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Budismo – O que é
Sidarta Gautama, o Buda
Filho do Hinduísmo, o Budismo foi fundado na Índia em cerca de 528 AC, por Sidarta Gautama, conhecido como Buda (o iluminado). Os adeptos e devotos do Budismo também lhe chamam de Bhagara (senhor) e Tathagata (vencedor).
Segundo alguns autores, Sidarta Gautama teria nascido em 563 AC e morrido em 483 AC, aos 80 anos, vítima de uma terrível diarréia causada, segundo a lenda, por cogumelos venenosos.
Esses cogumelos teriam sido considerados uma bênção para Gautama, pois lhe teriam aberto os portais do Nirvana.
Nascido em Lumbini, nas cercanias do Nepal, ainda segundo a lenda, Gautama possuía 40 000 garotas dançarinas a seu dispor.
Sidarta Gautama, o Buda
Sidarta Gautama vagueava desnorteado pelo seu palácio até que teve um encontro com um velho mendigo doente. Esse encontro mudaria a sua vida a ponto de, aos 29 anos de idade, deixar seu palácio, mulher e filho, e sair pelo mundo vagueando, juntamente com dois mestres da Yoga (Hinduísmo), em busca das explicações para o sofrimento, em busca da felicidade e da paz.
Sidarta teria se tornado um mendigo ele próprio, e aos 35 anos, como diz a lenda, assentou-se debaixo de uma figueira, começou a meditar e, repentinamente, encontrou seu caminho e passou a ser “o iluminado”.
Após essa experiência em baixo da Àrvore da sabedoria, os problemas e as dúvidas existenciais teriam, simplesmente, desaparecido. Já não havia mais enigmas para o Buda.
Os fundamentos hinduístas das doutrinas do Budismo são, essencialmente, os mesmos. São, na realidade, apenas mais uma dentre as muitas expressões doutrinárias dos Vedas, com outros formatos.
Porém, o Budismo possui um caráter um pouco menos complexo em seu conjunto ritualístico e supersticioso. Embora seja, possivelmente, a religião oriental campeã em número e quantidade de escritos filosófico-religiosos.
Há no penduricalho de escritos do Budismo uma grande coleção de literatura, dentre as quais se destacam: O Tripitaka (com 100 volumes) (!), o Mahayana, o Vajrayana e a Literatura Tibetana (uma coleção com 300 volumes) (!!!), e ainda a Coleção dos Escritos dos Seis Conselhos Budistas (esta última com 400 volumes) (!!!!).
Segundo o Budismo, a vida é para ser vivida e aproveitada na terra, não nos céus, pois o Budismo nega a existência dos céus. O carro chefe do Budismo, o fantástico Nirvana, não é um lugar, mas sim um estado de mente onde os desejos e os sofrimentos cessariam de existir.
O Nirvana do Budismo é o mesmo conceito hinduísta do moksha.
Para o Budismo, o atingimento do Nirvana só pode se dar através de uma vida de amor e de compaixão aqui na terra, embora Deus nem sequer seja mencionado.
A liberação dos ciclos reencarnacionistas, segundo a doutrina do Budismo, é o mesmo conceito presente no moksha do Hinduísmo. Para se atingir o moksha, há três caminhos diferentes.
E o primeiro deles é o karma yoga. Este é um caminho bastante popular de salvação no Hinduísmo. Segundo acreditam, pela observância de deveres familiares e sociais, e ainda pela obediência a vários rituais, o indivíduo suplanta o peso do karma ruim e há regras e rituais encontrados no Código de Manu para orientar a prática do karma yoga.
O segundo caminho para escapar das terríveis transmigrações da alma é o caminho do conhecimento ou jnana yoga. A premissa básica deste segundo caminho é que a causa do cativeiro humano preso ao horrendo ciclo das reencarnações seria a ignorância (avidya).
Entre os adeptos praticantes do jnana yoga a ignorância consiste fundamentalmente no erro em se supor que as pessoas são individuais e não um com o todo (Brahman).
E esta ignorância seria a causa originadora de más ações que resultam no karma ruim.
A salvação ou escape dos ciclos reencarnacionistas seria então obtida através do atingimento de um estado de consciência pelo qual se obtém o reconhecimento da identidade do homem com Brahman.
E isto seria conseguido através da meditação profunda, esta última parte integrante da disciplina da Yoga.
O terceiro e último caminho para a obtenção da libertação é o bhakti yoga. Esta terceira opção significa a devoção do indivíduo a um ou a uma ou a uns dos diversos deuses do Hinduísmo.
Este terceiro caminho é bastante popular no grande segmento hindu da sociedade indiana. A devoção é expressa através de atos de adoração (puja) nos templos, nas casas, na participação em rituais e em festas em honra aos deuses e por peregrinações a um dos muitos lugares sagrados da Ín dia.
A devoção a algum (ou a alguns) deus do Hinduísmo tem por finalidade a obtenção de favores desse deus (ou deuses) dentre os quais favores figura a libertação dos ciclos de reencarnações.
O Budismo também possui seus lugares de peregrinação, destacando-se as peregrinações ao local de nascimento do Buda, em Lumini, nas cercanias do Nepal, o lugar onde Gautama teria atingido a iluminação, em Bihar, na Índia e ao lugar onde o iluminado teria iniciado suas pregações, em Sarnath.
