Tráfico Negreiro

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Tráfico Negreiro – Historia do Brasil

O Brasil carrega uma triste marca: a de ter sido a última nação do mundo a abolir a escravidão.

Presente já na Antiguidade, o cativeiro humano é recriado, junto com o capitalismo comercial e o movimento de expansão colonial, e tem em nosso país um local de preferência. Entre a segunda metade do século XVI e o ano de 1850, data da abolição definitiva do tráfico negreiro, o número de cativos africanos importados é avaliado em 3,6 milhões de homens.

Nosso país transforma-se em um território negro e mestiço.

Entendido como peça, como coisa, o escravo perde sua origem e sua personalidade para se transformar em um servus non habent personam: um sujeito sem corpo, antepassados, nome ou bens próprios.

Esta exposição conta a história desses homens que não só lutaram por sua sobrevivência, como reinventaram sua própria existência. Dar voz a essa fala silenciada é um mistério, nem sempre fácil de ser desvendado.

De toda forma, boa viagem!

ÁFRICA: TÃO LONGE E TÃO PERTO

Aprendemos a conhecer a África por meio dos marcos da história europeia. Na pré-história este continente aparece como o local onde viveram nossos primeiros antepassados; na Idade Antiga, surge como o berço da civilização egípcia. Por fim, só reaparece a partir do século XV, como um apêndice do mundo moderno europeu. A África, porém, tem uma história para contar.

É por meio da tradição oral que os historiadores tentam hoje reconstruir os fragmentos da memória desse continente tão dilacerado pelo intenso tráfico de escravos e pela partilha colonial.

Nunca saberemos ao certo quantos africanos foram arrancados de sua terra natal.

Para o Brasil vieram negros de dois grandes grupos étnicos: os bantos, predominantemente originários do Sudoeste e Sudeste africanos, e também os sudaneses, procedentes do Noroeste do continente.

Da Costa da Mina partiram sobretudo os sudaneses, dentre os quais destacam-se os iorubas ou nagôs, os jejes e os fanti-achantis. Por sua vez, de São Paulo de Luanda vieram os bantos, sendo as maiores levas compostas pelos angolas, caçanjes e bengalas.

Com o acelerado despovoamento, desorganizaram-se a política e a economia das sociedades africanas. Antes da chegada dos portugueses, escravos eram prisioneiros de guerra que se incorporavam ao grupo que os capturava. Bem diversa foi a escravidão imposta pelos europeus, orientada pelo lucro.

Abre-se assim um importante setor do tráfico mercantil: o comércio de seres humanos. As proas dos navios negreiros voltam-se com toda força para o novo continente.

Mal alimentados e vitimados pelas epidemias que grassavam a bordo dos navios, os negros morriam com facilidade. Nos porões, aglomeravam-se de trezentas a quinhentas pessoas para uma viagem que leva de trinta a cinqüenta dias. Com frequência, 10% a 20% das peças não chegavam a seu destino.

O tráfico negreiro para o Brasil foi intenso até 1850, quando acabou sendo suspenso após uma longa polêmica com a Inglaterra.

EIS UMA BOA MERCADORIA

É fácil imaginar o estado de exaustão dos cativos após uma viagem tão longa e degradante. Estava na hora de tratar do aspecto físico dos sobreviventes que seriam colocados à venda em leilão público.

São então postos à engorda, tratados e bem cuidados: aplica-se óleo de palma para esconder as doenças e dar brilho à pele; lustram-se os dentes; impõe-se exercícios para aumentar a flexibilidade.

O preço dos escravos era definido pelo sexo, idade, e especialização, mas dependia sobretudo da condição física. O destino dessas peças estava nas mãos de seus senhores, que podiam alugar, vender, hipotecar, segurar ou penhorar suas novas propriedades.

No Brasil, a larga utilização de mão-de-obra escrava levou a uma inversão de valores: o trabalho passou a ser considerado, pelas pessoas livres, como desonroso.

ESCRAVOS URBANOS: O universo do trabalho resumia-se ao mundo dos escravos. Vendedores ambulantes, negras quituteiras, negros de ganho oferecendo-se como pedreiros, barbeiros, alfaiates, funileiros ou carpinteiros eram figuras obrigatórias nas ruas das cidades.

ESCRAVOS RURAIS

Os escravos rurais correspondiam à imensa maioria dos cativos. Suas condições de trabalho e a possibilidade de conseguir alforria eram inferiores às de seus parceiros da cidade. No campo, o poder e a autoridade do senhor não possuíam limites.

Na zona rural, a jornada de trabalho era extensa: as atividades começavam antes do nascer do sol e, na época de colheita, estendiam-se até as onze horas da noite. Existiam ainda os escravos pastoris, numerosos nos campos do Sul do país, que, em virtude da sua ocupação, ficavam menos sujeitos à vigilância senhoral.

