vencedor de heróis”, conforme o significado de seu nome. Em 11 anos, construiu um império de 9 milhões de km².
Helenismo: Resultado do encontro entre a cultura grega e o Oriente, Alexandre, o Grande, foi seu maior difusor e Alexandria, seu melhor exemplo.
Biblioteca: Possuía 700 mil rolos de pergaminhos – os livros da época. Era o maior acervo do mundo. Em seu lugar foi construída esta biblioteca.
Localização: Alexandria situa-se ao norte do Egito, às margens do Mar Mediterrâneo.
Altura do Farol: Aproximadamente 135 metros.
Material Empregado: Granito – alguns blocos pesavam até 75 toneladas – revestido de mármore.
Quando Alexandre da Macedônia passou a empreender uma jornada contra os persas, ele foi muito bem recebido pelos egípcios porque viam nele mais do que um conquistador, alguém em condições de libertar gregos e egípcios do domínio duro imposto pelo império persa.
Em respeito à esta consideração, ele dirigiu-se para a região de Siwa em um pequeno vilarejo de pescadores para ser consagrado faraó legítimo. Nesta viagem ficou interessado em fundar uma cidade naquele local, a primeira de uma série, a cidade de Alexandria.
Como conquistador, ele tinha entre suas características a de inserir parte das culturas dos povos dominados na cultura grega, o que facilitava a penetração de seus interesses agradando os povos com uma prática politeísta idolatrando todas as entidades divinizadas como seus conhecidos atribuindo em sua cultura parte do que os povos conheciam relacionando estes costumes a entidades da natureza grega.
Outra característica importante foi a de fundar cidades nas regiões conquistadas com o nome de Alexandria, ao todo foram dezessete em diferentes localidades dentro do seu vasto domínio.
A quase totalidade desapareceu, mas no território egípcio permaneceria uma delas até os dias de hoje.
Presume-se que as escolhas não eram aleatórias, sendo cidades estratégicas principalmente a cidade egípcia. Ela se situa à 20 milhas ao Oeste do delta do rio Nilo por se tratar de uma região em que o lodo e a lama trazidos pelas águas do Nilo não bloqueariam o porto da cidade.
Ao sul encontramos o lago Mareotis que foi ligado posteriormente ao Nilo conferindo então à cidade de Alexandria dois portos permitindo as trocas comerciais com o Mar Mediterrâneo ao Norte e ao Sul a conecção com o rio Nilo.
Nestas condições, os dois portos sempre permaneceram profundos e limpos. Alexandria foi fundada em 332 a.C. e veria seu mentor morrer de maneira misteriosa onze anos depois em 323 a.C.. Ptolomeu Soter novo líder do Egito efetuou as obras que completariam o que fora iniciado por Alexandre.
Em razão da sua condição estratégica e mesmo porque a forma de conecção segura com o Mar Mediterrâneo lhe conferia uma próspera condição comercial, houve a elevação de seu status o que tornou a cidade muito rica durante séculos e até os dias de hoje, a cidade de Alexandria permanece próspera visto que, é a segunda maior cidade do Egito moderno.
Representação do farol na ilha de Pharos
Ainda no período em que Alexandre vivia e liderava o império grego, ele determinou que todos os conhecimentos encontrados em todos os povos dominados e que faziam parte de seu reino viessem a ser centralizados na famosa biblioteca de Alexandria, esta cidade seria também um importante centro de cultura e de ensino, isso foi muito bem visto e continuado de maneira intensa por Ptolomeu Sóter (Ptolomeu I) seu sucessor, porque ele era um homem de muita cultura e se interessava em tudo o que se relacionava com os conhecimentos.
Seu filho Ptolomeu II era reconhecidamente um apaixonado pela coleção de livros chegando a adquirir bibliotecas inteiras (a biblioteca de Aristóteles foi uma delas), reunindo assim milhares de pergaminhos, códices e rolos de todos os cantos da Terra em que tivesse contato comercial.
Calímaco autor do primeiro catálogo em Alexandria registrou mais de 500.000 exemplares. No seu final, a Biblioteca de alexandria continha mais de 700.000 registrados. De tão numerosa que ficou, Ptolomeu Evergeta (Ptolomeu III), precisou reunir parte no anexo do templo de Serápis.