Atualmente são também considerados como lugares de peregrinação muitos templos famosos dedicados ao Buda, na China, no Japão, no Sri Lanka, na Índia, em Burma, no Camboja e em Java.
Para os hindus a entrada no Nirvana ou a liberação dos ciclos da transmigração da alma significa a absorção do indivíduo pela consciência divina, perdendo assim o indivíduo a sua própria consciência e passando a ser Brahman”.
Os Vedas hindus ensinam que Brahman é a realidade divina e que dentro dos seres existe uma identidade divina a que chamam de Atman.
Atman, por vezes é uma referência à alma humana, porém seu significado para os Hinduístas e Budistas não é o mesmo significado de alma como nós cristãos o entendemos.
E o que os Hinduístas chamam de “realidade divina” nada tem a ver com Deus.
Antes o Hinduísmo e o Budismo são doutrinas agressivamente opositoras ao verdadeiro Deus e chegam ao ponto de negar a Sua existência. O conceito Hinduísta de “realidade divina” ou “consciEncia divina” é uma referência ao que chamam de Brahman, e Brahman não é Deus. Tal conceito de divindade é idêntico no Nirvana budista.
Não há no Budismo um corpo doutrinário voltado para a vida além da morte, e a alma humana também é fortemente negligenciada pelas doutrinas Budistas. O que há é a promessa (exatamente como no Hinduísmo) da cessação dos ciclos reencarnacionistas, que pode ser obtida após várias reencarnações e uma vida de pobreza, castidade e caridade. Esse seria o caminho para a iluminação.
Não há (e nem poderia haver) nada extraordinário em relação a Sidarta Gautama, o Buda. Gautama, se é que realmente existiu, não passou de mais um dos muitos monges hindus que vagueavam (e que ainda vagueiam) sem rumo, sem Deus e sem esperança.
Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido. Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, e sairá, e achará pastagem. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.”
Budismo – Religião
O budismo é uma religião desenvolvida por Siddhartha Gautama, às vezes Siddartha Gautama, que nasceu por volta de 566 aC em Lumbini, no atual Nepal. Depois de viver uma vida de privilégios e, em seguida, desistir por uma vida de ascetismo, Siddhartha se iluminou, ou despertou, para a ideia de que a única maneira de escapar do sofrimento na vida é praticando o desapego deliberado. Hoje, essa meditação inicial levou à prática do budismo em cerca de seis por cento da população mundial.
O budismo é baseado na vida e nos ensinamentos de
Siddhartha Gautama, ou Buda
Siddhartha, ou como ele foi renomeado, o despertar de Buda evoluiu para os ensinamentos das Quatro Nobres Verdades e do Nobre Caminho Óctuplo. Embora hoje existam várias variantes reconhecidas do budismo, a maioria acredita nas Verdades e no Caminho como a forma de receber o Nirvana, um estado de bem-aventurança na terra.
A primeira verdade é que a vida é composta de sofrimento, físico e mental. A segunda, é que temos dor na terra porque estamos apegados ao mundo ou desprezamos o mundo. Querendo mais constantemente, continuaremos sofrendo mais. Assim, a segunda verdade compreende que, ao nos desligarmos do ciclo de desejos e anseios, nos livramos do sofrimento.
A terceira verdade é que a verdadeira felicidade é possível na terra, dependendo do grau em que podemos nos desapegar de desejar as coisas mundanas. Se desistirmos de “querer”, podemos alcançar o Nirvana.
Finalmente, a quarta verdade é que o Nobre Caminho Óctuplo é o caminho para alcançar esse desapego e, assim, atingir o Nirvana.
O caminho óctuplo envolve o seguinte:
Compreensão correta significa que entendemos o sofrimento no contexto adequado e sabemos, por meio do caminho óctuplo, que podemos acabar com ele.
O pensamento correto liberta o budista de pensamentos ruins em relação aos outros.
A fala correta liberta nossas línguas de mentiras ou comentários maldosos.
A ação correta significa nenhuma ação que envolva roubar, matar ou prejudicar outra pessoa, ou ser impuro.
Meio de vida correto significa abster-se de um trabalho que causaria mais dor para os outros. Em alguns casos, isso significa nunca fabricar armas. Um budista não poderia escrever para uma revista de fofoca, pois isso contradiria o discurso correto. O trabalho realizado deve ajudar e não prejudicar outras pessoas.
O esforço correto é a energia mental aplicada para seguir as outras diretrizes do caminho.
A atenção plena correta se concentra em ver o mundo com clareza, livre de desejos ou anseios. A atenção plena correta é alcançada por meio da contemplação do corpo, dos sentimentos e do estado de espírito.
A concentração correta se concentra no desenvolvimento da concentração por meio da meditação.
As escolas de Budismo se concentram ou se inclinam para um ou vários princípios, e freqüentemente seguem diferentes professores ou Bodhisattvas que vieram depois de Siddhartha.
Tentar descrever essas escolas diferentes seria como listar todas as versões do Cristianismo. Pode-se dizer que existem dois tipos principais de budismo, Theravada e Mahayana. Theravada é praticado principalmente no sudeste da Ásia. O foco tende a ser obter o esforço e a concentração corretos, desenvolvendo a mente. Por meio da meditação, as pessoas podem se tornar sagradas como Siddhartha, embora nunca atinjam a santidade de Buda.