ESCRAVOS DOMÉSTICOS

Diferente era a condição dos escravos domésticos. Escolhidos segundo sua aparência, eram sempre os mais bem vestidos e bem tratados. Esse é o universo das mucamas, pajens, amas-de-leite, amas-secas, cozinheiras, cocheiros, lavadeiras, copeiros e garotos de recado. No entanto, esses cativos representavam uma minoria e não raro distanciavam-se dos demais.

Uma velha ladainha dizia: “Negro no eito vira copeiro, não óia mais para o seu parceiro.”

ESCRAVOS MINERADORES

No século XVIII, com a decadência da cana, muitos cativos do Nordeste foram enviados para as zonas de mineração.

O trabalho do escravo minerador era menos vigiado e por vezes a sorte de seu senhor podia lhe valer uma carta de alforria. Este documento, embora raro e com frequência anulável, representou um sonho de liberdade para esses cativos.

ALIMENTAÇÃO

É sabido que no Brasil colonial todos passavam fome: no caso dos cativos a situação era ainda pior. Comentam os viajantes que boa parte dos escravos recebiam unicamente feijão cozido, servido em cuias, uma vez ao dia.

É provável que a origem da feijoada esteja ligada à triste sina desses homens que, a fim de engrossar o caldo ralo, buscavam no lixo de seus senhores as partes desprezadas do porco: língua, rabo, pés e orelhas. Verdade ou não, até hoje a feijoada é considerada um prato típico brasileiro. Estranho caminho esse que faz de hábitos étnicos símbolos nacionais.

CASAMENTO

A desproporção entre os sexos contribuía para dificultar os casamentos entre escravos. Além disso, essas uniões eram mal toleradas pelos senhores, que preferiam ignorá-las.

Só tardiamente a legislação preocupou-se em garantir a família escrava: em 1869 proibiu-se que o marido fosse separado da mulher, bem como dos filhos menores de quinze anos. No entanto, ligações extraconjugais, filhos naturais e cenas de ciúmes fizeram parte do cenário local e criaram situações ambíguas e revoltantes.

A escravização de filhos pelos pais ou das próprias mães pelos filhos não eram cenas estranhas a esse contexto.

MORADIA: A casa-grande e a senzala representavam pólos opostos desta sociedade. A resistência do senhor era o centro de irradiação de toda atividade econômica e social. Vasta mansão térrea, distinguia-se pelo estilo sóbrio e imponente. As senzalas eram construções de pau a pique, cobertas de sapé, sem janelas e com uma única porta. Ficavam próximas da casa-grande para que as fugas, bastante freqüentes, pudessem ser controladas.

ROUPAS: O escravo que labutava no campo recebia dois conjuntos de roupas por ano. As baetas vinham do Rio de Janeiro, enquanto os panos grossos e as chitas chegavam de Londres. Os trajes eram trocados aos domingos e lavados uma vez por semana. Expostos ao sol e às chuvas, convertiam-se em andrajos, razão pela qual os relatos de época descrevem com frequência negros esfarrapados e seminus.

OS LIBERTOS: Não era fácil ser liberto em um mundo onde as distâncias sociais não eram sequer discutidas. Os libertos não podiam votar nem ter cargos públicos; eram também facilmente reconduzidos à sua antiga condição, por infidelidade aos seus senhores ou por suspeita de escravo.

VIDA E MORTE

A duração média da mão-de-obra era quinze anos e nas fazendas havia sempre de 10% a 25% dos escravos momentaneamente incapacitados.

Os índices de mortalidade dos cativos eram altos devido às péssimas condições higiênicas, às inúmeras epidemias, às picadas de animais venenosos, à má qualidade da alimentação e ao intenso regime de trabalho.

A mortalidade infantil atingia cerca de 90%.

UM MUSEU DE HORRORES: A violência era parte constitutiva desse tipo de organização que supunha a propriedade de um homem por outro. A escravidão só pôde existir em virtude da disseminação do medo. É por isso que no Brasil criou-se um verdadeiro museu de horrores, com castigos dos mais rotineiros aos mais especializados. No entanto, o essencial era a regra de marcar, torturar e humilhar, mas sem matar.

MARCAS

Os instrumentos de ferro eram variados. Enquanto correntes e libambos impediam a movimentação do escravo, gargalheiras, golilhas e golinhas, colares colocados no pescoço, evitavam fugas e expunham o cativo à humilhação. As calcetas eram argolas de ferro que se prendiam ao tornozelo dificultando o passo, e o vira-mundo cumpria função semelhante à do tronco.

Outra prática comum era marcar os negros com ferro em brasa nas coxas, nos braços, no ventre, no peito ou até na face. Esses sinais serviam como marca de propriedade ou traço de identificação no caso de fuga.

