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Sem dúvida alguma, um dos maiores problemas de todas as sociedades refere-se às desigualdades. Estas condições sociais subjugam grupos de pessoas a decadência moral e ética em detrimento de outras, sendo um grande mal da sociedade.
As desigualdades manifestam-se de acordo com a cor, o gênero, a sexualidade, a questões financeiras, de moradia, posição social, cultural, entre outras. E elas possuem um caráter histórico, ou seja, não surgiram nos dias de hoje, mas são processos de complexidade sociopolítica que se acumularam ao longo dos anos.
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, essa desigualdade está presente em todas as regiões desse imenso território, em alguns pontos mais acentuado que outros. Ela se torna ainda mais complexa devido as corrupções políticas dentro dos governos, a violência de classe, de cor, gênero e cultura, e a falta do exercício efetivo dos direitos humanos.
Para se medir essas desigualdades regionais, comparar historicamente/espacialmente e propor soluções para seu fim ou sua diminuição, existem uma série de parâmetros que dependem do interesse central do estudo, um deles é o cruzamento de dados estatísticos feitos a partir da coleta destes em pesquisas realizadas por instituições públicas e privadas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE), é o grande exemplo nacional.
Um dos critérios mais famosos estabelecidos nessa medição é o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que correlaciona uma série de dados que representam renda per capita, analfabetismo, imortalidade infantil, expectativa de vida, serviços de saúde, educação e cultura, etc.
Com base nele, é possível atualmente verificar que as condições nas cinco regiões brasileiras mudaram pouco ao longo dos últimos anos. A região Nordeste continua sendo muito afetada por questões de pobreza, baixos salários e pouco acesso à serviços de saúde e educação de qualidade, sobretudo nas áreas em que se predomina o clima semiárido. E as regiões Sudeste-Sul possuindo os maiores IDHs do país. Mas isso não significa que não há desigualdade nessas áreas, pelo contrário, elas ainda existem e ainda são muito fortes.
É importante ressaltar que, o IDH é usado principalmente para verificar se há ou não condições dignas de vida e questões ligadas a renda financeira e como isso repercute nas desigualdades regionais. Esse parâmetro mascara outros tipos de desigualdades, para estudá-las profundamente são necessários outros métodos de estudo, inclusive que não se pautem apenas na análise estatística.
Gean Alef Cardoso
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