Mahayana tende a se concentrar em esforços mais sacerdotais e é encontrada principalmente no nordeste da Ásia. Muitas vezes é chamado de budismo tibetano, mas também é a fonte do zen budismo.
Tanto o budismo do Tibete quanto o zen parecem mais prontamente recebidos no mundo ocidental do que o Theravada.
Alguns chamam o budismo de não religioso porque não se concentra em um deus, mas sim em um modo de vida. As pessoas podem reverenciar Buda ou Siddhartha, mas não oram ou fazem petições a ele.
As estátuas budistas são destinadas à contemplação e inspiração, ao invés de locais para orar. Em alguns aspectos, o budismo é bastante compatível com a prática de outras religiões.
Muito do ensino de Cristo está centrado em muitos dos mesmos conceitos, no entanto, os budistas se opõem à mortificação da carne.
Embora a maioria dos budistas viva na Ásia, há muito interesse no Ocidente em relação à filosofia do budismo.
Muitos reconhecem o conhecido ator Richard Gere como um budista Mahayana que segue a escola tibetana. Essa tradição tibetana está ligada ao atual Dalai Lama, cujos ensinamentos são respeitados por praticamente todos os praticantes do budismo. Sua cruzada contínua pela não-violência e sua vida no exílio desde a ocupação chinesa do Tibete fizeram dele um líder mundial.
Budismo – História
O Budismo surgiu na Índia através de Sidarta Gautama, o Buda.
Grande estátua de Buddha em Kamakura, ne prefeitura Kanagawa
Sidarta seguiu vários caminhos hindus antes de chegar ao Nirvana, mas diversos caminhos eram falsos, não levavam a iluminação. Isso não significa que o hinduismo é falso, mas que as más interpretações dele por causa de pseudo-sábios que já quiseram ensinar antes de aprender, de pessoas que desejavam ter poder sobre as outras e por quererem luxos e também por quererem ser mais importantes que os demais, eles distorceram os ensinamentos convenientemente ou por ignorância dos mestres hindus.
Hoje mesmo no Ocidente temos diversos lugares esotéricos, cristãos e etc. de muito nome, mas que também são falsos, mas também temos os verdadeiros, dentro dessas linhas.
Sidarta percorreu diversos caminhos falsos, ele percebeu isso e um tempo depois, mais para frente, chegou ao Nirvana.
Sidarta passou a ensinar as pessoas e ele falava de diversos conceitos hindus como Karma, Dharma, Reencarnação e Samsara. Pois entre os ensinamentos falsos tinham os verdadeiros, e estando no grau de consciência em que estava (o Nirvana) ele percebeu o que era falso e verdadeiro (Ele estava uno com o cosmos).
Sidarta ensinava as pessoas para que elas crescessem espiritualmente, pois não há nada melhor neste mundo do que crescer espiritualmente. Crescer espiritualmente é ir em direção à felicidade, realização, contentamento, plenitude, sabedoria, paz, amor, otimismo, verdade, força interior, a não deixar que os acontecimentos nos causem sentimentos negativos e etc.
Sidarta criou diversas formas de meditação, aconselhava as pessoas que aprendiam com ele e de sua percepção se formou ensinamentos como as quatro nobres verdades, o caminho óctuplo, a temporalidade, o desprendimento e o sofrimento.
Os aprendizes de Sidarta ensinaram outras pessoas, e estas a outras, ensinavam para outras, e assim o Budismo se transformou em uma das principais religiões do mundo.
Claro que existem diversas linhas de Budismo como o Zen Budismo, O Budismo Tibetano, o Terra Pura, o Shinshuu e muitos outros.
Pois os aprendizes acrescentaram e tiraram coisas do Budismo de acordo com suas personalidades.
No hinduismo se fala em Brahman, que é o que a maioria de nós aqui no Ocidente chama de Deus, o criador de tudo que existe, que está em tudo e é tudo. Sidarta talvez não falasse muito disso, pois se o fizesse, estaria hoje nos conceitos do Budismo.
Isso não quer dizer que ele não sabia que Deus existe, mas é que na sua filosofia, na sua forma de descrever o desenvolvimento da consciência, ele não precisava falar de Deus.
Hoje isso possibilita que pessoas de outras religiões e ateus pratiquem o Budismo, em especial o Zen (O Zen é uma linha famosa de Budismo que não fala em Deus e mais dificilmente fala em reencarnação, muitos budistas da linha zen até mesmo negam a reencarnação e dão uma interpretação diferenciada ao karma, sendo igual a causalidade de Freud).
Já ouvi grupos Budistas Tibetanos através de relatos de H. P. Blavatsky, falando do divino que existe em nós, da nossa centelha divina.
Também encontramos no Budismo diversos relatos onde são citadas divindades Hindus, principalmente Brahman, Shiva e Vinshu, que são as divindades equivalentes ao Pai, o Filho e o Espirito Santo dos cristãos.
O Budismo Tibetano é o Budismo Esotérico
O que hoje encontramos nos templos de Budismo Tibetano aqui no ocidente, nem se compara ao que encontramos no Tibet. Lá se faz viagem astral, curas espirituais e tem até mediunidade.
