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Hino Nacional do Brasil – História
Um dos quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil (os outros são a bandeira nacional, o brasão de armas e o selo nacional), a música foi composta por Francisco Manuel da Silva (1795-1865) em 1831.
Recebeu várias letras, uma em comemoração a abdicação de Dom Pedro I em 7 de abril de 1831, depois recebeu outra letra em 1841 em comemoração a coroação de Dom Pedro II.
Somente em 1909 o poeta Joaquim Osório Duque Estrada (1870-1927) escreveu a letra do Hino Nacional Brasileiro.
Às vésperas do centenário da independência do Brasil em setembro de 1922, o então presidente Epitácio Pessoa (1865-1942) através do Decreto nº 15.671, oficializou a letra e a música como o hino nacional do Brasil.
Partitura para piano de 1922
Hino Nacional do Brasil – Características
Sobre a música há a polêmica que ela foi copiada da “Iªsonata para violino e guitarra”, do compositor italiano Niccolò Paganini (1782-1840), ou talvez da música sacra “ Matinas de Nossa Senhora da Conceição”, do Pe. José Maurício Nunes Garcia (1765 – 1830), ou ainda da ópera “La Cenerentola”, de Gioachinno Rossini (1792-1868). Mas possivelmente Francisco Manuel da Silva, sendo um bom músico de formação erudita, se inspirou nestas obras, o que era comum na época.
Hino Nacional do Brasil – Importância
O Brasil é um país de uma pluralidade de culturas e povos e sempre recebeu imigrantes de várias parte do mundo, mas têm ainda muito o que fazer para melhorar na justiça social, ambiental e ética política. O
Civismo (Devoção pelo interesse público; patriotismo) é o primeiro passo para que o povo lute e trabalhe por estas melhoras, respeitar os símbolos pátrios, cria uma união entre esta multipluralidade de pessoas no país que passam a ter objetivos comum pela pátria.
A letra de Joaquim Osório Duque Estrada são versos decassílabos publicados em um livro de 1909 chamado “Alvéolos.”
A primeira estrofe do Hino Nacional do Brasil:
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante”.
Subentende que o Brasil “nasce” em São Paulo, havia um motivo político: Naquele momento São Paulo era o Estado mais rico da União em razão do café e de suas fábricas e comércio, vivia-se a República do “Café-com-Leite”, ou das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, incutia no povo a justificativa do domínio paulista na política brasileira.
Letra do Hino Nacional do Brasil
Parte I Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Se o penhor dessa igualdade Ó Pátria amada, Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Gigante pela própria natureza, Terra adorada, |
Parte II Deitado eternamente em berço esplêndido, Do que a terra, mais garrida, Ó Pátria amada, Brasil, de amor eterno seja símbolo Mas, se ergues da justiça a clava forte, Terra adorada, |
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
Atualizado ortograficamente em conformidade com Lei nº 5.765 de 1971, e com
art.3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal. em 29.12.1943.
Uma breve história do hino nacional brasileiro
Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865), renomado violoncelista e compositor, escreveu em 1823 um hino celebrando a proclamação da independência do Brasil. Admirador da “Marselhesa”, acreditava que um hino deveria ser vibrante e triunfante, mais adequado para celebrar um acontecimento heróico, como era sua obra. Ao contrário, o imperador Dom Pedro I também compôs um hino, apreciado por sua melodia, mas incapaz de motivar o entusiasmo das pessoas.
Por ser pouco divulgada, a composição só seria lembrada em abril de 1831, quando o povo brasileiro celebrou a abdicação de Pedro I. Com letra de Ovídio Saraiva, a composição foi posteriormente referida como o “Hino do 7 de Abril”.
Dez anos depois, bem orquestrado, o hino seria tocado nas festividades da coroação do imperador Pedro II, sob o título “Hino da Coroação”. Assim, embora ainda não formalizado, mas já consagrado pela tradição como Hino Nacional Brasileiro, foi em 1869 tema de uma obra magistral, a “Fantasia sobre o Hino Brasileiro”, composta e tocada em sarau no Paço Imperial pelo célebre Compositor e pianista americano Louis Moreau Gottschalk.
Em 1889, por ocasião da instalação da República no Brasil, os cidadãos mais radicais desejavam um novo hino nacional, considerando o antigo uma herança do Império. Um concurso ocorreu em janeiro de 1890 para escolher o novo hino, com a participação de 29 compositores. Muitas pessoas e políticos pleitearam pela manutenção do hino antigo e o presidente brasileiro Deodoro da Fonseca decidiu logo que o novo hino seria o “Hino da Proclamação da República”.
Após o concurso, a lei nº 171, assinada em 20 de janeiro de 1890, manteve a obra de Francisco Manuel da Silva como “Hino Nacional”, bem como declarou a composição premiada com o primeiro prêmio, de Leopoldo Miguez e José Joaquim Medeiros e Albuquerque, como o “Hino da Proclamação da República”.
No entanto, as letras antigas não se adequavam ao novo status político de República. Essa situação permaneceria desconsiderada até julho de 1909, quando o governo instituiu um novo concurso para escolher as novas letras.
O poema de Joaquim Osório Duque Estrada (1870/1927) ganhou o concurso, mas ainda esperaria vários anos para ser oficialmente declarado o texto do “Hino Nacional Brasileiro”, pela lei n°15.671, de 9 de junho de 1922, dia antes do Centenário da Independência e 99 anos após a criação da composição.
Francisco Manuel morreu cinco anos antes do nascimento do seu companheiro Osório Duque Estrada.
Fonte: Frederico Czar (Professor de História)
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