Coluna Prestes

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Coluna Prestes – O que foi

Coluna Prestes foi uma expedição militar que teve início em julho de 1925 com a duração de dezoito meses. Comandada por Luís Carlos Prestes e composta por militares – oficiais e soldados – que eram a oposição ao governo de Arthur Bernardes.

Sem dúvida, a Coluna Prestes foi o mais importante movimento militar de contestação às estruturas da República Velha, comandada pelas oligarquias tradicionais.

Foi um movimento político-militar de origem Tenentista, que entre 1925 e 1927 se deslocou pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís. Após a derrota do movimento paulista, em 1924, um grupo de 6.000 combatentes recuou para o interior sob o comando de Miguel Costa.

No início de 1925, reúnem-se em Foz do Iguaçu no Oeste do Paraná, com a Coluna do Capitão Luís Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul, formando uma só coluna – “Coluna Prestes” (conhecida no Paraná por Coluna Miguel Costa-Prestes), a partir de 11 de abril de 1925 a coluna começou sua marcha pelo interior do país; sempre com as forças federais no seu encalço, a coluna de 1 500 homens vai para o RS e MG, eclodindo a revolução às 5h, e 30 min do dia 3 de outubro de 1925 ( horário escolhido por Jorge Aranha em função do fim de expediente nos quartéis, o que facilitava a ação militar e a prisão dos oficiais em suas casas). Depois para GO, volta para MG onde ocorre um atrito, perdem. Vão para TO, PI, PE BA e MG; ocorre o segundo atrito, nova batalha e nova; voltam de a BA para PE, PI, TO, GO; e vão para o MS, ocorre a 3ª batalha e a coluna foge para o MT e, finalmente para a Bolívia onde 620 soldados deram a batalha por encerrado em fevereiro de 1927.

Coluna Prestes enfrentou as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais dos Estados e tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.

Acredita-se que até o Cangaceiro Lampião foi convocado para derrotar a Coluna Prestes. A coluna poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo.

Ocorreram ainda duas práticas durante a marcha:

A operação Pente Grosso, quando os tenentes saqueavam os armazéns e fazendas dos lugares onde não eram acolhidos, eles porém, não abusavam da população.
A operação Pente Fino, era o exército quando passavam pelas cidades deixando um enorme estrago em cada lugar; abusavam e violentavam as mulheres, roubavam as casas e fazendas e agrediam as pessoas que se revoltaram com tal ação.

Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas. Ataques de cangaceiros à Coluna também reforçam o caráter lendário da marcha, mas não há registros desses embates. Nas cidades e nos vilarejos do sertão, os rebeldes promovem comícios e divulgam manifestos contra o regime oligárquico da República Velha e contra o autoritarismo do governo de Washington Luís, o qual mantém o país sob estado de sítio desde sua posse, em novembro de 1926.

Os homens liderados por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa não conseguem derrubar o governo de Washington Luís, mas desmoralizou o Exército Brasileiro.

Entretanto, com a reputação de invencibilidade adquirida na marcha vitoriosa de 25 mil quilômetros, aumentam o prestígio político do tenentismo e reforçam suas críticas às oligarquias. Com o sucesso da marcha, a Coluna Prestes ajuda a abalar ainda mais os alicerces da República Velha e preparar a Revolução de 30.

Projeta também a liderança de Luís Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista Brasileiro. Após liderar a Intentona Comunista de 1935, torna-se uma das figuras centrais do cenário político do país nas décadas seguintes.

As pessoas engajadas nesse movimento eram contra os ideais políticos presentes na Primeira República, que defendia alguns princípios liberais.

Esse movimento promoveu uma marcha por todo o país durante os dezoito meses de duração, onde Prestes tivera contato com todos os tipos de pessoas, levando a ser denominado como um líder comunista.

Os objetivos desse movimento eram:

Fazer com que a população se apoderasse e lutasse contra dos coronéis da época,
Lutar contra a elite agrária;
Lutar contra a miséria existente no Brasil;
Tornar o ensino fundamental obrigatório;
Implantar o voto secreto;

Com toda essa luta, os líderes desse movimento sofreram muitas repressões pelos próprios coronéis que não queriam ser combatidos.

O movimento foi perdendo força até que no ano de 1927, Luis Carlos Prestes se exilasse na Bolívia.