O médium lá é uma única pessoa que tem a função de fazer contato entre os vivos e os mortos e são conhecidos como Oráculos.
Não precisamos nós, seguir apenas o Budismo, pois ele é livre, podemos seguir o Budismo e juntamente outra filosofia ou religião, pois a preocupação do Budismo (Não de todos os budistas, mas do criador do Budismo) não é ser o dono da verdade, mas que você desenvolva sua consciência.
Apenas cuidado com as filosofias que querem escravizar sua alma, criticando e afastando você de outros caminhos que seriam bons para você, pois os caminhos somos livres para escolher os que queremos.
Lembre-se que existem caminhos que não levam há iluminação, apenas dizem que levam.
As vezes alguém diz palavras bonitas, mas suas atitudes diferem das palavras. Lembre-se também que quem busca o lucro mostrando um caminho espiritual, suas intenções já mostraram que é o lucro que ele quer.
Uma coisa é o coração, a outra é a moeda.
1- Os Desejos
Os mais importantes ensinamentos budistas são as Quatro Nobres Verdades.
A primeira nobre verdade é a existência do sofrimento; a segunda é que a causa dele são os três venenos: o desejo, a ignorância e a aversão; e terceira nobre verdade é que o sofrimento acaba quando eliminamos os três venenos. Não vamos falar da quarta Nobre Verdade, para este texto bastam as três.
Fala-se muito na extinção dos desejos no Budismo, mas é muito importante que esses desejos não compreendem bem o que entendemos sobre desejos na língua portuguesa.
Isso ocorre por causa da tradução das palavras ?tanha?, ?mana? e ?ditthi? na língua Pali que significa desejos.
Os desejos impulsionam todas as ações da vida, por exemplo: A pessoa trabalha, mas existe um propósito nesse trabalhar; que é ganhar dinheiro ou sustentar a família, ou fazer algo com esse dinheiro; o comer: comemos pelo desejo de comer; a fome, isso nos impulsiona a cometer este ato; tomamos banho pelo desejo de ficarmos limpos.
Muitas das coisas que fazemos por obrigação também englobam desejos, o de não levar uma bronca, ou a de ser um bom filho, ou até mesmo de evitar problemas.
Na língua portuguesa, fazer o bem é impulsionado pelo desejo de querer ver os outros bem ou de ajudar e etc. E o que impulsiona a iluminação é o desejo de atingí-la.
O Budismo visa atingir a iluminação e não só visa isso como diz que para atingí-la é preciso querer, pois quem não quer não atinge.
Se fosse assim então o Budismo exterminaria a si mesmo, pois o que ele oferece são praticas para atingir a iluminação e se ele manda abandonar o desejo de se iluminar, para que uma pessoa permaneceria no Budismo? E pior, eliminando todos os desejos o que impulsionaria a pessoa a fazer qualquer coisa?
A vida perderia a graça e o movimento.
É importante que se entenda que tanha, mana e ditthi significam somente os desejos ruins, os desejos de dominar os outros; de ter o poder, de cobiça por coisas materiais, do ego; de orgulho; ser o melhor, desejos de excessos e etc.
Então o que geralmente compreendemos sobre desejos, que é o que impulsiona a pessoa a fazer qualquer coisa não compreende a tradução completa dos os desejos que devemos eliminar.
Desejos de se iluminar, de amar sinceramente, de ter alegrias, de ser feliz, de estar bem, de fazer o bem e etc. são bons desejos, não devem ser eliminados.
Os desejos sobre coisas materiais, orgulho, entre outros são maus desejos e devem ser eliminados.
O Monje Genshô esclareceu-me em um e-mail, no qual pedi sua ajuda para escrever este texto, que os desejos maus são os desejos apegados, os desejos de fazer o bem e se iluminar, não são apegados e por isso são bons.
Na verdade a transformação interior do autoconhecimento muda os desejos maus em desejos bons.
Tem uma frase de Sidarta Gautama, o Buda, que é assim: Só o conhecimento de si traz a iluminação.
Existem ainda as pessoas espiritualistas que dizem que existe uma diferença entre desejos e vontade; que a vontade vem da alma e os desejos do corpo.
Então atingir o Nirvana e praticar a bondade não seria desejos e sim seria vontade que vem da alma.
É preciso entender que os desejos ruins vem dos defeitos da personalidade e os bons desejos de sua parte iluminada.
Por isso digo que para crescer na luz você pode procurar os defeitos de sua personalidade e mudar para não tê-los mais. Procurar suas qualidades, e se modificar para gostar de si mesmo e se valorizar e enxergar os outros e mudar para lidar com eles da melhor forma possível. Diversas práticas Budistas como meditação, mantras, mandalas, entre outras levam a estas consciências e modificações, mas você também pode buscá-las em si, isso faria muito bem para seu crescimento interno.
Quem deu as bases para a construção deste texto foi o Monje e Reverendo Genshô.
Muito obrigado Genshô!
Só para terminar, quando dizem que devemos eliminar os desejos, com essa frase pensamos em se tratar de todos os desejos, mas não é.
2- Viver o Presente
Esse é um esclarecimento que tive graças ao meu amigo Inharoi Michel. Obrigado Michel.
