Muiraquitã

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É uma das crendices mais interessantes da planície este pequeno amuleto de jade, que Barbosa Rodrigues celebrou em uma de suas obras, com um pouco de fantasia, talvez, mas com edificante e curiosa contribuição. Em torno do maravilhoso artefato que a paciência de naturalistas ilustres andou catando pelo Baixo Amazonas e localizou nas praias de Óbidos e na embocadura do Nhamundá e Tapajós, correm as lendas mais desencontradas e as revelações mais contraditórias.

De todas elas, porém, a que mais caracteriza a pedra verde da Amazônia é a que apresenta como lembrança das icamiabas, mulheres sem marido, aos homens que lhes fazia uma visita anual. A tradição adornou esse ato de galas e de festas, vestiu essa visitação de romantismo e de enlevo. Graças a isso, convencionou-se que as tribos de mulheres nas noites de luar, colhiam no fundo do lago as pedras ainda umedecidas e moles, lavrando-as sob diversas formas e dando-lhe feitios de batráquios, serpentes, quelônios, bicos, chifres, focinhos, conforme nos apresentam os estudos de Ladislau Neto e Barbosa Rodrigues.

Tempo houve em que era fácil o comércio desse amuleto. As pedras foram, porém, escasseando, constituindo hoje uma raridade tanto mais desejada, quanto se lhe atribui a virtude de favorecer ao seu possuidor a aquisição de coisas imponderáveis como a felicidade, o bem estar, o amor e outras prendas furtivas.

“Ainda hoje, para muitos, o muiraquitã é uma pedra sagrada – escreve Barbosa Rodrigues, – tanto que o indivíduo, que o traz no pescoço, entrando em casa de algum tapuio, si disser: muyrakitan katu, é logo muito bem recebido, respeitado e consegue tudo o que quer”.

Fonte: ifolclore.vilabol.uol.com.br

Muiraquitã

A lenda diz que o amuleto foi oferecido como um presente pelos Icamiaba guerreiros para todos aqueles índios que visitavam anualmente seu acampamento no rio Nhamundá.

Uma vez por ano, durante uma cerimônia dedicada à lua, os guerreiros receberam os guacaris guerreiros com quem eles acasalaram. À meia-noite, elas mergulhavam no rio e trouxe à tona uma argila esverdeada em suas mãos, que moldado em diversas formas: sapos, tartarugas e outros animais, e apresentou-os para seus entes queridos. Algumas versões dizem que este ritual teria lugar em um lago encantado chamado Jaci uaruá (“espelho da lua” em Tupi Antigo : arugûá îasy ).

Obtida a partir do fundo do rio e moldado pelas mulheres, o barro ainda macio endurecido em contato com os elementos. Esses objetos foram, então, amarrados nos fios de cabelo de suas noivas e usados ??como amuletos por seus guerreiros masculinos. Até à data, este amuleto é considerado um objeto sagrado, que se acredita trazer felicidade e sorte e também para curar quase todas as doenças. Também é encontrado em Macunaíma , uma obra literária bem conhecida e reconhecida internacionalmente por Mario de Andrade.

Fonte: en.wikipedia.org

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