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As Ilhas de Calor Urbano
O planejamento desmedido e sem controle ambiental das cidades com alto grau de urbanização pode ocasionar diversos problemas a ela, prejudicando assim a saúde de seus habitantes e do meio ambiente. Um dos fatos mais recorrentes chama-se Ilhas de Calor Urbano (I.C.U), que os estudiosos definem como um fenômeno climático ocasionado pelas ações desenfreadas dos seres humanos nos centros urbanos, provocando o aumento das suas temperaturas médias se comparadas as áreas que estão ao seu redor.
Este efeito climático urbano é formado por diversos fatores, e as causas mais conhecidas discutidas entre os especialistas estão:
Poluição atmosférica: Que é causada principalmente pela emissão indevida de gases por automóveis e indústrias, o que pode ocasionar o aumento do efeito estufa e, portanto, do aquecimento constante dessas áreas.
Circulação atmosférica: Cujo a intensa concentração de prédios interfere ou modifica a passagem de ar, configurando-se como grandes cânions artificiais.
Concentração de concreto e outros materiais: Que estão presente especializada em toda a cidade (prédios, casas, ruas, avenidas, rodovias,etc.) impedindo a reflexão da energia, aumento as taxas de absorção e impermeabilização dos solos.
Escassez de áreas verdes: A exemplo de parques e áreas de preservação, que são potenciais refletores de radiação solar, devido ao seu albedo.
Este fenômeno altera a dinâmica da natureza sobre a qual a cidade está instalada, provocando alterações na umidade relativa do ar e no regime de precipitação (chuvas), podendo afetar áreas adjacentes. Além disso, cientistas indicam que este fenômeno é um grande responsável pela intensificação do aquecimento global em escala mundial, afetando negativamente a saúde do meio ambiente e de todos os seus elementos.
A cidade de São Paulo é um clássico exemplo para isso, além de outras espalhadas pelo mundo, como Nova Iorque, Londres, Hong Kong, etc. Há pesquisas que ainda evidenciam que as zonas periféricas são as mais afetadas ele, principalmente em áreas com intensa concentração de favelas, onde há a predominância de casas de autoconstrução e pouquíssimas áreas verdes, devido, principalmente ao não planejamento ambiental coerente, afetando sobretudo, a vida de pessoas de baixa renda.
Em busca da redução desses graves efeitos, muitas cidades buscam em seus planejamentos ambientais controlarem as emissões de gases poluentes, aumentar o plantio de árvores, priorizando áreas verdes, utilizando materiais para a construção de prédios, casas e ruas que sejam benéficos ao ambiente.
Gean Alef Cardoso
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