Quando lemos no Budismo que devemos viver o presente, muitas vezes entendemos que não devemos deixar que nossa mente permeie o passado e tampouco o futuro, que devemos nos ater somente no presente.
Mas isso também é uma tradução não muito bem explicada, pois quando dizem que devemos viver o presente, significa viver o absoluto.
É importante ter sonhos e realizá-los. E ter sonhos muitas vezes é se ater no futuro, pois o sonho ainda não aconteceu, só quando o sonho chega no presente é que podemos vive-lo.
Se Sidarta Gautama não sonhasse em ser um Buda, jamais o seria, ele buscou realizar esse sonho.
Muitos sonhos para serem realizados precisam do crescimento interior, inclusive quando o sonho é esse crescimento e então é altamente produtivo sonhar. Mas como diz Inharoi, só se lutarmos para realizá-lo e também se o sonho não prejudicar ninguém e for bom para você e os outros. O Budismo ensina a não fazer o mal e fazer o bem.
Mas não é bom deixar que traumas e pensamentos tristes do passado, estraguem o nosso presente, é preciso se desprender de pensamentos tristes e negativos, que só nos levam para baixo.
Para a felicidade é muito bom encher a mente somente de coisas positivas e boas; de coisas iluminadas e equilibradas.
Para isso também é bom não deixar que as incertezas do futuro não tirem nossa felicidade, a não ser que estejamos passando por algum problema que precisamos resolvê-lo; é sobretudo muito importante ter fé e que nesses momentos ruins principalmente, a fé nos ajude a estarmos bem.
Os Budas nos incentivam muito a realizarmos nossos sonhos e para realizá-los é importante acreditar e fazer acontecer.
“É muito importante ter sonhos, sem perder a esperança de um dia realizá-los”. (Dalai Lama)
“O desejo sincero e profundo do coração é sempre realizado; em minha própria vida tenho sempre verificado a certeza disto”. (Gandhi)
3 – Ajude a propagar esses ensinamentos
O que estamos debatendo neste texto não é um ponto bem esclarecido sobre o Budismo e poucas pessoas tem conhecimento sobre ele, por isso é muito importante sua divulgação, pois assim as pessoas entenderam que não devem eliminar seus desejos bons e podem sonhar.
Envie este texto para seus conhecidos budistas por e-mail ou pelo orkut ou fale oralmente o que expusemos aqui.
Ajude a divulgar este texto em sites, revistas e jornais budistas. O autor permite a utilização deste texto em outros meios de comunicação, desde que seja colocada a autoria.
4 – Bibliografia Utilizada
O Budismo Tibetano também é chamado de Vajrayana, que significa Veículo do Diamante. É veículo num sentido que ele te leva para iluminação, então é um preciso veículo para a iluminação.
O Budismo Tibetano também é chamado de Budismo Esotérico. Ele possui muitos elementos esotéricos que temos no esoterismo ocidental como é o caso de visualizações, viagem astral, astrologia, mantras, mandala, hipnose, mediunidade e até coisas que são difíceis de acreditar como telepatia, levitação e clarividência.
Apesar de existirem as mesmas práticas esotéricas no Tibet e no ocidente, o Tibet possui suas próprias visualizações, astrologia e mantras, diferentes das visualizações, astrologia e mantras do ocidente.
A astrologia, a viagem astral e a mediunidade são práticas espirituais que faziam parte da religião Bon, a principal religião no Tibet antes da entrada do Budismo no país.
Essas práticas foram absorvidas pelo Budismo Tibetano que, na minha opinião, ficou muito melhor.
Agora falaremos um pouquinho das práticas do Budismo no Tibet:
1) Viagem Astral
É a viagem fora do corpo físico, onde com meditação ou com a mandala a alma consegue sair fora do seu corpo físico e ir para diversos lugares na velocidade do pensamento. Assim como no esoterismo do ocidente já estamos acostumados com a idéia de que o corpo físico está preso na alma por um fio de prata que se estica quanto necessário nas viagens astrais; no Tibet também se fala isso, e eles podem ver este fio quando saem fora do corpo físico.
2) Divindades Meditacionais
Existem no Budismo Tibetano divindades. No Budismo Tibetano não se vai falar de um Deus criador do universo, mas sim de divindades que são seres muito iluminados. As divindades são utilizadas em visualizações para conseguir trabalhar suas próprias emoções, dominar a própria mente, adquirir sabedoria e compaixão. Essas divindades são chamadas de Yidams.
3) Oráculo
O oráculo é o médium que incorpora espíritos. Lá no Tibet eles são muito rápidos, a entidade vem, fala o que tem que falar e vai embora. Aqui no ocidente o processo é bem mais demorado.
4) Yôga
O Budismo que penetrou no Tibet é o Budismo Hindu, então o Yoga que é uma pratica Hindu também penetrou no Tibet. Lá eles praticam posturas, exercícios de respiração e Meditação do Yoga.
5) Astrologia
É extremamente usada no Budismo Tibetano. Eles conferem à vida das pessoas, para que elas já saibam o que a vida espera delas e quais serão suas missões.Também vêem a vida passada das pessoas. Os signos do Budismo são: Lebre, Dragão, Serpente, Cavalo, Carneiro, Macaco, Ave, Cão, Porco, Rato, Boi, Tigre e Lebre. Cada um respectivo à um ano.