CASTIGOS: O tronco é talvez o mais antigo dos instrumentos de punição. Formado por duas peças de madeira ou de ferro, o condenado era preso ao aparelhos pelos pulsos, tornozelos e às vezes pelo pescoço. Além de ficar em uma posição incômoda, o suplicado permanecia à mercê do ataque de insetos e das intempéries.

SÍMBOLOS DA VIOLÊNCIA

Um dos castigos domésticos mais vulgares foi a palmatoada, ou bolo. Consistia em aplicar a palmatória nas mãos dos cativo, calculando-se o número de execuções por dúzias.

O açoite ou bacalhau era um instrumento corriqueiro de suplício. Utilizado para reprimir desde o furto de uma rapadura até o assassinato de um feitor, o açoite simbolizou a violência, assim como o pelourinho, presença fundamental nas cidades e local da aplicação deste castigo.

A REINVENÇÃO DA IDENTIDADE

Sentimos a força da presença africana nos quatro cantos do brasil. O samba, a capoeira e o candomblé são atualmente admitidos como registradas do país.

A existência até hoje desta manifestações é o fruto de uma longa batalha por autonomia e reconhecimento cultural travada pelos escravos.

A mesma estratégia de dissimulação foi utilizada na adoração dos deuses africanos em “terra de branco”. Nos calundus e nas casas de candomblé os negros, para poder cultuar seus orixás em paz, os relacionavam aos santos cristãos. Existiam ainda os batuques. Nas festas religiosas das irmandades católicas negras, como as de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário, os atabaques batiam para os homens e para os deuses.

A CONQUISTA DA LIBERDADE: A REBELIÃO DE CADA UM

Durante muito tempo acreditou-se no caráter pacífico e cordial da escravidão brasileira. No entanto, não só os castigos fizeram parte desse sistema, como também as fugas, os abortos e os suicídios.

O banzo é um dos mais conhecidos de atos de suicídio: escravos, com saudades da África, ingeriam terra diariamente, o que lhes causava uma morte lenta.

Contra essa prática adotavam-se as terríveis máscaras de Flandres, que impediam ainda o vício da bebida. A escrava Anastácia permanece na memória popular como uma mulher que, ao reagir ao cativeiro, foi obrigada a usar permanentemente uma dessas máscaras.

QUILOMBOS E INSURREIÇÕES

O temor de que os escravos pudessem se revoltar coletivamente sempre perturbou o sono dos senhores e das autoridades que, por isso, redobravam a vigilância.

A partir de 1740, toda habitação com mais de cinco negros passou a ser considerada um quilombo. Apesar disso, não deixaram de existir agrupamentos desse tipo durante todo o período da escravidão.

Os quilombolas agiam de forma ambígua em relação à sociedade circundante: às vezes estabeleciam alianças com ela, s vezes se negavam a qualquer tipo de acordo.

A REVOLTA DOS MALÊS

O controle rígido não impediu, também, que os escravos organizassem grandes insurreições, a despeito de suas diferenças étnicas, religiosas e jurídicas. Em 1835, por exemplo, explodiu em Salvador a revolta dos malês, liderada por libertos e cativos muçulmanos, muitos deles mais instruídos do que seus proprietários.

Embora tenham sido derrotados, os malês mostraram-se hábeis estrategistas.

FATOS NOTÁVEIS

Nem sempre foram pacíficas as reações. São muitos os casos de assassinato e de envenenamento, sendo senhores e feitores as vítimas prediletas. Era reconhecida a perícia escrava na fabricação de venenos de origem vegetal, mineral e animal, como o pó preparado com cabeça de cascavel, torrada e moída. O famoso quebranto, descrito nos romances da época como uma grande lassidão e desânimo que se apoderava dos senhores de escravos, e os amansava, era resultado da administração gradual de potentes venenos.

Existiam outras modalidades de assassinato, como colocar escorpiões nas botinas da vítima e cobras venenosas sob os travesseiros ou próximo dos pés da pessoa que se queria eliminar.

PALMARES: O COMEÇO

Corria o ano de 1630. A capitania de Pernambuco estava tomada pelos holandeses, que vieram no encalço do açúcar brasileiro e impuseram seu domínio por cerca de trinta anos.

Neste contexto, foi fundado um dos maiores Estados negros jamais visto nas Américas: o quilombo de Palmares.

NEGÓCIOS DO SERTÃO

Situado no alto da Serra da Barriga, Palmares possuía um solo fértil. As plantações de milho, mandioca, feijão e batata-doce serviam tanto para a subsistência como para o comércio com regiões vizinhas.

Além de dedicar-se à agricultura, os quilombolas exerciam várias atividades artesanais, inclusive a fundição de metais.

