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Portos Negreiros – História Brasil
E difícil fixar-se nas histórias qual foi o primeiro porto de desembarque de negros africanos no Brasil, porém Francisco Adolfo Varnhagem da entender que por intermédio de Martim Afonso de Souza em 1531 foi que se verificou o desembarque de alguns negros na Bahia.
Que haviam sido encontrados na caravela Santa Maria do Cabo quando aprisionada e incorporada a sua esquadra, e no ano de 1532 uma nova leva de negros foi desembarcada na capitania de São Vicente por Martim Afonso de Souza para trabalharem na lavoura de cana de açúcar, e através do donatário da capitania de Pernambuco Duarte Coelho chegou a primeira leva de escravos negros carreados que foram vendidos como peças aos mercadores para os senhores de engenho.
No século XVII com o impulso da indústria açucareira que empregava a mão de obra dos índios, pelo fato dos mesmos não se acostumarem com a vida sedentária dos engenhos a coroa portuguesa facilitou a entrada dos negros africanos que eram importados de Angola.
E que entravam no Brasil por intermédio dos assentistas e dos contrabandistas através do porto de Pernambuco e da Bahia de onde seguiam para os engenhos disseminados pelo interior, e com a criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e com o desenvolvimento da agricultura nas capitanias do Maranhão, Belém e São Luiz fez com que a lavoura nordestina absorvesse o braço escravo do negro, e por conta disto os seus portos acabaram se tornando portos negreiros.
Portos Negreiros
E no litoral paulista a Ilha Bela com sua face habitada muito próxima ao continente e a outra inóspita e inacessível voltada para mar aberto ela transformou-se em um entreposto de escravos ilegalmente trazidos da África por navios negreiros que através da baia dos Castelhanos desembarcavam suas preciosas cargas em imensos ancouradores especialmente construído, e entre eles podemos destacar o da Fazenda Lage Preta.
Com a descoberta de ouro em Minas Gerais no córrego de Ouro Preto, houve uma grande correria e o abandono das lavouras e dos engenhos por parte dos fazendeiros nortista.
Portos Negreiros
E devido a febre do ouro ocorreram profundas penetrações e bandeiras para o Mato Grosso, Goiás, Bahia e por todo os recantos de Minas Gerais, o que fez com que o preço do escravo subisse assustadoramente e que o porto de Pernambuco perdesse a supremacia escravista que passou para o porto da cidade do Rio de Janeiro que se fez como um porto africano, com todo o aspecto de Luanda na África.
Portos Negreiros
E nesta época as levas de negros africanos desembarcadas eram encaminhadas para os galpões de refresco localizados na rua do Valongo onde estava situado o coração comercial escravagista.
Onde era realizada as compras e vendas dos escravos nos escritórios dos corretores envolvidos com a mercadoria negra e toda uma variedade de pequenos estabelecimentos comerciais voltado para a fabricação de objetos de ferro para tortura e aprisionamento, e devido ao grande movimento de vendas de escravos nesta época no Rio de Janeiro com os mercadores que dentre eles se destacavam os camboeiros que distribuíam os negros no Tejuco para as minerações de ouro, foi realizada a maior feira de escravos que se teve noticia no Brasil.
Portos Negreiros – Resumo
Portos Negreiros
E difícil fixar-se nas historia, o primeiro porto de desembarque de negros africanos no Brasil, porém Francisco Adolfo Varnhagem – Visconde de Porto Seguro dá a entender que Martins Afonso de Souza em 1531 desembarcou na Bahia alguns escravos encontrados na Caravela Santa Maria do Cabo que foi aprisionada e incorporada a sua esquadra e também na cultura de cana-de-açúcar que introduziu na Capitania de São Vicente, da qual fora o primeiro donatário, onde desembarcou em 20 de Janeiro de 1532.
E que no ano de 1535, Duarte Coelho o primeiro donatário de Pernambuco importou os primeiros escravos negros, quando de sua chegada.
E desta maneira a historia da escravidão negra no Brasil, pende assim para Pernambuco como o primeiro porto brasileiro de desembarque dos infelizes negros para aqui carreados e vendidos como peças ou trocados por uma simples garrafa de aguardente entre mercadores negreiros e senhores de engenho.