A Coluna Prestes e o Mito do Interior do Brasil

A rebelião da Coluna Prestes está entre os eventos mais mitificados do Brasil moderno: de 1924 a 1927, um grupo de oficiais subalternos do exército marchou cerca de 24140 quilômetros pelo vasto interior do Brasil.

Essa epopéia homérica no chamado sertão lançou a carreira de algumas das figuras mais importantes do Brasil e, por quase um século, alcançou um status mítico no folclore e na história política.

Buscando explicar e intervir nessa lenda, argumento que o mito da Coluna Prestes surgiu e permaneceu vinculado à imagem estigmatizada do interior.

O simbolismo duradouro do sertão mostra que a exclusão, mais do que um subproduto das mitologias nacionais, é o pilar sobre o qual se baseiam as ideias dos mitos inclusivos.

Coluna Prestes foi um movimento político-militar de origem tenentista que, entre 1925 e 1927, se desloca pelo Brasil pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do presidente Artur Bernardes.

Após a derrota do movimento tenentista paulista, em 1924, um grupo de combatentes recua para o interior sob o comando de Miguel Costa.

No início de 1925, eles se reúnem no oeste do Paraná com a coluna do capitão Luís Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul. Sempre com as forças federais em seu encalço, a coluna, de 1,5 mil homens, entra pelo atual Mato Grosso do Sul, atravessa o país até o Maranhão, percorre parte do Nordeste e em seguida retorna a partir de Minas Gerais.

Refaz parte do trajeto da ida e cruza a fronteira com a Bolívia em fevereiro de 1927. Sem jamais ser vencida, a coluna combate as tropas do Exército ao lado de forças policiais dos estados e de jagunços e cangaceiros, recrutados pelos coronéis e estimulados por promessas oficiais de anistia.

A coluna poucas vezes enfrenta grande efetivo do governo. Em geral eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.

Nas cidades e nos vilarejos do sertão, os rebeldes promovem comícios e divulgam manifestos contra o regime da República Velha e o autoritarismo do governo de Washington Luís, que mantém o país sob estado de sítio desde sua posse, em novembro de 1926.

Os homens liderados por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa não conseguem derrubar o governo de Washington Luís. Mas, com a reputação de invencibilidade adquirida na marcha vitoriosa de 25 mil quilômetros, aumentam o prestígio político do tenentismo e reforçam suas críticas às oligarquias.

Com o sucesso da marcha, a coluna ajuda a abalar ainda mais os alicerces da República Velha e a preparar a Revolução de 1930.

Projeta também Luís Carlos Prestes, que, desde a entrada no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a participação na Intentona Comunista de 1935, se torna uma das figuras centrais do cenário político do país nas três décadas seguintes.

Coluna Prestes
Foto tirada em setembro de 1925 no município de
Porto Nacional, estado de Goiás

Foi um movimento político-militar de origem tenentista, que entre 1925 e 1927 se deslocou pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís.

Coluna Prestes – Tenentismo

movimento tenentista não é facilmente definível. Possui um programa extremamente difuso, mas algumas linhas gerais podem ser delineadas.

Sua insatisfação com a República Velha leva-os a requerem voto secreto e um maior centralismo político. Ademais, exigem ensino público para facilitar o acesso às informações por parte da população carente.

São idealistas, porém elitistas. Golpistas, mas reformistas. Prova inconteste da falta de clareza dos ideais tenentistas é que a inúmeras tendências aderiram os líderes do movimento. Alguns tornaram-se comunistas, outros nazi-fascistas, outros ainda conservadores. Cumpre realçar que a maior parte do movimento era composto por capitães e tenentes da classe média, donde originou-se o ideal de “Soldado Cidadão”.

Após a derrota do movimento paulista, em 1924, um grupo de combatentes recuou para o interior sob o comando de Miguel Costa. No início de 1925 reúne-se no oeste do Paraná com a coluna do capitão Luís Carlos Prestes, que havia partido do Rio Grande do Sul. Sempre com as forças federais no seu encalço, a coluna de 1 500 homens entra pelo atual Mato Grosso do Sul, atravessa o país até o Maranhão, percorre parte do Nordeste, em seguida retorna a partir de Minas Gerais. Refaz parte do trajeto da ida e cruza a fronteira com a Bolívia, em fevereiro de 1927. Sem jamais ser vencida (venceu todas as batalhas), a coluna Prestes enfrenta as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais dos Estados e tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia. Acredita-se que até o cangaceiro Lampião foi convocado para derrotar a Coluna Prestes.

A coluna poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.