O ACORDO DE GANGA ZUMBA

Esse projeto negro de liberdade subvertia a ordem colonial. Por isso, inúmeras expedições contra Palmares foram enviadas ao longo dos 65 anos de sua história.

Em 1678, o rei Ganga Zumba, após a primeira grande investida realizada sobre os palmarinos, assinou uma trégua com o governador de Pernambuco para evitar mais perdas e ganhar tempo. Entretanto, esse ato dividiu o quilombo e resultou no envenenamento de seu rei.

A BATALHA FINAL: Zumbi assumiu o poder e sua atuação foi marcada pelo confronto com os brancos, devido a incursões em áreas vizinhas para libertar escravos. Em 1694, um exército composto por 3 mil homens e comandado pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, um antigo caçador de índios, aniquilou o quilombo. Centenas de quilombolas foram assassinados.

ZUMBI: SÍMBOLO DE LIBERDADE

Zumbi conseguiu fugir e passou a realizar operações de guerrilha até ser traído e morto, em 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi exposta publicamente num poste de cidade de Recife.

Zumbi é hoje lembrado como o grande símbolo da resistência negra no Brasil.

FIM DA VIAGEM?

No Brasil convivem duas imagens opostas: de um lado o mito da democracia racial; de outro a representação de um país com larga experiência escravocrata.

O resultado é uma forma específica de convivência racial: “um preconceito de ter preconceito”, como dizia Florestan Fernandes. Em nosso país, apesar de todos se dizerem avessos ao racismo, não há quem não conheça cenas de discriminação ou não saiba uma boa piada sobre o tema.

Ainda hoje o trabalho manual é considerado aviltante e a hierarquia social reproduz uma divisão que data da época do cativeiro.

Com naturalidade absorvemos a ideia de um elevador de serviço ou de lugares que se transformam em verdadeiros guetos raciais. É por isso que não basta condenar a história, ou encontrar heróis delimitados.

Zumbi existe em cada um de nós. É passado e é presente.

historia do trafico é por demais complexa e remota, cabendo às mais antigas sociedades das nações e a todos os povos da alta antiguidade, portanto não cabendo aos portugueses a sua primazia, que por sua vez são descendentes de povos que também foram escravizados e dominados por outros mais poderosos.

Em toda a África, desde épocas imemoráveis, a escravidão militar ou escravidão histórica a que é própria de todas as sociedades humanas numa fase de sua evolução política e que dessa escravidão nasceu a escravidão mercantil, não só as guerras criaram a escravidão, mas também as religiões pois as vitorias do islamismo deram como resultado o estabelecimento do trafico pelo extremo nordeste do continente africano e como o religioso muçulmanos penetrou até o coração da África, as legiões do profeta conseguiram manter o monopólio do comercio do interior e o trafico de escravos destinados a suprir o sul da Ásia e grande parte do Mediterrâneo Oriental, e esse trafico ampliou-se para todo o norte da África, e pelo fato este tráfico teve então dois vastos emontórios que foram o leste pelo Mar Vermelho e do norte do deserto até o Maghreb e no principio do século XV e que se puseram os primeiros navegantes cristãos em relação com os escravos da costa africana do oeste.

E no ano de 1432 o navegador português Gil Eanes introduziu em Portugal a primeira leva de negros escravos e a partir desta época os portugueses passaram a traficar os escravos com as Ilhas das Madeiras e em Porto-Santo, em seguida levaram os negros para os Açores logo depois para Cabo-Verde e finalmente para o Brasil.

Em meados do século XVI devido ao estabelecimento do Governo Geral, o que pesa para Portugal a respeito ao trafico negro, pesa também sobre a França, Espanha, Holanda e especialmente sobre a Inglaterra, pois lhe cabe a primazia como vanguardeira do tráfico e do comércio de escravos autorizado desde o reinado de Eduardo VI e começando no reinado da Rainha Elizabeth no século XVI, e John Hawkins foi o primeiro inglês a empreender o comércio de negros escravos por este motivo recebeu o titulo de Baronnet, e a historia dos navios negreiros e a mais comovente epopéia de dor e de desespero da raça negra; homens, mulheres e crianças eram amontoados nos cubículos monstruosamente escuros das galeras e dos navios negreiros onde iam se misturando com o bater das vagas e o ranger dos mastros na vastidão dos mares.

A fome e a sede, de mãos dadas com as doenças que se propagavam nos ambientes estreitos passavam pelos maribundos e não lhes ceifavam a vida, concedendo-lhes perdão e misericórdia que não encontravam aconchego nos corações dos homens, daqueles homens severos e maus de todas as embarcações e que só se preocupavam com o negócio rendoso que a escravaria oferecia.

Os negros fortes, retintos e amontoados também se tornavam feras acuadas onde o dia se confundia com a noite pois as levas de negros que embarcavam na costa da África provinham de diferentes pontos e de diferentes raças e eram misturadas como carga comum nos bojos dos navios negreiros.