Primitivamente, os escravos importados eram destinados aos engenhos de açúcar das Capitanias de São Vicente, da Bahia e de Pernambuco e tão logo chegados ao Brasil e logo após uma pequena triagem de refresco nos portos de desembarque eram encaminhados para o interior e os dois centros mais importantes de importação eram Pernambuco e Bahia e a distribuição do elemento servil para o interior, pode ser dividida em grandes ciclos, como o da agricultura e indústria pastoril e o da mineração.
A escravidão negra do Brasil tomou impulso no século XVII no período áureo da indústria açucareira, tendo em vista o consumo do açúcar no mundo, e devido a pequena produção das ilhas portuguesas do atlântico, estimularam a produção do Brasil, e a mão de obra empregada nessa extraordinária indústria era a do escravo africano, visto que o índio era indomável e não se acostumava com a vida sedentária dos engenhos, e por este motivo a coroa portuguesa facilitou a entrada do negro. E Angola tornou-se o centro principal de fornecimento, o negro entrava em Pernambuco por todos os meios trazidos pelos assentistas ou pelos contrabandistas e eram encaminhados para os engenhos disseminados no interior, e com a criação da Companhia de Comércio do Grão Pará e o desenvolvimento da agricultura, principalmente a do arroz no Maranhão, Belém e São Luiz tornaram-se portos negreiros em pequena escala, não só a lavoura nortista absorveu o braço escravo, mas também a pecuária, principalmente nos vales dos rios Itapicuru e Mearim no Maranhão e Piauí.
Com a descoberta de ouro, houve uma correria e abandono das lavouras e dos engenhos, foi um verdadeiro êxodo, as primeiras oitavas descobertas em Minas Gerais, no córrego de Ouro Preto, fizeram com que o preço do escravo subisse e que os fazendeiros nortistas abandonassem as suas lavouras e fazendas e rumassem para a Minas Gerais em buscado ouro.
A febre do ouro provocou profundas penetrações e bandeiras para Mato Grosso, Goiás, Bahia e por todos os recantos de Minas Gerais e o porto de Recife em Pernambuco perdeu a supremacia escravista, que passou para o Rio de Janeiro, que se fez então durante todo o século XVIII como um porto africano, com todo o aspecto de Luanda na África, mais vastos e agitados.
Por este motivo foi organizado no porto do Rio de Janeiro a maior feira de escravo do Brasil, e escusado dizer que nem todo os negros que desembarcaram neste entreposto seguiram para as minas ou para as fazendas, pois grande número deles permaneceram no Rio de Janeiro nos lares servindo como servos ou fazendo serviços de estivas e de transporte local nos armazéns de comércio e até em pequenas oficinas de arte, neste período desenvolveu-se entre as pessoas mais abastada, o costume de comprar negros para os pôr de aluguel nas fabricas, de soldado nas praças ou em obras publica.
As levas de negros desembarcados no Rio de Janeiro permaneciam nos galpões de refresco no bairro do Valongo por um curto prazo de tempo, para logo a seguir iniciarem as grandes caminhadas através da Serra dos Órgão para as ricas minas de ouro em Minas Gerais e da Bahia seguiam através da chapada Diamantina e pela estrada dos gerais para atingirem o Tejuco, e dentre os mercadores de negros pelo interior durante o ciclo da mineração auro-diamantina se destacava o tipo do camboeiro.
A mineração auro-diamantina criou o trafico interno e a distribuição do negro se fez para Minas Gerais, Mato Grosso e Bahia e em menores contingentes para São Paulo e Rio de Janeiro onde foram confinados os africanos puros.
A arrecadação das rendas da coroa nas minas auro-diamantina era sistematicamente feita por contratos entre a coroa e particulares por meio de arrematação e em geral pelo período de três anos, e para isto o número de escravos empregados na mineração e que servia de base para o pagamento à coroa pelo contratante e este regime durou até 3 de Dezembro de 1771, quando a coroa passou a explorar oficialmente as minas, com administração própria a que se chamou Real Extração que iniciou os trabalhos com três mil seiscentos e dez escravos distribuídos em varias minas.
Fonte: www.segal1945.hpg.ig.com.br/www.geocities.com/static.wixstatic.com
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