6) Mantra
O mantra é uma prática espiritual feita com a fala ou o pensamento em uma fala. Por exemplo: a fala do mantra OM MANI PADME HUNG. Quando falando o mantra tem mais força, mas quando não se pode falá-lo, se pode fazer em pensamento, que apesar de ser mais fraco o mantra ainda funciona. O mantra mexe com energias invisíveis para os nossos olhos físicos e com outras dimensões, já que enxergamos somente o plano tridimensional. Não é possível ver o mantra, mas é possível sentí-lo quando estamos praticando.
7) Mandala
Para nossos olhos físicos é apenas uma imagem, mas quando ligada a mente produz energias invisíveis que pode auxiliar as pessoas em diversos processos como limpeza energética, cura, iluminação, resolver problemas e etc.
8) Medicina Budista Tibetana
É a medicina com os princípios Budistas unido com a Aiuriveda (Medicina Hindu) e com a Medicina Chinesa, muito conhecida aqui no ocidente. O principio fundamental é do caminho do meio, que é o equilíbrio, pois o desequilíbrio gera doença. Sendo assim a doença nasce da cabeça do ser humano. Lá eles usam muito ervas, muito mesmo; algumas até desconhecidas para nós ocidentais.
9) Meditação
Existem muito métodos de meditação praticados no Budismo Tibetano. Um método muito interessante é que eles deitam pelados no gelo em Meditação e o corpo deles aquecem com a Meditação e o gelo em volta deles começa a derreter. Na revista Época de abril de 2006 na Matéria da capa diz que o Dalai-Lama, inclusive tem ajudado a ciência em pesquisas que na meditação pode aumentar a temperatura do corpo em até dez graus.
10) Técnicas Secretas
Existe no Budismo Tibetano técnicas que são secretas e só um numero pequeno de pessoas as aprendem. Quem aprende essas técnicas são pessoas chamadas de iniciadas, pois elas foram iniciadas no conhecimento secreto. O próprio Dalai-Lama já expôs que existe de fato conhecimento secreto, mas não diz que conhecimento é este. Alguns autores escrevem sobre este conhecimento secreto. Muitas pessoas duvidam que este conhecimento se trate de algo real e outros acreditam piamente. Estes autores falam sobre hipnose, clarividência, telepatia, levitação e psicometria. Coisas que são difíceis de acreditar, pois fogem ao conhecimento de mundo que estamos acostumados a acreditar desde criança.
Falaremos agora destes conhecimentos:
a) Hipnos
É ensinada somente para pessoas de caráter puro, para que não façam mal uso desta prática. No Tibet, acredito pelo que li a respeito, que a hipnose tibetana é mais avançada que a da ciência ocidental. Lá quando é necessário, com a Medicina Tibetana eles até amputam uma perna sem que a pessoa sinta dor.
b) Clarividência
É o dom de enxergar o espiritual e ou a energia invisível que fica ao redor da pessoa; a aura. A pessoa já nasce com este dom, só que ele costuma ser fraco; a pessoa só consegue ver algumas coisas às vezes. Existem técnicas que podem abrir a terceira visão e a pessoa enxergar quase tudo que lhe passa a frente. É muito útil na Medicina Tibetana e no aconselhamento poder enxergar a aura da pessoa, pois ela diz como está o emocional, o mental, o físico e o espiritual. Aqui no ocidente a clarividência é conhecida no Esoterismo, no Espiritismo, na Umbanda e no Candomblé.
c) Telepatia
É o dom de ouvir pensamentos. Não sei se ele é natural ou se pode ser desenvolvido. No Budismo Tibetano eles usam os Monges Telepatas em rituais de morte para guiarem os mortos em seus caminhos, pois os mortos se comunicam pelo pensamento, eles não usam a fala.
d) Levitação
É uma prática dificílima com meditação. A pessoa estando em meditação adequada pode levitar, mas exige muito da pessoa. Também não é uma prática muito útil.
e) Psicometria
É a arte de pegar qualquer objeto ou ser e conseguir extrair qualquer informação dele; tudo que aconteceu com aquilo desde a mais remota das eras.
Técnicas fantásticas como estas não foram aprendidas somente no Tibet, mas em outros dois lugares no mundo: O Egito Antigo e a Índia. São lugares cheios de mistérios e de coisas fantásticas que ninguém consegue explicar e que tem sido tema de muitos filmes.
No Tibet: “O Rapto do Menino Dourado”, “Shagrilá” e “O Monge a Prova de Balas”. O Rapto do menino dourado é um excelente filme, eu recomendo. Além destas práticas, o Budismo Tibetano conta com ensinos Budistas como As Quatro Nobres Verdades, O Caminho do Meio, Karma, Dharma, Reencarnação, Temporalidade, Desprendimento, Insatisfação ou Sofrimento e algumas outras de menor importância.
Budismo Tibetano no Brasil
O Budismo Tibetano dos templos aqui no Brasil não possui as práticas que no Tibete tem. Nos Templos aqui no Brasil tem Meditações, não as que fazem o gelo derreter, mas existem outras, tem com os Yidams, as Divindades Meditacionais, tem Yoga, mandalas e mantras, mas não tem viagem astral, levitação, hipnose, clarividência, telepatia e oráculos.