Os gemidos dos moribundos vinham juntar a algaravia das diferentes línguas dos Mandingas, Felupos, Cabindas, Gêjes, Fulas, Congos, Bundas, Bantos, Libolos, Caçanjes e tantas outras tribos, desconhecidas umas das outras, rosnavam como feras furibundas e dilaceravam-se mutuamente nas mínimas disputas; quando o navio negreiro sofria qualquer acedio de naus piratas, os tripulantes que se preparavam para a defesa do navio negreiro, normalmente recebiam ordens do comandante que era sempre um bárbaro que sumariamente mandava atirar ao mar os negros agonizantes, para aliviar a carga para tornar o barco mais maleável, erra quando os marinheiros desciam aos porões imundos e os moribundos eram atirados ao mar, e quando isto não acontecia as epidemias lavravam os porões e só havia um remédio: o mar!

A organização da Companhia de Lagos tinha o objetivo de incentivar e desenvolver o comércio africano e dar expansão ao trafico negreiro.

Logo após o navegador Antão Gonçalves ter dado entrada em Portugal de uma leva de escravos negros capturados na Ilha de Arguim, e a viagem inicial da Companhia de Lagos que foi empreendida por uma expedição composta de seis caravelas ao comando do escudeiro Lançorote que transportou 235 cativos, e pelas lutas travadas entre varias feitorias da África que se entrechocavam no fornecimento de escravos e as incursões devastadoras dos corsários e piratas e a instituição da Companhia de Lagos, motivaram a formação de varias companhias negreiras, que entre elas podemos citar a Companhia de Cacheu em 1675, Companhia de Cabo Verde e Cacheu de Negócios de Pretos em 1690, Companhia Real de Guiné e das Índias em 1693, Companhia das Índias Ocidentais em 1636

E devido ao êxito desta para o Brasil e o tino político do padre jesuíta Antônio Vieira se deu a criação da Companhia Geral do Comércio do Brasil em 1649.

A Companhia do Estado do Maranhão em 1679, Companhia da Costa da África em 1723,Companhia do Grão Pará e Maranhão, Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que foram criadas pelo Marquês de Pombal, desta maneira podemos atestar que o transporte de negros da África era o melhor e mais rendoso negocio da época.

E as raças transportadas durante o longo período negreiro e que se distribuíam por toda a África pode ser assim enumeradas: do grupo de Guiné e Nigricia foram exportadas os Jalofos (aptos a ida do mar), Mandingas (convertidos ao Maometismo eram inteligentes e empreendedores), Yorubas ou Minas (fortes, robustos e hábeis), Felupos (os mais selvagens), Fulas que se dividiam em pretos, vermelhos e forros (eram descendentes dos chamita), Sectários de Maomet (eram os mais valentes e organizados), Balantos ( gentios democratas), Biafadas ( eram robustos, atléticos, esforçados, bons marinheiros), Papéis, Manjacos, Nalus, Bahuns.

E do Congo e Angola tiveram do grupo Banto foram os Ba-Congos (mais adiantados da África), Djaggas ( convertidos ao cristianismo), Cabindas (excelentes trabalhadores), Mussurongos, Eschicongos, Jagas e seus afins Ban-Galas e do grupo Fiote tivemos os Bamba e os Hollos, Ambaquistas, e do sertão tivemos os Ma-Quiocos (hábeis caçadores), Guissamas (valentes e hábeis), Libollos (pacíficos e agricultores), todos do grupo Bunda, e o do grupo N`bundo vieram os Ba-Nanos, Ba-Buenos, Bailundos (todos eram altos, fortes e aguerridos), Bihenos (artistas), Mondombes, e do grupo Janguellas ou Baagangellas tiveram os Ambuellas (mineradores de ferro), Guimbandes (pacíficos e artistas) Banhanecas e Ba-Ncumbis (pastores e agricultores) e dos grupos Bantos Orientais foram os Macuás (inteligentes e faladores), Manimdis e Manguanguaras (selvagens) Nyanjas ou Manganjas (inteligentes e pacíficos), Mavias (pescadores) e do Senegal tivemos os Muzinhos, Moraves e Ajaus (mercadores de marfim) e do ramos de Bochimanos e Hotentotes tiveram os Ba-Cancalas, Bacubaes, Ba-Corócas, Ba-Cuandos, Ba-Cassequeres, Basutos e Bechuanas, Nubios.

A obra do negreiro na África foi verdadeiramente vandálica, destruidora, sanguinária!

A eloquência do número de raças exportadas de todos os recantos africanos é frisantes atestado da gula dos comerciantes negreiros pelo rendoso negocio do trafico.