Ataques de cangaceiros à Coluna também reforçam o caráter lendário da marcha, mas não há registros desses embates. Nas cidades e nos vilarejos do sertão, os rebeldes promovem comícios e divulgam manifestos contra o regime oligárquico da República Velha e contra o autoritarismo do governo de Washington Luís, o qual mantém o país sob estado de sítio desde sua posse, em novembro de 1926.

Os homens liderados por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa não conseguem derrubar o governo de Washington Luís. Entretanto, com a reputação de invencibilidade adquirida na marcha vitoriosa de 25 mil quilômetros, aumentam o prestígio político do tenentismo e reforçam suas críticas às oligarquias. Com o sucesso da marcha, a Coluna Prestes ajuda a abalar ainda mais os alicerces da República Velha e preparar a Revolução de 30. Projeta também a liderança de Luís Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista Brasileiro.

Após liderar a Intentona Comunista de 1935, torna-se uma das figuras centrais do cenário político do país nas décadas seguintes.

Coluna Prestes – História

O aprimoramento profissional da oficialidade do Exército, decorrente do surto de modernização que empolgou a Força Terrestre pós-Império, gerou, como subproduto, a politização das classes armadas, em especial a dos jovens oficiais.

Coluna Prestes
“Os Dezoito do Forte”: episódio que eterniza o idealismo do movimento tenentista.

Começou a se corporificar no seio dos tenentes e capitães consciência revolucionária resistente à utilização do Exército como massa de manobra dos velhos políticos da “República do Café com Leite”.

A vitória contumaz do candidato situacionista, fruto da “eleição a bico de pena” e dos “currais eleitorais” – o voto não era secreto – envolvia os pleitos em aura de suspeição, abalando, em muito, a credibilidade e a representatividade dos eleitos.

A oposição ao Presidente Epitácio Pessoa recrudescera em virtude da punição aplicada ao Marechal Hermes da Fonseca: ex-presidente da República, ex-Ministro da Guerra e presidente do Clube Militar.

Coluna Prestes
Muitos dos tenentes revolucionários que foram presos durante o movimento tenentista ocupariam, mais tarde,
cargos de relevo na República brasileira.

O fechamento deste pelo Governo, aliado ao célebre episódio das “Cartas Falsas” – que teriam sido escritas pelo canditado à presidência Arthur Bernardes e endereça-das ao político mineiro e Ministro da Marinha, Dr. Raul Soares – publicadas na imprensa, desgastou a classe política perante o Exército e fez transbordar o copo da paciência tenentista.

Em 5 de julho de 1922, irrompe a Revolução. Não obstante a intensa articulação, o levante restringe-se às guarnições do Rio de Janeiro e de Mato Grosso.

No então Distrito Federal, os alunos da Escola Militar do Realengo seriam fácil e rapidamente derrotados pelas tropas aquarteladas na Vila Militar.

Mas foi no Forte de Copacabana que a Revolução expôs sua natureza mística. Intados à rendição, militares e um civil, cada um com um pedaço da Bandeira Nacional junto ao coração, marcharam de peito aberto para enfrentar as forças legalistas. Esse gesto representou o supremo sacrifício de um punhado de jovens pelo mais puro ideal de regeneração da Pátria. Entre os “Dezoito do Forte” estavam os Tenentes Antônio de Siqueira Campos e Eduardo Gomes que sobreviveram à imolação de seus companheiros.

Coluna Prestes
Os chefes da Revolução de 30: Getúlio Vargas (à direita), Miguel Costa (à esquerda) e o
Tenente Coronel Góes Monteiro, futuro Ministro da Guerra, em pé.

Do ideário tenentista constavam, além da instituição do voto secreto, a obrigatoriedade do ensino primário e profissional, justiça gratuita e principalmente o saneamento político do País, considerando a “decadência moral, a desordem administrativa e as perturbações econômicas que ameaçavam devorar o futuro, depois de haverem arruinado o presente” (trecho do manifesto revolucionário).

Seguiu-se violenta repressão: os alunos da Escola Militar foram expulsos e os tenentes revolucionários, presos e processados. Dois anos depois, a intransigência do governo Bernardes fez eclodir novos movimentos, em julho, em São Paulo, e, em outubro, no Rio Grande do Sul. A capital bandeirante chegou a ser tomada pelos revoltosos, de que resultou seu covarde bombardeamento aéreo e por artilharia, causador de muitas vítimas entre a população civil.