Alexandre da Macedônia
Mas as práticas comerciais na cidade recém formada passaram a ser cada vez mais intensas e a navegação uma constante na região permitindo desde pequenas colisões e naufrágios até a perda de muita mercadoria.
Com isso Ptolomeu determinou a necessidade de se construir um farol em 290 a.C. que viria a ser finalizado vinte anos depois em 270 a.C.. Para realizar o projeto, o serviço foi determinado à Sóstrates de Knidos, um homem inteligente e que por sua façanha, teria se sentido orgulhoso pelo feito e pediu à Ptolomeu Filadelfo (Ptolomeu II filho de Ptolomeu I), que seu nome estivesse na fundação.
O atual governante não aceitou o pedido de Sóstrates e determinou que o seu nome (Ptolomeu II) fosse o único a constar na construção. Sóstrates então escreveu: “Sóstrates filho de Dexifanes de Knidos em nome de todos os marinheiros para os deuses salvadores”, colocando sobre esta inscrição uma espessa camada de gesso onde escreveu o nome de Ptolomeu.
Ao passar dos anos, o gesso caiu por envelhecimento revelando então a verdadeira autoria declarada por Sóstrates, seu inteligente autor.
Localização da cidade de Alexandria
O local da edificação foi a ilha de Pharos e em pouco tempo a construção passou a ser tratada de farol que por sua influência forte tornou-se sinônimo de Lighthouse (casa de luz em inglês) e nas línguas latinas, o significado de um pilar com iluminação ao topo passou a ser denominado farol.
Suas medidas são estimadas por variações descritas no séc. 10 d.C. feitas por viajantes de Moor, Idrisi e Yusuf Ibn al Shaikh. Por estas descrições ele tinha 300 cúbicos de altura, uma medida que varia de acordo com o local de origem, tornando-se obrigatório estimar sua altura entre 137,16 a 182,88 metros.
Ele se parecia com os prédios modernos denominados arranha-céu. Possuía três partes construídas uma sobre a outra sendo a primeira parte quadriculada com perto de 61 metros de altura e 30 metros nas laterais do quadrado de sua base. Sendo em formato quadriculado na primeira parte, ele teria então 30,48 x 30,48 metros de base com 60,96 metros de altura.
Teria sido edificado em blocos de mármore com uma espiral interna que permitia até a circulação e subida de cavalos. Acima desta forma existia um cilindro para a cúpula aberta em que o fogo iluminava o farol.
Sobre esta cúpula estaria uma enorme estátua de Poseidon.
A segunda parte era octogonal e a terceira cilíndrica. Ele dispunha de equipamentos de medição, posicionamento do Sol, direção dos ventos e as horas do dia. Além de ser dotado de alta tecnologia para o seu tempo, era um verdadeiro símbolo da cidade e servia como referência para atrair diversos cientistas e intelectuais da antiguidade.
A primeira base continha também centenas de armazéns e no interior das partes superiores uma canalização para transportar o combustível até o fogo (provavelmente era utilizado o azeite de oliva).
A escadaria interna também permitia a transição de vigilantes e visitantes.
A parte superior contava com uma câmara de baliza para direcionar um enorme espelho encurvado utilizado para projetar a luz do fogo em uma viga. Segundo relatórios encontrados e dados levantados por pesquisa, as embarcações podiam receber a luz irradiada à noite pela torre, ou a fumaça do fogo durante o dia com muita facilidade em até quarenta milhas de distância (mais de 64 km), existem suposições de que alcançassem até cem milhas (mais de 160 km).
Ele não servia apenas como uma referência de navegação, mas também como atração turística, visto que haviam comerciantes de iguarias e alimentação aos visitantes do local na plataforma de observação da primeira estrutura que ficaria à 60,96 metros de altura da estrutura e perto de 91,44 metros em relação ao mar. Não seria portanto uma visão para qualquer pessoa, poucos poderiam ter acesso à esta visão.