Todas as nações civilizadas tinham ali na costa da África a sua feitoria e nos mares em cruzeiros simultâneos, navios de todos os efeitos empregados no trafego imoral, aberrante, desumano e sanguinário, que despovoou pouco a pouco o continente negro e seu modo cobriu-se de sangue durante asa preias desordenadas, preias levadas a efeitos a ferro e a fogo, a laço e a tiro.

Escravidão e Comércio de Escravos

Tráfico Negreiro

escravidão existiu ao longo da história. A maioria das sociedades fez provisões para isso dentro de sua estrutura, e a maioria dos povos foi fonte de escravos em um momento ou outro.

A expansão da escravidão era muitas vezes um subproduto da construção do império, pois uma potência dominante transformava seus prisioneiros de guerra em escravos por meio da conquista. No entanto, de império para império havia uma variação considerável no status legal dos escravos e nas perspectivas de incorporação à política; da mesma forma, dentro de uma determinada sociedade ou estado, pode haver uma ampla gama de status, trabalho e oportunidades entre diferentes escravos.

De fato, é difícil apresentar uma definição precisa de escravidão que se ajuste a todas as sociedades.

A maioria das formas de escravidão compartilha as seguintes características:

1) os escravos são obrigados a viver suas vidas em serviço perpétuo ao seu senhor, uma obrigação que somente o senhor (ou o estado) pode dissolver;
2)
 os escravos estão sob o poder completo de seus senhores, embora o estado ou a comunidade possam impor certas restrições ao tratamento do escravo pelo senhor;
3) 
escravos são propriedades, que podem ser vendidas ou passadas como herança a critério do senhor; e
4) 
a condição de escravidão é transmitida de pai para filho.

Os historiadores costumam distinguir entre “sociedades escravistas” e “sociedades com escravos”, com base na centralidade da escravidão para a economia. A Roma Antiga e as colônias de plantations do Brasil, do Caribe e do Sul dos Estados Unidos eram “sociedades escravistas”; durante o início do período moderno, a maioria dos países europeus e muitas colônias latino-americanas e norte-americanas eram apenas “sociedades com escravos”.

A questão de quem pode ser legitimamente escravizado em qualquer sociedade muitas vezes se resume a uma definição de quem constitui um “insider” e quem é fundamentalmente excluído de uma sociedade.

Ao longo do início do período moderno, essas linhas mudaram de categorias religiosas para somáticas, criando assim a categoria relativamente nova de “raça”. Assim, os cristãos do século XV justificavam a escravização dos não-cristãos por motivos fundamentalmente religiosos. Em algum contraste com os impérios russo e otomano, no século XVII todas as potências da Europa Ocidental definiram os africanos como destinados à escravidão, uma opinião que muitas vezes foi justificada pelo relato bíblico da maldição sobre os filhos de Noé.

À medida que o secularismo e o materialismo iluministas se tornaram influentes nos séculos XVIII e XIX, um novo discurso de racismo biologicamente justificado foi sustentado pelos pronunciamentos da ciência.

Alguns teóricos, incluindo aqueles em nações sem vínculos diretos com o comércio de escravos, adotaram essas atitudes. Por exemplo, o pensador iluminista alemão Immanuel Kant citou com aprovação a caracterização de David Hume dos negros como altamente supersticiosos, excessivamente falantes, sem inteligência e sem talento para as artes.

Várias formas de racismo – científico, institucional e cultural – sobreviveram à instituição da escravidão e persistem na Europa hoje.

Tráfico Negreiro – Negro Escravo

Tráfico Negreiro

Homem negro era uma continuação do meio na sua brutal grandiosidade geofísica, meio absorvente e bárbaro e na sua entomologia, a raça Bantu a mais adiantada, detentora das ricas terras do Congo e de Angola, caminhou a passos de gigante para a regressão em face dos usos e dos costumes de suas tribos e nações incapazes de absorver a civilização da raça branca para lá mandada pelos portugueses, tinha o culto da liberdade até extremos desconhecidos.

Eram naturalmente anárquicos, não tinham união política entre si, e suas autoridades entre eles quase sempre eram tirânicas, absoluta e absorvente eram indisciplinados e desobedientes, por estes motivos foi fácil de serem vencidos em toda parte e em todos os tempos, esta raça robusta e por isto ela foi facilmente escravizada, podemos dizer-se que a nação de autoridade, só lhe veio depois do contato com a raça branca, depois que a rainha Ginga Bandi conseguiu tirar todo o partido das ações missionarias com o qual melhorou a sua raça em civilização e costume de crê-se que o espírito dessa formosa e famosa rainha tenha acompanhado um punhado de negros descendentes dos N`gola que foram vendidos para o Brasil e aquilombados em Mato Grosso e que fundaram o reinado negro de Quariterê, onde tanto sangue se derramou como em Palmares.