Temos aqui muito pouco da astrologia deles, como os signos de zodíaco e algumas informações mais.
O Budismo do Tibet se unifica com outras crenças, uma prova disso é o Namastê, tanto dito por eles, que significa: “meu Deus interno Saúda o seu Deus interno”.
No Budismo não se fala em Deus e nem em Deus interno. Eles aceitam outras crenças para se completar.
No Brasil o Budismo está crescendo de forma fechada, sem se completar com outras crenças. Existem textos que os autores criticam quem acredita em um Deus criador de tudo, dizendo que isto não é possível.
Isso é uma atitude feia: criticar a crença dos outros e colocar a sua como melhor.
Os Lamas
No Budismo Tibetano existem os Lamas, sacerdotes religiosos do mais alto grau. Acredita-se que a alma de Sidarta Gautama, o Buda, tenha se dividido em milhares partes e essas partes reencarnam como Lamas para propagar e ensinar o Budismo.
Talvez este seja o único erro do Budismo, pois me foi revelado através de um oráculo na manifestação de um Buda (um ser iluminado) que diz o que eu penso e o que eu faço sem que eu lhe conte, que Sidarta Gautama, o Buda, não se dividiu em milhares de seres, mas que tudo existe dentro de nós, e eles usam o Sidarta Gautama dentro deles, fazendo o que ele fazia. O próprio Dalai-Lama, que como o nome já diz é um Lama, diz que não tem iluminação suficiente para se tornar um Buda (Informação da revista Época de abril de 2006, matéria da capa).
Existe ainda a idéia de Lamaísmo, dos ensinamentos dos Lamas.
Eles dizem que na alma, quando encarna forma um reflexo dela, um fantasma além do da alma encarnada. Esse reflexo acontece pelas paixões e apegos das pessoas. Então na alma se forma um duplo-etérico.
Este conceito hoje é amplamente aceito no Esoterismo e no Espiritualismo Ocidental.
O Dalai-Lama é considerado o mais importante de todos os Lamas e é o líder do povo tibetano.
Fuga do Tibet
Em 1949, começou a ocupação chinesa no Tibet e a intolerância com o Budismo Tibetano. Aproximadamente 1,2 milhões de tibetanos morreram e 6.200 monastérios foram destruídos, restando apenas 13.
Religiosos foram destruídos.
A Potala, o palácio mais precioso onde ficava o Dalai-Lama, é um grande símbolo do Tibet e do Budismo. Em Março de 1959, o Dalai-Lama saiu disfarçado como uma pessoa comum para não chamar a atenção, pois os Chineses queriam pegá-lo.
Nesta época a Potala estava protegida por 400 soldados, e o Dalai-Lama saiu para protegê-los. Em quinze dias de caminhada o Dalai-Lama e diversos tibetanos atravessaram o Tibet e chegaram à Índia.
Em julho deste mesmo ano o numero de refugiados para a Índia que foram para a mesma cidade que o Dalai-Lama era de 20 Mil. A cidade se chama Dharmsala e a cidade onde ficava a Potala se chama Lhasa.
O conhecimento dos livros traz cultura, o de si mesmo traz sabedoria. A cultura pode ser manipulada por interesses de ego, poder e dinheiro; a sabedoria jamais. (Ricardo Chioro)
A cultura se aprende, ela é dada por alguém, mas a sabedoria foi desenvolvida por você mesmo. (Ricardo Chioro)
Um grande problema das religiões é tratar algumas coisas com repressão ao invez de transformação. Porém para se transformar é necessário conhecer a si mesmo. (Ricardo Chioro)
Um mestre jamais mostra os erros dos outros, ele valoriza o outro e dá toques muitos leves para que a pessoa descubra a si mesma. Se alguém falar para ela como ela é, não existirá crescimento. (Ricardo Chioro)
Aquele que perdoa renasce para a vida eterna. (S. L. P.)
No plano espiritual não existe moeda, o que existe é o coração (S. L. P.)
A luz está para aquele que busca, não para aquele que paga. (Ricardo Chioro)
A verdade alivia mais do que machuca. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água. (S. L. P. ou Michel)
A mente mente continuamente, mas só o coração sabe o que é verdade. (S. L. P.)
O coração jamais mente. (S. L. P.)
O ego não é nada comparado ao coração. (S. L. P.)
Jamais ponha a razão na frente do coração, pois isso não é razão, é ilusão. (Ricardo Chioro)
Não confunda se valorizar com ego ou orgulho. Esta confusão pode de um lado fazer você se sentir um nada, e do outro, tornar você uma pessoa muito chata ou besta. (Ricardo Chioro)
Não é difícil olhar para uma situação e ver quais são os problemas e dificuldades da pessoa. Agora, saber quem é a pessoa para enfrentar e superar os seus problemas já é outra coisa.
Isso depende de quem ela é por dentro. (Ricardo Chioro)
Cada indivíduo deve procurar seu próprio rumo em busca da paz e do equilíbrio, não se conformando em viver pela metade, nem aceitando carregar o fardo de angústias, culpas e conflitos. (Brian Weiss)
A morte e a idade são mitos, pois a vida é eterna. (Ricardo Chioro)
As melhores coisas da vida, não podem ser vistas nem tocadas, mas sim sentidas com o coração. (Inharoi Michel)
Só vale a pena sonhar se você lutar para realizar o sonho. (Inharoi Michel)
Temporalidade
A única constante universal é a mudança. Nada do que é físico dura para sempre; tudo está em fluxo em determinado momento.