Da Revolução de 1924 resultaria a formação de duas colunas rebeldes: uma, procedente do Rio Grande do Sul, sob comando do Capitão Luis Carlos Prestes; outra, de São Paulo, integrada por vários chefes revolucionários, um deles, o Major Miguel Costa, da Força Pública de São Paulo.

No Paraná, as colunas fundiram-se para constituir a que ficou conhecida, impropriamente, como “Coluna Prestes”. Essa tropa, comandada por Miguel Costa, estava organizada em Estado-Maior e quatro destacamentos, comandados pelos Tenentes Cordeiro de Farias, João Alberto, Siqueira Campos e Djalma Dutra. Intensamente perseguida por forças legalistas, compostas por elementos do Exército, das polícias estaduais e de capangas e cangaceiros, a Coluna logrou percorrer treze estados da Federação e trecho do território paraguaio, totalizando cerca de 25 mil quilômetros, até se exilar, na Bolívia e no Paraguai, em 1927.

Coluna Prestes
O General Bertoldo Klinger, antigo perseguidor da “Coluna Prestes”, bateu-se em 1932, ao lado dos revolucionários paulistas.

Por ocasião da revolução de 1930, os tenentes juntaram-se aos políticos da Aliança Liberal, liderada por Getúlio Vargas, para afastar o Presidente Washington Luis, deposto por uma junta militar, dias antes dos revolucionários chegarem à capital da República.

Durante o Governo Provisório, vários tenentes foram nomeados interventores nos estados da Federação.

A nomeação do pernambucano João Alberto para a interventoria em São Paulo, com a preterição de vários próceres do Partido Democrático, deflagrou a insatisfação que iria desaguar na Revolução Constitucionalista de 1932, duramente reprimida pelo Governo Federal. A principal reivindicação dos paulistas – a normalização democrática do regime instituído em 1930 – iria se consumar com a promulgação da Constituição de 1934, arrancada graças ao derramamento do nobre sangue bandeirante.

Coluna Prestes
Alguns dos integrantes da chamada “Coluna Prestes”.

No ano seguinte, aproveitando o ar de liberdade que o País respirava, desencadeou-se a Intentona Comunista de 1935, de triste lembrança. Episódio que mancharia de vermelho nossa história, a Intentona foi urdida por uma organização de fachada, a Aliança Nacional Libertadora, testa de ferro do Movimento Comunista Internacional (MCI). Seu líder era o ex-Capitão Luis Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, que, em função da notoriedade adquirida no movimento tenentista, havia sido cooptado pelo MCI, traindo seus companheiros, seus ideais revolucionários, seu Exército e sua Pátria.

Era novembro de 1935. Eclodem em Natal, Recife e no Rio de Janeiro rebeliões, caracterizadas pela vileza e covardia de seus mentores. A pronta reação do Exército sufocou a Intentona.

A imagem dos comunistas vencidos, deixando, com sorriso nos lábios, as ruínas do 3º RI, na Praia Vermelha, após assassinarem covardemente companheiros de caserna, serve de triste epílogo a uma das páginas mais torpes da nossa História Militar.

Em 1937, sob pretexto de iminência de novo golpe comunista, com base em hipótese subversiva, o Plano Cohen – é a segunda crise que eclode motivada por documento falso – o Presidente Vargas instaurou, com o apoio das Forças Armadas, a ditadura do Estado Novo. Para assinalar o caráter unitarista do regime, as bandeiras estaduais seriam queimadas em concorrida solenidade oficial, no Rio de Janeiro.

Coluna Prestes
Os mártires da Intentona Comunista de 1935 – heróis que deram a vida pela liberdade: (a partir da esquerda) Major Misael Mendonça,
Capitães Armando de sousa e Mello e João Ribeiro Pinheiro, Tenentes Danilo Paladini, Benedicto Lopes Bragança e Geraldo de Oliveira.

Militares da Ação Integralista Brasileira, o outro lado da medalha, também tentaram um golpe de mão contra o Palácio do Catete, em 1938, mas foram derrotados por tropas do Exército comandadas pelo Coronel Cordeiro de Farias. O regime do Estado Novo cairia por obra e graça da Força Expedicionária Brasileira (FEB), em outubro de 1945. Como seria possível combater e vencer o nazi-fascismo, na guerra, e conviver sob o tacão de um regime ditatorial?