E os costumes das tribos africanas em geral pareciam estar no ínfimo grau de desenvolvimento a julgar por alguns signos característicos destas habitações em cavernas porém tais exemplos não poderiam ser representativo da raça africana em regra geral.

Pois o negro já estava fixado no solo e já constituía a sua tenda e quase todas os títulos protegiam as suas aldeias por uma cerca de arvores de troncos grossos e no recinto fortificado construíam as tendas formadas de juncos e palmas de forma cônica com teto de palha, que não possuía divisões salvo as vezes as dos chefes da tribo.

Os utensílios domésticos eram todos de madeiras e pedra que serviam de assento, os pratos eram de argilas, cuias, facas de pedra e de ferro, vasos para água e para o preparo da comida, algumas tribos dormiam no chão sobre palhas ou peles e algumas tribos construíam tarimbas.

A ordem domestica era perfeita pois cada tenda era ocupada por uma família onde o homem exercia a autoridade suprema do lar e na sua ausência era exercida pela primeira esposa, pois a poligamia era um costume em todas as tribos, e todo o trabalho domestico e nas pequenas lavouras ficava a cargo das mulheres, tanto os homens como as mulheres enfeitavam-se com muito capricho, particularmente da cabeleira, entre muitas tribos era costume se tatuarem e furar as orelhas, o lábio superior e o septo nasal.

Os homens cuidavam de preparar as terras para as grandes plantações, em algumas aldeias existiam as industrias pastoril, também a caça e pesca era atribuições parta os homens das tribos.

Sendo a caça no interior da África um serviço fatigante e arriscadíssimo, demandando grandes esforços, agilidade e coragem e de todos os animais eles aproveitavam a carne, o couro e do elefante o marfim.

Era muito raras as aldeias não terem em forno para fundir ferro e uma forja para fabricação de ferramentas, armas e artigos de uso comum, as armas que usavam era o arco e a flecha, a zagaia, a lança e o cajado nodoso, a antropofagia era usada por algumas tribos do interior e da costa ocidental, todos negros africanos tinham grandes conhecimentos das virtudes de muitas plantas medicinas e a sua medicina consistia no emprego destas plantas acompanhadas de muitos exorcismo.

Eram muitos supersticiosos e tinham, entre eles os adivinhos e os feiticeiros que eram venerados por todos das tribos, se tatuavam com desenhos significativos que constituíam-se de figuras de animação de plantas e de desenhos geométricos o desenho era indelével e feito no corpo humano em geral no peito e nos braços e as línguas eram todas aglutinantes e os usos e costumes sempre varriam de tribos para tribos conforme o seu grau de civilização e de caráter religioso, a concepção da arte nos povos negros não eram de ordem estética mas tão simplesmente religiosa, a idolatria foi o mais forte motivo da arte negra em consequência do meio bárbaro em que viviam e os brutais contraste que o cercaram desde o alvorecer de sua idade, o negro criou a arte segundo a sua emoção e essa arte e arte e é beleza porque representa o seu conhecimento de tristeza, a sua dor e o seu medo.

A raça negra sempre tiveram grande pendor para as danças e a mais característica é o batuque, que o acompanhou na trajetória dolorosa de sua migração forçada para o cativeiro, e as suas danças consistiam num circulo formado pelas dançadores, indo para o meio de um preto que depois de executar vários passos, dava uma imbicada a quem chamava de semba na pessoa que escolhe entre as da roda, a qual ia para o meio do circulo substitui-lo.

Os instrumentos musicais eram mais guerreiros que de diversões e o principal deles era o tong-tong empregados nas solenidade de guerra, nas festas populares usavam o balafo muito usado na costa do ouro, tinham o berimbau, canzá, e o tambaque e estes instrumentos acompanharam os palmerinos para amenizar os seus sofrimentos e resistir as dores e aos desesperos.

Tráfico Negreiro – Escravos

A relação de dependência econômica entre metrópole e colônia acelera a necessidade de que a segunda se torne cada vez mais produtiva. A partir da metade do século XVI, a mão de obra indígena escravizada já não bastava ao sistema colonial.

Quando o cultivo de cana de açúcar torna-se a principal atividade produtiva da colônia, superando a fase do extrativismo, a importação de africanos começa a ser praticada. Ela vem complementar a mão de obra, buscando aumentar a produtividade sem causar ônus para a metrópole.

O tráfico de escravos, já praticado pelos portugueses desde o século XV para suprir a carência de mão de obra na Europa e em suas colônias das Antilhas, é um negócio altamente lucrativo para a metrópole.

Ao contrário dos negócios em torno do escravo indígena, que geram um comércio interno cujos lucros não atingem a merópole, o comércio do africano se inicia sob o seu controle. Como consequência, o grau de dependência da economia colonial acentuou-se devido ao controle de um setor estratégico praticado de perto pela metrópole.