Isto também se aplica a pensamentos e idéias que não deixam de ser influenciados pelo mundo físico.
Isto implica que não pode haver uma autoridade suprema ou uma verdade permanente pois nossa percepção muda de acordo com os tempos e grau de desenvolvimento filosófico e moral.
O que existem são níveis de compreensão mais adequados para cada tempo e lugar. Uma vez que as condições e as aspirações, bem como os paradigmas, mudam, o que parece ser toda a verdade numa época é visto como imperfeita tentativa de se aproximar de algo noutra época. Nada, nem mesmo Buda, pode tornar-se fixo. Buda é mudança.
Desprendimento
Já que tudo o que parece existir de fato apenas flui, como nuvens, também é verdade que tudo o que é composto também se dissolve. A pessoa deve viver no mundo, utilizar-se do mundo, mas não deve se apegar ao mundo. Dever ser alguém que saiba utilizar-se do instrumento sem se identificar com o instrumento.
Deve também ter a consciência de que seu próprio ego também se transforma com o tempo. Somente o self, o Atman imortal permanece, mesmo assim se desenvolvendo eternamente através das reencarnações e através dos mundos.
Insatisfação ou sofrimento
O problema básico da existência é o sofrimento, que não é um atributo de algo externo, mas sim numa percepção limitada que advém da adoção de uma visão de mundo defeituosa adotada pelas pessoas.
Como disse Jesus: “apenas quem se faz como uma criança pode entrar no reino dos céus”, pois as crianças não se prendem ao passado nem se preocupam com um futuro.
Elas vivem o presente e são autênticas com o que sentem, até o dia em que a cultura as fazem comer do “fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal”, enchendo-as de preconceitos e ansiedades que as expulsam do paraíso.
Os ensinamentos budistas – e de todos os grandes Mestres da humanidade – são caminhos propostos para nos ajudar a transcender nosso senso comum egoísta para se atingir um senso de relativa satisfação conosco e com o mundo.
Se o sofrimento é fruto da percepção individual, algo pode ser feito para amadurecer esta percepção, através do autoconhecimento:
“Projetistas fazem canais, arqueiros airam flechas, artífices modelam a madeira e o barro, o homem sábio modela-se a si mesmo”.
As Quatro Nobres Verdades
I – Dado o estado psicológico do homem comum, voltando seu desenvolvimento para o mundo externo de modo agressivo, a insatisfação que gera o sofrimento é quase inevitável.
II – A insatisfação é o resultado de anseios ou desejos que não podem ser plenamente realizados, e estão atrelados à sede de poder
A maioria das pessoas é incapaz de aceitar o mundo como é porque é levada pelos vínculos com o desejo narcísico do sempre agradável e com sentimentos de aversão pelo negativo e doloroso.
O anseio sempre cria uma estrutura mental instável, no qual o presente, única realidade fenomênica, nunca é satisfatório. Se os desejos não são satisfeitos, a pessoa tende a lutar para mudar o presente ou agarra-se a um tempo passado; se são satisfeitos, a pessoa tem medo da mudança, o que acarreta novas frustrações e insatisfações. Como tudo se transforma e passa, o desfrutar de uma realização tem a contrapartida de que sabemos que não será eterno. Quanto mais intenso for o desejo, mais intensa será a insatisfação ao saber que tal realização não irá durar.
III – O controle dos desejos leva à extinção do sofrimento
Controlar o desejo não significa extinguir todos os desejos, mas sim não estar amarrado ou controlado por eles, nem condicionar ou acreditar que a felicidade está atrelada a satisfação de determinados desejos.
OS DESEJOS SÃO NORMAIS E NECESSÁRIOS até certo ponto, pois eles têm a função primária de preservar a vida orgânica. Mas se todos os desejos e necessidades são imediatamente satisfeitas, é provável que passemos a um estado passivo e alienado de complacência.
A aceitação refere-se a uma atitude calma de desfrute dos desejos realizados sem nos perturbarmos seriamente com os inevitáveis períodos de insatisfação.
IV – Há uma forma de se eliminar o sofrimento
O Nobre Caminho Óctuplo, exemplificado pelo Caminho do Meio. A maioria das pessoas busca o mais alto graude de satisfação dos sentidos, e nunca se dão por satisfeitas.
Outros, ao contrário, percebem as limitações desta abordagem e tendem ir ao outro prejudicial extremo: a mortificação. O ideal budista é o da moderação.
O Caminho Óctuplo consiste no discurso, ação, modo de vida, esforço, cautela, concentração, pensamento e compreensão adequados. Todas as ações, pensamentos, etc, tendem a ser forças que, expressando-se, podem magoar as pessoas e a ferir e limitar a nós mesmo.
O caminho do meio segue a máxima de ouro de Jesus Cristo: “Fazei aos outros o que gostariam que fizessem a vós”.
Fonte: drleadnet.com/www.wisegeek.com/an.locaweb.com.br/hsingyun.dharmanet.com.br
Texto muito completo!
Muito obrigada, estava precisando de ler algo sobre o Budismo!