Farol de Alexandria – Representação
baseada nas referências históricas
Entre as maiores causas para o seu desaparecimento estão os abalos sísmicos registrados em 365 e 1303 d.C., tendo o seu final registrado em 1326 por atividades sísmicas da região.
Especulou-se que tenha sido sabotado, o que parece improvável mas conta uma estória no mínimo interessante. Em 850 d.C., o imperador de Constantinopla pretendeu acabar com o porto rival inventando uma fantasia para se livrar de Pharos.
Ele espalhou rumores de que haviam sido enterrados tesouros sob o farol de Alexandria. O Califa do Cairo ouviu a respeito e ordenou que a torre viesse à baixo para tentar encontrar o tal tesouro fabuloso, mas quando removido o topo, o Califa percebeu que teria sido enganado e tentou reconstruir sem sucesso transformando-a então em uma mesquita.
A estória pode ser tão verídica quanto a que trata de atividades por parte dos usuários do farol que se aproveitavam do imenso espelho para refletir a luz do Sol sobre as embarcações inimigas que eram queimadas no mar pela sua intensa luz.
Estátua submersa de Alexandre na orla da ilha
De concreto realmente, temos a migração de diversas personalidades pois era uma região que concentrava os principais eventos de ensino e cultura, cumpria-se assim a vontade de Alexandre o Grande, que ao fundar a cidade, em 332 a.C., queria transformá-la em centro mundial do comércio, da cultura e do ensino.
Os reis que o sucederam deram continuidade à sua obra. Sob o reinado de Ptolomeu I (323-285 a.C.), por exemplo, o matemático grego Euclides criou o primeiro sistema de geometria.
Também ali o astrônomo Aristarco de Santos chegou à conclusão de que o Sol e não a Terra era o centro do Universo. Passaram ainda, ou viveram na cidade, grandes nomes da álgebra e geometria (Apolônio de Perga, Herão de Alexandria, Diofanto), da astronomia (Cláudio Ptolomeu, Hiparco de Nicéia), da filosofia (Eratóstenes), da história (Maneton, Hecateu de Abdera), da matemática, física e mecânica (Arquimedes, Herão, Papo de Alexandria, Teão – pai de Hipácia, Hipácia, Estratão, Ctesíbio), da literatura, gramática e poesia (Calímaco, Filetas de Cós, Teócrito, Zenódoto de Éfeso (o primeiro bibliotecário-chefe), Aristófanes de Bizâncio, Aristarco de Samotrácia, Dionísio Trax, Dídimo Calcêntero), da medicina e cirurgia (Herófilo de Calcedônia, Galeno, Erasístrates, Heraclides de Taranto), entre muitas personalidades.
Calcula-se que o farol tenha sido destruído entre os séculos XII e XIV.
Forte de Qaitbey construído pelo sultão de Qaitbey
em 1477 sobre o antigo farol
Após a conclusão e sua utilização, o farol de Alexandria foi exemplo de utilidade para outras nações que edificaram obras com a mesma intenção em 1157 e 1163 na Meloria e Magnale respectivamente na Itália, foz do Trave em 1226 na Alemanha, St. Edmund Chapel em Norfolk séc. XIII na Inglaterra e Dieppe e Courdouan no séc. XIV na França. Em algumas localidades, eram aproveitados edifícios já erigidos para a instalação de uma iluminação que proporcionasse o efeito de um farol, como no castelo de St. Elmo na ilha de Malta, desde 1151, ou a torre do convento de São Francisco do cabo de São Vicente em Portugal desde 1520.
A cidade de Alexandria deve a sua inauguração a Alexandre o Grande, mas como acervo cultural e importância enquanto centro da cultura greco-romana, ela deve aos governantes gregos da trigésima segunda e última dinastia dos faraós, Ptolomeu Sóter (Ptolomeu I), Ptolomeu Filadelfo (Ptolomeu II), Ptolomeu Evergeta (Ptolomeu III), mas também a Demétrio Falereu que idealizou um centro cultural e de pesquisa em Alexandria no ano de 304 a.C..
Alexandria foi o centro do pensamento grego e romano nos novecentos anos que se seguiram à sua inauguração.
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