A Constituição de 1946 tentou incrementar nova era na política brasileira. Sob o manto constitucional, Luis Carlos Prestes foi anistiado dos crimes de 1935. Eleito senador da República pelo Partido Comunista, atreveu-se a declarar que se o Brasil entrasse em guerra com a União Soviética lutaria contra sua Pátria. Essa espontânea declaração prenunciava que os comunistas de plantão consideravam que, em 1935, haviam perdido uma batalha, mas tinham esperanças de tomar o poder pela luta armada.

Coluna Prestes
Em 4 de dezembro de 1937, o já ditador Getúlio Vargas promoveu a queima das bandeiras estaduais
como forma de deixar clero o caráter unitário do regime.

Vários dos integrantes da chamada “Coluna Prestes” seriam figuras de proa da vida nacional, como os então Capitão Juarez Távora e Tenente Cordeiro de Farias, futuros ministros do governo Castelo Branco.

Coluna Prestes
Luís Carlos Prestes (1898 – 1990)

A Coluna Miguel Costa-Prestes, mais conhecida por Coluna Prestes foi um movimento político-militar brasileiro existente entre 1925 e 1927 e ligado ao Tenentismo, corrente que possuía um programa bastante difuso, mas algumas linhas gerais podem ser delineadas: insatisfação com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público.

O movimento contou com lideranças das mais diversas correntes políticas, mas a maior parte do movimento era composta por capitães e tenentes da classe média, donde originou-se o ideal de “Soldado Cidadão”.

O movimento deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Arthur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís.

Coluna Prestes enfrentou as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais de vários Estados, além de tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.

Dentre estas, a mais aguerrida e que forçou a retirada de Prestes para a Bolívia foi a organizada pelo Coronel do sertão baiano, Horácio de Matos: o seu Batalhão Patriótico Chapada Diamantina iniciou a perseguição aos revoltosos, até a saída destes do território brasileiro, retornando como vitoriosos à cidade de Lençóis.

Coluna Prestes poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.

Com o sucesso da marcha, a Coluna Prestes ajuda a abalar ainda mais o prestígio da República Velha e a preparar a Revolução de 1930. Projeta também a liderança de Luís Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista do Brasil (PCB).

Coluna Prestes – Resumo

Por centenas de anos, um ditado popular no Brasil descreveu a sociedade como “caranguejos agarrados à costa”. Nessa visão, apenas as regiões costeiras – e suas elites descendentes de europeus – foram consideradas capazes de desenvolver uma nação moderna e civilizada. O interior do Brasil, em contraste, era amplamente imaginado como um espaço de selvageria e pobreza, útil apenas para seus recursos naturais e seu trabalho. Com isso, os chamados ‘sertões’ há muito ficam presos à periferia do imaginário nacional, marginalizados pela suposta superioridade de cidades litorâneas como Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Para desafiar a narrativa tradicional entre litoral e interior, este projeto reexamina a história brasileira de dentro, um quadro que chamo de “história do interior”.

Buscando inverter as fronteiras conceituais e geográficas frequentemente usadas para estudar a história do Brasil – e também da América Latina de forma mais ampla – mostro como as pessoas e os espaços do interior têm sido centrais para o desenvolvimento de identidades, políticas e cultura nacionais.

A história do interior do Brasil concentra-se em um único estudo de caso emblemático: a rebelião da Coluna Prestes.

De 1924 a 1927, um bando de cerca de mil rebeldes militares liderados por Luiz Carlos Prestes marchou 25.000 quilômetros pelo vasto interior do Brasil.

Os rebeldes – conhecidos como tenentes ou tenentes – não conseguiram derrubar o governo, mas sua viagem inadvertida ao interior elevou o perfil de uma nova geração de líderes militares e deu início a uma mudança de regime poucos anos depois.

Esse período coincidiu com o surgimento dos jornais de distribuição em massa, e a Coluna Prestes tornou-se um dos primeiros eventos do Brasil a ser acompanhado em tempo real pelo público nacional.

E porque os tenentes glorificaram sua experiência no interior – “passamos dois anos entre o povo, vimos pobreza, conhecemos o verdadeiro Brasil” – os dirigentes da Coluna puderam usar a ideia do interior para justificar sua reivindicação de poder político. No entanto, esse status mítico desvia a experiência real das populações que vivem no interior e, além disso, legitima as ações muitas vezes violentas e condescendentes dos rebeldes.

Fonte: Colégio São Francisco/gtr.ukri.org/EncBrasil//www.exercito.gov.br/www.geocities.com/elogica.br.inter.net/tripod.com

 

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