O tráfico negreiro aprofunda os objetivos mercantilistas da Coroa portuguesa ao tornar-se uma atividade altamente lucrativa, especialmente a partir do aumento da produção canavieira, ainda no século XVI.

Expande-se por todas as atividades da colônia, tornando-se a base sobre a qual se ergue a sua economia.

Como o número de mortes entre os escravos negros era sempre maior do que o de nascimentos, devido às péssimas condições de vida em que eram mantidos, o tráfico de escravos era uma necessidade contínua para a reposição da mão-de-obra e da crescente produtividade da colônia. Em 1815 os escravos negros representavam cerca de 50,55% da população total do Brasil.

Em algumas áreas esta porcentagem crescia, como no caso da província do Rio de Janeiro, que em 1821 chegava a 52% nos municípios produtores de café.

No momento de desenvolvimento da economia cafeeira houve uma forte intensificação do tráfico negreiro para o abastecimento das regiões produtoras de café. Porém, neste momento, a constituição do capitalismo industrial com o crescente emprego do trabalho livre assalariado cria um clima internacional desfavorável à escravidão.

Com as pressões exercidas pela Inglaterra para o fim do tráfico negreiro desde as primeiras décadas do século XIX e a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, D. João VI se vê forçado a limitar o comércio de escravos.

Entretanto, por força das pressões das elites agrárias e por fraqueza do Império para combatê-las, os africanos continuam chegando por contrabando ao Brasil, apesar dos frequentes ataques da esquadra britânica aos navios negreiros.

O contrabando ainda é um bom negócio e a mão-de-obra escrava também. No ano de 1850 é aprovada a Lei Eusébio de Queirós, que extingue o tráfico de escravos. Porém, é somente com o aumento da produtividade trazida pela industrialização na segunda metade do século XIX que a economia baseada no trabalho escravo deixa de ser um bom negócio para tornar-se um entrave ao ingresso do Brasil na nova ordem do progresso mundial. Só assim termina o tráfico de escravos.

Tráfico Negreiro – Resumo

tráfico de Negros aconteceu no século XlX, foi uma mancha na História do Brasil.

Eram vendidos como animais, trabalhavam sem descanso.

No período do romantismo no Brasil, Castro Alves e outros escritores assumiram a causa abolicionista que só foi concretizada com a Lei Áurea, assinada por Princesa Isabel.

A escravidão africana era autorizada por Bula do Papa desde 1454.

Havia três tipos de Tráfico Negreiro: O Assiento, cedido pela coroa; O Particular; O das Cia Privilegiadas de Comércio.

Os Sobas (chefes africanos), faziam guerra para capturar negros de outras tribos para negociar com os portugueses.

Nos Tumbeiros (Navios Negreiros), de 10 a 30% dos escravos morriam; às vezes chegava a 50%.

O escravo era trocado por cachaça, fumo, arma, etc.

CONDIÇÕES E RESISTÊNCIA DOS ESCRAVOS

Muitos pertenciam a dois grupos étnicos: Bantos e Sudaneses.

Dentre os sudaneses destacava-se os muçulmanos da Guiné.

Cotidiano

Já na América alguns morriam de tristeza ou melancolia, chamada de Banzo.

Os castigos físicos mais comuns eram:

Tronco (em pé: para o chicote; deitado: para prender pelas pernas).
Bacalhau: chicote de couro cru (às vezes passavam sal nas feridas, o que piorava).
Viramundo: Instrumento de ferro que prendia mãos e pés juntos.
Gargalhadeira: colar de ferro com hastes em forma de gancho.

Conflitos culturais

Os escravos eram submetidos a se adaptar a uma nova cultura que lhe era imposta, tendo que:

Comer uma comida que não era de seu costume.
Vestir roupas de panos grossos de algodão.
Aprender a língua local.

Formas de Resistência

Suicídios, abortos, assassinatos, fugas eram constantes. Houve também quilombos e insurreições.

A perda do escravo era prejuízo para seu dono, que nem sempre exagerava nos maus tratos.

Dificuldades de organização

Falta de comunicação entre os engenhos – dificultava uma organização de negros de outras fazendas.
Mistura de etnias rivais – 
tribos que eram rivais na África são colocados juntos para dificultar o entrosamento.
Diferença na distribuição dos trabalhos –
 o escravo doméstico tinha medo de voltar para a lavoura, denunciando qualquer tentativa de rebelião.
Alforria como forma de dominação – 
o escravo alforriado vivia em torno do seu antigo dono, e denunciava complôs por medo de perder a liberdade.

Fonte: www.zbi.vilabol.uol.com.br/www.eciencia.usp.br/www.segal1945.hpg.ig.com.br/www.cegh.at

 

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